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A carta refere, ainda, que se assegurara o breve de não valerem as ordens aos incursos nos quatro delitos e outros que se acrescentaram e que Diogo Borôa levava a Sua Alteza a notícia da morte do papa.
A carta acrescenta: passara logo a casa de Aragónia, secretário de Sua Santidade, de quem soubera que estando para o assinar lhe dissera não ser contente da sua narrativa, porque não só devia falar em títulos gerais, mas em reis e imperadores pois em todos se devia entender a inquisição e que depois de proferir outras palavras arrogantes sem se resolver o rasgara mandado lavrar outro não derrogando em nada o que lhes tinha dito, do que avisara o comendador-mor. Queixando-se-lhe de o não avisar do que nestas matérias se passava o qual conhecendo assim cumprir ao serviço do mesmo senhor viera a sua casa, donde lhe dera tais desculpas que ficara com o coração tão brando que quisera romper as cartas que destas sensaborias tinha escrito. Pedindo ao mesmo senhor perdoasse a ambos.
Dando parte ao rei falecer o deão da Sé, que tirara o abuso de levarem os clérigos pela administração dos sacramentos aos enfermos 100 réis a cada um, motivo porque morriam muitos pobres sem sacramentos. Que o dito benefício se devia prover em pessoa letrada de bons costumes e com obrigação de pregar para utilidade no espiritual e temporal dos mesmos enfermos e que a dita ilha precisava de corregedor e juiz de fora para a boa administração da justiça.
A carta refere, ainda, que o negócio da Inquisição se não concluira por querer Sua Santidade ver novamente a Bula dela e dos cristãos novos. Que na rota se disputara sobre a duvida que havia na demanda da dízima do pescado em que o Convento de Belém obtivera sentença contra o Cabido de Lisboa e o de S. Bento do Porto contra o de Tarouquela.
Expondo ao rei que pelos navios em que foi Jácome Leite dera parte do estado da ilha de S. Tomé e remetera em letra algum dinheiro e participara os serviços que fazia ao dito senhor e que por esperar os navios do rei não fora à ilha do Príncipe tirar a devassa que o mesmo senhor mandara. Que na dita ilha de S. Tomé eram contínuas as suspeições que se davam dos ministros, o que causava irreparável prejuízo ás partes.
Que o capitão Pedro Botelho tirara muita parte daquela ilha da jurisdição do bispo, que a havia usurpado, pelo que movera dúvidas, ameaças com censuras aos provedores que conheciam das capelas da jurisdição secular.
Que o duque de Sabóia partia para França a 10 de Junho e se dizia gastava na jornada 80.000 cruzados. Que a duquesa de Lorena estava em um mosteiro pela morte do rei da Dinamarca, seu pai a qual estava descontente com dez mil cruzados de renda além de quinze mil cruzados de ajuda de custo e a cidade de Leche no Reino de Nápoles de que o rei lhe fizera mercê.
Que o negócio da navegação e comércio se não efectuara. Que o bispo de Raz pusera em lembrança para instrução do duque de Alva os pregões que se haviam de lançar em França, agradecendo ao mesmo senhor levar-lhe em serviço não ser eleito geral frei André da Ínsua. Que o assento que se lhe dera nas honras do imperador fora abaixo do embaixador do dito imperador.