Em primeiro plano, um douro grande, e, no plano médio, um batel do sal à vela e
duas muletas, na Gala.
Douro (por dóri) grande, ou baleeira(?), da Gala, é uma embarcação de pesca de fundo chato e casco de tabuado liso do tipo do caíque do Douro, com tilha de proa rematada por barrote, entepara de proa e tilha de ré como o cagarete das bateiras. Dimensões médias 6,15 x 2,05 x 0,8m. Propulsão por remos e por vezes vela. Tripulação de 1 a 2 pessoas.
Batel do sal, de Lavos, é uma embarcação de transporte de sal e areia. Com feitio de bateira da ria de Aveiro e relação comprimento-largura-pontal, além de outros pormenores, igual à da barca serrana, distingue-se desta por ter proa e popa rasas. Tem coberta de proa, uma pequena câmara à ré, e leme. Dimensões 23,5 x 2,5 x 1,1m. Propulsão por vela (pano redondo, mais largo que alto, com aluamento pronunciado) e vara.
Muleta ou bateira do Mondego (estuário) ou da Figueira da Foz é uma embarcação de pesca no rio e no mar, do tipo das bateiras da ria de Aveiro mas mais reforçada e com cobertos de proa e de popa. Tem uma proa um tanto romba, lembrando a da bateira marinhoa mas muito menos elegante, e roda da ré formando ângulo com o fundo. Dimensões médias 6,57 x 1,7 x 0,51m. O mastro arvora no banco da proa, sendo o pano latino ou bastardo com testas pouco extensas. Modelos maiores em Lavos, para carga e transporte, são designados por bateira pequena e bateira grande, tendo tapamento e porta na coberta da proa e o banco de arvorar fica escorado sobre a cocia; dimensões entre 6 x 1,7m a 10 x 1,8m. A muleta e estas bateiras usam também remos.