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10 records were found.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo, utilizada pelo Arquivo Municipal, para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0008
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "Eu tenho que descobrir quem foi o autor do mundo"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo de outros poemas.
Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao livro "Antologia Poética")
Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida.
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese:
Neste poema a autora faz alusão à curiosidade que tem sobre quem foi o autor do mundo, ou seja, o Ser que teve o dom de ter separado a noite do dia; fazer o céu e a terra; as cadeias para os presos; as igrejas para os santinhos e questiona-se: se Deus tem tanto poder porque não desce à terra e acaba com a droga e evita que haja guerra?
Caracterização Desenvolvida:
Poema "Eu tenho que descobrir quem foi o autor do mundo"
Eu levo os dias pensando
E as noites sem dormir,
Quem foi o autor do mundo
Eu tenho que descobrir.
Tem que ser grande autor
Com grande sabedoria,
Fez obras de grande valor
Até separou a noite do dia.
Fez o céu, fez as estrelas
Fez a terra e fez o mar
De tudo fez um casal
Para o mundo não acabar.
Fez as cadeias para os maus
As igrejas para os santinhos,
Infantários para as crianças
E lares para os velhinhos.
Eu falei com um doutor
E ele me deu a certeza,
Obras de tanto valor
Só a própria natureza.
Mas eu não tenho a certeza
E continuei pensando,
Mesmo a própria natureza
Alguém a está dominando.
E depois estudei astros
E no céu vi uma luz,
Uma estrela tão brilhante
Só podia ser Jesus.
Se Deus tem tanto poder
Tem que nos dar a prova,
E descer do céu à terra
Para acabar com a droga
e evitar que haja guerra.
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Escrita
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: Feira do Livro e da Leitura
Local: Largo Zeca Afonso em Vidigueira
Data inicial: 2005
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BIBLIOGRAFIA
- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005.
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MULTIMÉDIA
- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0008_001)
- Poema na "Antologia Poética" - "Eu tenho que descobrir quem foi o autor do mundo" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.34)
- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0008_002)
- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0008_003)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0007
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "25 de Abril de 1974"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo não deste mas de outros poemas.
Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao livro "Antologia Poética")
Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida, embora possa ter sido redigido entre Abril de 1974 e o ano da recolha, 2006.
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese:
Neste poema a autora faz referência ao sofrimento vivido pelas pessoas antes do dia 25 de Abril de 1974 e a madrugada desse mesmo dia em que se gritou "Viva a liberdade" ouvindo-se os militares a cantar »Grândola Vila Morena».
Caracterização Desenvolvida:
Poema "25 de Abril de 1974"
O 25 de Abril
Será sempre festejado
Que deu fim a uma guerra
E ficou na história gravado
Tanta mãe que eu vi chorar
Tantos suspiros e ais
Tanta noiva sem casar
E tanto filhinho sem pai
Na madrugada de Abril
Andava tudo assustado
E sem haver explicação
A gente ligava o rádio
Nem havia transmissão
E quando tornei a ligar
Eu até chorei com pena
Ouvi os militares
Cantando «Grândola Vila Morena»
Só os capitães de Abril
Descobriram o segredo
Foram até à Guiné
Dizendo eu não tenho medo
Chegaram ao Ultramar
Fizeram tremer o chão
A guerra tem de acabar
Peçam a Deus perdão
Disseram muitas vezes
Não vimos para fazer mal
Só queremos os portugueses
Na sua terra natal
Por isso que dizemos
Alegrou a mais de mil
Viva o nosso Portugal
Viva os capitães de Abril
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Escrita
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: Feira do Livro e da Leitura
Local: Largo Zeca Afonso em Vidigueira
Data inicial: 2005
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BIBLIOGRAFIA
- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005.
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MULTIMÉDIA
- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0007_001)
- Poema na "Antologia Poética" - "25 de Abril de 1974" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.33)
- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0007_002)
- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0007_003)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo, utilizada pelo Arquivo Municipal, para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0008
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "Uma poesia ao fim da era de 1999 e a chegada de 2000"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo de outros poemas.
Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao livro "Antologia Poética")
Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: 2001-2002
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: Os factos indicados no poema apontam para que este tenha sido elaborado em 2001 ou 2002.
