Manuscrito intitulado “Historia Pharmaceutica das plantas exóticas, seus produtos, naturalidades e virtudes para facilitar os conhecimentos dos vegetaes e servir de addição à pharmacopea dogmática“

Unidade de instalação

PT/OF/CDF/C-A/012-010/0001

Manuscrito intitulado “Historia Pharmaceutica das plantas exóticas, seus produtos, naturalidades e virtudes para facilitar os conhecimentos dos vegetaes e servir de addição à pharmacopea dogmática“

Ordem dos Farmacêuticos

1777

1837

Papel; 308 fl.; A 31,5 cm x L 22 cm x P 7 cm

Livro manuscrito da autoria do frei-boticário João de Jesus Maria correspondente ao III Tomo da “Pharmacopea Dogmatica medico-chimica, e theorico-pratica” designado “Historia Pharmaceutica das plantas exóticas, seus produtos, naturalidades e virtudes para facilitar os conhecimentos dos vegetaes e servir de addição à pharmacopea dogmática” composto por páginas manuscritas com tinta metalogálica sobre papel e encadernação em capa dura de pergaminho desprovida de decoração tendo apenas nervuras salientes na lombada e legenda vermelha na segunda casela. Terá sido escrita antes de 1777, data de aprovação da sua publicação. Foi preparado para ser editado e impresso, razão porque apresenta os textos introdutórios, o selo no início e carimbos real e do Santo Ofício em todos os fólios, acrescentos em folhas completas e línguas de papel coladas com numerosas emendas e acrescentos introduzidos pelo autor. Segundo o Catálogo dos Escritores Beneditinos da Congregação de Portugal, elaborado pelo Frei Francisco de S. Luís, Cardeal Saraiva, este III Tomo manuscrito demorou 8 ou 9 anos a ser elaborado e esteve na Livraria da Botica do Mosteiro de S. Bento da Saúde (atual Assembleia da República) por oferta do próprio autor. Sabe-se depois que o manuscrito foi doado por António José Nogueira à Sociedade Farmacêutica Lusitana em 1837 e passou a integrar a biblioteca desta Sociedade. Esteve em algumas exposições e foi recentemente restaurado. Trata-se exemplar único que nunca foi publicado de parte de uma Farmacopeia. As farmacopeias tinham como objetivo fomentar a aprendizagem da arte de boticário ou farmacêutico em aspetos relacionados com a execução prática de medicamentos, bem como ao estudo, colheita e conservação das respetivas matérias-primas. Estes livros foram introduzindo os novos conhecimentos científicos e contribuíram para a normalização dos saberes e práticas dos farmacêuticos. Bibliografia que constitui uma fonte incontornável para a história dos farmacêuticos e da farmácia em Portugal.

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