Biography or history
O Convento de Santa Clara de Guimarães era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, esteve na obediência do prior da Colegiada de Guimarães até 1608, passando então a estar sujeito ao arcebispo de Braga.Inclui-se no conjunto dos conventos que viveram segundo a regra de Santa Clara, tradicionalmente, designadas por "Claristas" ou "Clarissas".Também era chamado de Nossa Senhora da Assunção.Em 1548, foi fundado pelo cónego Baltazar de Andrade, mestre-escola da Colegiada de Nossa Senhora de Oliveira, com a condição das suas filhas, freiras professas em Santa Clara de Amarante, virem a ocupar o abadessado "in perpetuum", iniciando-se a eleição canónica da nova superiora, depois da última morrer, e que o patronato do convento se mantivesse na família, para os seus filhos Francisco, Torcato e Isidoro. O cónego Baltazar de Andrade dotou o Mosteiro de estatutos, proibindo, entre outras coisas, que as freiras soubessem ler ou escrever, à excepção de duas delas.Em 1559, a 11 de Outubro foi obtida a bula de erecção. Em 1562, a 12 de Agosto, as religiosas entraram no convento, sendo a primeira e a segunda abadessas, respectivamente Helena da Cruz e Francisca da Conceição, filhas do fundador, contando com o apoio da Infanta D. Isabel, duquesa de Guimarães, para a referida fundação. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.Em 1858, a 23 de Abril, em virtude das observações juntas ao ofício da Secretaria de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, de 20 de Julho de 1857, na grade do Convento, reuniram-se D. Maria Máxima do Sacramento, abadessa, Cristóvão Gonçalo Ferreira, desembargador e arcipreste do julgado de Guimarães, João Pereira de Barros, aspirante de primeira classe da Repartição da Fazenda do distrito de Braga, e dois louvados, para procederem à descrição e avaliação das alfaias sagradas e objectos preciosos, destinados ou não ao culto, incluindo livros impressos ou manuscritos e outros objectos pertencentes à comunidade. Em 1891, foi encerrado por falecimento da última religiosa e superiora, Antónia Amália da Ascensão, ocorrido a 8 de Setembro. A 15 de Setembro desse ano, o extinto convento com suas pertenças, objectos, e móveis foi entregue por Manuel António da Silva Ramos, oficial da Repartição da Fazenda do distrito de Braga, como delegado de Joaquim Albano Corte Real, inspector de fazenda e director da referida Repartição, por Alvará de 11 desse mês, a Fortunato Antunes Leite, escrivão da fazenda do concelho, para que procedesse ao inventário com o seu escriturário particular, como determinava o ofício da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais do Ministério da Fazenda, de 11 de Setembro, estando presentes D. Florinda Firmina Salgado, religiosa secular, o arcipreste António Manuel de Matos, como delegado de D. António de Freitas Honorato, arcebispo de Braga, José de Oliveira Guimarães, capelão do convento, entre outras pessoas.Localização / freguesia: Oliveira do Castelo (Guimarães, Braga)