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Carta do rei D. João III a D. Henrique de Menezes, embaixador em Roma, sobre o "negócio do arcebispo do Funchal", sobre os cristãos novos e a Inquisição.
Cartas do rei D. João III ao imperador Carlos V e a Álvaro Mendes de Vasconcelos. O rei informa o imperador que lhe dará a resposta às suas cartas (sobre o negócio de França e mais assuntos) através de Álvaro Mendes de Vasconcelos, embaixador em Madrid. Na carta a Álvaro Mendes de Vasconcelos o monarca envia instruções sobre forma como proceder.
Trata-se do rei D. João III. A carta foi levada a Álvaro Mendes de Vasconcelos, representante da corte portuguesa junto do imperador Carlos V.
O rei D. João III informa o cardeal Santiquatro sobre as instruções que este irá receber do embaixador Álvaro Mendes de Vasconcelos.
A carta a Henrique de Menezes trata do negócio da Inquisição. O mesmo assunto é tratado nas cartas para Álvaro Mendes de Vasconcelos, onde são também apontados os danos cometidos pelo marquês de Aiamonte nos mares do Algarve.
Carta do rei D. João III ao embaixador em Madrid, Álvaro Mendes de Vasconcelos, sobre o pedido feito ao papa, pelo arcebispo D. Martinho, para "que o fizesse cardeal".
Carta do rei D. João III ao embaixador em Madrid, Álvaro Mendes de Vasconcelos, comentando o uso das formas de tratamento "majestade" e "alteza".
O rei oferece os seus serviços de concórdia para evitar a guerra que se avizinha entre o imperador Carlos V e o rei de França.
O rei recomenda a Álvaro Mendes de Vasconcelos que informe o imperador Carlos V sobre o seu cuidado com a situação do duque de Sabóia, Carlos III, casado com sua irmã Beatriz de Portugal.
O rei pede o maior secretismo a Álvaro Mendes de Vasconcelos sobre o assunto que lhe encomendou que tratasse com o imperador Carlos V a propósito do "que toca a seus filhos e aos meus".
Trata-se do casamento de D. Beatriz da Silveira, dama da rainha D. Catarina, mulher de D. João III, com D. Manrique da Silva, filho do marquês de Montemayor, Juan de Silva y Ribera.
Carta do rei D. João III a D. Henrique de Menezes sobre o negócio dos cristãos novos e o negócio da inquisição.
Trata-se da cópia, em latim, da bula concedida pelo papa Leão X a D. Francisco Coutinho, conde de Marialva, a respeito da capela de Santa Catarina, de que este era administrador
Notícia dada pelo monarca D. João III a personagem não identificada (mas que pode tratar-se de sua irmã, Isabel de Portugal, casada com o imperador Carlos V) sobre a carta que levou Mestre Baltazar à corte de Carlos V, relativa ao casamento dos filhos dos monarcas (português e espanhol).
Aviso feito pelo rei D. João III a Mestre Baltazar sobre a "dissimulação" que deve usar na corte de Carlos V ao tratar do negócio do casamento dos "nossos filhos".
O rei põe Álvaro Mendes de Vasconcelos a par do conteúdo da carta que envia para Carlos V, onde menciona um eventual casamento de sua irmã (a infanta D. Maria) com o delfim, filho do monarca francês, bem como os casamentos dos filhos de ambos (monarca português e espanhol).
Carta do imperador Carlos V ao rei D. João III, na qual informa que o infante "nosso irmão lhe dará larga conta de tudo o que passou na jornada". Deverá tratar-se do infante D. Luís, irmão do rei D. João III e de D. Isabel, infanta de Portugal, mulher de Carlos V. O infante D. Luís acompanhou o imperador Carlos V, no ano de 1535, na expedição a Tunes contra Haredin Barba-Roxa, corsário que se apoderara de Tunes.
Carta de resposta ao seu irmão, o rei D. João III, da imperatriz Isabel de Portugal, mulher do imperador Carlos V. A imperatriz agradece a confiança nela depositada, exprimindo o maior contentamento a respeito do casamento que está a ser tratado com o imperador: provavelmente o casamento de Maria Manuela, filha do monarca português com Filipe, filho do imperador Carlos V, mais tarde Filipe II de Espanha e I de Portugal.
O rei informa o sumo pontífice sobre os pedidos que o arcebispo do Funchal, da sua parte, lhe fará, suplicando que o papa os tenha em consideração.
O monarca responde ao pedido feito por Álvaro Mendes de Vasconcelos para que lhe fosse facultado um ajudante que o auxiliasse com a correspondência em cifra, que lhe dava muito trabalho, observando o rei que "ainda que vos seja muito trabalho, por certo ei que pois me servis o não haveis de sentir: mas receber nisso contentamento". O monarca menciona ainda o "negócio" de Inglaterra, aludindo aos propostos casamentos de sua irmã, Maria de Portugal, com o rei de Inglaterra (Henrique VIII) e de seu irmão, o infante D. Luís, com a filha do mesmo rei, bem como o "negócio" da Inquisição tratado pelo imperador Carlos V em Roma, entre vários outros assuntos.
O monarca informa Álvaro Mendes de Vasconcelos que, através do correio Luís Afonso, já respondeu aos "dois negócios principais" das cartas que dele recebeu. Refere também o negócio "do perdão dos cristãos novos" e, entre outros assuntos, reafirma a confiança que nele tem, fazendo-lhe "mercê de mil cruzados" e dando-lhe "ordenado para quatro meses".
