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Maria Isaura Coelho na oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), pôs em funcionamento em Selmes para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais.
Maria do Céu na oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), pôs em funcionamento em Selmes para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais.
Fotografia captada num mercado ou feira onde se vê uma banca de venda de fruta. Da esquerda para a direita podemos ver Luís António Lança (“Grade”, avô da doadora) seguido do filho Francisco Manuel Lança (“Grade”, tio da doadora), desconhecendo-se a identidade dos restantes elementos.
Da esquerda para a direita podemos ver Maria Isaura e Gertrudes Maltez na oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), pôs em funcionamento em Selmes para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais.
Registo fotográfico da intervenção de recuperação e conservação do castelo de Vidigueira e arruamentos à volta deste, levados a cabo no final da década de 60 do século XX, sendo esta fotografia, mais concretamente, do ano de 1970, data em que se comemoraram os 500 anos do nascimento de Vasco da Gama.
Fotografia de trio masculino em contexto de trabalho onde podemos ver António Pereira da Rosa (o homem mais elevado à direita; pai da doadora) e colegas subindo a um poste na medida em que tinha a profissão de guarda-fios. No verso encontramos a seguinte inscrição: “Pombal, 8-8-1938”.
Retrato masculino de António Pereira da Rosa, pai da doadora, que tinha a profissão de guarda-fios. No verso consta um carimbo onde se lê: “Portugalia - R. Pascoal de Melo 105 a 109, Lisboa”.
Grupo de mulheres trabalhando na limpeza das estradas. Da esquerda para a direita podemos ver Gertrudes “do Américo”, desconhecida, Isabel (casada com “Ameixa”), Bernardina Rosa Teles Rocha, Maria Joana Boga Pires (doadora) e Maria Cornélia Ramalho. Atrás das trabalhadoras pode ver-se a Quinta de Francisco Barahona, na estrada que une a Vidigueira a Selmes-Pedrógão.
Banda da sociedade recreativa Círculo Operário Vidigueirense. Da esquerda para a direita podemos ver António Silva, Jorge Piteira, o doador José Francisco Lula Batuca ao centro e, à direita, Francisco Negreiros. Ao fundo, à direita, pode ver-se Francisco Grilo.
Fotografia feminina, em pose, da jovem senhora Maria Felizarda Lança Caetano (mãe de Mariana e Maria Paula Caetano), presente na revista semanal ilustrada “Mundo” n.º 27 de 16 de Janeiro de 1958. A jovem mulher surge próximo de uma oliveira com um cesto na mão ostentando a indumentária de trabalho, da qual se destaca o chapéu, o lenço, as mangueiras, o avental e as botas de cano alto cardadas (particularmente usadas na Vidigueira pelas trabalhadoras). Este registo foi captado pelo fotógrafo amador vidigueirense Augusto Pinto Esteves durante a apanha da azeitona. Esta fotografia integrou e complementou “O Romance da Azeitona” - A azeitona no mundo da exportação; Oliveira, símbolo da Paz - reportagem e textos de A. Pinto Esteves - na já referida publicação semanal.
Mulheres na lavagem de roupa na ribeira de Marmelar. Da esquerda para a direita encontramos Albertina Raminhos, Miraldina Raminhos e Antónia Gertrudes Raminhos Fialho (a doadora).
Fotografia em contexto de trabalho, mais propriamente de construção civil, na qual podemos ver, da esquerda para a direita, os vilafradenses António Nifrário, João António Raminhos Roque, António Roque e José Francisco Viegas. Segundo o doador, José Viegas, o registo foi captado na Herdade da Defesa de S. Brás, próximo de Moura. A equipa de trabalhadores era chefiada pelo Dr. José Luís Conçeição Silva.
Fotografia na qual podemos ver João Rosa Pires Carvalho (doador) conduzindo o tractor Caterpillar D4 que puxava a charrua para rasgar e trabalhar a terra.
