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Contém cartas de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Bragança, residente em Roma, Itália dirigidas ao Dr. Salazar, a informá-lo de que é "filha reconhecida de sua Majestade El-Rei D. Carlos I (...)" e "irmã consanguínea de D. Manuel II" (que faleceu sem geração). Nasceu a 13 de março de 1907, em Lisboa, foi levada com 11 meses de idade para Espanha. Vive no exílio devido ao assassinato do Rei. Reúne diversas cartas relativas à questão da sucessão ao trono de Portugal, reivindicada pela Princesa D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Bragança, na qualidade de legítima sucessora de D. Carlos I. A correspondência abrange vários indivíduos que abordam o assunto, estando direta ou indiretamente relacionados com o mesmo, quer pelo exercício de cargo público, ou outro. Deste modo, são identificados: - D. João António da Costa Cabedo, Marquês de Serra Grande, Lugar Tenente de Sua Alteza Real a Princesa D. Maria Pia ("em carta remetida ao Ministro da Justiça, identifica-se como cidadão português, solteiro, de 52 anos de idade, Professor e tradutor de português na Escola Berlitz, em Paris". Declara que desistiu de ser lugar tenente de D. Maria Pia, de nacionalidade italiana, quando a dita senhora lhe disse: que "uma vez registado o seu certificado de batismo, iria propor uma ação judicial contra a Fundação da Casa de Bragança para tomar posse de todos os bens"). - Visconde de Asseca, Lisboa. - Jose Ruiz-Castillo. - Dr. António Júdice Bustorff Silva, Lapa, Lisboa. - João de Matos Antunes Varela, Ministro da Justiça de Portugal, entre outros. Integra as certidões autênticas, de batismo e de reconhecimento de paternidade, de S. A. Maria Pia de Sajonia Coburgo de la Casa de Braganza", por El-Rei D. Carlos I, em consideração à mãe D. Maria Amélia de Laredó y Murcia, cuja filha nasceu na freguesia do Sagrado Coração de Jesus, de Lisboa. Na certidão de batismo lê-se: natural de Cametá, Província do Pará, Brasil, é filha de Armando Maurício Laredó, natural de Santa Maria do Pará, e de Maria Amélia Murcia y Berhen. Foi passada pelo "Provisorato del Obispado de Madrid-Alcala" (datas 11-01-1958, 14-11-1958). Todavia, "poderia dizer-se que nos meios afectos a D. Duarte se julga que o seu verdadeiro nome é Ilda Toledano, filha de uma senhora de origem espanhola, nascida no Pará, e já viúva de um cidadão cubano quando em 1938 se estabeleceu em Roma"). Em uma carta, datada de Roma, 13 de março de 1962, D. Maria Pia solicita ao Dr. Salazar que o corpo do seu irmão El-Rei D. Manuel II - que teve "uma morte pouco clara" - seja oficialmente exumado, no sentido de "um grupo de peritos internacionais esclarecerem a verdadeira causa da morte", entre outros. Inclui a transcrição de um excerto da notícia publicada no jornal "A Noite" (19-10-1963), que a Duquesa criou a "Real Ordem D. Carlos I, destinada a galardoar altos serviços à Liga Monárquica Independente", pois aderiu à Oposição Republicana, cujo líder é o General Humberto Delgado". Contém uma cópia da carta de D. Maria Pia a relatar ao Dr. Salazar, que estando em Madrid, teve conhecimento de uma campanha internacional difamatória sobre a mesma. Foi aconselhada a regressar a Portugal. Desde a fronteira, foi acompanhada por "jovens polícias", que "ameaçaram brutalmente o seu condutor”, e obrigando-a a prosseguir até o Forte de Caxias. Integra um disco de vinil (single) intitulado "Mensagem de Natal / Saudade de Portugal", fabricado em Espanha. Reúne recortes e folhas de jornais, com fotografias de Maria Pia Blais, bem como a notícia do casamento de Carlos Hugo de Bourbon Parma com a Princesa Irene dos Países-Baixos onde se lê, a propósito de D. Maria Pia Blais: "lei e il generale Blais non hanno mai pensato seriamente di portare la corona dei 'navigatores', e infatti la signora è conosciuta nella società romana como principessa di Sassonia Coburgo e non come duchessa di Braganza" (in "L'Espresso. 10 maio 1964 (2 f.). Contém uma "Nota Informativa" portuguesa sobre a investigação feita a Hilda Toledano ou D. Maria Pia. Nela pode ler-se: "A PIDE desconfia há já algum tempo que esta senhora trabalha para os serviços secretos espanhóis" (fotocópias), entre outros.
