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Context
Custodial history
A história custodial dos Morgados e Capelas é idêntica à do conjunto de fundos conhecidos por "Arquivo da Casa da Coroa". Por ser um dos fundos mais antigas, a sua história acaba por se confundir com a do Real Arquivo.Testemunho de uma prática consuetudinária, começou ater expressão, no século XV, quando a instituição de morgados e capelas começou a desenvolver-se. Até ao século XVII, integrou fundamentalmente exemplares de tombos (compreendendo as escrituras), dos vínculos instituídos que, por ordens e provisões régias, eram enviados à Torre do Tombo. A partir do século XVII, em virtude da criação, em 1632, de um serviço especial de registo de decretos, avisos, ordens e sentenças a favor da Coroa sobre a instituição, denúncias e administração de capelas, designado de Registo do Real Arquivo, os tombos de morgados e capelas passaram a ser lançados nos livros do referido registo.Após o terramoto de 1755, o património salvo do Arquivo Real foi guardado numa barraca de madeira, onde permaneceu até 1757, data em que foi transferido para o mosteiro de S. Bento da Saúde.No final do século XVIII, o guarda-mor João Pereira Ramos de Azeredo Coutinho mandou elaborar um inventário do Real Arquivo para facilitar as pesquisas, por um lado, para tomar conhecimento dos seus fundos, por outro. Este inventário foi dividido em seis partes distintas, abarcando todas as colecções e fundos que integravam o Arquivo da Casa da Coroa. O conjunto dos tombos anteriores ao registo foi, então, descrito na 5ª parte do referido inventário, designada de "Diversas Matérias".Com o advento do Liberalismo, e a consequente transformação do Arquivo Real em Nacional, esta documentação passou a fazer parte do património arquivístico do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Em meados do século XIX, por via da publicação de diplomas pelos quais se iniciou a abolição parcial dos morgadios, a Torre do Tombo passou a incorporar a cópia autêntica dos registos vinculares efectuados nos Governos Civis de cada distrito, dando azo a um acréscimo significativo do conjunto inicial.Já no século XX, João Martins da Silva Marques, director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, entre 1950 e 1960, decidiu numerar em sequência a parte da documentação intitulada "Diversas Matérias" daquele inventário, surgindo, assim, o chamado Núcleo Antigo, donde consta este fundo.Desde o século XVII até 1990, permaneceu no Mosteiro de S. Bento, ano em que, no âmbito da reinstalação do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, foi transferido para as actuais instalações.
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