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Documentação relacionada com a actividade de Francisco Ferreira do Amaral enquanto governador de São Tomé e Príncipe.
Informa que, por deliberação do atual presidente da Sociedade do Palácio de Cristal portuense, foi determinado adiar a exposição agrícola programada para 1897, neste palácio, para não perturbar a exposição de idêntica natureza que faz parte dos festejos da comemoração do IV centenário da partida de Vasco da Gama para a Índia.
Contém : mapa dos distritos do continente em que foram concedidos mais de mil passaportes, relativo aos anos 1902-1904, distribuição da receita de passaportes, nota do número e do rendimento de passaportes a nacionais e a estrangeiros e referências a passaportes a estrangeiros, conferidos pelo governo civil durante os anos económicos de 1900-1902 a 1904-1905, mapa do número de portugueses que tiraram passaportes para sair do reino nos anos de 1895 a 1904, manuscritos da comissão dos passaportes.
A carta 3 contém (3 f.), a carta 8 (2 f.), a 10 inclui 1 recorte de jornal, a 13 (2 f.), a 16 (3 f.), a 17 (3 f.), a 18 (2 f.), a carta 20 (3 f.). A folha que serve de capilha inclui, no verso, um índice das cartas: data e sumário. Eduardo Abreu foi médico e vogal secretário da "Comissão Executiva da Grande Subscrição a Favor da Defesa do País". Reúne cartas enviadas a Francisco José Ferreira do Amaral, oficial de Marinha, convidando-o a participar nas reuniões da Comissão, realizadas no edifício do Teatro D. Maria II, a 11 de janeiro de 1890, algumas reuniões foram presididas pelo conde de São Januário, pelo duque de Palmela, entre outros. Numa carta Eduardo Abreu indica o valor dos honorários pagos ao conselheiro. Por outro lado, refere que recebeu os relatórios do delegado técnico em Livorno, bem como o título de propriedade do cruzador "Adamastor" que foi passado pelos construtores Orlando, o traslado da escritura do contrato para a construção do navio e ainda, três cadernos intitulados "Note à l'appui du projet-machines-Spécification". Numa das cartas remetida de Amares, menciona o galeão - modelado por Bordalo [Rafael Bordalo Pinheiro] - que "é cópia fiel da gravura mandada executar em Paris, em face de 18 portulanos da época do descobrimento da Índia, alguns existentes na Biblioteca Nacional de Paris". Acrescentado que a gravura foi mandada fazer por um amigo ex-oficial da Marinha de Guerra Brasileira, Jerónimo Ferreira das Neves que tinha a biblioteca americana mais valiosa que se conhecia [em 1897] e que "o ano passado comprou duas cartas de Fernando Colombo, e a 1.ª edição de Marco Polo". Inclui um recorte do jornal "Diário de Notícias", n.º 11.345-33 ano - 1897 - mencionando Livorno (em Itália), sobre questões políticas da época, entre outros. Alude ao conflito ocorrido entre Ferreira do Amaral e Cardil (e a cessação das funções do último). A propósito da organização da chegada a Lisboa do cruzador "Adamastor, Eduardo de Abreu diz a Ferreira do Amaral: "que o País precisa de ser bem analisado, em todas as suas forças, administrativas e oficiais, desde a junta da paróquia, até às câmaras municipais, que sendo em Inglaterra, a base do grande poder inglês, são em Portugal, o alicerce da desorganização, da ignorância e da imoralidade, da incúria e da fraqueza da Nação Portuguesa". Indicando que das 262 câmaras só 9 entregaram as subscrições, e que entre "as caloteiras figurava em primeiro lugar a de Lisboa". Alude a Alexandre Herculano como "o mais sábio historiador", e a propósito "hoje não as poderia exaltar como o fez na sua época". Eduardo de Abreu ao longo da carta refere a existência de 58.000 arquiconfrarias, confrarias e irmandades existentes em Portugal, sendo a mais rica a Confraria do Santíssimo Sacramento da Igreja dos Mártires em Lisboa, sobre a qual observava que esta não apoiava financeiramente asilos e escolas. Em relação à educação informava que havia 3792 com base na estatística de 1892, e especificava que umas foram transformadas em cavalariças, outras não tinham professores pois emigraram para o Brasil), outras estavam encerradas porque o Governo não pagava aos professores, e em alguns casos nem se conheciam as escolas. Por conseguinte, contou o episódio do correio do Ministério das Obras Públicas que não encontrou a Escola de Instrução Primária na freguesia dos Anjos, em Lisboa. Alude ao programa de receção do navio "Adamastor" entregue ao Governo em Lisboa, de que estava incumbida a Comissão - da qual fazia parte "o duque de Palmela sempre receoso das manifestações populares" -, e que não podia impedir outras embarcações de incorporarem o cortejo no Tejo. Constava também no programa a participação de bandas da Guarda Municipal, filarmónicas e lançamento de foguetes (carta datada de, Lisboa, 23-06-1897). Eduardo de Abreu na carta em que referiu o envio da carta de José Cesário da Silva, manifestou o desejo pessoal do navio "Adamastor" ter o busto de Camões (que mandou fazer a expensas próprias e foi modelado por Simões de Almeida, professor da Academia, e fundido com cobre por Salvador Orlando, incluindo um suporte com o