Identification
Context
Biography or history
O Mosteiro de São Vicente de Fora era masculino, imediato à Sé Apostólica, pertencia aos Cónegos Regulares de Santo Agostinho até ser unido à Congregação de Santa Cruz de Coimbra. O Mosteiro de São Vicente de Fora dos muros antigos da cidade de Lisboa foi fundado por D. Afonso Henriques, em 1147. A igreja foi dedicada à Virgem Maria e ao mártir São Vicente. Ficou sujeito à autoridade apostólica e isento da jurisdição do bispo de Lisboa (1206), incluindo a paróquia de São Vicente, e as pessoas residentes no Mosteiro. O prior tinha jurisdição quase episcopal no Mosteiro, tendo autorização para usar báculo, mitra e anel em cerimónias solenes, em que não participasse o bispo de Lisboa, e cabia-lhe a cura das almas dos paroquianos. No foro contencioso, estavam sujeitos ao bispo, e arcebispo de Lisboa, que os visitava na paróquia de Santa Marinha. Lugar de acolhimento das relíquias do mártir São Vicente, em 1173, a igreja do Mosteiro transformou-se em destino de peregrinação, o que conduziu à necessidade da criação de um hospital e albergaria, situado nas suas imediações, com botica e médico permanente. O Mosteiro possuía ainda as relíquias de São Tude, trazidas, segundo a tradição, pelos cruzados, em 1147, de Santa Cristina e de São Facundo. Em meados do século XVI, tornou-se residência do arcebispo. Após a união ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e da constituição da Congregação com o mesmo nome, passou a ser visitado pelo prior geral de Santa Cruz.Os primeiros priores do mosteiro - D. Godinho Zalema (c. 1160), D. Mendo (c. 1173) e D. Paio (c. 1182) - pertenciam à comunidade do Mosteiro regrante do Salvador de Banho.Em 1184, a 6 de Maio, o papa Lúcio III, pela Bula «Effectum justa», concedeu privilégios e tomou o mosteiro e os seus bens, sob a sua protecção e da Sé Apostólica, confirmou-lhe as doações recebidas, a isenção concedida pelo bispo D. Gilberto, e dispensou-o do pagamento de dízimos. Em 1206, a 2 de Novembro, pela Bula «Cum transcriptum», Inocêncio III confirmou a bula «Quoties a nobis» de de Clemente III, datada de 1190, concedidas no mesmo sentido.Os priores tinham o direito de precedência a assento e voto sobre o restante clero. Em 1210, professou em São Vicente aquele que viria a ser Santo António de Lisboa. Desde 1277 até 1444, estão documentadas as Sorores de São Vicente, que viviam numas casas do Mosteiro, situadas no adro, sujeitas a uma prioresa, devendo obediência ao prior de São Vicente de Fora. No princípio do século XVI, as referidas casas eram referidas nos prazos como as que foram das Sorores, e terão existido até ao terramoto de 1755.Em 1288, o prior do Mosteiro foi um dos subscritores da petição dirigida ao papa, a favor da ratificação de um Estudo Geral no reino.Em 1469, pela bula "Pastoralis officii" de Paulo II, dada a 20 de Maio, a capelania do altar de São Julião com suas pertenças e benefícios, foi incorporada no Mosteiro. No mesmo ano, o mandado dirigido ao arcediago de Lisboa, inserto na bula "Ad ea" de Paulo II, dada em 29 de Novembro, mandava-o autorizar a incorporação e união da capela ao Mosteiro.O Mosteiro apresentava o cura e os capelães da capela de São Julião da igreja de São Vicente (sede da freguesia), bem como os curas das igrejas de São Julião do Tojal, de São Julião da Guarda, de Santa Ana de Pousada, de São Vicente de Castelo Mendo, com os seguintes curatos anexos: São Brás de Monte Perobolço, Santa Maria de Peva, Santo António de Mido. Apresentava ainda, os priores de São Cucufate de Vila de Frades e de São Vicente de Cuba.O Mosteiro recebeu o privilégio da exclusividade da impressão das ordenações régias.A Congregação de Santa Cruz de Coimbra, instituída pelo papa Paulo IV, em 1556, foi precedida da reforma do Mosteiro de Santa Cruz, cometida por D. João III a frei Brás de Barros, da Ordem de São Jerónimo e a Frei António de Lisboa, com início a 13 de Outubro de 1527, no dia de São Geraldo confessor. A esta reforma aderiram os priores de São Vicente de Fora de Lisboa, e do Salvador de Grijó. Até