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No despacho do açúcar era registada a marca, quantidade e qualidade (branco ou mascavado), e soma dos emolumentos do porteiro e guarda. Para além do registo do despacho do açúcar podem ser encontrados despachos do café e cacau. Os despachos feitos nestes livros são iguais aos registados nos livros da Ementa, acrescentando somente a marca e número da caixa ou feixe. Os totais das caixas e feixes são registados no livro de receita do açúcar do mesmo ano, com menção das folhas em que se encontram registado o despacho do açúcar, sobre os quais pagavam determinada quantia. Na maioria destes livros encontra-se o índice dos navios vindos do Brasil (liv. 432, 440, 470, 441, 491, 436, 526, 527, 564, 567, 625, 690, 691, 730, 832, 866, 867, 899, 900, 962, 936, 975, 976, 1123, 1145, 1159, 647, 1207 e 1151).
Estes livros serviam para os feitores lançarem os bilhetes do despacho dos géneros isentos de direitos, e cada despacho consistia no registo da data, nome do mestre, navio, marcas, quantidade e qualidade dos produtos (arroz, farinha de pau, biscoito e etc.), tara e peso, emolumentos do porteiro e guarda (quando no Cais da Ribeira) e dos mesmos com o pesador (quando na Mesa Grande), menção da passagem do bilhete. A identificação do bilhete era sequencial e feita na margem esquerda do livro, juntamente com a identificação da marca. Este despacho das mercadorias destinadas a pessoas privilegiadas, as quais não pagavam direitos, obrigava a que se apresentasse na Mesa os bilhetes (sendo fazendas secas e fazendas que se despachavam no Cais pelos livros da Ementa), para serem examinados pelo juiz e oficiais e procediam, posteriormente, ao seu despacho. Contudo, não podiam dar livremente, coisa alguma, sem que primeiro fosse lançado no livro da lembrança. No pé do dito bilhete se declarava que tinham sido despachadas livremente, acusando as folhas do dito livro e razão de privilégio que tinham para não pagar direito. Os bilhetes eram assinados pelo escrivão que fazia o assento, e por outro oficial para que pudessem sair as mercadorias da alfândega. Nesta série só existem dois livros (liv. 842 e 880) sobre o despacho no Cais da Ribeira.
Apontamentos das mercadorias vindas do Brasil para posteriormente se fazer as escrituras mais alargadas. Nestes livros era registado o nome navio, o nome do mestre e porto do Brasil de onde saiu, mercador de quem era a caixa, e assentava o peso bruto dela. Depois de feito o abatimento da tara, pelo juiz e oficiais, eram carregados em receita os direitos, assim que assente no livro do escrivão o peso da caixa. Quando se tirava a caixa da balança era posto nela a arruela (selo), e o escrivão continuava o registo das demais caixas, declarando o dia em que fez o peso das caixas e, dividindo em colunas as folhas do mesmo livro, colocando de um lado o açúcar branco e do outro o mascavado. Contudo, depois de despachadas e registadas neste livro da Ementa, os mercadores ou mestres dos navios, no fim do despacho, assumiam a obrigação de pagarem os direitos dos despachos. Caso não quisessem fazer tal pagamento, os mercadores eram obrigados a assinar as partidas das caixas e mais fazendas que se despachassem neste mesmo livro da Ementa. A mesma obrigação tinham os mestres dos navios que tomassem as caixas em que os donos não estivessem presentes. Alguns livros têm o índice dos navios vindos do Brasil (liv. 97, 106, 105, 113, 122, 139, 160, 167, 178, 185, 197, 215, 230, 258, 278, 288, 547, 326, 340, 350, 367, 397 e 533).
Registo, em resumo, para posterior despacho das mercadorias descarregadas dos navios ou barcas de baldeação. O registo consistia na identificação das mercadorias (couros, atanados, sola, vaquetas, aguardente e açúcar), da embarcação, da proveniência, do mestre da embarcação e data de início da sua descarga. Na margem esquerda está registada a marca e na margem direita o número de caixas lançadas. Outro elemento frequente nestes registos é o nome do guarda de serviço. A partir do ano de 1781 passam a ser registados os emolumentos do porteiro, guarda e pesador. Nestes livros também podiam ser registadas as mercadorias livres e aquelas a que se passava bilhete para subsídio ou isenção, como no caso da descarga do arroz, que por Decreto de 1 de Julho de 1761, foi mandado passar bilhete de liberdade, não pagando emolumentos nem peso. Alguns destes livros têm o índice dos navios vindos do Brasil (liv. 219, 275, 391 e 390). Alguns dos registos encontram-se traçados.
Registo do despacho das mercadorias (azeite de peixe, sola, couros e mais miudezas) de determinado navio, nome do mestre do mesmo, proveniência (frota da Baía), e data. Estes livros, inicialmente, estavam divididos pelos seguintes títulos: sola e miudezas, miudezas e escravos pardos, e despacho da madeira. Quanto ao título dos escravos era registada a data, o nome do mercador ou a quem pertencia o escravo. Alguns destes livros têm índice dos navios vindos do Brasil (liv. 123, 154, 169, 182, 188, 211, 216 e 227).
Manifesto das mercadorias a fim de avaliar se deviam ou não pagar direitos. Era registada a data, o nome do próprio senhor ou seu procurador, que por seu alealdamento de determinado dia, geralmente referente a anos anterior, como constava em determinada folha do respectivo livro, seguindo-se a identificação do país de origem, o nome do navio, a quantidade e qualidade das mercadorias, identificando os oficiais (medidor, porteiro e guarda), bem como selos das próprias mercadorias, passando-se de seguida os bilhetes para serem entregues na Mesa. As pessoas privilegiadas do distrito das províncias da Beira, Trás-os-Montes, Entre Douro e Minho, não podiam alealdar nesses portos, mas sim na alfândega do Porto, por ser esta a de maior comércio.
Notas dos feitores do Cais por onde eram passados os bilhetes que iam para a Mesa Grande para se fazer o correspondente despacho. Estes livros eram também designados de lembrança ou memorial. Inicialmente os feitores tinham livro próprio para todos os serviços que efectuasse, posteriormente o livro serviria apenas no Cais.
Registo da data, do despacho das mercadorias (algodão em rama, sola, couros em cabelo, vaquetas e mais miudezas) de determinado navio, do nome do mestre do mesmo, da proveniência, do início da descarga e nome do mercador. Na margem esquerda era registado o dia, mês e marca, quantidade e qualidade do género num determinado número de sacos, totais da tara e quantidade de sacos. Na margem direita era feita a soma dos emolumentos devidos ao porteiro, guarda e pesador. Alguns livros têm o índice dos navios vindos do Brasil (liv. 448, 447, 508, 889, 886, 911, 948, 949, 989, 990, 1146, 1131, 1166, 1175, 1218 e 1219).