Pode ver-se, da esquerda para a direita, Fernando Palma e seu pai Francisco José Palma aquando das obras de abertura do poço.
Retrato de José Serra, cabo dos cantoneiros (bisavô de José Correia e João Correia), ostentando um chapéu com o brasão das armas de Portugal. O cantoneiro tinha a seu cargo a conservação e guarda de uma rede de estradas de uma dada região (deriva da palavra “cantão”).
Francisco José Palma motorista de Francisco Pulido. Consta no verso da fotografia o nome do sr. que nela surge, “Francisco José Palma”, chauffeur ou motorista da família Pulido, posando junto ao veículo. Na casa que se vê atrás, consta uma placa identificativa onde se pode ler “Religioso”, antecedida de outra que não é visível.
Trabalhadores na lavra do tomate em Pancas (Ribatejo), posando para a fotografia, ostentando as ferramentas de trabalho. À esquerda podemos ver Sebastião (de Cuba), seguido de José Grilo (pai da doadora, natural de Selmes),
Fotografia destacada de Isabel Oleiro na oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), pôs em funcionamento para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais.
Fotografia tirada aos cortiços (colmeias) de José Francisco Palma, localizadas na Serra do Mendro, próximo de Vidigueira.
Fotografia de corpo inteiro de Miquelina Maria Pólvora Fava Oleiro, posando com indumentária de trabalho e suportando uma caixa de madeira com tomates à cabeça. Este registo foi captado numa das campanhas de apanha de tomate em que a doadora participou, nomeadamente, nas Cortes Cavalos na Azambuja.
Catarina da Conceição Silva posando para a fotografia sentada e vestindo um avental, aquando de um casamento cuja comida era por esta confeccionada. Foi cozinheira em vários eventos ou cerimónias tanto em Alcaria da Serra como em Marmelar.
Retrato masculino de José Damião aos 23 anos de idade ostentando a farda da Guarda Nacional Republicana, organismo onde desempenhou a sua actividade profissional.
Fotografia de casal de trabalhadores, onde podemos ver José Grilo e Maria da Graça (pais da doadora) na lavra do tomate em Pancas (Ribatejo).
Manuel Cigarro na Varjinha (perto do Guadiana) montando a cavalo junto a uma manada de bovinos. No verso encontramos, inscrita a caneta, a seguinte informação: “Manuel Cigarro”. Igualmente no verso está presente um carimbo onde se lê: “Freitas - Évora - Fotógrafo”.
Fotografia de Joaquim Domingos Carrasco em contexto de trabalho, captada no Restaurante Doris, na Costa da Caparica, no ano de 1967.
Fotografia na qual podemos ver Isabel Oleiro na oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), pôs em funcionamento para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais.
Redada de grão feita pelo pai do doador, José Manuel Oleiro, para oferenda ao Hospital de Beja. A redada demorou 3 dias a fazer. Depois de debulhado deu 22 sacos de grão. Em cima do tractor, da esquerda para a direita, vemos José Manuel Oleiro (pai do doador) e o seu genro Francisco Bicho, desconhecendo-se a identidade do homem ao volante. A mulher que veste de escuro é a mãe do doador, Maria das Neves Rato. O jovem rapaz à esquerda é Francisco Preto.
Fotografia de José Joaquim Rosa Mendes na sua mercearia, próximo das antigas instalações da Farmácia Costa, em Vidigueira (pai de Maria Justina, Maria das Dores e Armanda Rosa Mendes e bisavô de Márcia Machado). Na parte inferior da fotografia podemos observar a presença de uma inscrição, feita a caneta, onde se pode ler: “12 de Outubro de 1949”. As antigas mercearias eram pontos de abastecimento de múltiplos e variados bens, além de serem locais privilegiados no que respeita à frequência pelo sexo feminino, dando azo à crítica social. Nestes estabelecimentos comerciais utilizavam-se as velhas medidas de madeira e a rasura para medir o feijão ou o grão, vendia-se o petróleo para alumiar os candeeiros à noite, o açucar ou a farinha eram metidos em cartuchos, o tecido era vendido a metro, enfim, tudo era comercializado com peso e medida consoante a necessidade e o dinheiro disponível, contrastando com os trabalhos árduos que, muitas vezes, a mais exigiam mas não havia possibilidade de alcançar.