à reforma do Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciada a 4 de Abril de 1538, existiram os ofícios da conrearia, da sacristia, da capela, do hospital, da enfermaria, da vestiaria, e da pitançaria. A reforma foi cometida a Frei Brás de Barros, frade jerónimo, vindo do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra acompanhado por sete religiosos. A adesão foi confirmada pelo Papa Paulo III, em 26 de Fevereiro de 1540. O último prior-mor foi D. Fernando de Meneses D. Bento, padre geral da congregação do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, tomou posse de São Vicente de Fora em 24 de Maio do mesmo ano. Em 1543, D. Fernando de Meneses renunciou à pensão que tinha sobre os rendimentos de São Vicente, ficando unidas as rendas que até aí, estavam destinadas à mesa prioral e à mesa conventual. Desde então, dezoito priores de São Vicente foram gerais da congregação.Em 1612, por decisão do Capítulo Geral de 17 de Maio, foi-lhe anexado «in perpetuum» o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira, de Vermoim, situado no arcebispado de Braga, transferindo-se os seus religiosos para São Vicente de Fora, sendo-lhe aplicados todos os seus frutos, créditos e proventos, paramentos, ornamentos, e cabendo-lhe a apresentação dos curas ou vigários perpétuos das igrejas do mosteiro anexado. Ao iniciar esta administração, o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira encontrava-se arrendado com suas anexas e assim continuou. Foi arrendado a Francisco Pereira Vila Real (1613 a 1615), a Tomás Nunes, irmão do licenciado Marcos Dinis (1617 a 1619), a Ambrósio Pereira e a Bartolomeu da Costa, moradores em Barcelos (1619 a 1621), sendo este arrendamento feito por D. Francisco da Piedade, presidente do Mosteiro de Oliveira. Esta administração manteve-se até 1834, sendo interrompida no período correspondente à administração do Prior do Mosteiro de Mafra (c. 1773 a 1792). Em 1742, a 16 de Dezembro, Fr. Gaspar da Encarnação iniciou a segunda reforma do mosteiro.Em 1772, a 30 de Abril, em execução do breve "Sacrosanctum Apostolatus Ministerium" de Clemente XIV, datado de 4 de Julho de 1770, São Vicente de Fora foi unido ao Mosteiro de Mafra, no âmbito da união de nove mosteiros da Congregação de Santa Cruz de Coimbra ao citado Mosteiro. Em 1773, pelo Breve "Alias nos decori", dado em Roma, a 8 de Maio, o referido papa concedeu a igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora à Igreja Patriarcal e os rendimentos e direitos ao Mosteiro de Mafra, para sustento do Colégio nele instituído, dando a sua execução ao cardeal da Cunha, que mantinha os poderes atribuídos, em 1772, pelo citado breve. Em 1790, por Declaração do Inquisidor Geral, D. José Maria de Melo, datada de 19 de Agosto, os bens e rendimentos pertencentes ao Mosteiro de São Vicente de Fora de Lisboa, aplicados à sustentação do Mosteiro de Mafra, foram restituídos, incluindo os que tinham sido vendidos e depois reivindicados pelo prior de Mafra. Em 1792, a bula "Expositum nobis" concedida pelo papa Pio VI, em 3 de Abril, a instâncias da Rainha D. Maria I, foi executada por 3 sentenças de D. José Maria de Melo, bispo do Algarve e Inquisidor Geral, nomeado Juiz Comissário e Delegado para proceder com todas as faculdades apostólicas, recebendo também beneplácito régio. A primeira, dada em Lisboa a 10 de Maio de 1792, mandou remover os Cónegos Regrantes do Mosteiro de Mafra para outros mosteiros da sua Congregação, restituindo-o aos religiosos da Província da Arrábida da Ordem dos Frades Menores, e estabeleceu que a união e distribuição dos mosteiros extintos, cujas rendas tinham estado unidas a Mafra, se fizesse em benefício dos que continuassem a existir, restituiu-lhes os mosteiros extintos de São Vicente de Fora, do Salvador de Grijó e provisionalmente o de Santa Maria de Refóios de Lima, e aplicou os rendimentos dos outros a usos pios. Em 1793, por Aviso de 28 de Fevereiro, foi estabelecido no Mosteiro o ensino das cadeiras de francês, grego, latim, aritmética, geometria e física experimental, teologia