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Casa de Juzam, Lagoas, Lousada (Douro).
Contém cartas do Monsenhor José Cacela, residente em "Saint Anthony's Center", Bronx, Nova Iorque, Diretor e proprietário do jornal "A Luta", lido na colónia portuguesa nos Estados Unidos da América, dirigidas ao Dr. Salazar.
Integra o opúsculo intitulado "Comandante Cabral - Diretor da Casa de Portugal" herói e patriota, oferecido ao Dr. Salazar (exemplar bilingue, 10 p., imp.).
Reúne jornais e recortes.
Compreende oito selos postais intactos com a estampa de Nossa Senhora de Fátima e os Pastorinhos, e a legenda: "Our Lady of Fatima Pray For Us", e ainda:
- A fotografia do Monsenhor José Cacela.
- “Consagração e Compromisso ao Imaculado Coração de Maria” (2 pagelas).
- “Oração a Santa Marta” (irmã de Maria Madalena e de Lázaro), "Meditação sobre a única coisa necessária": "Trabalhamos sem descanso para chegar a ser ricos e sábios; e no entanto não é isso um negócio importante, podemos ganhar o Céu sem ser ricos nem sábios, sem ter a estima dos homens (...) depois da morte não há recurso algum. Só temos uma vida, um corpo e uma alma (S. João Crisóstomo) 2 pagelas.
- “O Venerando Padre Cruz” - Francisco Rodrigues da Cruz, nascido em Alcochete a 29 de julho de 1859 e falecido em Lisboa, a 7 de outubro de 1948 (1 pagela).
- Uma estampa (colorida) com Nossa Senhora e Jesus no regaço, e três anjos.
- A partitura do cântico "Ave de Fátima", em inglês (composição e arranjo do Padre José Cacela dedicada ao Cardeal Spellman, Arcebispo de Nova Iorque), e o poema em português, da autoria de Maria Helena de Carvalho, intitulado "Portugal de Sempre" (opúsculo incompleto).
- “O Hino Português” (transcrito para piano e canto).
- "A Saudação À Bandeira Portuguesa".
- Poema de Arnaldo Saraiva "O Valor de uma Raça": "Corre em minhas veias / Sangue rubro de epopeias (...)".
- Opúsculo (completo) com a fotografia do Monsenhor José Cacela, em uma das páginas tem o seguinte soneto (imp.):
- "Meu Filho/
-Meu Filho!-ouvi dizer junto ao bercinho pobre
Em que nasceu Jesus, na Gruta de Belém...
-Não vi ninguém falar!... Decerto alguém se encobre!...
-Quem é que diz "Meu Filho?!" - A voz de onde é que vem?!...
-"Este é Meu Filho! Ouvi-o!"-era pausada e nobre
A voz que no Tabor ouvi bradar também...
-De novo reparei... Mas nada se descobre!...
-Quem é que diz "Meu Filho?!-A voz de onde é que vem?!...
-"Meu Filho!"-ouvi, por fim, no cimo do Calvário...
-Olhei!... Não vi ninguém!... E o mesmo comentário
Aos lábios me assomou: -A voz de onde é que vem?!...
-Um Anjo respondeu: -"É Deus quem fala assim!..."
-Jesus me assegurou: -"Mamãe chamou por mim!..."
-Tinham razão os dois: - Falavam Pai e Mãe!...
Contém outros poemas, alguns dedicados a Santo António.
Inclui a revista "Our Lady of Fatima Magazine - Official Organ for the promulgation of the Message of Fatima (Penance - Rosary - Consecration - First Saturdays)". vol. 22. n.º 7.janeiro.1967 (32 p.).
Integra a publicação "Portugal ao Longe" abordando vários assuntos, destaque-se o artigo "The Saturday Evening Post" E o Assassinato do General Delgado!” (e também da sua secretária, mortos em Espanha próximo à fronteira de Portugal), entre outros.
Capitão de Fragata, e Adjunto do Vice Presidente na Europa "TWA".
Engenheiro eletrotécnico pela Universidade de Liége (Bélgica), Licenciado em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, residente na Figueira da Foz.
Contém um cartão de visita de Gualberto Borges Cabral, de São Miguel, Açores com as palavras manuscritas: "Ananás e cravos".