verso "Vereis amor da Pátria não movido, etc."). Eduardo Abreu comentou acerca da nomeação de Dias Costa para chefe da Marinha de Guerra que foi relator da proposta dos tabacos dizendo: "é pasta para bacharéis, ou políticos com galões de capitão!", e ainda, dando notícias sobre Moçambique. Noutra carta nomeia os seguintes vapores que foram ao encontro do "Adamastor", no dia da chegada a Lisboa, especificando quem ia a bordo: - "Vitória" com a comissão executiva, "D. Amélia" com a Associação Comercial e convidados, "Frederico Guilherme" com a Sociedade de Geografia, "D. Carlos" diretores do Caminho de Ferro, "Lidador" - Câmara Municipal de Lisboa; "Isaura", "Furão", "Rio Tejo" e "Ave" - com estrangeiros, negociantes, industriais -, "Cabinda" com agentes e comandantes das empresas nacionais de navegação, "D. Afonso" com o grémio dos oficiais da marinha mercante, "Machado" - vapor de pesca -, entre outros, sendo mais de 100 embarcações. Noutra carta alude ao episódio da sua prisão pela "quadrilha" policial, estando presente José Dias Ferreira que "nunca disse na sua gazeta e no Parlamento palavras contra a quadrilha"- e quando passou a família real, Eduardo Abreu gritou: "Viva a Nação Portuguesa". Eduardo Abreu refere notícias relativas a Mouzinho dizendo que recebeu um soneto do Chissana (Xissana) do Gungunhana, enviado da ilha Terceira, do Castelo de São João Batista, referindo aspetos das relações entre brancos e negros, e observando que depois do Ultimato de 1890 "pobres como estamos não podemos pensar em guerra na África" (1898). Relata o que aconteceu no Centro Comercial do Porto, quanto ao discurso do deputado Antero "a chamar ladrões aos governadores do Ultramar", e pedindo a Francisco Ferreira do Amaral o favor de procurar o farmacêutico - na rua da Quitanda 47 - para saudar da parte dele, Manuel António de Matos, seu único tio-avô paterno. Inclui uma carta de condolências pela morte de Luciano Cordeiro e Serpa Pinto (Amares, dezembro de 1900). Eduardo Abreu colou numa carta um recorte de jornal que noticiava a viagem feita por políticos, aristocratas, comissários de polícia ao Funchal, acompanhados das famílias, em navios de guerra da marinha portuguesa, comentando: "perante esta devassidão, não há meios de se organizar a marinha de guerra portuguesa. Está toda a Oeste da Torre de Belém, mas sem forças para seguir até Vigo" (Amares, 1907). Contém uma carta dirigida ao conselheiro Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, presidente do Conselho de Ministros, solicitando que intercedesse sobre a questão pendente, havia quatro anos, sobre o impedimento da venda a estrangeiros dos pequenos ilhéus do Canto ou das Cabras, nos Açores (propriedade do seu filho menor) pelo Governo, surgindo de novo uma proposta de compra por parte de uma poderosa companhia estrangeira (datada de 1908).
José Pereira Palha Blanco informa Ferreira do Amaral que os elementos progressistas da Câmara Municipal entregaram o exercício das suas funções aos republicanos, assume-se monárquico, fornece nomes de progressistas que podem auxiliar nas eleições, entre outros. Integra cartas com o timbre "Quinta das Areias".
Inclui o elogio ao discurso que Ferreira do Amaral fez, e ao livro que Ferreira do Amaral escreveu. Integra a informação sobre a sua ideologia política republicana. Contém o pedido de Miguel Bombarda dirigido a Ferreira do Amaral para o genro, Júlio Tomás Rodrigues de Sá, ocupar um cargo. Contempla informações sobre a situação do país, eleições, entre outros. Um papel de carta tem o timbre: "Hospital de Rilhafoes - Direcção"
Uma carta é enviada para Ernesto de Vasconcelos.
Uma carta é enviada para Augusto Basto Ferreira do Amaral.
A documentação refere os seguintes assuntos: falta às sessões no Parlamento, agradecimento da dedicação como lider do partido, candidatura a senador da Madeira.
Contém assuntos diversos, a saber: sugere nomes para o cargo de governador da Índia, bem como outros nomes para diversas funções, refere os preparativos para a sua próxima viagem como comandante do "Vasco da Gama", a sua actividade como governante e administrador colonial, obras públicas a serem empreendidas nas colónias, males de saúde por que passa em África, bem como sua mulher, desgosto que teve pela perda de familiares, entre vários outros temas.
Contém uma carta informando-o de que foi nomeado administrador desta companhia, um rascunho de Francisco Joaquim Ferreira do Amaral declinando "tão honroso encargo" e uma segunda carta insistindo no mesmo convite.
Pedro Venceslau de Brito Aranha foi diretor do jornal "Diário de Notícias". Brito Aranha informa o conselheiro Ferreira do Amaral de que o seu amigo Fraga vai da parte do "Diário de Notícias", e pede-lhe ainda, que o acolha no seu navio afim de assistir à saída do "Adamastor". Noutra carta, Brito Aranha convida o conselheiro a integrar a lista de sócios da Associação de Jornalistas (doc. 3).
Inclui assuntos sobre a questão do Zaire, Anchieta, da nomeação para ministro da Marinha, entre outros.
3 minutas de F. J. Ferreira do Amaral relativas ao regicídio e 1 telegrama do Visconde de Pedralva.