dogmática e moral, filosofia racional e retórica, continuando a actividade iniciada no Mosteiro de Mafra. Em 1794, a segunda sentença, dada a 1 de Julho, mandou distribuir e aplicar os bens e rendimentos dos mosteiros extintos, que tinham estado unidos ao extinto mosteiro de Mafra, ou aplicados a outros fins. A terceira sentença, dada a 24 de Dezembro, estabeleceu os mosteiros que deviam constituir a Congregação dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho: Santa Cruz de Coimbra, São Vicente de Fora de Lisboa, Salvador de Grijó, Santo Agostinho da Serra, Santa Maria de Refóios de Lima e o Colégio da Sapiência de Coimbra, restituídos "in integrum" ao estado regular e conventual, com todos os bens, rendimentos, privilégios, isentos e padroados de que eram possuidores ao tempo da sua extinção. Estabeleceu o número prefixo de cónegos em cada um, num total de 230, exceptuando os inválidos, bem como o número de conversos e as sanções para os piores gerais infractores. Em 1794, a administração perpétua dos bens e rendimentos dos extintos mosteiros do Salvador de Moreira, de Santa Maria de Landim, de São Miguel de Vilarinho, de Santa Maria de Vila Boa do Bispo e de parte dos bens de São Jorge de Coimbra, da mesma Congregação, foi cometida aos priores de São Vicente de Fora. Em 1795, a rainha D. Maria I mandou executá-las por carta régia de 1 de Janeiro e o Prior Geral, comunicou-as à Congregação por carta patente datada de 9 de Fevereiro desse ano. Os documentos mais antigos destes mosteiros, depositados no edifício de São Vicente de Fora, foram objecto de trabalho dos alunos da aula de Diplomática, instituída na Torre do Tombo (1801-1817). Pouco tempo antes de 1834, os Cónegos Regulares de São Vicente de Fora voltaram a ocupar o edifício de Mafra.Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.A 12 de Julho de 1834, o Dr. Francisco de Sena Fernandes, juiz inventariante e provedor do 1.º distrito de Lisboa, tomou posse dos bens do mosteiro para a Fazenda Nacional, na presença de D. Vitorino de Maria Santíssima e de D. Domingos, respectivamente, ex-prior e ex-cónego do dito mosteiro, os únicos religiosos nele residentes.Localização / Freguesia: São Vicente de Fora (Lisboa, Lisboa)
Custodial history
Após a união e posse do mosteiro de São Vicente de Fora pelo prior do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, alguns documentos de São Vicente - traslados autênticos tirados de originais do cartório e alguns originais - foram mandados para o cartório de Santa Cruz e integrados no mç. 1 e 2 do Armário 60 (dos mosteiros da Congregação).A maioria dos documentos do cartório do Mosteiro, estava organizada por armários, como demonstra a cota original que apresentam, num total de 44. Numa fase posterior, a sua organização parece ter obedecido, sobretudo, a três critérios: o geográfico (o dominante, que inclui a documentação das igrejas), o tipológico, e o temático.Os documentos produzidos, reunidos, ou conservados no decurso da administração das propriedades situadas nas diferentes freguesias de Lisboa e seus arrabaldes, eram guardados nos armários 39 a 44, os da administração das propriedades rústicas, nos armários 4 a 11 (que incluía os documentos das ermidas de Nossa Senhora da Peninha e de São Saturninho na serra de Sintra), e no armário 12. Os documentos do Tojal, das igrejas de São Julião, de Santa Maria de Arruda, e de Vilar Maior, guardavam-se no armário 36, os documentos da igreja de São Cucufate de Vila de Frades e da capela de São Vicente de Cuba, no armário 37, os documentos das igrejas de São Julião da Guarda, de Santa Maria de Pousada e de São Vicente de Castelo Mendo, no armário 38. Os recibos e quitações dos quindénios, décimas e censos pagos a Roma eram conservados no armário 14, os documentos relativos à confirmação da jurisdição, dos privilégios ou dos bens e doações feitas ao Mosteiro eram guardados nos armários 1, 2, 3 de sentenças. Os padrões de juro eram conservados no armário 20. Os documentos dos bens entrados no património do Mosteiro por doação (régia ou não) e por