Contém a carta e um cartão de visita de D. Maria Margarida Street Caupers de Bragança e de D. Manuel de Bragança, residentes na Lapa, dirigidos ao Dr. Salazar, a referir que no dia em que levaram a Imagem Peregrina de Nossa Senhora para o Aeroporto, pararam junto à sua casa, mas não estava. Portanto, solicitam uma audiência, para lhe oferecerem várias fotografias das viagens da Imagem de Nossa Senhora, e umas relíquias.
Contém cartas da Infanta D. Filipa de Bragança, remetidas de diversos endereços: Palácio Nacional de Queluz, Vila Nova de Gaia, São Marcos, e também de outros países, dirigidas ao Dr. Salazar. Inclui a carta da Infanta, enviada de Madrid (antes de viajar de Autobus de Barcelona para Genebra), a dar conta da reunião que teve com 14 escritores, em Queluz, sobre a publicação de assuntos monárquicos nos jornais. De Berna, a Infanta solicita ao Dr. Salazar auxílio para a Congregação das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo, na pessoa da Superiora Irmã Maria de Lurdes de Sousa Prego - sobrinha da sua dama D. Maria das Dores Castelo de Sousa Prego, que trabalhou em Madrid durante a Guerra Civil - a fim de se construir uma Casa de noviciado em Lisboa. D. Filipa menciona a perceção que teve da existência de muitas intrigas em Lisboa. Quis falar pessoalmente com o Dr. Salazar mas o Conselheiro João de Azevedo Coutinho demoveu-a, dizendo-lhe que o Dr. Salazar não achava bem que a Infanta se demorasse em Portugal. Posteriormente, D. Filipa conversou com Pedro Teotónio Pereira que lhe "abriu os olhos para o mal entendido que deve ter havido". Refere o tipo de relação que tem com o seu irmão, ou seja, não se intromete em alguns assuntos. Todavia, conta um episódio, quando estava na casa de Rui de Andrade diz: estavam presentes "20 senhoras às quais dei a minha opinião sobre a falta de educação e de tacto que mostrava a sociedade portuguesa falando como falava sobre o casamento d'El-Rei; quando meu irmão e as Princesas, de quem eles falavam com tão pouca delicadeza, nem sequer se conheciam, assim criando para meu irmão uma situação incompatível com sua honra de grand-seigneur e Príncipe". D. Filipa aborda ainda os seguintes assuntos, em um estilo narrativo muito pormenorizado: o encontro com as irmãs Isabel, Maria Anna, Benedita, a sobrinha Mafalda - filha de Maria Anna e Carl August, de 19 anos de idade, e Maria Luísa Castelo Pinto de Magalhães prima da D. Maria das Dores -; refere os nomes dos membros do Conselho Supremo que foram escolhidos pelo Duque de Bragança e as características de personalidade de cada um. É de referir a menção de eventos familiares, bem como alusão a particulares, instituições, acontecimentos históricos: - Conde de Paris ("todos têm medo do Conde" (...) "e eu não consigo intimidar ninguém"); Bustorff Silva ("ficou estabelecido há dois anos [1963] que a soma anual a entregar ao Duque de Bragança seria de mil contos"); Padre José Asseca, pároco da Igreja de São Domingos de Lisboa; Bénard Guedes; Brigadeiro Santos Costa; António de Sousa Lara; Azeredo Leme; Botelho Moniz ("estava ultimamente a desconfiar dele, mas não a esse ponto; ambição pessoal sim, mas não coisa comum com Delgado e Galvão; parecia-me inteligente demais para não compreender que os 2 macacos vaidosos e raivosos no Brasil se tornaram há muito joguetes do Comunismo"); D. Judith de Beaufort Odry; Ordem de Malta; Índia; Thurn e Taxis; Hilda Toledano Baptista; D. Segismundo de Saldanha; Maria Teresa Pereira da Cunha ("que é inteligente e competente, dedicada e discreta (...) foi com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora por todo o Mundo"); Cáritas; Projeto Novo do Porto de Portimão; Dr. Plínio Salgado; Hipólito Raposo; Duarte Pius; D. Pedro I, Imperador do Brasil; Dr. Arnaldo Rodo (médico especialista de ortopedia "tem operado e tratado muitos dos meus