A carta 16 contém (2 f.), a carta 35, 35 a) contém um bilhete e carta dirigidos a Ernesto de Vasconcelos, chefe do gabinete do presidente do Conselho - entre outras), a carta 36 contém um recorte de jornal, a carta 45 contém (4 f.), a carta 66 contém (3 f.). Alguns papéis de carta incluem impresso a vermelho "Centro Progressista Dissidente, R. Nova da Trindade, 9, 2.º, Lisboa", outra do "Turf Club Lisboa" (doc. 67), sendo algumas remetidas de Mesão Frio, Casa da Rêde; da Figueira da Foz, Bairro-Novo; do Hotel de "Thermes de Dax-Landes". José Maria de Alpoim foi redator do periódico "Dia". Carta de José de Alpoim a pedir ao almirante Ferreira do Amaral para que Rosa Alice dos Anjos possa ser admitida no Recolhimento do Calvário (19-12-1908, doc. 1), entre outros empenhos para diversos lugares. O autor solicitava ao almirante que substituisse o administrador de Mesão Frio, distrito de Vila Real por outro de diferente concelho, por praticar violência nas eleições da Junta da Paróquia de Barqueiros, suspendendo o regedor e mandando vir a polícia. Contém outras notícias sobre eleições em Sernancelhe, Tabuaço, entre outros. Noutra carta o autor alude aos problemas que tem com o Vilhena bem como as perseguições de que os dissidentes são alvo em vários distritos. Em cartas datadas de 24 de fevereiro e outubro de 1908, pedia ao almirante para emitir ordens em Moçambique para que o seu filho Egas de Alpoim de Cerqueira Borges Cabral, e Raul Mário de Serra Guedes, segundos tenentes, ficassem no "Adamastor" e, também, que o juiz Dr. Eduardo dos Santos que se encontrava em Moçambique fosse colocado em Goa. Integra diversos pedidos de empenhos particulares - um sobre "vagou um lugar na Torre do Tombo, de escrit[orário], pedia-lhe o favor de o solicitar para José Meireles de Sousa", 5 de maio de 1908, doc. 32.; outro a pedir o cargo de governador de São Tomé que estava para vagar para o seu cunhado Dr. Carlos de Castro Lopes, doc. 40. Integra um recorte de jornal intitulado "Conspiração Franquista" com a notícia das atividades de João Franco transmitindo ordens de Marselha e Bilbau, artigo assinado por Lello, (doc. n.º 36-a). Em outra carta remetida de Salamanca, Alpoim aponta João Franco como o principal responsável pelo regicídio, bem como pela perseguição de que era alvo e da ordem de prisão que o levou a refugiar-se em Espanha, datada de "Gran Hotel del Comercio de José Cea", 5 de fevereiro de 1908 (doc. n.º 54).
Contém 4 recortes de jornais : 3 franceses, do ano de 1908, com referências ao assassinato do rei D. Carlos e príncipe Luís Filipe e um português, de 1869 - Mapa do movimento dos doentes militares e civis da repartição de saúde do Hospital de Luanda.
Trata de assuntos da reforma das pautas ultramarinas tendo a Sociedade de Geografia convidado os representantes das indústrias de fiação, tecelagem, tinturaria e estamparias de algodão para uma reunião; mudança do edifício em ruína, da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa para o novo; da resposta da Real Fábrica de Fiação de Tomar; da autópsia de um norueguês que foi assassinado a bordo de um navio da mesma nacionalidade e também dos cadáveres envolvidos nas arruaças de 5 de maio de 1908 (doc. 1).
Trata da eleição do padre António da Costa e Oliveira Pinto para bispo de Cabo Verde, recomendado por Ferreira do Amaral, bem como a dar os pêsames pelo falecimento da sua mãe. O papel das cartas tem os timbres: "Ministério da Marinha e Ultramar - Repartição do Gabinete"; "O Liberal" - Rua das Gaveas, 10, Lisboa".
Lamentam o mau êxito da candidatura de Francisco Joaquim Ferreira do Amaral para deputado de Macau, salientando que o resultado seria diferente se o voto dependesse dos macaenses de Xangai e enaltecem os feitos do seu antepassado João Maria Ferreira do Amaral.
José de Anchieta felicita Ferreira do Amaral pela nomeação de governador geral em Benguela. Refere a exploração zoológica do litoral, e pede-lhe que atenda a pretensão do amigo Lopes para ser administrador da Alfândega de Benguela (carta remetida de Caconda).
Uma carta foi enviada para Guilherme Capelo
Carlos Bocage apresenta Alexander Groschke e von Devitz (tenente de engenheiros) alemães que vão fazer a travessia de África entre Mossamedes e Sofala (papel timbrado "Ministério dos Negócios Estrangeiros - Gabinete do Ministro - Particular"). Contempla a menção a Bleichroeder, banqueiro do Bismarck que calculou a indemnização da guerra da França em 1870. Inclui informação sobre Mousinho, sobre as idas de colonos para Moçambique; pedido para o irmão de Afonso Sarmento (seu colega na Cartografia) para manter Adolfo de Melo Morais Sarmento em serviço na esquadra do "Zambeze" por mais um ano, pedido para Hugo, filho de Jorge O'Neil; menção à Rodésia, entre outros. Contém um cartão timbrado da Sociedade Geográfica de Lisboa, bem como da Villa Roma, em Sintra (doc. 13).