testamento de particulares (com obrigação de aniversários por alma) pertenciam aos armários 21 e 22, os bens adquiridos por compra pertenciam ao armário 23, os escambos ao armário 30, os prazos, as cartas de venda e as cartas de arrematação, ao armário 31.Os documentos relativos à instituição monástica, incluindo as bulas, foram conservados nos armários 15, 33, e 35. Os documentos das capelas e sepulturas guardavam-se no armário 34, organizados por doações de bens para aniversários por alma, capelas, morgado de capela, meias capelas, doações em dinheiro para se cantarem aniversários por alma.Ao longo do tempo, foram encadernados vários originais, mantendo-se a cota do armário. Assim se formaram os livros do armário 3 das sentenças, o livro do armário 31, os Livros dos títulos extravagantes. No século XVIII, foram trasladados diversos títulos extravagantes, prazos, e documentos dos armários do cartório, formando a série dos Livros Novos, e os documentos avulsos receberam um número de ordem em vez da cota de armário. Os documentos relativos a São Vicente produzidos no período de união ao Mosteiro de Mafra (1772-1792), foram integrados no respectivo cartório.No séc. XIX, o cartório de São Vicente de Fora e os documentos dos mosteiros nele depositados, receberam um número de ordem, escrito a tinta carmesim, assinados na sua maioria por Carvalho, com a seguinte ordem de arrumação: Santa Maria de Oliveira, Salvador de Paderne, São Jorge junto de Coimbra (parte do cartório), Salvador de Moreira, São Miguel de Vilarinho, Santa Maria de Landim e Santa Maria de Vila Boa do Bispo.Os autos de inventário após sequestro do cartório (de 20 de Julho de 1834) descrevem o conteúdo dos oito caixões, onde foi acomodada a documentação saída do edifício de São Vicente, mostrando que os livros e documentos se encontravam misturados. Foi depositada no edifício do extinto Convento de São Francisco da Cidade e aí permaneceram até 1836. Neste ano, a 10 de Maio, os fundos referidos e algumas espécies bibliográficas impressas e manuscritas da livraria de São Vicente de Fora, num total de 309 livros, 81 maços e 1 caixa com documentos em papel e em pergaminho, deram entrada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em execução da Portaria de 1 de Março, integrando a primeira incorporação de cartórios monásticos. Alguns livros manuscritos foram incluídos na colecção Manuscritos da Livraria.Na Torre do Tombo, aos livros vindos da Direcção dos Próprios Nacionais e integrados no actual fundo do mosteiro foi mantida a ordenação que traziam, tendo recebido uma numeração sequencial à dos que já se encontravam incorporados: liv. 127 a 142. As pastas 1, 2 e 3 que os acompanhavam, foram integrados na cx. 31 da 2.ª incorporação.Os documentos mais antigos foram deslocados para a Colecção Especial, ficando organizados por ordem cronológica sendo, mais tarde, restituídos ao cartório de origem, com excepção das bulas: as bulas que se encontram na Colecção especial pertencem aos armários 1, 15, 17, 24, 27, 33, 36 do cartório do Mosteiro.Em 1894, a 14 de Maio, foram incorporados 15 livros, na sua maioria relativos a bens e a foros, e uma pasta de documentos, vindos da Direcção Geral dos Próprios Nacionais. Estes documentos tiveram cota específica nesta Direcção Geral. Os documentos pertencentes aos cartórios do Convento da Piedade de Cascais, do Mosteiro de São Vicente de Fora (89 documentos), do Mosteiro de São Dinis de Odivelas, do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Torres Vedras, do Convento do Varatojo, do Mosteiro de Vairão, do Convento da Visitação de Vila Verde dos Francos, que se encontravam na Direcção-Geral dos Próprios Nacionais foram transferidos para o Arquivo da Torre do Tombo, em data ainda não conhecida.Os tombos do Mosteiro passaram pela Repartição da Fazenda do Distrito de Lisboa.Em 1912, a 4 de Setembro, deram entrada no Arquivo Nacional, 80 documentos relativos a votos dos religiosos, provenientes da Secretaria-Geral das Bibliotecas e Arquivos Nacionais. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.