Contém a carta do eng. agrónomo João de Sousa Cabral, de 79 anos de idade, residente em Monte Novo da Favela, Ourique, dirigida ao Dr. Salazar. Proprietário latifundiário alentejano apela ao Dr. Salazar para realizar algumas obras, a fim de minimizar a fome espiritual e terrena, e evitar a imigração. Informa que os operários - da "estrada começada há 60 anos de Ourique para Santana da Serra - recebem 16$40 por dia, de quinze em quinze dias. Dá conta da miséria dos trabalhadores das herdades: vivem "sem pão a maior parte do ano, no inverno são as bolotas que os alimentam, sem moradias capazes (...)", entre outros.
Contém a carta de Maria Ângela Ferreira de Andrade Cachado, casada com o médico Manuel José Vilarinho Cachado, tendo cinco filhos. Pede auxílio ao Dr. Salazar para arranjar uma colocação ao seu marido. Trabalhou no Congo Belga durante quatro anos - de 1958 a 1962 -, de regresso a Portugal tentou encontrar emprego, mas como a média do seu curso é de 12 valores, e não conhece pessoas que o possam ajudar, não conseguiu. Presentemente, está a tirar a especialidade de Obstetrícia e Ginecologia no Hospital de Santa Maria, sem remuneração. Desesperada, Maria Ângela Ferreira de Andrade Cachado refere que só tem dinheiro para os próximos quatro meses.
Integra o "Curriculum Vitae" do Dr. Manuel José Vilarinho Cachado, bem como o Memorial, que tem no cabeçalho uma nota manuscrita a mencionar que o candidato foi nomeado para o Posto Médico do Cacém, onde já exerce.
Contém fotografias de Goa, entre outros.
Contém um poema dedicado ao Dr. Salazar por Francisco César Cáceres (Marujinho).
Contém a carta de Zina Cabral, dirigida ao Dr. Salazar a expôr factos passados no seu local de trabalho. Diz que foi admoestada pelo Dr. Silvério Pinto, na presença do chefe de Serviço Tavares e tesoureiro do jornal "Diário da Manhã". Exerce o cargo de telefonista, em virtude de doença faltou alguns dias. Denuncia um colega João Guerreiro, de 22 anos, que entrou aos 14 anos para o jornal, e que é o "protegido dos chefes". Diz, "não o ensinaram a trabalhar, dedica-se à preguiça e à vaidade (...) este menino querido não pára na Repartição, recebe o ordenado sem trabalhar". Assim, Zina Cabral solicita outro emprego ao Dr. Salazar, onde "possa cumprir os seus deveres de trabalho, tranquila (...) mas darem-me o pão com a mão esquerda e o chicote na mão direita, não", entre outros.
Contém um cartão de visita de Maria Alice Fernandes Piçarra de Sousa Cabral e seu marido Luís de Sousa Fernandes Cabral, em Viana do Alentejo.
Inclui uma pagela da "lembrança do batismo de Maria Luísa Caldeira Passanha Sobral, 28 de setembro, Capela da Casa Sobral.
General e Governador Militar de Lisboa.
Contém a carta de Mário de Pina Cabral, a solicitar ao Dr. Salazar que o seu filho Mário Alberto Monteiro de Pina Cabral, de 23 anos de idade, natural de Alcobaça, seja colocado como tesoureiro da Agência da Caixa Geral de Depósitos, em Alcobaça.
Contém a carta de Maria Margarida de Sousa Roxo Cabral, residente em Lisboa, de 14 anos de idade, sobrinha do Dr. José Cabral, Deputado, dirigida ao Dr. Salazar, solicita conhecê-lo pessoalmente. No cabeçalho encontra-se uma nota escrita a lápis: "audiência para domingo 11 às 15h".
Contém cartas da Marquesa Olga de Cadaval, residente na Quinta da Piedade, Sintra, dirigidas ao Dr. Salazar. Em 1952, a Marquesa pede uma audiência ao Dr. Salazar, relativa à situação da filha estar noiva de um alemão. Em carta posterior agradece ao Dr. Salazar por tê-la recebido, facto transmitido ao Bispo de Leiria quando visitou o Santuário de Fátima. Acrescenta: "agora aguardamos a notícia da autorização da livre saída do Brasil daquela desgraçada, com os dois filhos, para prevenir a Companhia de Navegação (...)".
Agradece ainda ao Dr. Salazar, tê-la ajudado, no sentido de trazer a sua mãe de Roma para Portugal, bem como o futuro genro alemão ter obtido a nacionalidade portuguesa.
"Sociedade Portuguesa de Máquinas Bull, Ld.ª", Lisboa.
Contém cartas do Prof. Victor Buescu, natural da Roménia, residente em Lisboa, 2.º Assistente da cadeira de História da Cultura Clássica, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (enquanto o seu doutoramento de Bucareste não é reconhecido ou equiparado).
