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Pedro Vicente de Moraes Sarmento Campilho (1825-1908). Geralmente conhecido por Pedro Vicente de Morais Campilho, descendente de uma nobre família de origem espanhola que no século XVI veio para Portugal, ligando-se pelo casamento com uma descendente da casa dos Sampaios, dando origem aos Campilhos de Vinhais. Nasceu em Sobreiró de Cima (Vinhais) a 22 de Janeiro de 1825 e morreu a 14 de Maio de 1908, na sua casa de Vinhais. Desempenhou funções no Governo Civil de Bragança e foi várias vezes presidente da Câmara e administrador do concelho durante 18 anos, tendo também desempenhado o cargo de procurador à Junta Geral do Distrito de Bragança. Era uma importante figura do Partido Progressista, um político com grande poder local e muitos apoiantes. Deputado eleito uma única vez, na legislatura de 1858-1859, por Bragança, com juramento a 21.6.1858, pertenceu à Comissão de Petições (1858). A sua contribuição nos trabalhos parlamentares é muito modesta. Limitou-se a participar na votação do projeto da Fazenda que autorizava o Governo a contrair um empréstimo para incrementar as obras públicas e subscrever um requerimento e uma proposta. O primeiro pedia ao ministro das Obras Públicas informação sobre a construção da estrada de Bragança a Mirandela e ponte sobre o rio Tua, indicando o tempo e dinheiro já despendidos com tais obras; a segunda tinha por fim diminuir o imposto que recaía sobre o arroz importado, tanto descascado como com casca. Fonte: Dicionário Biográfico Parlamentar 1834-1910. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Assembleia da República, 2004.
Jaime de Magalhães Lima (1859-1936). Escritor e político. Irmão de Sebastião de Magalhães Lima, grão-mestre do Grande Oriente Lusitano Unido. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Foi eleito deputado pelo Partido Regenerador nas legislaturas de 1893-1894 e 1896-1897. Em 1892 exerceu o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Colaborou em vários jornais e revistas, entre os quais O Século, do qual seu irmão foi fundador, A Província e a Revista de Portugal. Foi um seguidor dos ideais de vida de S. Francisco de Assis, por quem tinha uma profunda devoção, e admirador de Leão Tolstoi, a quem visitou numa viagem que fez à Rússia. Escreveu vários ensaios, textos doutrinários e crónicas de viagem. Fonte: Cartas a Alberto Sampaio. Organização, introdução e notas Emília Nóvoa Faria. Porto: Campo das Letras, 2008.
João Gomes de Abreu Lima (1852-1935). Escritor. Amigo de Guerra Junqueiro, Gonçalves Crespo e Bernardino Machado desde o tempo de Coimbra, onde frequentou a Universidade, embora não tivesse concluído o curso. Em Ponte de Lima, onde fixou residência a seguir ao seu casamento, exerceu o cargo de Recebedor da Fazenda Pública. Colaborou em vários jornais e revistas, com interessantes artigos sobre a história local, polémicas literárias, recensões críticas e ensaios poéticos. Em 1910, publicou na revista O Instituto, a primeira monografia de Ponte da Barca, um erudito trabalho de compilação e análise documental que intitulou Terra da Nóbrega (Notas Históricas). Fonte: Cartas a Alberto Sampaio. Organização, introdução e notas Emília Nóvoa Faria e António Martins. Porto: Campo das Letras, 2008.
Luís Cipriano Coelho de Magalhães foi um importante agente cultural de fins do século XIX e princípios do século XX, nascido a 13 de setembro de 1859, em Lisboa, e falecido a 14 de dezembro de 1935, no Porto. Foi um elemento de ligação entre as gerações ditas de 70 e 90, ilustrando, na sua obra poética, ficcional e ensaísmo a transição do Realismo-Naturalismo para as correntes finisseculares do Neogarretismo. Primeiro filho do político liberal José Estêvão, matricula-se em Direito na Universidade de Coimbra, em 1877, cidade onde funda, três anos depois, com o seu amigo António Feijó, a Revista Científica e Literária, de orientação positivista. No mesmo ano, publica a sua estreia poética, Primeiros Versos e, no ano seguinte, o poemeto Navegações, no contexto da comemoração do centenário da morte de Camões. Em 1882, conclui a formatura em Direito. Em 1884, publica o volume de poesias Odes e Canções, prefaciado por Oliveira Martins. Em 1885, principia a sua vida política, ingressando no Partido Progressista, ao mesmo tempo que inicia a sua colaboração como articulista no jornal A Província, de Oliveira Martins. Em 1886, publica o romance realista-naturalista O Brasileiro Soares, prefaciado por Eça de Queirós, seu grande amigo. A partir de 1889, torna-se secretário e colaborador da Revista de Portugal, dirigida pelo mesmo. Em 1890, no rescaldo do Ultimato inglês, contribui para a fundação da efémera Liga Patriótica do Norte, a que Antero de Quental acederia a presidir, e assina uma série de artigos, em A Província e em vários outros jornais, onde interpreta o Ultimato à luz da teoria da decadência da nação portuguesa, que, moribunda, teria neste acontecimento traumático a oportunidade de ressurgir e de se reabilitar, mediante o regresso às suas tradições. Em 1892, aceita o cargo de governador civil de Aveiro. É o organizador do In Memoriam de Antero de Quental, publicado em 1896. Após a morte de Eça de Queirós, em 1900, assume a responsabilidade da edição da quase totalidade da sua obra póstuma. Em 1901, ingressa no Partido Regenerador-Liberal de João Franco. Com a subida deste ao poder, em 1906, Luís de Magalhães toma posse do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, de que se demitirá no ano seguinte. Em 1908, publica o seu último livro de poesias, Cantos do estio e do outono. Quando, em 1919, a monarquia é proclamada no Norte do país por Paiva Couceiro, Luís de Magalhães é convidado para ministro dos Negócios Estrangeiros. Fracassada a tentativa de restauração da monarquia, é preso e julgado, depondo a seu favor personalidades destacadas de vários quadrantes políticos. Casado com Maria da Conceição de Lemos Magalhães. Fonte: Infopédia.