Content and structure
Scope and content
Contém documentos produzidos no âmbito do exercício da jurisdição do Mosteiro e da confirmação dos seus privilégios, o Indiculo original ou primeira Crónica da fundação do Mosteiro de São Vicente de Fora e várias bulas sobre a isenção e outros privilégios da freguesia e do Mosteiro, cartas de doação, de compra, de arrendamento, de emprazamento, de aforamento, de escambo, de partilha, testamentos, privilégios, procurações, renúncias e instrumentos de posse de bens, documentação sobre dízimos, quindénios e quitações do censo anual pago à Santa Sé, o Inventário de compras do Mosteiro, documentos relativos aos ofícios, às capelas e sepulturas, documentação sobre as sorores de São Vicente, cartas de profissão dos religiosos, documentos relativos à igreja de São Cucufate de Vila de Frades e à capela de São Vicente de Cuba, às ermidas de Nossa Senhora da Peninha e de São Saturninho na serra de Sintra, às igrejas de São Julião do Tojal, de Santa Maria de Arruda, e de Vilar Maior, às igrejas de São Julião da Guarda, de Santa Maria de Pousada e de São Vicente de Castelo Mendo. Inclui sentenças e documentos resultantes da administração dos seus bens: Livros de foros e foreiros, de Prazos antigos, Livros de notas, Livros dos títulos extravagantes, Tombos de demarcação, Livros novos, Reportórios de bens e foros, Definições de capítulos gerais, documentos de Receita e despesa, registo das decisões tomadas pelo prior e conciliários, Livros novos, Documentos relativos à Quinta da Abelheira. Inclui ainda a Crónica do Mosteiro de São Vicente, destinada ao cartório, e dois Livros de registo de óbitos.A documentação contém também as plantas da Rua Nova da Palma e da Rua dos Canos, um mapa colorido com todo o limite do Tojal, completado por onze mapas de pormenor.As propriedades do Mosteiro são mencionadas na documentação e situavam-se nas diferentes freguesias de Lisboa e seu termo, em Sintra e seus arredores, em Almada e seus arredores, no concelho de Alenquer, em Santarém, em Montemor-o-Novo, perto de Beja, na Guarda e em Castelo Mendo. Esta documentação está, frequentemente, associada às igrejas unidas ao Mosteiro. Contém também os documentos produzidos no âmbito da administração dos bens e apresentação das igrejas do Mosteiro de Santa Maria de Oliveira. A documentação refere as relações institucionais estabelecidas sucessivamente com o bispo, arcebispo e patriarca de Lisboa, e com a Santa Sé e entre o Mosteiro e a Câmara de Lisboa, bem como Estêvão da Guarda, uchão do rei D. Dinis, os condes e marqueses de Castelo Melhor, membros da família Távora, pessoas e cargos da Casa da Suplicação, das alfândegas e de outras instituições, bem como cargos ligados a casas senhoriais e diversas profissões da população de Lisboa.Na documentação são mencionados os Mosteiros de Chelas, da Madre de Deus, de Odivelas, de Santos, de São Domingos de Benfica, os padres e casas da Companhia de Jesus, os padres de São Bernardo, os religiosos de São Paulo, o hospital de Santo Elói, os conventos da Esperança, do Salvador, de Nossa Senhora da Graça ou de Santo Agostinho de Lisboa, de Santa Clara, de Santa Mónica, os colégios de Santo Antão e do Mosteiro de São Domingos, todos de Lisboa, a Casa de São Lázaro, a Misericórdia e diversas igrejas da cidade, o Hospital Real de Todos os Santos, e o hospital da Confraria do Espírito Santo, no Tojal, bem como as irmandades do Mosteiro - de Nossa Senhora do Pilar, de Nossa Senhora das Necessidades - a Irmandade do Espírito Santo erecta na ermida de Nossa Senhora dos Remédios, e a de Nossa Senhora da Saúde. Os documentos oferecem informações sobre a malha urbana da cidade de Lisboa e respectiva toponímia, a localização das portas e postigos, informações sobre a muralha e as alterações feitas no espaço urbano, e sobre os antigos arredores, dos seus caminhos e estradas.Fundos Eclesiásticos; Cónegos Regulares de Santo Agostinho; Masculino
Access and use
