Cópia do plano de urbanização de Vila Franca de Xira de 1946 desenhado pelos arquitetos Miguel Simões Jacobetty Rosa e João Guilherme Faria da Costa à escala 1:2000.
De acordo com o artigo Marat-Mendes, J.C. et al. (2020) que destaca e compara dois planos de urbanização da década de 1940: o de Vila Franca de Xira (1946) de Miguel Jacobetty e Faria da Costa e o de Palmela (1948) de João António Aguiar, «O plano buscava controlar o crescimento populacional e garantir condições sanitárias e de mobilidade. É desenhado um sistema de uso do solo, com seis categorias: primeiro uma área pré-existente de habitação coletiva e comércio; uma segunda com proposta de extensão urbana com habitação e equipamentos; um terceiro com moradias isoladas pobres; uma quarta com área residencial planejada; um quinto para a indústria e um sexto para o mercado planejado e área de esportes (Jacobetty & Costa, 1946a). Fisicamente, este plano mantém o assentamento orgânico original, introduzindo duas novas avenidas ortogonais com edifícios simbólicos e uma praça, maior do que as praças preexistentes. A extensão planejada se estende para o norte com três zonas principais: uma com moradias isoladas, outra com edifícios residenciais coletivos e a terceira com instalações desportivas, incluindo uma nova arena de corrida de touros. Está localizada em uma planície de inundação com grande potencial produtivo. Embora o tipo de moradia preferencial seja a casa unifamiliar, o plano inclui moradia coletiva limitada a quatro andares residenciais (Jacobetty & Costa, 1946b). Uma zona rural é definida, mas não regulamentada, na periferia. Este plano foi aprovado como foreplan, mas não foi implementado. O antigo assentamento mudou, mas diferentemente deste plano. A extensão principal não foi construída, e um novo núcleo residencial brotou no leste, não no norte do núcleo original. As demolições previstas não aconteceram, e a nova área de desportos permaneceu rural até muito recentemente, quando uma próxima urbanização foi aprovada".