Inclui 122 cartas e 2 sobrescritos: um dirigido ao vice almirante Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, do Conselho de Sua Majestade, Par do Reino, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do reino (com bordas pretas, timbre dourado do "Ministério dos Negócios do Reino", no verso selo de chapa); o segundo sobrescrito, é endereçado: "Para o Presidente do Conselho / Lisboa/ d' El Rei/ outubro 1908" (com bordas pretas, contém no verso lacre preto). Reúne cartas autógrafas do rei D. Manuel II, em papel timbrado acondicionadas em três envelopes. Na troca de correspondência entre o rei e Ferreira do Amaral, verifica-se que no início do reinado é o Presidente do Conselho que redige os discursos que por sua vez são elogiados por D. Manuel. Por outro lado, o Rei pede a Ferreira do para não se esquecer de lhe explicar e ensiná-lo se houver algo importante. Termina as cartas com a frase: "creia-me sempre o seu muito amigo / Manuel". Posteriormente, é o rei D. Manuel que redige os seus discursos: um destinado à Câmara Municipal no Porto, outro à Associação Comercial, entre outros. No acervo, o Rei sugere os assuntos que devem ser tratados quer aos negócios das pastas da Fazenda, das Obras Públicas, entre outros. Nas cartas encontram-se referências as diversas personalidades, tais como, José Luciano, o marquês do Lavradio - foi secretário particular -, João Brás (da Escola Naval), D. Fernando de Serpa, Ernesto de Vasconcelos, Roçadas (sobre assuntos da Província de Angola), Júlio de Vilhena, oficiais que partiam para a Guiné e ainda acerca do ministro dos Negócios Estrangeiros. Por conseguinte, o Rei aceita a exoneração de Paiva Couceiro do cargo de governador geral. Contém a carta sobre o pedido feito por Gerard (conservador da Exposição do Brasil) ao Rei, para remeter uma grande coleção de mapas das campanhas, publicações, desenhos, relativamente a investigações científicas, honrando a memória de D. Carlos I. Neste acervo, encontram-se também, informações relativas a António de Azevedo, conselheiro de Estado e Presidente da Câmara Municipal, bem como aos aspirantes de marinha desabafando o Rei: "depois desta horrorosa e tremenda desgraça tive de abandonar com grande desgosto meu, esta linda vida à qual me tinha dedicado com tanto gosto". Noutra carta datada de 21 de julho, o Rei refere-se à Câmara dos Pares: "é verdadeiramente extraordinário que não se tenha discutido o orçamento" e a lista civil. É mencionado Espregueira quando são tratados assuntos da Fazenda, bem como os operários da Companhia dos Tabacos, e ainda, o marquês de Alvito devido aos estudantes da Escola Politécnica quererem que no dia da posse do Patriarca fosse feriado. As cartas aludem ainda, a figuras ilustres, tais como, José Luciano de Castro, Alexandre Cabral, Campos Henriques e Teixeira de Sousa (acerca da quezília ocorrida entre ambos), a A. Pequito, Libânio A. Fialho Gomes, e Fernando E. de Serpa. Noutras cartas pode-se observar o Rei a interceder a favor de Joaquim José de Barros, capitão tenente da Armada, a referir o capitão João de Almeida, o tenente coronel Roçadas, e Júlio de Vilhena. Por outro lado, recebe os lentes da Universidade de Coimbra, Sebastião Teles, e os Diretores gerais de todos os ministérios. O Rei refere ainda o ministro da Holanda. As cartas mencionam outras personalidades: Anselmo de Andrade, Veiga Beirão, Carlos Tavares, Calvet, o conde de Tarouca, o conde de Samodães, o marquês de Alvito, conde de Sabugosa, Ressano Garcia. Noticia-se o falecimento de Santos Viegas e a Comissão de agricultores viticultores. Na correspondência trocada fala-se de Castilho que pediu ao Rei o envio de um telegrama ao Couceiro, governador geral de Angola para não se demitir. Contempla informação alusiva à Casa de Burnay, situada no Jardim das Laranjeiras, ao programa da inauguração do Caminho de Ferro do Vale do Vouga, à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e ao Hospital Militar da Estrela (onde estavam os soldados feridos, provenientes da expedição da Guiné. Numa carta D. Manuel ordena a Ferreira do Amaral que a Fazenda da Casa Real não utilize recursos que não tenham sanção Parlamentar conforme artigo 80 da Carta Constitucional. Compreende a menção a artigos e jornais, nomeadamente, "O Estarreja". Contempla assuntos sobre atribuição de condecorações a entregar no dia da aclamação do Rei, a saber, a Grã Cruz da Torre e Espada - dada ao general Craveiro Lopes -, as insígnias para Francisco Figueira e o soldado Valente, bem como as destinadas a António de Azevedo, Presidente da Câmara. O Rei pede a Ferreira do Amaral a fórmula do juramento para conhecê-lo bem de antemão" e o "discurso que deve fazer no dia da aclamação". Noutra carta, o Rei mostra desagradado pelo recebimento de um telegrama que remete a Amaral, dizendo-lhe para não responder e "que se mande dizer aos telégrafos para não deixarem passar telegramas nestes termos". O Rei solicita a Amaral o envio do cifrante para levar a bordo do navio "Amélia". Contém o texto intitulado “Assuntos tratados numa conferência entre Bernardino Machado, José Relvas e Manuel de Oliveira Ramos – trata-se de uma proposta de pacificação monárquica republicana sobre as considerações e bases seguintes”. Sobre quem é nomeado relator na Câmara Alta? Integra o telegrama enviado da Câmara Municipal da Horta acerca da peste bubónica. Noutras cartas são mencionados boatos de crise com o objetivo do ministro da Fazenda se demitir. D. Manuel II diz a Ferreira do Amaral que recebe os homens públicos no Paço, de modo a ficar a par do que se passa "no meu querido País", acrescentando "temos crise ministerial cada vez que o Presidente do Conselho vier ao Paço?" (10-07-1908). Noutra carta refere o Dr. Eduardo Burnay relativamente "às quantias mandadas diretamente para Londres, 600.000$000 reis, e 300.000$000 da compra do Yacht", bem como ao banqueiro [Coots] de Londres, à situação colonial, entre outros. O Rei alude ao jornal "Diário de Notícias" no qual vem a notícia de “uma relação dos adiantamentos - feitos por D. Carlos I à avó de D. Manuel II -, feitos à Casa Real e às pessoas da Família Real, perguntando a Ferreira do Amaral, se sabia quem teria dado as informações ao jornal". Noutra carta, o Rei trata da entrega da Ordem Russa; também do comportamento de Bernardo "porque atacando ele o Governo que foi escolhido por mim, ataca-me a mim". Ferreira do Amaral informa o Rei que D. António Maria de Lencastre, médico da Família Real recusou o título de conde [de Castelo Mendo], mas desejava que o seu genro Fernando de Carvalho e Castro Morais de Almeida (filho do general Morais de Almeida) casado com a sua única filha Maria Teresa, fosse agraciado com o dito (Pena, 12-12-1908). Numa carta, D. Manuel avisa Ferreira do Amaral que vai percorrer as ruas de Lisboa em uma carruagem aberta, apenas acompanhado pelo seu ajudante de campo, devido à notícia do jornal revelar que no dia anterior o Rei entrou em Lisboa "em carruagem fechada por falta de coragem”(5-12-1908). Nas cartas, D. Manuel II trata dos assuntos relativos ao legado de Gondarém, da crise agrícola "flagelo que se chama fome" – afirmando "peço que me informe da maneira melhor de eu poder socorrer o povo que tem fome" (10-08-1908). D. Manuel menciona o Museu dos Coches, o Telheiro das Galeotas Reais à Junqueira, o telegrama para ser publicado relativo ao [Presidente] dos Estados Unidos do Brasil. O acervo contém um telegrama cifrado, enviado pelo rei D. Manuel II.
