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Trata-se do casamento entre o infante D. Henrique, filho do referido rei de Castela, e a infanta D. Beatriz, filha do rei D. Fernando.
No verso apresenta a seguinte nota: "Acha-se confirmado este contrato [...] a dita confirmação pelo senhor Rei D. João 3.º em que este contrato vai inserto, no livro 22 do dito senhor Rei, f. 86 v.".
Tem inserto o traslado da bula da dispensa de parentesco.
Carta sobre as coisas que lhes sucederam depois que a nau partiu de Maluco, como tornaram a descarregar a nau e a "dobamos" muito bem com boa ajuda do rei de Tidori, fazendo-lhe muita honra, e a tornaram a carregar, partindo aos seis do mês de Abril de 1522, e fizeram o seu caminho para irem demandar terra firme, onde o senhor Andres Niño fez as caravelas que estão no mar de Sul [?]: Desta terra firme às ilhas de Maluco não há mais que duas mil léguas. Desde aquela data até ao fim de Agosto, sempre andámos trabalhando pelo mar, esforçando-nos por tomar terra firme. Por haver sempre ventos contrários desviaram 42 graus e meio da parte do Norte, onde sofreram grandes tormentas de mar e muito frio. Não tendo que comer nem roupa que vestir, adoeciam e morriam sem se poder ajudar, porque havia já quinze meses que só comiam arroz, pelo que determinaram arribar a caminho de Maluco, o qual estava a mais de mil e trezentas léguas. A quinhentas léguas de Maluco tínhamos descoberto catorze ilhas que desta via fomos demandar, e estão entre 20 e 10 graus da parte do Norte. Na Ilha de Mao, a 20 graus, foram quatro homens dos mais sãos, e ficaram três, esta com pouca gente, enquanto as outras tinham muita gente da côr dos das Índias. Partiram para Maluco mas antes de lá chegarem morreram trinta e sete homens, não ficando na nau mais de seis que pudessem trabalhar "os quais deram a vida aos outros", e no dia em que descobriram a terra dos reis de Maluco, vimos uma barqueta e nos disseram que os portugueses tinham chegado com sete velas à ilha de Ternate e que estavam a fazer uma fortaleza. Quando ouvimos estas novas, mandámos um homem dos nossos ao capitão mor, o qual se chamava António de Brito, com uma carta pedindo que lhe mandasse dar alguma gente que os ajudasse a levar a nau aonde eles estavam porque a sua gente estava doente. O dito Capitão Mor mandou logo uma caravela redonda e uma fusta com outros navios de remos, com o capitão D. Garcia Manriques e os levaram à ilha de Ternate, onde estavam a fazer a fortaleza. Ali os deixaram, sãos e doentes, e se asenhorearam da nau e da mercadoria e nos tolheram quatro meses. De Ternate os enviaram às ilhas de Banda que também são da sua Coroa, e daqui a Malaca, onde estiveram cinco meses, e dalí os levaram à Índia, para os apresentar ao governador da Índia, estiveram na cidade de Cochim, onde carregam a especiaria; dez meses que não nos davam de comer se não fossem alguns estrangeiros que nos socorriam morreríamos de fome e quando vimos que não nos queriam dar passagem, nós, mestre e piloto embarcámos ambos "escondidamente" com a ajuda de bons amigos estrangeiros, em uma nau das que vinham a Portugal, mas não pôde passar a Portugal porque foi preciso arribar a Moçambique para invernar. Estando em Moçambique, veio aqui uma nau das que vinham de Portugal e logo nos tomaram e nos entregaram ao capitão, presos em grilhões, que nos levassem a entregar na Índia, ao Governador. [...] e ficando desamparados sem sopa nem dinheiro e sem amigos, suplicavam ao Rei, porquanto foram presos estando ao seu serviço, lhes quisesse fazer a mercê de demandar ao rei de Portugal, para que pudessem socorrer as suas mulheres e filhas que tinham para casar, e se pudesse ser, que viessem com as primeiras naus; e que não fosse mais tarde. Que faziam saber ao Rei e Imperador que ele tinha lá "três verjeles" dos melhores que há no mundo, a saber, Maluco pelo cravo e banda, pela noz moscada e massa, e Timor pelo sândalo, com muitas outras ilhas ricas de oro e pérolas [...] eu estive numa ilha que se chama "Narsara Sanguin [?]" e os portugueses se puseram a resgatar ouro a peso, por peso de umas contas que se chamam "margazidezas [?]" que valem muito pouco dinheiro em Espanha. No final está escrito. "Los que quiedan siempre rogando a nuestro señor Jesu Cristo por la vida y estado de su cesara majestad. Bautista d' Aponsoro y Leon Pancado maestre e piloto de la nao que fue tomada em Maluco". Outra forma do nome: Juan Bautista de Punzorol. Outra forma do nome: Léon Pancado.