O monarca notifica Francisco Carvalho do envio de vinte mil cruzados para entregar a sua irmã Beatriz de Portugal, mulher de Carlos III, duque de Sabóia. Pede que diga a sua irmã que "de seus grandes trabalhos tenho recebido muito sentimento".
O monarca ordena a Álvaro Mendes de Vasconcelos que insista com o imperador Carlos V para "apertar o Santo Padre", a fim de que este lhe conceda a Inquisição. Entre outros assuntos menciona igualmente o "negócio do perdão dos cristãos novos".
O monarca informa Álvaro Mendes de Vasconcelos sobre a forma como está a ser tratada a questão das "perdas e roubos" que os navios portugueses têm sofrido às mãos dos franceses.
Carta do rei D. João III a Álvaro Mendes de Vasconcelos em que lhe recomenda que procure saber o "mais dissimuladamente que puderdes" notícias sobre a armada portuguesa que foi enviada para auxiliar as forças espanholas na expedição a Tunes contra Haredin Barba-Roxa, corsário que se apoderara de Tunes.
Carta do rei D. João III ao embaixador em Madrid, Álvaro Mendes de Vasconcelos, em que responde a diversas cartas por este enviadas. Nela aborda vários temas, entre eles "a matéria do perdão dos cristãos novos e inquisição", as tropas do monarca francês e as notícias sobre Haredin Barba-Roxa, corsário que se apoderara de Tunes.
O imperador Carlos V agradece ao rei D. João III as caravelas enviadas e, no que respeita a França, informa que "ouviu" o embaixador e respondeu ao mesmo "o que ele escreverá".
O encontro com o imperador tratara, entre outros assuntos, dos casamentos entre membros de famílias reais europeias (entre eles o do infante D. Luís, irmão do rei D. João III) e dos "negócios" da França.
Álvaro Mendes dá conta ao rei D. João III do pedido feito ao monarca português pelo imperador Carlos V, solicitando-lhe que ordenasse "em seus reinos e portos do mar que não acolhesse neles os franceses que lhe roubam suas naus, que vêm das Antilhas e outras muitas de seus vassalos". Informa ainda sobre o assassinato do duque de Florença "que o matou um seu parente", entre outros assuntos.
Entre outros assuntos a carta trata da correspondência enviada e remetida de Roma e dos "negócios da Inquisição"
O imperador Carlos V põe o rei D. João III a par das intenções hostis do rei de França contra Portugal.
Carta dando conta de alguns assuntos tratados pelo embaixador espanhol em França.
Carta do rei D. João III a Álvaro Mendes de Vasconcelos em que responde à proposta que lhe fora feita, pelo imperador Carlos V, a respeito dos casamentos de sua irmã, Maria de Portugal, com o rei de Inglaterra (Henrique VIII) e de seu irmão, o infante D. Luís, com a filha do mesmo rei, opondo-se D. João III à primeira proposta e tendo em consideração a segunda.
Resposta do rei D. João III a Álvaro Mendes de Vasconcelos em que lhe deseja as melhoras e comenta o casamento de sua madrasta, Leonor de Áustria com o rei Francisco I de França, entre outros assuntos.
Resposta do rei D. João III a Álvaro Mendes de Vasconcelos na qual lamenta o falecimento do infante seu sobrinho, filho do imperador Carlos V e de sua irmã, Isabel de Portugal e instrui Álvaro Mendes de Vasconcelos sobre as palavras de ânimo que há-de transmitir a sua irmã.
Álvaro Mendes de Vasconcelos informa o monarca sobre as intenções de casamento do delfim, filho do monarca francês, com a princesa de Inglaterra e das intenções bélicas dos monarcas franceses e ingleses a ele transmitidas pelo imperador Carlos V, entre outros assuntos.
Carta enviada pelo rei D. João III a respeito do "negócio" que pediu a Sua Santidade sobre a "união das ditas igrejas". O monarca determina que o arcebispo do Funchal informe o Sumo Pontífice, no maior segredo, que a pessoa para quem pede esta união é seu filho bastardo, D. Manuel, de idade de 12 anos. Pede que nas bulas e provisões, que venham a ser passadas, somente se registe o nome "Manuel" não o identificando como seu filho. Na mesma carta o monarca refere-se ainda ao falecimento de seu irmão Fernando, duque da Guarda e da mulher deste Guiomar Coutinho, condessa de Marialva, ordenando que sejam suspensas todos os pedidos de "igrejas" que se fizeram nesta ocasião.
O monarca exprime o seu contentamento pela determinação, que lhe fora transmitida pelo imperador Carlos V, de invadir a França.
O monarca notifica sua irmã do envio de vinte mil cruzados, através de Francisco Carvalho, para acudir às suas necessidades.
Carta do rei D. João III para Álvaro Mendes de Vasconcelos, representante da corte portuguesa junto do imperador Carlos V, a respeito do infante D. Luís, irmão do rei D. João III e de D. Isabel, infanta de Portugal, mulher de Carlos V. O infante D. Luís acompanhou o imperador Carlos V, no ano de 1535, na expedição a Tunes contra Haredin Barba-Roxa, corsário que se apoderara de Tunes.
Entre outros assuntos o encontro havido com o imperador e sua mulher tratou da armada portuguesa enviada a Tunes para enfrentar Haredin Barba-Roxa, corsário que se apoderara desta cidade, da Inquisição e dos negócios do infante D. Duarte. Este último é provavelmente Duarte, duque de Guimarães (1515-1540), casado com Isabel de Bragança.