Fotografia de grupo feminino onde encontramos, da esquerda para a direita, Joaquina D`Aires, Rosete Francisca Campaniço Gameiro (Viegas), Brígida Efigénio Patrocínio, Inácia Cecília Marreiros e Francisca Efigénio Trindade (Raminhos). No verso está presente um carimbo com a data de “12-11-1970”.
Grupo de homens (supostamente os irmãos Silva, Manuel e António, com mais ajudantes externos) junto ao primeiro mecanismo ou sistema que forneceu energia eléctrica à Vidigueira, aquando da sua montagem inicial, propriedade de José Mendes Carvalho e Sobrinhos. No canto inferior esquerdo está visível, inscrito a caneta, “Cliché Mattos Rosa”. No fascículo de propaganda regional “Renovação”, datado de 10 de Julho de 1937, dedicado à Vidigueira, podia ler-se na publicidade alusiva a José Mendes Carvalho & Sobrinhos a seguinte informação referente à Central termoeléctrica de serviço público: “Central eléctrica fornecedora de energia e de luz às indústrias, aos domicílios e via pública de Vila de Frades (1932) e Vidigueira (1928). A Central Eléctrica foi inaugurada a 17 de Maio de 1928 e desde essa época que vem funcionando desde o pôr-do-sol até ao amanhecer, com a máxima pontualidade e segurança. Possui esta central dois colossais motores que trabalham a óleos pesados adquiridos na Itália, na casa «Franco Tosi», e cuja potência normal de cada motor regula por 120 H.P. Estes motores accionam dois dínamos, um «Bergmann» de 87 quilowats, e outro «Siemens» de 100 quilowats. A sala onde estes mecanismos estão montados têm 17 metros de comprido, 7 de largura e 6,20m de altura”.
Conjunto musical de Pedrógão do Alentejo. Da esquerda para a direita, constam Francisco José Vermelhudo ("Doce"; pai de Francisco Vermelhudo), seguido de Manuel Passinhas, Francisco Andrade, desconhecido, desconhecido e Cândido Augusto Fonseca (alfaiate de profissão).
Eira na Vidigueira. Visualiza-se o descarregar da redada (transporte da palha, trigo, centeio, etc., nas carroças, envolta pela rede de corda usada para suportá-la) para fazer as medas (montes de trigo, palha, centeio, etc.). Observamos a presença de dois carros de parelha e sete homens na concretização dos trabalhos.
Homem junto a carrinho de mão, carregando cimento durante a construção dos arruamentos em Pedrógão do Alentejo. Trata-se de Joaquim Gonçalves ("Chalda"; pai de Antónia Fialho). São bem visíveis as formações rochosas que caracterizam a localidade e que estão na origem do topónimo.
Ovelhas dentro do prisco (corredor em rede onde se imobilizam as ovelhas para fazer a ordenha) no Monte das Cortes de Baixo em Selmes. São visíveis dois homens e um rapaz. O homem que se encontra mais à esquerda é António Mouchinho e o jovem é o seu filho José Mouchinho, desconhecendo-se a identidade do outro homem presente. Década de 40.
Fotografia que apresenta cena de costura. Podem ver-se duas mulheres sentadas a costurar com as peças ou roupas no regaço. Atrás delas está presente uma máquina de costura. Do lado direito, embora desfocada, está uma criança vestida com um bibe. A mulher que se encontra ao centro é a aprendiz de costureira ou modista Maria Joaquina Palma (mãe de José Palma Caetano), desconhecendo-se a identidades dos outros elementos presentes.