A acusar a receção de um ofício de Ferreira do Amaral, Governador Geral da Província de Angola (carta remetida de Cabinda).
A carta 4 contém um recorte de jornal agrafado, a carta 7 contém (4 f.), a carta 10 contém (4 f.), a carta 11 contém (2 f.), a carta 13 contém (5 f.) e 7 recortes de jornal, a carta 17 contém 3 recortes de jornal e um folheto informativo da Imprensa Nacional, a carta 18 contém (8 f.), a carta 19, contém (6 f.), a carta 20 contém (11 f.), a carta 22 contém (6 f.), a carta 26 contém (7 f.). Na carta datada de Tamanga-Paris, 9-06-1909, dá os pêsames a Ferreira do Amaral (doc. 1). Noura carta menciona o comércio feito em São Miguel e o transporte, a baía de Salamanca, entre outros (doc. 2). Inclui um recorte do jornal "Le Matin" com notícias veiculadas por Nova Iorque e Londres acerca do conflito entre o Japão - ameaça declarar guerra à China. O incidente ocorreu quando o navio japonês Tatsu-Maru que transportava, passageiros mercadorias e armamento com destino a Macau foi intercetado por marinheiros chineses armados, que entraram a bordo e retiveram o navio. Sendo que o navio japonês referiu que tinha licença para importar armas e munições, tal como foi confirmado pelas das autoridades portuguesas, e que se encontrava nas suas águas territoriais. O autor refere bancos e companhias portugueses e internacionais (doc.7); menciona as entidades: Banco Ultramarino, Companhia da Zambézia, Companhia de Moçambique, entre outros. O autor refere que recebeu notícias de África e que o Manuel António foi preso, enquanto o esplendido oficial, alferes Freire foi morto, deixando viúva e dois filhos pequeninos, pedindo-lhe para se lhe dar uma pensão de sangue, alude também a assuntos políticos (doc. 11). Em carta de 1892, informa Ferreira do Amaral sobre os capitais e os primeiros banqueiros de Paris, também refere os Rothschild, alude ao decreto e à Companhia constituída e registada no Tribunal do Comércio (doc. 12). Contém a carta com o timbre "Companhia Africana - Sociedade Anónima de Responsabilidade Lda. / Endereço telegráfico 'Azul Lisboa' ", Paiva de Andrada felicita Ferreira do Amaral pelo feliz governo e pela vantajosa ocupação do Cacongo, menciona a Ponta Negra, as relações com os ingleses, bem como o tráfico de escravos (200 pretos), a navegação entre Angola, Cabo e Moçambique, apresenta ainda o seu projeto de navegação favorável a Portugal e domínios ultramarinos datado de Lisboa, 6 de dezembro de 1883, junto à carta encontram-se recortes de jornais em inglês, acerca das colónias portuguesas em África, bem como a ocupação do Norte do Congo pelos portugueses (doc. 13). Na carta remetida de Londres, Paiva de Andrada informa Ferreira do Amaral que recebeu pelo correio o texto do contrato preparado com a Inglaterra e que o Dantas lhe envia um exemplar, e que inclui novos portos da costa na província comercial mais importante que a atual Angola, diz que a Bélgica irá tomar posse do Congo, entre outros (doc. 14). As restantes cartas tratam de assuntos sobre a soberania de Portugal das margens do Zaire e territórios de Cabinda, Molembo, as relações de Portugal com a França, da ocupação oficial de todo o baixo Zaire até às cataratas, anúncio copiado de um jornal de Pretória de 22 de julho de 1882, intitulado "For Mossamedes" sobre o "brigantine Louis Alfred" e os Boers, entre outros.