O documento de aprovação e ratificação vem designado por "Escritura do Contrato de Pazes". O Tratado de Pazes foi celebrado nas Alcáçovas em 1479, entre D. Afonso V e o Príncipe D. João, seu filho. Pôs fim a cento e cinquenta anos de disputas entre os dois reinos, acerca das Ilhas Canárias, e acerca da sucessão de Castela. Mediante a aceitação das bulas de 1455 e 1456, e o traçado de uma linha divisória abaixo destas Ilhas, a Norte, o Oceano pertenceria aos reis de Castela e Aragão, a quem era reconhecido o senhorio das Canárias e o reino de Granada. A Sul, o Oceano pertenceria ao rei de Portugal, bem como o senhorio da Guiné, Madeira, Açores, Cabo Verde e Fez. O rei de Portugal prescindiu da conquista de Granada, que em boa verdade não tinha condições para conquistar, mas que, ficando na sua área geográfica determinada pelo papa, podia em rigor reclamar. Não o fez, e a peça ou representação heráldica de Granada - uma romã, ou granada-, a partir de 1479 figura fora do escudo dos reis de Castela, como reino 'a haver'.
Traslado dado nas casas de Estêvão Gomes, cónego na Igreja metropolitana e maior da cidade de Lisboa, vigário geral pelo arcebispo D. Jorge, a requerimento do doutor Vasco Fernandes, do Conselho e Desembargo do rei D. João, como seu procurador, que apresentou uma letra apostólica do Papa Sixto IV, selada com verdadeira bula de chumbo pendente por fios de sirgo vermelhos e amarelos, e um transunto em linguagem feito pelo mesmo procurador por mandado régio. Foi testemunha Rui Lopes, bacharel em cânones e escrivão da Torre do Tombo "d'el Rei nosso Senhor". Documento corroborado e autorizado com o sinal de João Rodrigues, clérigo de missa do Arcebispado de Lisboa e tesoureiro da Igreja catedral da cidade de Tânger, notário público. Do selo pendente resta o trancelim. Joaquim Abranches dos Santos oferece a seguinte descrição: "Bula de Sisto IV - Aeterni Regis clementia - para futura memória. Confirma as Bulas de Nicolau V ["Romanus Pontifex"] de 7 de Janeiro de 1454 [ABRANCHES, ob. cit., entrada n.º 264] e a de Calisto III ["Inter caetera quae nobis"] de 13 de março de 1455 [ABRANCHES, ob. cit., entrada n.º 271]. Confirma também a convenção de paz entre D. Afonso V e Fernando de Castela. Encarrega os bispos de Évora, Silves, e Porto de publicarem as Bulas confirmadas por esta e de auxiliarem o rei de Portugal. Dada em Roma aos 21 de Junho de 1481".
Título aposto no primeiro fólio: "Contrato do casamento do Infante D. Pedro com D. Isabel filha do Conde de Urgel". Pública forma feita na presença de Fernão Cordeiro, bacharel em cânones, beneficiado da Igreja metropolitana, provisor e vigário geral por D. Martinho da Costa, arcebispo de Lisboa, sendo Pero Calça, clérigo de missa da cidade de Évora, notário público apostólico, a requerimento de Joham Afonso, administrador do Mosteiro de Odivelas, como procurador do rei D. Manuel I, temendo que se rompessem por água ou por fogo, o qual apresentou duas escrituras em pergaminho, a saber, uma do contrato [trato] de casamento e arras da Infanta D. Isabel, confirmado pelo rei D. Afonso de Aragão, e um contrato da "vendiçam" da vila de Alcolea que o dito Rei fez à citada Infanta. Acerca do citado contrato, da obra Monumenta Henricina se tira: "[...] representado o primeiro pelo cavaleiro e seu Conselheiro Aires Gomes da Silva e por seu Chanceler Dr. Estêvão Afonso, e ela por Berenguer Barutell, seu tio materno e arcediago da igreja de Barcelona, cujas condições principais são as seguintes: D. Pedro dá à infanta, de arras, 6 000 florins de ouro de Aragão, seguros sobre seus bens, especialmente sobre os castelos e vilas de Montemor-o-Velho e Tentúgal; D. Isabel é dotada com 40.900 florins de ouro de Aragão, seguros sobre o castelo e vila de Alcolea com sua jurisdição, sendo-lhe permitido e ao infante D. Pedro, com a anuência das irmãs da infanta, vender o dito castelo e vila [de Alcolea] para satisfação do dote, contanto que entreguem o remanescente às ditas infantas, irmãs e cunhadas dos matrimoniados." Inclui a procuração que o Infante passou no Paço Episcopal de Valença aos citados Conselheiro e Chanceler para tratarem do referido contrato, em 2 de Agosto de 1428; a procuração de D. Isabel de Aragão, filha de D. Jaime, conde de Urgel, ao arcediago-mor de Lérida e de Mari (Barcelona) para a representar no presente contrato, em 7 de Agosto do mesmo ano. Carta do Infante de nomeação dos embaixadores e procuradores no contrato de seu casamento, em 1 de Setembro de 1428. Nova procuração do Infante datada de 5 de Setembro do mesmo ano. Contrato e Texto notarial do Contrato em 13 de Setembro de 1428. Sinal do notário apostólico "Petrus Calça".