Grupo de nove mulheres e três crianças, à frente das quais se apresentam os trabalhos elaborados pelas mesmas durante o Curso Singer a que terão tido acesso. Na parte inferior da fotografia pode ler-se “Curso Singer – Ensino gratuito bordado máquina - Vila de Frades 4-11-1936”.
Barca de passagem que fazia a travessia do rio Guadiana, próximo de Marmelar, em direcção a Moura. A barca pertencia e era operada por António Carapeto. Na fotografia a barca transporta uma carroça, um animal muar e várias pessoas. Preso por uma corda à barca seguia um pequeno barco.
Fotografia de grupo de trabalhadores na apanha da azeitona composto maioritariamente por mulheres, mas contendo também homens e crianças. Nas duas filas de trás, da esquerda para a direita, podemos ver Rosalina Perdigão Coelho, estando atrás de si, Engrácia Serrano, seguindo-se Mariana Rosa Ganhão Caramelo (de avental branco), Gertrudes Valadas, Leopoldina Perdigão (?), desconhecida ao fundo, Luísa Augusta (alta; com lenço branco na cabeça), Maria Antónia (avó de Estér), Anica Serrano (camisa clara aos quadrados), Adélia Valadas (ao centro), manageiro de Moura cujo nome se desconhece, Joaquina Ganhão Caramelo (com camisa branca, lenço na cabeça e chapéu), Teresa Galinho (conhecida por "Teresa Espanhola"), Maria Carolina Palma (camisa aos quadrados e lenço na cabeça), José da Conceição (pai de Etelvina), Maria José Xuna, Manuel António Perdigão Fragoso e Mónica das Relíquias Xuna. À frente, sentados nos cestos da apanha da azeitona, estão, da esquerda para a direita, Mariana Teresa Justo (irmã de José da Conceição Justo), Maria Perdigão Coelho (Barradas), Manuel António Perdigão Coelho, Feliciana Rosa Ganhão (mãe de Mariana e Joaquina Ganhão Caramelo) e Inácio Francisco Ganhão. A fotografia foi tirada pelo Dr. Quintino Pereira.
Vara de porcos com porqueiros (o porqueiro à direita era o Sr. António Anico, natural de Selmes) no Monte da Fareleira, Pedrógão. Monte pertencente à proprietária das Cortes de Baixo em Selmes, a Sra. D. Maria José Acabado Quintão Pereira. Possui inscrição no canto superior esquerdo da “J.M. Soares, Lisboa”. No canto inferior direito está inscrita a data de 1939.
Máquina que fazia trabalhar a debulhadora fixa (movida por juntas de bois para levá-la até esta última). Próximo dos bois vemos um homem segurando uma enorme vara de madeira que o auxiliava na orientação dos animais. Ao lado direito da máquina verificamos a presença de pelo menos dois homens. Monte das Cortes de Baixo, Selmes, década de 40.
Pesca no Guadiana. Grupo de 3 elementos masculinos (o homem, ao centro, parece tratar-se de António Olegário) em preparativos para a pesca junto ao rio Guadiana em Pedrógão do Alentejo, estando duas nassas à sua frente. Apresentam-se descalços, usam chapéu e são visíveis ainda dois cães no canto inferior direito.
Sapateiro em Pedrógão do Alentejo. Fotografia onde se vê uma criança, rapaz, e 3 homens, todos eles sentados e usando avental, à excepção do homem que se encontra mais à direita. Ao centro, entre eles, encontramos uma mesa ou bancada de sapateiro. Também ao centro, um dos homens segura um martelo parecendo destacar-se dos demais e aparentando ser ele o mestre sapateiro. Observa-se a presença de calçado e de formas de ferro. Da esquerda para a direita, desconhecido, Manuel Marques Fialho (pai de Cristina Vermelhudo e de Maria José Fialho Vermelhudo Oleiro), desconhecido e Joaquim Cristo.
Lavagem de roupa em Pedrógão do Alentejo. Senhora (Ana Perpétua do Monte Valadas Ameixinha; mãe de Ana Ameixinha) debruçada sobre o alguidar onde lava a roupa. À sua frente vemos um balde e um outro alguidar.