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese:
Catarina Carapinha faz neste poema uma abordagem ao final de 1999 e ao início do ano 2000. Segundo as profecias de Bandarra o mundo acabaria na era dos três noves. Faz alusão aos países em guerra, aos dilúvios, aos acidentes de viação, à queda da Ponte de Entre-os Rios, à queda das torres gémeas de Nova Iorque, calamidades estas que causaram um número infinito de mortes. Por fim, acaba por pedir a Deus, através da sua fé, que a era de 2000 seja melhor que o final da era dos três nove desejando a todos muita saúde, paz e amor.
Caracterização Desenvolvida:
Poema "Uma poesia ao fim da era de 1999 e a chegada de 2000"
1999 que para nós
Foste tão vil
Ver como se porta
A nova era de 2000.
A chegada do milénio
Está-me a preocupar
Porque as profecias do Bandarra
A todos anunciara
Que na era dos três noves
O mundo ia acabar.
Há tanta nação em guerra
Tanta cidade destruída
O mundo já acabou
Para quem perdeu a vida
Esta era dos três noves
Na lembrança há-de ficar
Esta triste recordação
Navios perdidos no mar
E árvores caídas no chão.
E sem haver solução
Só havia lágrimas e dor
Triste de quem presenciou
Aquele grande terror.
Tanto dilúvio na terra
Estragando a humanidade
Os que não morrem na guerra
Morrem de calamidade.
Aquela guerra em Timor
Tem causado tanto perigo
Que até à gente faz mal
Tanta gente sem abrigo
Pedindo ajuda a Portugal.
Esta era dos três noves
Fica sempre na memória
Até Amália morreu
Para que fique na história.
As nossas estradas portuguesas
Têm causado tanto perigo
Tanto luto e tanta paixão
Os que não ficam no tiro
Ficam soprando o balão.
Mas o nosso governador
Quer ajudar toda a gente
E em cada um condutor
Põe um polícia na frente.
Mas não há esperança nenhuma
De ver um melhoramento
Com a nova era de 2000
Com tudo o que aconteceu
Aos nossos seis portugueses
Assassinados no Brasil.
E aquela ponte de Entre-os-Rios
Que estava falsificada
Com tanta gente a mandar
Mas ninguém olha por nada.
E aquela menina tão linda
Pela mãe abandonada
Sem ninguém lhe dar a mão
Sem ter água sem ter pão
Ali morreu sufocada.
E aquela grande tristeza
Que aconteceu em Nova Iorque
Derrotaram tanta riqueza
E causaram tanta morte.
Só Deus pode avaliar
Mas Deus não é de vinganças
Vai deixando o tempo passar
E castiga por as suas mãos.
Têm que ser castigados
Mas é no banco do réu
E quando um dia morrerem
Confessarem os seus pecados
Não poderem entrar no céu.
O Bandarra não era Deus
Mas era um sábio verdadeiro
Que adivinhou esta tristeza
Que atingiu o mundo inteiro
Eu tenho muito prazer
Porque sou de Portugal
Mas temo de ouvir dizer
Se Deus não nos ajudar
Vai haver guerra mundial.
Mas eu já pedi a Deus
Que a nova era de 2000
Que seja para toda a gente
Um jardim com muita flor
E a todos dê um presente
Saúde paz e amor.
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Escrita
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: Feira do Livro e da Leitura
Local: Largo Zeca Afonso em Vidigueira
Data inicial: 2005
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BIBLIOGRAFIA
- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005.
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MULTIMÉDIA
- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0010_001)
- Poema na "Antologia Poética" - "Eu tenho que descobrir quem foi o autor do mundo" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.34)
- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0010_002)
- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0010_003)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo, utilizada pelo Arquivo Municipal, para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0008
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "Alentejo"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo não deste mas de outros poemas.
Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao livro "Antologia Poética")
Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida.
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese:
A autora do poema faz referência à beleza que caracteriza o Alentejo, que se deve, segundo ela e entre vários factores, ao pão, referindo ainda, que quem vem de além do Tejo trás sempre saudade desta província portuguesa.
Caracterização Desenvolvida:
Poema "Alentejo"
É tão lindo o Alentejo
Que não tem comparação,
É tudo o que eu mais invejo
Por ser a terra do pão.
