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Carta que escreveu o bispo do Porto ao rei D. Sebastião em resposta de outra carta na qual lhe mandava o dito senhor dar parte como tinha determinado tomar para desembargador extravagante de sua fazenda e juiz entre partes o licenciado Francisco Pais de Amaral, mas pedia-lhe parecer, nesta eleição, ao que responde que não é capaz para ocupar semelhante cargo por ser diferente do seu modo de viver, como o já tinham informado e que devia, o mesmo senhor, buscar estudantes que tivessem 10 ou 15 anos de estudo porque teriam a memória mais fresca nas letras e de outros pareceres.
Refere que o doutor Jerónimo Pereira de Sá deu a Henrique Esteves da Veiga a carta de Sua Majestade em que lhe fazia mercê da recomendação de outros 3 anos com o título do desembargo, de que ficou sentido pois queria o lugar de desembargador da Casa da Suplicação.
Seu sobrinho pretendia a confirmação por serem do seu morgado do Medelo, sem primeiro fazer saber ao mesmo senhor para lhe mandar guardar sua justiça, determinando-lhe suspendesse a dita demanda, certificando ao mesmo senhor em tudo cumprira a sua real ordem e se retiraria para esta Côrte.
Informa que os culpados eram uns filhos de André de Aguiar e Pêro de Brito, que andavam a monte e, por isso, ainda não os conseguira prender.
Que o cardeal de Ferrara, que ia por legado a França, pedira ao Papa para levar em sua companhia vários padres, letrados, sete ou oito bispos e grande aparato de legacia, que o Papa dissera no consistório ir visitar o estado de Igreja e que chegaria a Bolonha. Que naquela costa aparecera uma armada de Argel de 33 galeotas que lançara gente em terra a dez milhas de Roma, sem que fizesem dano algum, porém perto de Nápoles tomaram uma nau muito rica que vinha de Levante.
Carta de Vasco Afonso Pinto, almoxarife da Alfândega de Viana ao rei D. Sebastião, queixando-se de Manuel Lobo, cavaleiro da Casa de Sua Alteza, estar naquela vila tomando as contas aos mercadores da dita alfândega dos anos de 1554 até 1557, em que gastara um mês quando qualquer outra pessoa o faria em 8 dias e agora está com os livros dos rendeiros há 2 meses e outros tantos gastara com o acabar levando mais do que lhe pertence. Pede a Sua Alteza mande a António da Silva, juiz da dita alfândega, com o escrivão diante dele, tome as ditas contas por ser pessoa auta para isso.
O papa remetera ao núncio um breve no qual exortava ao rei para não deixar o governo, afim de evitar o grande dano que podia resultar. Remetia a cópia dos estatutos das convertidas da cidade de Roma e o traslado da bula que as de Castela tem e os estatutos dos órfãos e órfãs.
Sobre o estado da Armada do Turco e invasão que um pirata inglês intentava fazer na ilha da Madeira.
Em sessenta léguas que descobrira fora bem recebido dos negros e ultimamente sendo bem recebido de certo gentio, à traição por este fora desbaratado, motivo porque voltara para a cidade de S. Salvador.
Que na Alemanha se juntaram os senhores prelados e cidades para tratarem sobre o mesmo concílio e o que haviam de fazer. Que em França se fazia o mesmo e que eles espanhóis queriam esperar pela resolução dos alemães e franceses e reposta do papa, que sobre o negócio dos castelhanos levarem armas por Larache aos mouros, falaria ao rei e trabalharia para que se evitasse este contrabando.
Inclui a cópia da carta.
O bispo duvida fazerem-se católicos os naturais do reino de Angola, sem que o mesmo senhor lhe desse faculdade para negociarem.
Que a Igreja de S. Pedro de Arcos do arcebispado de Braga era anexa ao Mosteiro de Armela, que era do padroado real. Do estado em que se achavam as causas da vigararia de S. Lourenço de Carnide e a do Mosteiro de Paderne que era do padroado real.
Que a cidade da Baía ia em muito crescimento e das terras que sujeitavam de novo se podia fazer um reino. Que os padres da companhia tinham feito grande entre os gentios porque só na Igreja do Espírito Santo, sete léguas da cidade da Baía, se baptizaram num dia 437 pessoas, sabendo a doutrina melhor que muitos cristãos e que havia escolas de 360 moços que já sabiam ler e escrever. Que tendo conquistado de novo o Brasil e desejando a sua conservação julgava-se necessário pôr nas capitanias homens honrados e de boa consciência e os governadores terem poder para castigar e perdoar por ser a terra povoada de malfeitores, pedindo ao mesmo senhor em satisfação de seus serviços o mandasse receber ao reino.
Carta escrita em Santarém.
No verso do último fólio subsiste parte de um selo de lacre com impressão de um sinete brasonado.