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Inventário do extinto mosteiro de Santa Maria de Refóios de Lima para ser unido ao Real Mosteiro de Mafra, em virtude da Bula de Clemente XIV e do Beneplácito Régio de 6 de Setembro de 1770, de que foi executor o cardeal da Cunha. Por carta deste, datada do Palácio da Junqueira, de 15 de Setembro, mandava-se pôr em sequestro geral todos os bens do mosteiro e fazer o seu inventário de acordo com o formulário proposto, ficando os bens sob custódia e confiados a diferentes depositários. O inventário foi cometido ao desembargador António de Sousa da Silveira, da Relação do Porto, por carta régia de 23 de Setembro, tendo sido começado a 28 do mesmo mês e ano. Foi escrivão António Lopes de Morais, do tombo da coroa da vila de Guimarães. Estiveram presentes D. Félix de Cristo, vigário presidente e D. Jerónimo da Anunciação, camarário do mosteiro. Inclui o inventário das alfaias, dos ornamentos, dos móveis e demais objectos do uso do mosteiro e de suas oficinas, dos prazos, dívidas, e capelas de que era administrador. As avaliações foram confiadas a um mestre pintor, a um ourives de Braga, a um vestimenteiro, a um mestre livreiro e a um mestre sineiro, ambos de Braga, a artífices de tanoeiro e a um carpinteiro. Por carta do secretário do cardeal da Cunha, datada de 25 de Outubro de 1770, mandou-se tirar o mapa ou risco do mosteiro e cerca, para ser remetido para Lisboa com o inventário dos bens, os documentos do cartório e o inventário da livraria (fl. 252, 277 que falta, 368). Na planta (fl. 273) foram representados a fachada da igreja, a torre, o dormitório, a portaria e entrada do mosteiro, o celeiro e a adega, a coelheira e as hortas, o lagar de azeite, os campos lavrados e os olivais, a canaria de água, o castanhal, o pomar, as vinhas, a casa dos lagares do vinho, o pombal e o prado. Contém também o inventário do mosteiro de S. Teotónio de Viana, extinto em 1769, cujos bens - pratas, ornamentos, alfaias, livraria - foram mandados depositar no edifício de Refóios de Lima (fl. 265, 269, 292-301 v.º, 311-313, 315) e em 1770, enviados também para o palácio do cardeal da Cunha, com destino ao Real Mosteiro de Mafra (fl. 305). Contém ainda os documentos relativos à venda do mosteiro de S. Teotónio de Viana pelo procurador do Mosteiro de Mafra - a descrição dos bens postos em venda, o valor do lance, as obrigações do comprador (fl. 287-288). Refere a dívida do mosteiro de S. Vicente de Fora e o dinheiro da presidência de Muía e de Crasto, relativos aos quindénios (fl. 7-8). Tem índice.
Traslados em pública-forma de documentos desde o ano de 1124 a 1508.
Feito pelo licenciado André de Cabedo de Vasconcelos, juiz de fora de Ponte de Lima por mandado do rei.