Integra o discurso de Salazar, datado de 4 de julho de 1957, traduzido no idioma romeno, pelo Prof. Victor Buescu, entre outros.
Inclui uma informação sobre a ideologia política de Victor Buescu, fornecida pela viúva, Maria Leonor Carvalhão Buescu ao Dr. Salazar.
Compreende um exemplar da monografia, da autoria de Victor Buescu, intitulada "Da poesia da resistência romena: ensaio com 10 poemas inéditos de 'João, o porta bandeira' e 'Onofre, o aprisionado', Lisboa. 1957. 26 p. Segundo o autor, trata-se de "puros diamantes da lírica romena contemporânea, mas também como assombrosos documentos da época que nos foi dado viver (...)". A preceder este comentário destaca-se a poesia de "Onofre, o Aprisionado", sendo que o Poeta mortificado na sua cela compara-se a Jesus crucificado:
- Esta Noite, Jesus /
Esta noite, Jesus veio à minha cela.
Ó, que triste, que alto estava Cristo!
A lua entrou após Ele na cela
E mais alto O fez, e mais triste
Sentou-se a meu lado, na esteira.
- "Põe a tua mão nas Minhas chagas".
Nos artelhos tinha estigmas e marcas de ferrugem,
Como se alguma vez houvesse trazido grilhetas...
As Suas mãos eram como lírios sobre um túmulo,
Os olhos profundos como bosques.
A lua derramava-lhe prata pela túnica,
Prateando-lhe nas mãos antigas feridas.
Suspirando fundo, estendeu os seus ossos cansados
Sobre a minha esteira roída pela vermina.
No sono irradiava luz, e as grossas grades
Sombreavam a Sua alvura.
Levantei-me da parda enxerga:
-"Senhor, de onde, de que tempos vens?"
Jesus levou devarinho um dedo aos lábios,
Fazendo-me sinal para me calar...
A cela parecia montanha, parecia calvário,
E pululavam piolhos e ratos;
Sentia a cabeça tombar-me nas mãos
E adormeci um milhar de anos...
Ao despertar do terrível abismo,
A palha cheirava a rosas.
Eu estava na cela, e havia a lua,-
Só Jesus não estava em parte alguma.
-"Onde estás, Senhor?", gritei às grades.
Da lua vinha um fumo de incenso.
Então, toquei-me, e nas minhas mãos
Encontrei os sinais dos seus cravos.
Dr. Buscaroli, jornalista italiano.
Trata-se da carta do Dr. Guido Borgada, Instituto Italiano de Cultura em Portugal, a oferecer o último número da revista "Estudos Italianos em Portugal" ao Dr. Salazar.
Guido Claudio Burnay, agente técnico encarregado das Obras de Conímbriga, Condeixa-a-Velha.
Contém cartas de Manuel Ortigão Burnay, residente em Lisboa, dirigidas ao Dr. Salazar.
Manuel Ortigão Burnay nasceu a 19 de outubro de 1889, foram seus padrinhos de batismo o escritor Oliveira Martins e a Viscondessa de Marco. Estudou em São Fiel e em Coimbra. Em 1910, obtém o diploma da Escola Nacional de Agricultura, e em 1928, do “Office National des Recherches Scientifiques et des Inventions”, de Paris. Após a mudança do regime político instala-se em Marrocos. Durante a I Guerra Mundial é indicado pela "Maison Henry Burnay & Cie." (Banco Burnay), para a realização de operações económicas em França e Inglaterra, entre outras atividades.
Trata-se de correspondência sobre vários assuntos:
- O estudo efetuado pela missão francesa, quanto à viabilidade da siderurgia Nacional, isto é, concluiu que o ferro produzido em Alhandra deve ser utilizado no fabrico de aços finos";
- Na indústria a utilização de “lenhas limpas de pinhais, vides secas", entre outros;
- A cimenteira.
Integra o projeto da "Obra de Previdência Social" relativo às "Mines de Borralha", cujo Diretor é Étienne Pierre Grammont. O projeto consiste em criar um fundo de solidariedade para os necessitados e para os doentes, e por conseguinte, assegurar o salário dos operários, no caso do trabalho na Mina ser interrompido.
Compreende a carta de Manuel O. Burnay dirigida ao Dr. Salazar, a informá-lo de que o senhor Maxime, proprietário e comerciante em Lisboa, pretende assegurar a vinda de crianças desvalidas francesas a Portugal, acompanhadas pelas Irmãs da Caridade, usufruindo das instalações d' "O Século".