pobrezinhos, sempre gratuito" - data 1966); inauguração da “Ponte Salazar”; Cinquentenário de Fátima; Infanta D. Pilar de Espanha (casamento); D. Nuno Álvares Pereira; Dr. Sousa Pereira (médico); entre outros. Integra as seguintes fotografias: - Infanta (a preto e branco, data 1949). - Duque de Bragança e filhos (impressão em cartão postal). - Casa de Ferragudo, Algarve, concluída (2 fot.). - Desfile dos Pupilos do Exército incluindo o Príncipe D. Duarte (2 fot.). - Paisagem algarvia marítima (Ferragudo) e a Casa de D. Filipa. - Altar da Capela na "Casa da Infanta", no Vale de Areia, freguesia de Ferragudo, Algarve, em 1964". Na continuação da amizade entre D. Filipa e o Dr. Salazar, em uma das cartas sugere ir um dia almoçar ou jantar a sua casa, e diz: "a Maria não pense que tem que preparar um banquete! Cá em casa nunca tenho mais que um prato, às vezes uma sopinha antes e, como sobremesa, geralmente fruta ou salada de frutas". No que respeita à educação dos sobrinhos, diz: devem mudar de estabelecimento de ensino, sair do Colégio dos Jesuítas – onde não há equitação, e após a conclusão dos estudos ainda saem com a alcunha "jesuítas" -, e ser transferidos para o Colégio Militar. D. Filipa fornece informações sobre os trabalhos de construção da sua casa, situada na Serra de Monchique, Algarve. Os materiais utilizados - madeira angolana, tijoleira de Loulé, entre outros - que lhe ofereceram. E ainda, a indicar a sua nova morada, em Lisboa, na Rua Paio Pires Correia dizendo: "este bairro não é considerado chique como (...) a 'Estrela' ou a 'Lapa', mas o povo aqui parece simples e simpático". Compreende um livrinho popular com Orações a Santo António. Integra a lista das "Sepulturas no Coro de baixo da Igreja das Chagas de Vila Viçosa", a lista das "Sepulturas das Senhoras Duquesas de Bragança", e uma planta das mesmas, a propósito do falecimento de D. Francisca, Duquesa de Bragança.
Contém a carta da Infanta D. Maria Antónia de Bragança, residente em Algés, Dafundo, dirigida ao Dr. Salazar, a referir que tem boas notícias para lhe dar. Por conseguinte, combina uma hora para se encontrarem no domingo, diz: "se não quer que se saiba, não diga ao telefone quem é, mas simplesmente 'um amigo'". Contempla um cartão de Boas Festas de Natal, enviado de Nova Iorque, residência de D. Antónia. Inclui a carta D. Maria Antónia: refere Teotónio Pereira, a mudança de apartamento, bem como os filhos - Roberto está a estudar a carreira diplomática, António quer estudar Direito, e a "Mafaldinha (faz favor não falar nisso) está no meio do processo de anulamento civil. Como ela não casou na igreja - não há essas complicações" (data 1962). Integra a carta de D. Maria Antónia, remetida da Casa da Infanta D. Filipa, em Ferragudo, a comunicar ao Dr. Salazar, o casamento da sua filha Mafalda com o Conde André de Stenbock-Fermoz. Filho do Conde Ivan Stenbock-Fermor que foi professor de Literatura e Língua Russa, na Universidade de Stanford, na Califórnia, a mesma onde a segunda mulher, russa lecciona. A cerimónia conta com a presença da primeira mulher, a Princesa Nadejda Scbesbátoar, realiza-se em Bruxelas na Igreja Russa Ortodoxa de Saint-Job, e assiste também um padre franciscano católico. Quanto à receção, realiza-se na "grande casa" dos tios de André, em Bruxelas. D. Maria Antónia refere que conhece o futuro genro há dois anos, trata-se de um homem bom, culto e fino. Trabalha na IBM - "Empresa industrial das máquinas computadoras, os chamados cérebros eletrónicos, que fazem, além de outros trabalhos, o das rápidas traduções dumas línguas para outras". D. Maria Antónia convida o Dr. Salazar mas compreende que o seu estado físico o impede. Contudo, menciona que a sua irmã Filipa vai dar uma receção na sua casa do Algarve para apresentar os recém-casados a uma centena de amigos portugueses", entre outros.