Por ser a terra do pão
A todos metes inveja,
Aquelas espigas douradas
Aqui nas terras de Beja.
Aqui nas terras de Beja
Tu até não tens rival,
A província mais bonita
Que temos em Portugal.
Quando alguém vem da cidade
Deixa para trás o Tejo,
E trás sempre saudade
Do nosso Baixo Alentejo.
Recordar a mocidade
Eu acho muito bonito,
Somos da terceira idade
Mas levantamos palmito.
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Escrita
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: Feira do Livro e da Leitura
Local: Largo Zeca Afonso em Vidigueira
Data inicial: 2005
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BIBLIOGRAFIA
- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005.
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MULTIMÉDIA
- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0009_001)
- Poema na "Antologia Poética" - "Eu tenho que descobrir quem foi o autor do mundo" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.34)
- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0009_002)
- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0009_003)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0006
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "Uma poesia a um casal da terceira idade"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha dos dados biográficos e de outros poemas em vídeo.
Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao livro "Antologia Poética")
Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese: Neste poema, entre marido e mulher, é estabelecido um termo de comparação relativamente à vida que eles tiveram quando eram novos (a sua mocidade como referem), e a vida de hoje em dia, referindo vários assuntos como o tempo de escola (em que as salas e o recreio estavam divididos por sexos), a fase do namoro (em que não podiam sair sozinhos, tendo que levar sempre a mãe ou uma vizinha a acompanhar os namorados),a actualidade em que o neto lhes diz que na escola já joga à bola e que anda aprendendo sexo, referem ainda o problema da droga (que no seu tempo não se falava, ouvindo-se apenas falar em amor).
Caracterização Desenvolvida:
Poema "Uma Poesia a um casal da terceira idade"
Eu vou-te fazer uma pergunta
É uma curiosidade
Diz-me lá se ainda te lembras
Da nossa linda mocidade
Ó mulher não fales nisso
Eu nada pude fazer
Mas esse tempo ficou marcado
Tive sempre a guarda-de-honra
A tua mãe a meu lado
Ainda bem que foi assim
Deus me deu essa alegria
Era o meu anjo da guarda
Eu nunca ia sozinha
Fosse noite ou fosse dia
Quando eu vejo esta mudança
Eu até perco o sentido
Eu queria nascer outra vez
Para restituir o passado
Ó homem não penses nisso
Esquece essa leviandade
O nosso tempo já passou
Estamos na terceira idade
Eu bem sei que a nossa idade
Já atravessou barreiras
Mesmo na terceira idade
O amor não tem fronteiras
Eu nunca posso esquecer
Quando eu andava à escola
Com tanta disciplina
Professor para o rapaz
E professora para a menina
Eu perguntei ao nosso neto
O que aprendia na escola
Diz que anda aprendendo sexo
E já sabe jogar à bola
Quando eu queria passear
Pedia sempre ao meu pai
Dava sempre esta resposta
Tu não vais sozinha
Se não for uma vizinha
A tua mãe também vai
Mas eu com isso não me importa
Tenho-te dito muitas vezes
Deixa ir a nossa filhinha
Porque ela não vai sozinha
Tem ali à nossa porta
O namorado e um Mercedes
Mas isso não é futuro
É uma leviandade
Ela pode voltar inteira
Mas já não traz a virgindade
Ó mulher não sejas louca
Não sejas tão atrasada
No tempo em que a gente está
As virgens não valem nada
Eu dou-te muito valor
Porque tu não tens vaidade
E tens tudo sempre à prova
E porque na nossa mocidade
Só se falava em amor
E ninguém falava na droga
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Escrita
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: Feira do Livro e da Leitura
Local: Largo Zeca Afonso em Vidigueira
Data inicial: 2005
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BIBLIOGRAFIA
- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005.
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MULTIMÉDIA
- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0006_001)
- Poema na "Antologia Poética" - "Uma poesia a um casal da 3.ª idade" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.32)
- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0006_002)
- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0006_003)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019, embora o seu marido (Inácio Milho), que também colaborou neste poema, já tenha falecido.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "Uma Poesia à Minha Vida"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa, em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha dos dados biográficos e de outros poemas em vídeo.