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.Catálogo dos documentos dos mç. 1, 2 e 3 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 1.ª incorporação (C 363). Catálogo dos documentos dos mç. 4, 5 e 6 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 1.ª incorporação (C 364).Catálogo dos documentos dos mç. 7, 8 e 9 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 1.ª incorporação (C 365).Catálogo dos documentos dos mç. 10, 11 e 12 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 1.ª incorporação (C 366).Catálogo dos documentos dos mç. 13, 14 e 15 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 1.ª incorporação (C 367).Catálogo dos documentos dos mç. 16, 17 e 18 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 1.ª incorporação (C 368).Catálogo dos documentos dos mç. 19, 20 e 21 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 1.ª incorporação, e de 22 documentos e 5 rolos de pergaminho da cx. 31, 2.ª incorporação (C 369). Ver também (C 387)Catálogo dos documentos da cx. 1 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 370).Catálogo dos documentos das cx. 2 e 3 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 371).Catálogo dos documentos das cx. 4 e 5 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 372).Catálogo dos documentos das cx. 6 e 7 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 373).Catálogo dos documentos da cx. 8 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 374).Catálogo dos documentos da cx. 9 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 375).Catálogo dos documentos da cx. 10 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 376).Catálogo dos documentos da cx. 11 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 377).Catálogo dos documentos da cx. 12 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 378).Catálogo dos documentos das cx. 13 e 14 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 379).Catálogo dos documentos das cx. 15 e 16 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 380).Catálogo dos documentos das cx. 17 e 18 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 381).Catálogo dos documentos das cx. 19 e 20 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 382).Catálogo dos documentos das cx. 21 e 22 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 383).Catálogo dos documentos das cx. 23 e 24 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 384).Catálogo dos documentos das cx. 25 e 26 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 385).Catálogo dos documentos das cx. 27, 28 e 29 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação (C 386).Catálogo dos documentos da cx. 30 do Mosteiro de São Vicente de Fora, e descrição sumária de 80 votos de profissão de frades do mosteiro da cx. 31, 2.ª incorporação (C 387).Catálogo dos documentos das cx. 1, 14, 15, 16 do Mosteiro de São Vicente de Fora, 2.ª incorporação, relativos a Sintra, Cascais, Colares, e seus termos (1192-1806), elaborado em 1978 (C 1075). Ordenação cronológica. Verbetes do espólio de Silva Marques. FIGUEIREDO, A. Mesquita de - "Arquivo Nacional da Torre do Tombo: Roteiro prático". Lisboa: Livraria Universal de Armando Joaquim Tavares, 1922. p. 16, 42, 63.Índice (inventário) dos livros de diversos conventos, ordens militares e outras corporações religiosas guardadas no Arquivo da Torre do Tombo, conventos diversos, caderneta 5 (Trindade de Lisboa a Xabregas) (C 272) fl. 46-170. Descreve 78 livros.Inventário das Corporações Religiosas, desintegrado da antiga Colecção Especial (inclui a tabela de equivalência e a "Nota explicativa" da restituição dos documentos aos cartórios de origem, feita pela conservadora Maria Teresa Geraldes Barbosa Acabado), em 24 de Julho de 1978 (L 208) fl. 4-4 v.º Descreve 40 mç. da 1.ª incorporação. Relação de documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, em 14 de Maio de 1894 (A-L), organização topográfica (C 278) f. 143-158. Descreve 15 livros e uma pasta de doc. diversos (parte da actual cx. 31 da 2.ª incorporação).Relação de documentos pertencentes aos cartórios do Convento da Piedade de Cascais, do Mosteiro de São Vicente de Fora, do Mosteiro de São Dinis de Odivelas, do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Torres Vedras, do Convento do Varatojo, do Mosteiro de Vairão, do Convento da Visitação de Vila Verde dos Francos, transferidos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais para o Arquivo da Torre do Tombo (L 287) f. 5. Descreve 89 doc.Suplemento da Colecção Especial: relações sumárias das bulas, cx. 1-15, breves, cx.16-22, de sentenças apostólicas, cx. 23-24, sentenças executoriais, cx. 25-26, "Miscelânea eclesiástica", cx. 27, diplomas emanados do poder real, cx. 28-72, de príncipes, infantes, duques de Bragança, rainhas, cardeais, arcebispos, bispos, de patriarcas (...), e relações de unidades de instalação respeitantes a instituições eclesiásticas regulares e seculares (L 207), f. 13. Descreve os primeiros 21 maços da 1.ª incorporação, que estiveram na Colecção Especial, e que estão descritos nos catálogos (C 363) a (C 369).
