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O Convento e Seminário de Santo António do Varatojo era masculino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores, inicialmente aos religiosos observantes da Província de Portugal, depois à Província dos Algarves e finalmente aos Missionários Apostólicos.Era também designado por Mosteiro de Varatojo, Mosteiro de Santo António, Missões Franciscanas Portuguesas, Corporação Missionária Província Portuguesa da Ordem Franciscana, e Missionários Apostólicos.Em 1470, foi fundado nos arredores da vila de Torres Vedras, na aldeia de Varatojo, provavelmente, por iniciativa do rei D. Afonso V em cumprimento do voto que fizera a Santo António e São Francisco de Assis se o auxiliassem nas conquistas do Norte de África, e que para o efeito, comprou uma quinta a Luís Gonçalves, escudeiro de D. Pedro de Aragão. O rei lançou a primeira pedra da igreja, e encarregou as obras a Diogo Gonçalves Lobo, que fôra vedor da Casa da Rainha. Em 1472 recebeu a bula papal "Ad decorem sacrae religionis", dirigida ao Vigário Provincial da Observância portuguesa.Em 1474, foi inaugurado, e frei João da Póvoa tomou posse do Convento, mandando vir religiosos observantes da Província de Portugal do Convento de Alenquer. O primeiro guardião foi frei Álvaro de Alenquer. O Convento albergaria, no máximo, vinte e cinco frades. Os reis dedicaram-lhe especial atenção. D. Afonso V tinha um aposento no Convento, e concedeu privilégios especiais aos terceiros que auxiliassem os frades no peditório para o sustento da comunidade. D. João III e a rainha D. Catarina fizeram obras de ampliação, merecendo, por isso, o título de segundos fundadores. Em 1503, por deliberação da Congregação dos Observantes, passou a ser casa de noviciado. Em 1532, passou à Província dos Algarves.Em 1680, foi entregue a frei António das Chagas, a fim de ser destinado a seminário de Missões, ficando imediatamente sujeito ao Ministro Geral da Ordem.Deste Convento partiram os fundadores de outras quatro casas de missionários apostólicos, de Brancanes, Vinhais, Mesão Frio e Falperra. Todas estavam directamente dependentes do Ministro Geral. Em 1807, o convento foi saqueado pelas tropas francesas e foi nele improvisado um quartel durante as invasões.Em 1833, os religiosos (21 sacerdotes, 6 irmãos leigos e 6 irmãos donatos) fugiram e dispersaram-se temendo violências políticas.No mesmo ano de 1833, a 2 de Novembro por decreto régio o convento foi suprimido e feito o arrolamento dos seus bens. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.Localização / freguesia: São Pedro e São Tiago (Torres Vedras, Lisboa)
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