Bateira da ria de Aveiro, designada por bateira dos cagaréus na zona
de Santarém, é uma embarcação da família das canoas de tábuas de tipo
mesopotâmico a que também pertencem o barco do mar (meia-lua), a bateira
do mar, e o moliceiro, sendo a de menores dimensões. Existem vários modelos
diferentes usados na pesca e/ou carga: a bateira labrega (9,2 x 1,9 x 0,5m),
a bateira marinhoa (8,75 x 1,75 x 0,55m), e a bateira caçadeira (7,1 x 1,6
x0,5m), e ainda a bateira mercantel (14,5 x 2,6m), a chinchorra (7,6 x 1,75
x 0,57m até 9m de comprimento), a bateira ílhava (9m de comprimento),
e a bateira erveira (5,05 x 1,2 x 0,35m). Em comparação com o moliceiro
têm um menor desenvolvimento da proa, cujo lançamento se apresenta mais
equilibrado em relação à popa, e um remate do bico só ligeiramente recurvo.
A bateira caçadeira e a marinhoa têm o bico apontado para a frente e a proa
é menos alteada que na labrega e na caçadeira. Propulsão por vela (pano
bastardo), remos e vara. Tripulação de 2 a 3 pessoas.
Moliceiro é uma embarcação de fundo chato, sem quilha, com a proa
espatulada e revirada para trás, e popa com leme. É usado na região de
Aveiro para recolha do moliço e transporte de carga. As dimensões variam
entre 15 x 2,5 x 1m, na Murtosa, e 9,3 x 1,35 x 0,42m, em Salreu, e com um
comprimento intermédio de 13,3m em Mira. A propulsão é por vara, vela ou
sirga. Tripulação de 2 a 3 pessoas.