D. António Barroso prelado de Moçambique informa sobre a missão inglesa, refere-se a Stanley, Congo, entre outros.
Contém 37 sobrescritos e 70 cartas distribuídos em macetes. Inclui sobrescritos do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia dirigidos aos seguintes destinatários: - Vice almirante Ferreira do Amaral; - Conselheiro Ferreira do Amaral; - Contra-almirante Ferreira do Amaral, Inspeção do Arsenal da Marinha, morador na Rua da Quintinha, n.º 51, Lisboa; - Presidente do Conselho. Alguns envelopes timbrados incluem o selo postal, o carimbo do correio, o brasão do rei e da rainha incrustados em lacre vermelho, e preto. Há envelopes com bordas pretas (sinal de luto).Têm inscrito no remetente Paço das Necessidades, Paço de Cascais e Paço da Pena. As cartas autógrafas da rainha D. Amélia, tratam de assuntos relativos ao estado financeiro dos Institutos que preside, de convocação de reuniões da Comissão Central dos Socorros a Náufragos, da nomeação de José de Andrade Navarro para a Direção do Instituto Ultramarino, informações sobre pessoas, atitudes pessoais, segurança pessoal, entre outros. Macete datado de 1907 Inclui a carta da Rainha a queixar-se a Ferreira do Amaral, amigo e conselheiro, dizendo que não recebeu resposta aos ofícios enviados ao Ministério do Reino, "mas como as más criações ficam com quem as fazem". Por outro lado, agradece o convite da Sociedade de Geografia para assistir à sessão, manda Ferreira Amaral lavrar o Decreto da nomeação de D. Joana Chaves Hintze Ribeiro para a Direção do Instituto Ultramarino (22 de janeiro de 1906). Noutra carta D. Amélia manda atribuir uma pensão a título temporário, a Angelina Vidal, escritora, em precária situação financeira, corresponde-se com ela de quem recebe versos, compara-a à escritora Luisa Mitchel. A Rainha diz ainda "que vida extraordinária a do marido e que bem que [vossemecê] faz viver este D. Juan". A Rainha trata também do assunto relativo à neta do almirante Pinho “enquanto for viva não a deixará desamparada”, sendo que concede uma pensão mensal de 10$000 à viúva do alferes Maura. O acervo inclui informação da entrega do benefício do [Teatro] São Carlos, feita por Paccini a favor do Instituto, o pagamento do camarote feito pela condessa de Penha Longa, o conde da Ribeira e a visita da mãe da Rainha. Compreende a proposta de nomeações régias para D. Maria José Gaivão Mouzinho de Albuquerque - comissão executiva – e D. Maria Joaquina de Saldanha da Gama de Ornelas para substituir a condessa de Valbom. E da contribuição paga por Almeida Eça para o Instituto (12 de outubro de 1904). Noutra carta, a Rainha manifesta pesar pelos tristes acontecimentos ocorridos em África, dizendo a Ferreira do Amaral que terão de valer às famílias, enquanto não receberem a pensão de sangue (Cascais, 7 de outubro de 1904). Por outro lado, refere que falou com Júlio de Vilhena acerca de uma lei de atribuição de pensões, e que este lhe prometeu apresentar uma proposta de lei na Câmara, acrescenta "e assim o bem que o nosso Instituto possa fazer às viúvas e órfãos dos que morreram em serviços do País, não será exposto a cair nas mãos dos agiotas". D. Amélia menciona ainda, Francisco Maria Bacelar, entre outros. Macete de cartas após 1908: Contém um envelope com papel de cartas autógrafas da rainha D. Amélia, viúva, com timbre real, e bordadura preta. Os assuntos tratados são, na sua maioria, relativos à gestão do Instituto Ultramarino e dos tuberculosos, sobre as medidas a tomar em relação à segurança pessoal da Rainha e do seu filho o rei D. Manuel II. Integra um Bilhete postal ilustrado (representa o assassinato do rei D. Carlos e do príncipe herdeiro, bem como a rainha D. Amélia e o filho D. Manuel II dentro da carruagem, apresenta várias figuras masculinas no passeio, entre as quais, o atirador, apontando e disparando a arma). Há cartas que contêm as instruções dadas por D. Amélia a Ferreira do Amaral dizendo que é necessário "acostumarem-se às precauções ignoradas até hoje entre nós, mas usadas lá fora por todos os Chefes de Estado. Temos pois dois automóveis da Casa, num vai El Rei comigo e 1 ou 2 dignatários; e na retaguarda outro com os outros dignatários. Calculo que o terceiro automóvel com polícias virá cá ter e já munidos, chauffeur e polícia [...]". "À noite mandarei dizer o tempo que o automóvel terá levado hoje com o percurso indicado". Embora não refira qual é o percurso, menciona o tempo em outra carta. A título de curiosidade, numa das cartas a rainha diz: "quis falar-lhe agora ao telefone mas a menina participou-me que a linha estava interrompida!". A Rainha solicita ao conselheiro, a propósito da visita de D. Manuel II efetuada ao Hospital de São José, de modo que não seja extenuante nem o impressione, informa que as piores doenças contagiosas se encontram no Rego e nas enfermarias do Instituto Bacteriológico. Contempla a ordem para a Caixa Geral de Depósitos a fim de continuar a entregar o dinheiro do fundo da tuberculose à Assistência Nacional aos Tuberculosos -, dada anteriormente por Hintze Ribeiro (1908). A Rainha menciona o projeto das habitações populares salubres elaborado por Júdice, relacionadas com a Assistência Nacional aos Tuberculosos. Diz a Rainha "parece-me que se tem tudo a lucrar com a apresentação deste projeto ao Parlamento; mesmo politicamente, mostrar o Governo que não deixa aos republicanos o monopólio dos projetos de Lei tendentes a melhorar as condições das classes trabalhadoras ou menos abastadas” (11 de março de 1908). Contempla informação sobre seu contrato de casamento que está em poder de Vicente Monteiro (8 de Maio de 1908); e que o seu irmão mais novo, o duque de Montpensier passa uns dias em Portugal (11 de dezembro de 1908). No acervo existem referências a várias personalidades, tais como, António Costa, Anahory (entregou a letra destinada ao Instituto), a neta de Andrade Corvo, e João Coutinho. D. Amélia menciona o conselheiro Melo e Sousa, tesoureiro do Instituto Ultramarino, a propósito de venda de ações da Zambézia, e ainda, deseja saúde a Ferreira do Amaral, na estadia das Águas das Pedras Salgadas, entre outros (1909-1910). Macete de telegramas após 1908: A rainha refere a aclamação que foi feita ao seu filho D. Manuel II em várias cidades de Portugal, nomeadamente Braga, Guimarães, Coimbra, entre outros, bem como o almoço que foi realizado em casa do conde de Margaride. Também a visita feita ao Castelo, ao quartel e à Sociedade de Martins Sarmento (onde o filho distribuiu prémios e bandeiras), e a sua estadia no Palácio das Carrancas no Porto (1908-1909).
