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Manuel Pires, vigário da vara do arciprestado do Ribatejo, procede a devassa na sequência do roubo observado na noite de 23 de agosto de 1830, às 5h da manhã, na igreja de São João Batista de Alhandra. De acordo com o relato do prior Luís Pedro Gomes da Cruz, a porta do cemitério foi arrombada, bem como a que se encontrava entre os altares de São José e Santo Amaro por onde se introduziram na igreja. Aí fora arrombada a porta da sacristia e, nestas, os armários, uma caixa, gavetas e gavetões dos paramentos. O sacrário foi serrado, as franjas e gabão de ouro do pavilhão da píxide foi roubado e as partículas estavam espalhadas dentro dele. Da sacristia furtaram dois cálices, e inutilizaram quatro casulas retirando os galões de ouro. Dos altares levaram apenas o resplendor de prata de um crucifixo que se venerava no altar de Nossa Senhora das Dores. Na sequência do desacato mencionado o santíssimo foi transferido para a igreja de São João da Praça, primitiva paróquia. São arrolados mais de 30 testemunhos de locais.
Trata-se de uma restituição ao ministério paroquial da referida igreja, suspendida por motivo de processo-crime não identificado.
O dito pároco foi acusado de ter raptado, em Torres Vedras, uma mulher solteira e órfã, tendo-a dentro de portas; de ter quebrado várias imagens na Ermida do Senhor Jesus da Boa Morte; de ter ido bater à porta de uma mulher casada, fora de horas; de ter roubado um jumento em Alhandra e aparecer embriagado em Vila Franca de Xira; e de ter fechado as portas da ermida dias depois da imputação dos crimes de iconoclastia. Entre as testemunhas constam António da Silva, eremitão da Ermida do Senhor Jesus da Boa Morte, e sua esposa, Joaquina do Espírito Santo.
Estavam em causa irregularidades praticadas nos livros de assentos paroquiais quando da paroquialidade na freguesia de Aldeia Galega do Ribatejo.
Manuel Passos Machado, escrivão do Julgado da Calhandriz, não satisfazia os preceitos quaresmais da confissão e comunhão, fazia os enterramentos de familiares em paróquias vizinhas e usava pastores de fora da paróquia para ministrar sacramentos. Chegou a ser preso no Aljube e a recorrer apresentando queixa contra o pároco de calúnia e falsas acusações.
O dito pároco foi acusado de: 1. abuso de púlpito avançando proposições heréticas; 2. alcoolismo; 3. relação adúltera com mulher casada que trouxe de Santarém; 4. relação ilícita com mulher viúva de Vila Franca de Xira; 5. converter em coberta da cama um pálio da freguesia de Alverca; 6. celebrar a eucaristia sem observação de jejum.
O dito presbítero foi acusado de ter em sua casa uma filha, grávida, sendo ainda o autor de tal gravidez. Foi averiguado tratar-se de uma sua sobrinha e não haver provas de incesto ou simples concubinato. O promotor deduz suspeita de calúnia por parte do pároco de Vila Franca de Xira, José da Conceição Martins.
O dito pároco foi acusado de provocar homens e rapazes a praticar atos desonestos e contrários à castidade, de jogar e frequentar a casa de um homem rebelde e que vive em mancebia, de frequentar tabernas e de ter uma relação há 12 anos com uma mulher casada. Contém vários testemunhos difamatórios e abonatórios.
Representação de um grupo de cidadãos acusando o pároco de, além de ter duas mulheres em casa, viver em mancebia com outra casada, tendo-lhe alugado casa em Lisboa e passando a maior parte do tempo com esta, ausente dos deveres paroquiais.
No dia 24 de junho de 1884, por ocasião da festividade de São João Batista, orago da paróquia de Alhandra, o prior de Alhandra, Manuel Bento Lopes, foi perturbado pelo presbítero por este não ter sido designado para nenhuma função litúrgica, com palavras violentas.