Contexto Tipológico: Poesia popular, impressa, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao vídeo)
Especificações: O presente poema está impresso encontrando-se apenas na "Antologia Poética" (editado pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese: Catarina da Conceição Carapinha transcreve para o papel uma síntese de parte da sua vida, desde que casou, aos 33 anos, passando pelo nascimento dos seus três filhos, o último dos quais que já não esperava pois contava 42 primaveras, mas refere feliz que foi uma alegria a chegada daquela menina a casa.
Fala ainda num dos filhos que não quis estudar, frequentando na altura apenas o primeiro ano escolar, relatando várias situações em que ele sofreu acidentes de motorizada, até que um dia lhe comprou um mini para ele andar e ela ficar mais descansada. Segundo diz, este filho tornou-se um homem às direitas, constituindo família com a sua esposa e filho.
Caracterização Desenvolvida:
Poema "Uma Poesia à minha Vida"
Casei aos 33 anos
Tive grande mocidade
Ainda Deus me deu três filhos
Para a minha felicidade.
Mesmo ao fim de nove meses
Nasceu a primeira flor
Que eu criei no meu jardim
Com pouca felicidade
Celeste da Saudade
Nome escolhido por mim.
Depois ao fim de três anos
Nasceu logo o meu filhinho
Eram esses os meus planos
Ficar com um casalinho.
Aos 42 anos tornei a engravidar
Levava os dias chorando
Porque já não tinha idade
Duma criança criar.
Eu pedi perdão a Deus
Foi ele que me ajudou
Nasceu a minha Catrinita
E foi a coisa mais bonita
Que na minha casa entrou.
Juntei os três a estudar
E fiz tudo quanto pude
Levava os dias a rezar
E pedindo a Deus saúde.
Ele não o convenci
E não o pude obrigar
Só fez o primeiro ano
E depois foi trabalhar.
Um dia chegou tão triste
Deu um suspiro e um ai
Eu não gosto desta vida
Vou guardar umas vaquinhas
Quero ser ajuda do pai.
Eu comecei a chorar
E fiquei muito aborrecida
Mas comecei a pensar
Ninguém se pode obrigar
E cada um escolhe a vida.
Como ele não quis estudar
Eu pensei desta maneira
Para não andar a pé
Comprei-lhe uma pedaleira.
Ele andava tão depressa
Com toda a velocidade
Fazia as rodas em brasa
Parecia eletricidade.
Até que um dia me disse
Eu não posso andar assim
Que tenho a alma cansada
Para levar o avio ao pai
Compre-me uma motorizada.
Como ele não quis estudar
A ele nada lhe faltou
E teve logo esse destino
O primeiro dinheiro que ganhou.
Teve muitos acidentes
Eu vivia magoada
Até que um dia foi multado
E vendeu a motorizada.
Mas vivia muito triste
Ficou no mundo sem nada
Só o conforto que tinha
Era a sua namorada.
Eu estou aborrecido
Não tenho conformação
Preciso dum dinheirinho
Para a carta de condução.
Falou com o professor
E começou logo a estudar
Antes de acabar o tempo
Estava pronto para guiar.
E continuava na mesma
Levava os dias a pensar
Agora já tenho carta
Não tenho carro para guiar.
Falei com o meu marido
Ele deu-me o seu parecer
Temos que comprar-lhe um carro
Nem que eu deixe de comer.
Eu tinha pouco dinheiro
Mas tinha muita opinião
Consegui-lhe comprar um mini
E pus-lhe um volante na mão.
Foi a minha perdição
O meu sossego acabou
Ele abalava de serão
E muitas vezes não regressou.
E quando ele me aparecia
Aonde é que tens andado
Eu estou farta de chorar
Tenho o almoço aviado
E agora não vais trabalhar.
Amanhã é outro dia
Não fica nada por fazer
O tempo chega para tudo
Até para agente morrer
É uma mãe muito querida
Eu quero-lhe dizer obrigada
Mas eu tenho que gozar a vida
E em morrendo vou deitado.
Eu já lhe pedi desculpa
Se faltei com o carinho
Ou lhe fiz alguma desfeita
Já está na sua casinha
Com a mulher e o filhinho
E é um homem às direitas.
