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Livros também designados como de Receita dos Portos Secos, Receita dos despachos, Lançamento dos despachos ou simplesmente Receita, cujos termos de abertura foram feitos pelos administradores gerais da Alfândega de Lisboa e feitores mores das demais do reino e enviados para a Alfândega de Elvas para a escrituração deste direito. Este procedimento é um fator de distinção dos demais livros existentes na Alfândega. Esta prática para com este tipo de livro é em tudo igual ao praticado para com as restantes Alfândegas do Reino. Nestes livros eram feitos os registos dos despachos onde se identificam os despachantes, tipo e quantidade das mercadorias, destino e direitos pagos. Estes livros eram posteriormente submetidos à Correição, e enviados para Lisboa para a Contadoria Geral das Províncias e Ilhas dos Açores e Madeira, para serem conferidos e examinadas todas as verbas neles registadas. Em muitos livros surge a despesa efectuada com os ordenados dos funcionários da Alfândega, aparecendo, por vezes, a designação de livros de receita e despesa. Como se poderá ver o registo não se limita às saídas, mas também às entradas, tomadias, guias afiançadas ou condenadas. Contém ainda, o registo de despachos realizados de outras Alfândegas do Reino e o lançamento da redizima. A maior parte destes livros têm no final um resumo designando e confirmando o que se devia à Real Fazenda e que seria pago pela Contadoria Geral das Províncias. Neste mesmo resumo era feito o registo das despesas com os ordenados e expediente, bem como o registo do que era remetido ao Real Erário e confirmação deste.
Este donativo dos 4% para a reedificação das Alfândegas de Lisboa foi oferecido pela praça de Lisboa e estabelecido pela representação de 2 de Janeiro e Decreto de 29 de Março de 1756. E cujas instruções que serviram de regimento para os recebedores e escrivães destes 4% foram feitas pela Junta do Comércio em conformidade com o Capítulo XV, das instruções confirmadas pelos reais decretos de 14 de Abril e 2 de Junho de 1756.
Livros também designados como Fianças da Alfândega de Elvas, ou somente Fianças. Livros uniformes, cujos termos de abertura foram feitos pelos administradores gerais da Alfândega de Lisboa e feitores mores das demais do reino e enviados para a Alfândega de Elvas para a escrituração destes termos. Este procedimento, à semelhança dos da receita, é um fator de distinção dos demais livros existentes na Alfândega. Esta prática, para com este tipo de livro, é em tudo igual ao praticado para com as restantes Alfândegas do Reino. Serviram estes livros para neles serem feitos os termos das guias de fianças dos animais ou produtos que saíam desta alfândega, os quais estavam obrigavam a regressar e apresentar os referidos animais ou no caso das cargas apresentarem as competentes certidões das descargas efetuadas em determinado destino. Escrituração é simples e contém os seguintes dados: identidade do despachante, naturalidade ou residência, destino da mercadoria, quantidade e qualidade da mesma, avaliada em determinada importância pela Pauta, o qual se obrigava a descarregar, assinado o mesmo este termo. Na margem esquerda regista-se o número sequencial dos termos bem como se acrescenta a data da descarga.
Este livro, numerado e rubricado, é da responsabilidade de João José de Sousa e Silva, por comissão do diretor do círculo Joaquim Felizardo da Cunha Osório, como consta do termo de encerramento. Este livro serviu para nele ser feita a escrituração das contas da receita (direitos das entradas, direitos de importação, direitos de saída e produto das tomadias); da despesa feita pelo cofre (fiscalização das feiras, armação das barracas, entregas feitas à recebedoria particular do concelho); autos das contas tomadas aos recebedores da alfândega; contas dos dinheiros existentes no cofre dos depósitos das tomadias. Este livro é referente ao período do exercício do tesoureiro Pedro José de Jesus.
Nestes livros é feito o registo dos diplomas, assentos e autos de posse dos empregados das alfândegas do círculo de Elvas, contendo à margem dos mesmos averbamentos (destituições, despedimentos, confirmações, etc.) respeitantes ao mesmos individuos. O círculo era composto por: Alfândega de Elvas Alfândega de Arronches Alfândega de Campo Maior Alfândega de Terena Registo da Estrada de Cheles Registo de Jerumenha Registo de Ouguela
Estes livros, numerados e rubricados, são da responsabilidade do diretor das alfândegas do círculo de Elvas, como consta dos termos de abertura e encerramento. Os dois primeiros livros têm a escrituração, organizada por colunas, contendo: a data (ano, mês e dia); Número do despacho; nome dos despachantes; Objetos despachados; Direitos (por entrada, saída); multas; tomadias e totais. No final de cada mês é feito uma certidão sobre a receita assinada pelo tesoureiro e pelo escrivão. A partir de 1847 os registos alteram um pouco a sua escrituração a qual passa a ser organizada da seguinte forma: por colunas, contém a indicação da data (ano, mês e dia); despachantes, correspondente despacho (com descrição dos géneros e destino e/ou origem, bem como as importâncias devidas em direitos ao tesouro público). Terminam estes despachos com as assinaturas do subdiretor da alfândega e/ou diretor do círculo, tesoureiro e escrivão. No fim de cada mês é feito a conta, estruturada em mapa, constando no mesmo: a data; nº de despacho, despachante, direitos (por entrada, por saída - nacional, estrangeira) multas tomadias amortização das notas, notas e totais. Termina este mapa com as assinaturas do subdiretor e do escrivão. Alguns destes mapas são intitulados de Conta da Receita e despesa geral da alfândega, contendo a montante aplicado ou entregue na recebedoria do concelho. Estes mapas são assinados pelo subdiretor da alfândega, tesoureiro e escrivão. Em alguns casos, no final do livro, encontra-se um resumo da receita (direitos de entrada e 5% adicionais, direitos de saída nacional e 5% adicionais, décima dos emolumentos e 5% adicionais, selo dos bilhetes e guias, impressão dos bilhetes e guias), e um resumo das entregas na recebedoria do concelho, com menção do respetivo recibo.
Estes livros serviram para neles ser feito lançamento dos mapas mensais do deve e haver do cofre da alfândega, sob a responsabilidade do tesoureiro Pedro José de Jesus.
Traslado de ordens, alvarás, provisões, cartas de confirmação, provimentos de oficiais, termos das visitas à alfândega, oficios e circulares, entre outras mais tipologias, emitidas por diversas entidades.