A carta 1 contém 2 f. Álvaro Soares de Andrea em tom de desabafo, diz ao conselheiro Ferreira do Amaral que a sua situação financeira e familiar é precária, que se encontra sem casa - "foi vendida ao Estado juntamente com o terreno da Quinta da Estrela, para o novo liceu" - e sem dinheiro, desde que foi exonerado do serviço da armada, culpando o ministro da Marinha do governo transato, possivelmente [Aires de Ornelas e Vasconcelos]. Solicita a influência do conselheiro para que saia o Decreto visto só ter uma pensão de 25$000 do serviço que cumpriu em África, Moçambique (doc. 1). Noutra carta, classificada como "particular", Álvaro Soares de Andrea utilizando um discurso de revolta, diz se não fosse um homem honrado negaria a nacionalidade portuguesa, onde neste "país só se vive da hipocrisia, da vaidade e da mentira", e ainda, da ambição de muitos "aventureiros que sem brio, apenas exploram os dinheiros da Nação". Alude ao seu avô, o tenente coronel de Cavalaria Tomás José de Sousa Soares de Andrea, que lutou heroicamente contra os miguelistas, em Vila Viçosa deixando os seus filhos na pobreza (11 de janeiro de 1902, doc. 2). Em outra carta, o autor refere que teve conhecimento através dos jornais, de que Ferreira do Amaral ia no dia seguinte, fazer um discurso "de apologia póstuma do grande herói de Chaimite" na Sociedade de Geografia de Lisboa, pondo à sua disposição nove documentos que corroboram a verdade histórica e pedindo a sua devolução (doc. 3).
A carta menciona que Francisco Roque Freitas de Albuquerque é tio de Francisco Ferreira do Amaral.
A documentação contém "caderno de apontamentos da vida intíma", cartas do conselheiro Ferreira do Amaral dirigidas a Aires de Ornelas. Contém carta da Empresa Electo-Cerâmica para Augusto B. Ferreira do Amaral. Alguns documentos têm a menção de "Confidencial".
A solicitar a Ferreira do Amaral a esmola de uma passagem grátis como colono para Moçambique, no paquete da Mala real Portuguesa, devido a terem-se esgotado os recursos para viver em Lisboa dizendo "a fome obriga a maus procedimentos".
Relatório sobre a construção da ponte sobre o rio Lucalla - Angola
Papel de carta com o timbre "Governo da Província de Macau e Timor - gabinete do Governador". Integra informações sobre o rendimento da lotaria da Misericórdia de Macau, obras, Manila, China, Saigão e Singapura, o desvio da emigração feito de Singapura para a Alemanha "africana-oriental", para Macau. Inclui referências a incidentes com chineses, Liupu, Batalhão do Ultramar, entre outros assuntos da governação de Macau. Inclui uma carta dirigida a [Jonas] Coelho.
Integra um relatório, informação sobre a regularização do cofre do juiz de Luanda, parecer sobre injúrias feitas a Amaral - devendo ser de Damião Ponte Ferreira -, agradecimentos pela nomeação do compadre para o concelho de Caconda, entre outros.
A carta 15 contém (6 f), a 16 contém (9 f), a 19 contém (2 f), a 27 contém 1 livro pequeno, a carta 28 contém (6 f) e a carta 29 contém (2 f). Na carta assinada por "José Patriarca", dirige-se ao seu "compadre" dizendo que a rapariga de que lhe falou (com catorze anos de idade, filha de um empregado público, viúvo) ingressou nas Irmãs Hospitaleiras por ali haver lugar, pede também para que haja um capelão a residir no Hospital para celebrar missa, porque as religiosas queriam assistir à missa e comungar diariamente. Envia cumprimentos à sua comadre e "afilhadinha" (Lisboa, doc. 1). Sobrescrito do bispo endereçado ao governador geral da Província de Angola, com um cartão de visita de: "D. José Bispo de Angola e Congo Patriarca eleito de Lisboa", dirige-se ao compadre, antes de partir, solicitando-lhe que ajude o seu barbeiro, pois é inocente (doc. 2). Noutra carta, o bispo refere que na cerimónia da bênção da capela devia haver um santo titular, diz que tem uma imagem de Nosso Senhor que reserva para o Congo, mas não é bonita, pedindo-lhe a imagem de São Francisco - "bela escultura" - que existe no Penedo, e mandá-la para a capela do Hospital (doc. 3). Por outro lado, o autor trata do assunto do batismo de uma menina que o governador lhe pede para a fazer cristã (provavelmente trata-se da filha recém-nascida de Ferreira do Amaral e de sua mulher Carolina), e informa-o que os padrinhos devem assinar o termo do registo paroquial e, posteriormente, o registo civil. Diz ainda que: "o Decreto do registo paroquial manda que só por diploma (provisão do prelado) passada a pedido dos interessados se possa administrar sacramento de batismo em capela particular", acrescentando se está disposto a pagar 50 000 de selo, do cofre da Província, de acordo com a Lei do Selo de 22 de junho de 1880, tabela n.º 1, classe 7.ª (doc. 5). Refere também, que aceita ser o ministro batizante na capela episcopal sem ser necessário ir à Misericórdia, mas não testemunha no registo civil, pois deverão ser os representantes dos padrinhos, esclarecendo que: "a paternidade fica provada com o registo paroquial ordenado por Decreto, e mais tarde, no foro eclesiástico só este fará fé". Noutra carta, o bispo menciona o padre Folga que partia de Mossamedes ou da Huíla com destino à colónia penal, questionando também a facilidade com que a Inglaterra e a França aceitaram a ocupação do Zaire, o que o torna desconfiado (doc. 7). A carta de 11 de maio trata da quezília que houve entre o o governador e o bispo, este último escreve para retomar a amizade, desistindo de entregar um ofício (doc. 11, 12), existem também cartas redigidas pelo próprio Ferreira do Amaral e alguns rascunhos (doc. 13). O bispo alude aos padres Gavião - para capelão da Fortaleza - e a Castanheira. O bispo opina sobre as atitudes do padre Gavião (doc. 20). O bispo informa Ferreira do Amaral acerca do padre Carlos Wunemburger, missionário