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Escrita
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos impressos ou escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em fonte impressa (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-IMP1) e de outros poemas em gravação vídeo (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: Feira do Livro e da Leitura
Local: Largo Zeca Afonso em Vidigueira
Data inicial: 2005
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BIBLIOGRAFIA
- "Antologia Poética", Câmara Municipal de Vidigueira, 2005.
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MULTIMÉDIA
- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005_001)
- Poema na "Antologia Poética" - "Uma Poesia à minha Vida" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_capa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_contracapa; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.30; PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-IMP1_fol.31)
- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005_002)
- Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0005_003)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0004
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "À Terceira Idade"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo.
Contexto Tipológico: Poesia popular, oral e registada em vídeo, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao vídeo)
Especificações: O presente poema apenas está registado em vídeo (não se encontrando em qualquer manuscrito ou publicação) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese: Poema dedicado à terceira idade, no qual a poetiza retrata a vivência de outrora, pautada por muita pobreza comparativamente aos tempos que correm.
Caracterização Desenvolvida:
Poema "À Terceira Idade"
É linda a 3.ª idade
E a mocidade faz lembrar
Mas não temos saudade
Do tempo do Salazar
Dizem os filhos para os pais
Muitas vezes a chorar
Vocês já estão velhinhos
E nada podem fazer
E eu não os posso ajudar
Mas eu quero cumprir o meu dever
E vou-vos inscrever num Lar
Nós vamos para qualquer lado
Onde houver um lugarzinho
O que é preciso é viver
E encontrarmos alguém
Que nos possa dar carinho
Gostamos de passear
Às vezes sem alegria
Não queremos penar
Como os idosos de algum dia
Eu gostava que voltasse
Quem está na eternidade
Para verem a diferença
Que faz a 3.ª idade
Eu tenho uma recordação
Quando eu andava à escola
Via os velhinhos passar
Quando iam pedir esmola
Trabalhavam de sol a sol
Foi grande a escravidão
Com o Manajeiro atrás
O Feitor e o Patrão
E a sua alimentação
Os trinta dias do mês
Era só açorda d' alho
E uma sardinha para três
O tempo de antigamente
O melhor é esquecer
Era tão grande a miséria
E os filhos dos pobrezinhos
Nem aprendiam a ler
Agora tudo mudou
E a vida tem mais valor
Até o filho do pobre
Pode ser pessoa nobre
E se for inteligente
Até pode ser Doutor
E como o tempo mudou
Nós vivemos mais contentes
Para cumprir o nosso dever
Devemos agradecer
A quem ajudar agente
O que é preciso é coragem
E temos que mentalizar
Haja filhos ou não haja
O nosso destino é o Lar
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Oral
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em gravação vídeo (PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1). Processo PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: -
Local: -
Data inicial: -
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BIBLIOGRAFIA
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MULTIMÉDIA
Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0004_001)
Vídeo do poema "À Grande Barragem de Alqueva" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0004_002)
Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0004_003)
Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0004_004)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
_
IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0003
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "À grande barragem"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo.
Contexto Tipológico: Poesia popular, oral e registada em vídeo, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao vídeo)
Especificações: O presente poema apenas está registado em vídeo (não se encontrando em qualquer manuscrito ou publicação) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida, embora pela referência à "nova Aldeia da Luz" possamos localizar o poema temporalmente a partir do ano 2000.
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese: Poema dedicado à construção da Barragem de Alqueva e às vicissitudes que acompanharam a obra.
Caracterização Desenvolvida:
Poema "À GRANDE BARRAGEM DE ALQUEVA"
É tão lindo o Alentejo
Mas tem levado a vida chorando
Sempre encostado a uma pedra
De noite e dia esperando
Pela barragem de Alqueva
Já a minha avó dizia
Esta linda tradição
Se a barragem começar
A seca vai acabar
E o Alentejo dá pão
Depois de estar quase pronta
Alguém queria proibir
Esta barragem Alentejana
Por causa de umas gravuras
Que apareceram numas pedras
À beira do Guadiana
Mas agente não vai deixar
As pedras não deitam água
É só uma recordação
E a barragem vai regar
Para criar o nosso pão
Agora é que se lembraram
Das gravuras de antigamente
Mas as pedras ficam gravadas
E a barragem vai para a frente
Os nossos agricultores
Que tenham muita coragem
Reguem bem os seus louvores
E aproveitem a barragem
Não podemos terminar
Sem irmos beijar a cruz
Também queremos visitar
A nova aldeia da Luz
Porque a velha foi morrendo
Só ficou a saudade
E os novos foram desaparecendo
E só resta a 3ª idade
Fazemos daqui um turismo
Para toda a humanidade
Para quando alguém vier
Darem àgente um sorriso
E voltarem com saudade.
