O sumário apresenta a cifra do total original de documentos (122, o que abrange ainda os que foram depois remanejados), fornecendo também o seguinte elenco temático:
- Alvarás para se darem certas quantias e se levarem outras em conta;
- Ordens de Diogo Lopes de Sequeira, governador da Índia, e de João da Silva, regedor das Justiças, para pagamento de oficiais da Justiça, soldados etc.;
- Conhecimentos de receita e despesa de feitores e almoxarifes;
- Certidões, procurações e cartas.
Entre estes estão os documentos seguintes:
8 - Carta de Fernando Dias dando conta a el-rei de várias coisas pertencentes a seu serviço nas partes da India;
18 - Regimento que el-rei de Castela deu a João da Costa Penha, capitão e vedor-geral da Armada que foi descobrir terras ao Brasil;
19 - Carta de mercê a Fernando de Gonçalves do ofício de feitor principal da Alfandega de Lisboa;
20 - Cópia do alvará de licença para toda a pessoa poder vender qualquer vila ou vassalos que tivera o almirante D. Rodrigo da Gama;
31 - Carta dos oficiais da Câmara do Funchal, dando parte a El-rei que as grandes cheias que houve, tinham derrubado e levado os palanques da ribeira da cidade, por cujo motivo estava esta em grande risco; pedindo ao dito senhor lhe desse pronta providência, porque o inverno se vinha chegando e eles queriam concorrer com o que pudessem;
45 - Carta de D. Raimundo de Cardona, vice-rei de Nápoles, para Jerónimo de Oliveira, governador de uma província, prender, se chegasse aos seus portos, D. Luís de Gusmão (e seus sócios, vassalos de El-rei de Portugal), que indo para a Índia, por capitão de uma nau, se levantara e, passando a costa da Guiné, tomara dois navios portugueses carregados de negros e trigo;
50 - Carta de João Rodrigues, dando parte a el-rei que o de Castela estava próximo a partir e levava consigo certos bispos e arcebispos, ficando por governador o cardeal de Tortosa, juntamente com o presidente, e que o bispo de Saragoça estava nomeado vice-rei de Aragão; e por estar sem esperança de vida, El-rei dava o bispado a seu filho D. João;
81 - Carta de El-rei para D. Nuno juntar 30 ou 40 mouros de Xerquia, e outros tantos de Abída, e os enviar ao alcaide de Bencadu, mandando-os nos tempos que lhe parecesse, para evitar as discórdias que entre eles havia;
84 - Carta de Afonso Mexia, dando parte a El-rei para mandar numa nau, 20 pipas de salitre refinado; que o condestável, quando esteve no reino e andara por Miranda e Trás-os-Montes, vira em diferentes partes daqueles caminhos muitas terras salitradas e da qualidade das em que se costuma achar o salitre, apontando o mesmo senhor os sinais por que se podia conhecer, pelos orvalhos das ervas, o modo de o fazer;
87 - Carta de António da Fonseca, escrivão da Fazenda da Índia, dando parte a El-rei impedir o de Cochim a carga da pimenta, pelas diferenças que tinha com o de Calecute; que na ribeira de Goa havia necessidade de guardas para vigiarem a madeira do dito senhor, e outras coisas pertencentes à arrecadação da Fazenda e do contrato dos cavalos, pagamento de soldos etc.;
104 - Carta de João Rodrigues, dando parte a El-rei estar Navarra e outros lugares e fortalezas, tomadas pelos franceses, e que para se tornarem a recuperar, chamaram todos os grandes e cavaleiros do reino; pedindo ao dito senhor os socorresse com alguns dinheiros, e permitisse que a Armada do Estreito se juntasse com a daquele reino, para guardar a costa de Andaluzia;
115 - Carta de Garcia Chainho, expondo a El-rei que enquanto se não fizesse uma fortaleza em Malaca, ficava perdido tudo quanto o dito senhor mandara fazer, porque com ela se fechavam duas portas e se segurava a pimenta da ilha de Sumatra, o que se não podia conseguir pela parte da Índia;
118 - Carta de Monsieur Jacques, pedindo a El-rei mandasse abreviar a causa que trazia com os capitães da Marinha, e que El-rei de França e o Delfim escreviam para o mesmo fim ao seu embaixador;
122 - Carta de perdão a Jorge Correia, pela morte feita a Antão Monteiro.