da Missão do Real Padroado Português e que estava estabelecido em Huíla, regressava a Paris (4-3-1883, doc. 24), bem como da chegada das irmãs Hospitaleiras do Convento das Trinas de Lisboa, mas por serem poucas pedia a Ferreira do Amaral para oficiar à superiora das Franciscanas do Porto, também hospitaleiras, mas de congregação independente, pedir cinco religiosas, referindo a verba para o seu vestuário, e sobre a sua conduta, segundo a opinião dada pela condessa de Rio Maior (doc. 23). Na carta remetida de Mossamedes, o bispo diz "segundo os princípios da Doutrina Católica o casamento civil entre os cristãos é um concubinato, e por isso em França os católicos casados civilmente já não se uniam pela Igreja", conclui dizendo: "fique descansado que não vou levantar o tribunal da Inquisição entre os bohers" (doc. 26). Noutra carta, o bispo fala sobre o seu pedido, ou seja, de se suspender o registo civil (que considera uma união em que o homem e a mulher vivem em mancebia - carta do papa Pio IX ao rei Vítor Manuel, datada de Castelgandolfo, 19 de setembro de 1852), junto à carta encontra-se uma brochura impressa, com perguntas e respostas sobre "O que é o matrimónio cristão, e o que é o casamento civil", "desde que Nosso Senhor Jesus Cristo elevou o matrimónio à dignidade de sacramento - e não de contrato - sempre entre os cristãos foi olhado como tal, sendo um dogma de fé definido nos Concílios Gerais de Florença e Leão, e confirmado no de Trento, s. d., 22. p. (doc. 27, 27-a). Inclui a relação dos padres que vão para Huíla (padre Antunes, superior da Missão do Real padroado português, padre Luís, Óscar, Gustavo, Cortes, entre outros, bem como uma carta assinada por António José de Sousa Barroso, no Congo, sobre a situação dos colonos a nível de saúde, violência doméstica, entre outros (doc. 28-28 E). Inclui ainda a carta, na qual o bispo informa Ferreira do Amaral, que trouxe de Cernache alguns padres, para um deles ser vice-reitor do Seminário para a Missão no Huíla, e também no Zaire, mas ainda não encontrou um competente "não sei se à falta de gratificação", assim continua ele próprio com o cargo (doc. 29-29A).
Foi diretor na Companhia Zambézia onde adquiriu conhecimentos para negociar. Trata do estabelecimento da Mina de Lombige, em Angola, financiada por um grupo de banqueiros em Paris, bem como do traçado do Caminho de Ferro, em Lourenço Marques. Integra uma cópia da carta de José Maria do Prado remetida a Bensaúde (Loanda, doc. 2a). Compreende notícia sobre a visita do rei Afonso de Espanha a Paris - proveniente da Alemanha -, tendo sido mal recebido pelo povo devido a ter aceite ser coronel honorário. Contempla a informação da cópia feita a partir do mapa - com as colónias portuguesas - de África, extraído de uma carta geográfica - propriedade da Legação Portuguesa, provavelmente feita pelo visconde Sá da Bandeira; da carga que chegou a Benguela num vapor estrangeiro vindo do Zaire com carga para a Casa Holandesa, descarregando em Benguela e voltando a carregar as mesmas fazendas com destino a Lobito, Catumbela, referindo contrabando, entre outros. Inclui a referência a Serpa Pimentel, que passou por Paris, e comentou a preocupação do Rei belga em reaver a sua fortuna em relação às questões do Zaire. Contém cartas sobre as negociações entre a Alemanha, Inglaterra, França, Bélgica relativamente à liberdade de comércio no Zaire; dos presentes que comprou para oferecer aos sobas; recolha de capital em Londres para a Companhia Industrial e Comercial de Angola (destilação), compra de diversos materiais, entre outros.
Ata da sessão da Sociedade de Geografia de Lisboa, ocorrida por ocasião da visita do rei Eduardo VII de Inglaterra a Portugal.
Ata da sessão da Sociedade de Geografia de Lisboa, ocorrida por ocasião da visita do rei Eduardo VII de Inglaterra a Portugal.
Convida para sessão solene, comemorativa do seu 21º aniversário.
Concede-lhe, a seu pedido, a exoneração do comando do vapor "Tete".
Informa Francisco Joaquim Ferreira do Amaral da data da convocação do Conselho Superior de Disciplina da Armada, a fim de se proceder ao julgamento do engenheiro, inspetor naval, Luís Augusto de Mancellos Ferraz.
Exprime reconhecimento pelas referências e votos que Francisco Joaquim Ferreira do Amaral fez naquela instituição e deseja-lhe boa viagem, entre outros assuntos.
Carta de Ant[ónio?] Mourão para para Francisco Joaquim Ferreira do Amaral agradecendo os favores que este lhe dispensou e informando-o sobre a medalha de ouro que o comércio da cidade de Luanda lhe pretende oferecer, perguntando qual a melhor maneira de a fazer chegar às suas mãos, sabendo que se retira para a Índia.
Contém correspondência para Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, enquanto comandante do cruzador "Adamastor", enviando-lhe instruções várias (1898, 1899), carta sobre eventual nomeação de Francisco Joaquim Ferreira do Amaral ao posto de almirante (1901), ordem do dia de 3 de Janeiro de 1907 e carta de 6 de Janeiro deste ano lamentando a sua decisão de deixar o cargo de major general da armada.
Agradece a Francisco Joaquim Ferreira do Amaral ter acedido representá-lo como vogal permanente nas sessões da Comissão das Pautas do Ultramar.
A Sociedade de Beneficência Montepio Corpo Santo, constituída na sua grande maioria pelos marítimos de Peniche, agradece a Francisco Joaquim Ferreira do Amaral a proibição de lançamento de uma arte de pesca à Valenciana, nos mares das Berlengas.
Saúdam o conselheiro Ferreira do Amaral, comandante do Adamastor e toda a tripulação com um excerto dos Lusíadas (Episódio do Adamastor) : "Eu sou aquele oculto e grande cabo a quem chamais vós outros Tormentório ...".
Comunica-lhe que foi eleito membro efectivo da Comissão de Conciliação.