Inclui o aditamento ao "Aproveitamento Agrícola dos Lodos do Tejo".
Contempla o "Curriculum Pessoal" de Manuel Ortigão Burnay, Presidente da Assembleia Geral da Livraria Bertrand, que foi pedido pela Embaixada da Holanda, após troca de correspondência com o Gabinete Real da Rainha Juliana da Holanda, no sentido de facultarem a técnica holandesa, para ser aplicada nos lodos do Tejo, entre outros.
Contém cartas de F. Bussy, do "Temple de L'Arc-En-Ciel (Assemblée de Dieu), Lausanne", Suíça - Igreja evangélica -, dirigidas ao Dr. Salazar.
"Commonwealth of Virginia".
Contém a carta de Ruth Leão BydeKarken, residente na República Federal da Alemanha e em Lisboa, a agradecer ao Dr. Salazar, as diligências efetuadas para a libertação dos seus bens - confiscados em 1945 -, por motivo de nacionalidade alemã, adquirida por matrimónio.
Contém a carta de Maria Evelina Faria e Maia de Aguiar Bustorff, natural da ilha de São Miguel, residente em Lisboa e Luanda, dirigida ao Dr. Salazar, a oferecer duas peças teatrais infantis, e fotografias das representações.
Contém o "Auto de Nuno Álvares" - "terceiro de uma série de peças infantis, evocativas de velhas tradições e vultos da História Pátria", nomeadamente, o “Autozinho do Natal”, “Autozinho da Rainha Santa”, “Auto de Nuno Álvares”, “Auto dos Quatro Infantes”, “A Noite dos Magos” e “As Fantasias”; O “Natal da Velha Relha”, “Fantasia de Natal” e “Um Pastor no meu serão". Segundo a autora, estes autos "são obra da minha mocidade, das minhas ideias quanto à educação a dar às crianças".
A peça "Auto de Nuno Álvares", foi representada em Ponta Delgada, em junho de 1937. Junto, encontra-se a fotografia com crianças de 3 a 8 anos de idade, que atuaram na mencionada peça, no Jardim de Infância de Ponta Delgada, Açores.
Compreende, duas fotografias relativas à representação do "Auto dos Infantes", em 1938.
Integra, o auto "A Noite dos Magos" da autoria de Maria Evelina. Luanda.1958. 7 p. (imp.), com a seguinte nota manuscrita: "Representado em Luanda em 23.XII.958 e em 1.I.960 em casa de Amélia Rey Colaço por todos os descendentes de Alexandra Rey Colaço".
Contém a carta do Dr. Antero Cabral, promotor Coletivo dos Géneros Alimentícios, dirigida ao Dr. Salazar, a referir que aufere "um vencimento mensal de três mil escudos" e que necessita de uma remuneração superior.
Residente em Bissau, a solicitar uma promoção.
Contém cartas de Ernesto Gimenez Caballero, Madrid, para o Dr. Salazar.
Inclui uma informação do Secretário Nacional da Informação, dirigida ao Dr. Sollari Allegro acerca de Ernesto Gimenez Caballero. Afirma, que as "matinés clássicas" de Guilherme Filipe recomendadas são de teor criptocomunista, portanto estão ligadas à J.U.B.A. Foi inimigo de Portugal durante a Guerra de Espanha e nos anos seguintes. Posteriormente, de modo subtil "com o descaramento e a sem-vergonha que o caracterizam" publicou um livro intitulado "Amor a Portugal" tendo concorrido ao Prémio Camões. O amor a Portugal tem a ver com a Hispanidade, ou seja, a "integração de Portugal (...) é como na História: entre Portugal e Espanha, ou guerras ou casamentos... e tudo atinente ao mesmo fim".
Contém a carta do engenheiro civil, António Branco Cabral, a informar o Dr. Salazar, de que a adjudicação da obra da Cabora Bassa ao grupo que tinha a proposta técnica mais barata, foi a pior escolha.
Contém a carta do Dr. Gil Ribeiro de Almeida Cabral dirigida ao Dr. Salazar. Diz o remetente que ao arrumar uns papéis encontrou uma fotografia antiga, trazendo-lhe à memória um episódio da sua meninice, no Colégio da Via Sacra, de Viseu. Envia a fotografia ampliada ao Dr. Salazar, e nunca mais se esqueceu do que lhe dissera. De facto, "só se aprende o que se aprende pelo nosso próprio esforço (...)".