Mas temos que agradecer
Aos nossos governadores
Que vivem p'ra lá do Tejo
Que assinaram o projeto
Para a barragem de Alqueva
E deram vida ao Alentejo.
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Oral
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em gravação vídeo (PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-
DVD1). Processo PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: -
Local: -
Data inicial: -
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BIBLIOGRAFIA
-
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MULTIMÉDIA
Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0003_001)
Vídeo do poema "À Grande Barragem de Alqueva" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0003_002)
Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0003_003)
Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0003_004)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0002
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "À Minha Terra"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo.
Contexto Tipológico: Poesia popular, oral e registada em vídeo, proveniente da autora Catarina Carapinha.
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CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao vídeo)
Especificações: O presente poema apenas está registado em vídeo (não se encontrando em qualquer manuscrito ou publicação) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: Desconhecida, embora pelo conteúdo do poema, se perceba que se situará entre 1990 e 2005.
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese: Poema dedicado à sua terra natal, Pedrógão do Alentejo.
Caracterização Desenvolvida:
Poema "À Minha Terra"
A minha terra é Pedrógão
É uma aldeia alentejana
Tem coisas muito importantes
Mas para mim as mais brilhantes
É a ponte do Guadiana
Temos a Ponte da Cobra
E a Ponte dos Namorados
E temos a Ponte Nova
No meio daquele silvado
Temos um Centro de Dia
Onde vamos conversar
E a Junta de Freguesia
Lá está a sua empregada
Para nos encaminhar
Ao lado temos a Torre
O edifício de algum dia
Que dá sempre a hora certa
E canta Avé Maria
Temos uma linda Igreja
E ao Domingo vamos rezar
Pedir a Deus que nos proteja
E se nos pode perdoar
Também já temos um lar
Tanta falta fazia
E é lá que vamos passar
O resto dos nossos dias
Temos o posto da Guarda Nacional Republicana
Que dá muito respeitinho
Aqueles homens da farda
na nossa aldeia alentejana
E está o nosso Posto Médico
Uma casa tão bonita
Está muito bem situada
Mas às vezes vou abrir
E está sempre a porta fechada
E agora pergunto eu
Com tanta gente a estudar
Onde é que estão os Doutores
Andam todos a passear
E agente estamos com dores
Temos os nossos Presidentes
Que nos têm ajudado
Para cumprir o nosso dever
Devemos todos dizer
Obrigado, Obrigado!!
E agora para terminar
Duas Escolas Primárias
Com as janelas para o Norte
E se nos quiser visitar
Venha ver esta grandeza
Não precisa passaporte.
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Oral
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
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ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002, mais especificamente,
em PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em gravação vídeo (PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-
DVD1). Processo PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: -
Local: -
Data inicial: -
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BIBLIOGRAFIA
-
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MULTIMÉDIA
Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0002_001)
Vídeo do poema "À Minha Terra" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0002_002)
Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0002_003)
Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0002_004)
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DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira, no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.
A presente ficha, que abaixo consta, foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos.
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IDENTIFICAÇÃO
N.º de Inventário: PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0001
Domínio: Tradições e Expressões Orais
Categoria: Manifestações literárias, orais e escritas
Descritores: Poesia Popular - Catarina Carapinha (autora)
Denominação: "À Senhora desta casa"
Outras Denominações: -
Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)
Tipo: Poesia Popular
Especificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo.
Contexto Tipológico: Poesia popular, oral e registada em vídeo, proveniente da autora Catarina Carapinha.
