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Um dos livros reporta-se às informações endereçadas ao mordomo-mor.
Inclui serviço de matrículas.
O Cartório da Nobreza foi estabelecido por D. João I para controlar o uso de armas. Cabia-lhe a organização dos processos de justificação de nobreza e o respectivo estudo até à passagem do brasão de armas pelo rei. O Cartório da Nobreza foi totalmente destruído pelos incêndios que se seguiram ao terramoto de 1 de novembro de 1755, então instalado na Rua dos Escudeiros, em poder do escrivão Rodrigo Ribeiro da Costa. Salvou-se apenas um livro para uso particular de frei Manuel de Santo António e Silva, que se encontrava fora das instalações do Cartório da Nobreza, que é hoje o livro com a cota Casa Real, Cartório da Nobreza, liv. 12. As câmaras municipais que pretendessem proceder ao registo dos seus brasões deveriam fazê-lo no Cartório da Nobreza, de acordo com o decreto n.º 195, datada de 26 de agosto de 1881 e publicada no Diário do Governo de 1 de Setembro do mesmo ano, do Ministério do Reino. Terá sido no últimos anos da Monarquia, que o então mordomo-mor, António Maria Vasco de Melo César e Meneses, 9.º conde de Sabugosa, fez transferir o Cartório da Nobreza, da casa de um escrivão para o Palácio da Necessidades, em Lisboa. A implantação da República ditou o fim do Cartório da Nobreza.
Refere que "No qual se acham declarados todos os ofícios e foros da Casa Real, maiores e menores, de que se passam cartas e alvarás pela dita secretaria com vista dos senhores mordomos-mores; as pessoas que os servem; porque vagaram; quanto rendem; as minutas e cópias das ditas cartas e alvarás ao pé do seu título; ou onde se poderão descobrir as que faltam; o novo direito que pagam; e várias memórias com circunstâncias verdadeiras e curiosas, colhidas da prática de vários anos, e extraídas dos livros e papéis antigos, que se conservavam havia duzentos anos na mesma secretaria, e consumiu o incêndio, que se seguiu ao destroço do formidável terramoto do primeiro de Novembro de ano passado de 1755; e tudo preciso a um escrivão dos filhamentos e mui útil à Fazenda Real e aos oficiais da dita secretaria, escrito pelo mais mínimo dela, a que a brevidade e conjuntura do presente tempo, com a ocorrência de muitos papéis e folhas do expediente, e registos não permitiu aquela elegância, e concerto, que devia ter, porém como a sua intenção foi só apontar esta notícias, e declarar a verdade do que sabiam e lhe ia lembrando, poderá merecer alguma desculpa. Lisboa 30 de Junho de 1756. Escrito e ordenado por Manuel da Silva Moreira, oficial da Secretaria dos filhamentos, e por ordem do senhor duque de Aveiro, actual mordomo-mor da Casa de el-rei nosso senhor”.