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O Convento de Nossa Senhora da Encarnação do Funchal era feminino, da Ordem dos Frades Menores, e estava sob jurisdição diocesana.Inclui-se no conjunto dos conventos que viveram segundo a regra de Santa Clara, tradicionalmente, designadas por "Claristas" ou "Clarissas".Terá começado numa capela, provavelmente instituída por António Mialheiro, falecido em 1565. D. Isabel Maria Acciaioli mandou fazer a capela-mor.Em 1650, o convento foi fundado por iniciativa de Henrique Calaça de Viveiros, cónego da Sé do Funchal que fizera votos de levantar um mosteiro em honra e louvor da Virgem da Encarnação, quando Portugal se libertasse do domínio castelhano retomando a independência. A vasta cerca fazia parte de uma quinta que o fundador possuía naquele sítio. Em 1651, em Novembro, recebeu breve do papa Inocêncio X. Terá começado por ser um recolhimento com o nome de Santa Teresa de Jesus, tendo as recolhidas seguido a Ordem Terceira do Carmo, dando entrada em 1652. Em 1659, obteve licença régia e em 1660, foi transformado em convento, sob a regra franciscana de Santa Clara. A primeira abadessa foi uma religiosa do Convento de Santa Clara, escolhida pela autoridade eclesiástica. Em 1660, dois anos antes de morrer, o cónego Calaça de Viveiros doou todos os seus bens ao Convento.Em meados do século XVIII, a igreja e o convento sofreram obras de vulto, sendo então construído um novo coro, maior que o anterior. Em 1750, por alvará régio de 10 de Fevereiro, a fazenda real contribuiu para estas obras com um conto de réis. No ano seguinte, a Fazenda Real contribuiu com 750$000 réis para a construção do muro que ladeava a estrada que conduzia à Igreja de Santa Luzia.Entre 1807 e 1814, durante a segunda ocupação da Ilha da Madeira pelas tropas britânicas, as freiras da Encarnação tiveram de abandonar o convento.Em 1808, a 7 de Janeiro, as religiosas saíram do Convento da Encarnação e recolheram-se no vizinho Convento de Santa Clara.Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.Em 1890, a 20 de Abril, fechou por falecimento da última freira, a Madre Vicência Violante do Céu.Localização / freguesia: Santa Luzia (Funchal, Madeira)
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