Associated documentation
Related material
Portugal, Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa.Portugal, Arquivo da Cúria Patriarcal de Lisboa.Portugal, Arquivo Distrital de Braga.Portugal, Arquivo Distrital do Porto, Convento de São Vicente de Fora - Lisboa.Portugal, Arquivo Histórico de Mafra.Portugal, Arquivo Municipal Alfredo Pimenta.Portugal, Biblioteca Nacional.Portugal, Biblioteca Pública de Évora.Portugal, Torre do Tombo, Casa da Suplicação (F), processos em que uma das partes foi o Mosteiro de São Vicente de Fora.Portugal, Torre do Tombo, Conselho Geral do Santo Ofício (F), Papéis avulsos, mç. 2, n.º 307-309 (cota antiga: Núcleo Antigo 49).Portugal, Torre do Tombo, Cónegos Regulares de Santo Agostinho, Mosteiro do Salvador de Moreira, liv. 29, 30. Portugal, Torre do Tombo, Cónegos Regulares de Santo Agostinho, Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, mç. 36.Portugal, Torre do Tombo, Hospital de São José (F), Documentos e plantas relativas a obras feitas num dos claustros do mosteiro, para instalação do Panteão Real, Hospital de São José, pasta n.º 3646, "papéis reservados".Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, n.º 1780.Portugal, Torre do Tombo, Memórias Paroquiais, vol. 20, n.º 932f, p. 943 a 950f.Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2223, inv. n.º 200.Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, listas e cartas de arrematação, caderneta de cadastro 2465-A, liv. 7642 (Livro 1.º das Requisições).Completivas: Portugal, Torre do Tombo, Colecção Especial. Bulas contendo a extensão de privilégios, Portugal, Torre do Tombo, Colecção Especial, cx. 12, s/n.º, documento armário 15, n.º 2. Na Colecção Especial encontram-se bulas concedidas ao Mosteiro de São Vicente de Fora, de protecção apostólica, contendo privilégios concedidos à freguesia da igreja de São Vicente de Lisboa e às igrejas de Santa Maria de Arruda, de Vilar Maior , de São Julião do Tojal , de Castelo Mendo, de observância da Regra de Santo Agostinho, de isenção de dízimas sobre os bens e terras do Mosteiro, bulas relativas à igreja de Arruda, a doação da igreja de Vilar Maior com reserva da terça em 26 de Agosto de 1162, confirmada por bula "Cum a nobis"de Gregório IX, de 25 de Novembro de 1237, a doação das igrejas de Santa Maria de Arruda e de São Julião do Tojal pelo bispo de Lisboa, confirmada por bula "Cum a nobis" de Inocêncio IV, de 28 de Setembro de 1245, contendo recomendação dirigida ao alcaide de Lisboa e seus oficiais, sobre composições entre o bispo e cabido de Lisboa e o prior do Mosteiro, nomeando o juiz da demanda existente entre eles, privilégio de poderem recusar candidatos a pensão ou benefícios eclesiásticos, de absolvição de excomunhão, confirmando liberdades e imunidades dadas por privilégios e indultos, privilégio autorizando o prior poder usar anel, mitra e báculo, não estando presente o bispo de Lisboa (por bula "Exhibita nobis"de Urbano IV, 1 de Julho de 1263) mandando pagar as rendas ao prior Estêvão, concessão de indulgências, confirmação da posse da igreja de Castelo Mendo, concedendo a Constituição dos Cónegos Regulares da Ordem de Santo Agostinho, sobre nomeação de prior, autorização para altar portátil, de permuta de priores, bula relativa à igreja de Santa Maria de Paços, em Melgaço, com numeração dada em São Vicente: Portugal, Torre do Tombo, Colecção Especial, cx. 13. Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 465, 468 e 1780 código de referência: PT-TT-MSLIV. São crónicas do mosteiro.Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 1103, "Notícias do Real Mosteiro de São Vicente de Fora"Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 599 , "Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora das Necessidades" (1602, 1620, 1655, 1673, 1697)Portugal, Torre do Tombo, Manuscritos da Livraria, nº 2005, "Estatutos das Escolas de São Vicente" (1804, 1825)