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Rendimentos obtidos com o lastro de navios e iates no sítio de Tróia. Inclui ainda as despesas efectuadas na Fábrica dos trapiches dos deslastres em Setúbal.
Por alvará de 18 de Janeiro de 1696, Gualter de Andrade Rua, foi provido para superintender a extracção do sal da vila de Setúbal, pelo mesmo alvará foi encarregado de fazer o regimento novo para a boa arrecadação dos direitos do sal de dita vila até Alcácer, concedendo-lhe toda a jurisdição necessária para fazer observar o dito regimento, o qual só viria a ser aprovado em 1703. Em 1699, a 11 de Setembro, foi confirmado o regimento provisional dos lastros, também designado de deslastres. Com este regimento é estabelecida a superintendência dos lastros, e como superintendente o desembargador Gualter de Andrade Rua, que também superintendia os direitos do sal, apoiado por um escrivão, quatro guardas e um meirinho. Em 1703, a 5 de Setembro, por D. Pedro II, foi dado regimento e estabelecida a superintendência do sal, para evitar as desordens e descaminhos na repartição e extracção do sal das vilas de Setúbal e Alcácer. Estabelece este regimento que a Junta da Repartição do Sal, se reuniria na Casa da Repartição do Sal. Esta junta era constituída pelo superintendente, corregedor, provedor da comarca, juízes de fora das vilas de Setúbal e Alcácer. A superintendência foi, inicialmente, constituída por um corpo de oficiais reduzido, tendo somente o superintendente, um guarda-mor, três escrivães, um tesoureiro e dois guardas menores. O superintendente, tomando posse na câmara da vila, era o responsável pela boa arrecadação do rendimento do sal, assistindo na vila de Setúbal à repartição e carregação que por todos os oficiais fosse feita, assistindo ao despacho das naus e sua visita e deferir, prontamente, os requerimentos das partes na forma do regimento. De três em três anos deveria proceder a uma devassa geral sobre todos os oficiais da arrecadação do sal, dos carregadores e companheiros, marroteiros e de todas as mais pessoas que, independente da qualidade ou condição, por si ou por outrem cometerem descaminhos na extracção do sal e lastros. Ao superintendente obedeceriam, em tudo o que respeitasse a boa arrecadação dos direitos reais, todos os oficiais da extracção (guarda-mor, tesoureiro, escrivães, guardas menores, meirinhos, alcaides da vila e comarca de Setúbal). Na ausência o superintendente seria o guarda-mor a suprir a sua falta, e na ausência deste último seria um dos três escrivães, estando em primeiro lugar o mais antigo. Ao guarda-mor competia, juntamente com os escrivães, proceder às visitas das embarcações. O tesoureiro, nomeado pela câmara da vila de Setúbal e confirmado pelo Conselho da Fazenda, zelaria pela boa cobrança dos direitos e recolha dos mesmos no cofre. O escrivão da junta da repartição do sal era responsável pela escrita e assistência do despacho. O escrivão dos direitos do sal era responsável pelo despacho na repartição pelas embarcações, fianças, denúncias. O escrivão da superintendência era responsável pelo conhecimento da boa cobrança dos direitos reais do sal, pelos autos de tomadias ou denunciações dos descaminhos, ou seja pelos autos e diligências judiciais, à semelhança do escrivão do público judicial e notas. Os guardas menores, que andavam no mar e na terra, vigiavam a carregação do sal e a condução dos barcos, dando conta a superintendência todas as irregularidades. A superintendência tinha subordinadas, desde Setúbal até Alcácer, no período de 1750 a 1753, um total de 226 marinhas repartidas pela parte do Norte (Monte de Cabras, Montrena, Parias, Boca da Casada, Guardanilho, Rio Frio, Painha, Esteiro de São João de Landrolhe ou Landrove, Maria Mansa, Faralhão, Mourisca, Cotovia, Baía, Esteiro do Alemo, Moitas, Pinheiro Sorto, Vale de Judeu, Gâmbia e Zambujal), e de 230 marinhas repartidas pela parte Sul (Pêra, Murta, Cachopos, Espim, Bombarralha, Zambujeiro, Telhada, Pote Viceiro, Alberge, Espim da parte Norte, Palma e Esteiro de Abul). Estas marinhas encontravam-se sob exploração de particulares, ordens, religiosos, confrarias, irmandades, Cabido de Lisboa e etc. Em 1761, a 23 de Dezembro, atendendo ao estado das marinhas e abusos da sua repartição com naturais prejuízos para o comércio, por carta régia, são providenciadas, em onze capítulos, novas ordens a serem observadas nas vilas de Setúbal e Alcácer do Sal, e seus termos.
Trata-se do traslado dos conhecimentos das quantias entregues às referidas entidades correspondentes aos rendimentos dos vários direitos cobrados nesta alfândega.
Na Mesa do Consulado eram cobrados direitos por saída e por entrada dos produtos transaccionados. O Consulado é um imposto antigo, criado em Outubro de 1592, com o fim de obstar aos saques praticados pelos corsários nos mares e de forma a proteger os navios provenientes do Oriente e Brasil. Se bem que tenha sido extinto por Filipe III, o imposto manteve-se nas alfândegas portuguesas, nomeadamente nas do Reino do Algarve. A mercadoria importada era onerada em 3 %, pagando a exportada na Mesa do Consulado, 4 %.
Este donativo dos 4% para a reedificação das Alfândegas de Lisboa foi oferecido pela praça de Lisboa e estabelecido pela representação de 2 de Janeiro e Decreto de 29 de Março de 1756. E cujas instruções que serviram de regimento para os recebedores e escrivães destes 4% foram feitas pela Junta do Comércio em conformidade com o Capítulo XV, das instruções confirmadas pelos reais decretos de 14 de Abril e 2 de Junho de 1756.
Por Decreto de 10 de Dezembro de 1801 foi criado um imposto para o estabelecimento da Guarda Real da Policia e iluminação da cidade de Lisboa, que incidia sobre a exportação do vinho, vinagre e aguardente. Por Decreto de 14 de Abril de 1804, aquele imposto foi suprimido tendo sido estabelecido o pagamento de 100 réis por cada almude de vinho, e 120 réis por cada cântaro de azeite. Nestes livros à margem esquerda encontra-se o número de ordem do despachante e a identificação da embarcação. O registo inicia com a descrição do dia, mês e ano do despacho, identificação do despachante, destino (Brasil, açores, Londres, Terra Nova, entre outros) e quantidade do género, a importância devida para este novo subsídio, o montante do que ficava devendo, assinando o escrivão e o juiz recebedor. À margem direita o montante em dívida.
Contém na sua maioria as folhas dos ordenados da alfândega, documentos de despesa, cópias de vários documentos de despesas. Esta documentação serviria para o tribunal de contas proceder à verificação das contas a de cada um dos recebedores ao serviço desta alfândega.
Direito estabelecido pela Portaria de 8 de Julho com alteração por Portaria de 5 de Gosto do ano de 1817. Direito esse de 15% sobre os géneros estrangeiros constantes da relação da primeira portaria: Arenques, bolacha, carne salgada, manteiga de vaca, presunto, queijos e toucinho.
Arrecadação da receita obtida com os direitos pagos pelas embarcações estrangeiras que carregavam sal e das embarcações portuguesas para portos estrangeiros, como por exemplo a Irlanda.
Folha dos jornais dos empregados na obra dos Trapiches e folha da despesa na mesma obra.