Contém cartas de Sua Alteza Real D. Duarte, Duque de Bragança, residente em Coimbrões, Gaia, dirigidas ao Dr. Salazar. Integra uma fotografia de D. Duarte, a preto e branco, datada de Seebenstein, Áustria, 1939, oferecida ao Presidente do Conselho. Inclui a carta de D. Duarte a agradecer ao Dr. Salazar, o apoio que teve na viagem ao Brasil, no sentido "de tentar reforçar as relações entre os dois países no seu recíproco interesse". Contempla a carta de D. Duarte dirigida ao Dr. Salazar, a felicitá-lo pelos 25 anos de governação, pois "devido ao seu espírito de justiça e ao seu patriotismo" permitiu o seu regresso a Portugal. Contém a fotografia dos Duques de Bragança, acompanhados pelos seus três filhos, assinada por Francisca e Duarte (data 1954); fotografias da abertura dos alicerces para a fundação da Igreja de Santa Comba Dão, no Colonato de Cela, em Angola; fotografia a cores, do Príncipe D. Duarte e Infantes D. Miguel e D. Henrique. Reúne postais de Boas Festas: - com o desenho dos três filhos de D. Duarte, da autoria do retratista Eduardo Malta, 1960; - com a Família Real; - com a impressão do quadro "Os Filhos d'El-Rei Dom Miguel I, do pintor da Corte Hartmann (1862) e a legenda impressa da genealogia relativa às figuras pintadas. - com a reprodução do quadro da "escola Alemã", onde figuram D. Miguel II e sua irmã, a Infanta D. Maria das Neves. - com a reprodução do quadro do Rei D. Miguel I e a legenda biográfica: o "retrato do Rei pintado por Máximo Paulino dos Reis, foi oferecido pelo Rei ao Presidente dos Estados Unidos da América do Norte, Andrew Jackson. Em 1959, foi adquirido por D. Luís Bramão, em um antiquário. - pagelas relativas à trasladação dos corpos de D. Miguel I, e de sua mulher D. Adelaide para o Panteão da Dinastia de Bragança, na Igreja de São Vicente de Fora, Lisboa, em 5 de Abril de 1967. Inclui informações sobre a modesta residência de D. Duarte e da sua família, em uma casa em Gaia, e dos trajes modestos. Do interesse manifestado pela Princessa Francisca dos filhos estudarem no Colégio Militar, e sobre comentários políticos, entre outros. Integra a cópia da carta de D. Duarte dirigida ao Presidente da Junta da Fundação da Casa de Bragança - remetida por António Luís Gomes, Diretor Geral da Fazenda Pública e Secretário Geral do Ministério das Finanças, ao Dr. Salazar. D. Duarte menciona a receção de uma comunicação sobre a oferta do Palácio (ou Quinta) de São Marcos para residência da família real. Contudo, recorda que a Fundação foi "constituída com os bens da Casa de Bragança que por meus antepassados foram reunidos em vínculos, dos quais continuo a considerar-me legítimo administrador" (data 1957). Compreende a carta de Rui de Andrade, Presidente da Junta da Fundação da Casa de Bragança, a referir ao Duque que a "propriedade de São Marcos (...) foi adquirida pela Fundação aos representantes dos seus anteriores proprietários, reconhecidamente estranhos à Sereníssima Casa de Bragança ou a bens nela vinculados". Em outra carta, D. Duarte manifesta o seu repúdio pelas "palavras indecorosas proferidas por um pretendente à Chefia da Nação". Reúne telegramas, e um "Noticiário ANI" de 1958, do Serviço de Censura da Comissão de Lisboa, a censurar um artigo a ser publicado no Rio de Janeiro, nomeadamente no Jornal "Voz de Portugal". Enaltece a grandeza e carácter do General Craveiro Lopes, na qualidade de Chefe do Estado Português, devolvendo todos os presentes que recebeu, incluindo as jóias da sua falecida esposa. Enquanto, que o artigo de D. Duarte, dirigido ao comendador Juliano Ferreira Cancela, Diretor do Real Gabinete Português de Leitura teve autorização de publicação. Integra a cópia dactilografada, da entrevista feita (no Porto) por Heinz Barth (correspondente em Madrid) a D. Duarte, pretendente ao Trono de Portugal, e o recorte do jornal em idioma alemão.