_
CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Contexto Social
Entidade
Tipo: Indivíduo (Catarina Carapinha)
Entidade:
Acesso: Condicionado (círculo de amigos, família ou declamação em festas ou outros eventos) Público (através do acesso ao vídeo)
Especificações: O presente poema apenas está registado em vídeo (não se encontrando em qualquer manuscrito ou publicação) podendo ainda ser ouvido quando declamado pela autora.
Contexto Territorial
Local: Pedrógão do Alentejo - Concelho de Vidigueira
Classificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - Pedrógão do Alentejo
NUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo Alentejo
Contexto Temporal
Data: 1947
Periodicidade: De carácter episódico
Especificações: -
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CARACTERIZAÇÃO
Caracterização Síntese: Poema escrito pela autora aos 18 anos, dedicado ao seu namorado por ocasião de um baile ocorrido numa das sociedades recreativas da altura.
Caracterização Desenvolvida:
Poema "À Senhora desta casa"
À Senhora desta casa
Eu quero pedir um favor
Em armando outro bailinho
Convidar o meu amor.
Aqui estou cheguei agora
Mais cedo não pude vir
Ainda vim a boa hora
Desta tua fala ouvir.
Viva quem agora veio
Já cá não era lembrado
Não faz cá falta nenhuma
Pode ir para onde tem estado.
Oh......
És o rei da presunção
Quem mais alto quer subir
Maior queda cai no chão.
Esta minha presunção
É um dom que Deus me deu
E tu com isso não tens nada
O que tenho é tudo meu.
Eu não te quis ofender
Até te peço perdão
Porque eu gosto muito de ver
Essa tua presunção.
Para lá de Moura três léguas
Tudo o que é mato rebenta
E cada qual toma a que quer
Presunção e água benta.
Ó amor perdoa-me esta
Como foi da outra vez
Quem quer bem sempre perdoa
Uma, duas ou até três.
Hei-de dar a ver ao mundo
Estrangeiro e Português
Já não hás-de ter a dita
De me deixar outra vez.
Eu nunca mais te vou deixar
Escuta o que eu te vou dizer
Eu até posso jurar
Que sou teu até morrer.
O amor é uma carta
Eu por mim não a entendo
Minha vida raios a parta
Deus me perdoe em morrendo.
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CONTEXTO DE TRANSMISSÃO
Estado de Transmissão: Activo
Descrição: Poeta popular ainda viva em 2019.
A poesia consta de uma gravação vídeo sobre a autora, editado pela Câmara Municipal de Vidigueira no ano de 2006. Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2006-12-14
Modo de Transmissão: Oral
Idioma: Português
Agente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções
Especificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
_
ORIGEM/HISTORIAL
A Sr.ª D. Catarina da Conceição Carapinha, à data da gravação do vídeo (2006) tinha 77 anos de idade.
Tinha como profissão o trabalho rural, profissão que exercia com bastante desagrado.
Aos 55 anos dado que sofria de asma, altura em que foi reformada, começou a dedicar-se à costura.
Começou a namorar o marido quando ainda tinha 17 anos de idade e aos 18 anos (1947) começou a escrever os seus primeiros versos, casando-se aos 33.
Era uma senhora que gostava muito de cantar, divertir-se e divertir quem se encontrava em seu redor.
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CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃO
Id. Processo: PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
Data: 2017-07-18
Entidade: Câmara Municipal de Vidigueira
Responsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)
Função: Coordenação, recolha e tratamento
Observações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-001, mais especificamente,
em PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1
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ACÇÕES DE SALVAGUARDA
Riscos e ameaças: Desaparecimento da autora. Desaparecimento de documentos escritos pela mesma ou das recolhas efectuadas.
Acções de salvaguarda: Recolha da poesia da autora em gravação vídeo (PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-
DVD1). Processo PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-002
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ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO
Denominação: -
Local: -
Data inicial: -
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BIBLIOGRAFIA
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MULTIMÉDIA
Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0001_001)
Vídeo do poema "À Senhora desta casa" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0001_002)
Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0001_003)
Vídeo história/episódio de vida (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-002-0001_004)
_
DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA
- A poeta popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira, no ano de 2005.
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OBSERVAÇÕES
A poetisa encontra-se a residir em Pedrógão do Alentejo no ano de 2019.