Grupo Regional de Cantores Vidigueirenses – 1954 “A. Mourato – Moura”. Fotografia de grupo regional dos cantores de Vidigueira datada de 1954. Trata-se de um trabalho a preto e branco da autoria de A. Mourato executado em Moura. Na imagem podem ver-se 11 elementos do grupo coral dispostos como que em palco; 5 atrás, em pé, podendo ver-se, da esquerda para a direita, desconhecido, desconhecido, José dos Santos Casadinho Lula (“Ratado”), José "Abinha" e Francisco Gantes, conhecido por “Melão” e 6 à frente, sentados, tratando-se, da esquerda para a direita, de Francisco Doutor ("Tarrota", pai de Francisco Doutor Covas), Domingos Ramalho (“Papa Toucinho”), Jacinto Gantes, Lampreia de Gusmão, desconhecido e Domingos Garcia. Como fundo, cortina escura, tendo na parte central a bandeira do grupo com designação “Grupo Regional dos Cantores Vidigueirenses”.
Juntas de bois alinhadas em Alcaria da Serra. São visíveis 6 homens na fotografia suportando varas de madeira com as quais orientavam os animais nos trabalhos do campo, nomeadamente, no lavrar das terras, serviço para o qual eram requisitados.
Telheiro do Sr. Alfredo Gil (pai de Maria das Dores Morais Gil Palhete).
Fotografia que deu lugar a uns cartões de divulgação do grupo musical nos quais se podia ler a seguinte informação: “Conjunto Primavera – Vidigueira – Composto por Joaquim Aniceto (trompete e rabecão), António Caeiro (sax-Alto e clarinete), João Cabrinha (acórdeon), Carlos Silva (rabecão e viola eléctrica), José Baião (bateria) e Domingos Peitinho (vocalista) – Oferece os seus Serviços”.
Fotografia da oficina de recauchutagem de pneus, localizada no Largo da Cascata em Vidigueira, propriedade do "mestre Morais dos pneus", como era vulgarmente conhecido Antóno José Morais. Neste registo fotográfico podemos visualizar dois pares de botas, cujas solas ficaram direccionadas para a objectiva, retratando um dos serviços invulgares que se faziam nesta pequena indústria, nomeadamente, a utilização de moldes metálicos que permitiam a confecção de solas ou botas de borracha. Além de estar visível uma porta do lado esquerdo, podemos ver ao centro, uma máquina ou macanismo metálico onde consta inscrita a palavra "MORAIS".
Ceifeiros com o patrão, o Sr. Acabado Quintão Pereira, no monte das Cortes de Baixo em Selmes. É visível um rancho de homens e mulheres que, a par, ceifam as searas ao sabor do sol quente, acompanhados pelo patrão. A mulher que se encontra mais à direita é Tomázia Natália Patrícia. No canto superior direito observa-se presença de marca de fotógrafo podendo ler-se “J.M.SOARES – LISBOA”. Década de 40.
Pesca com barco no Guadiana. Fotografia onde observamos as águas do rio Guadiana, junto a Pedrógão do Alentejo, onde navega um barco com quatro ocupantes, dois homens (um em cada uma das extremidades da embarcação) e dois jovens rapazes que seguem sentados a meio, tratando-se, da esquerda para a direita, de Fernando Manuel Perdigão Barradas e José Júlio Perdigão Barradas seu irmão. O homem que segue na frente da embarcação é Fernando Manuel Perdigão Barradas, pai dos rapazes (marido da doadora), que agarra os remos para imprimir o ritmo. Todos usam calção e chapéu, à excepção do homem mais velho, João António Coelho (pai de Maria Perdigão Coelho Barradas; avô dos rapazes) que se encontra vestido e segue na rectaguarda.
Oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril) em Selmes, pôs em funcionamento para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais. Maria José Acabado Quintão Pereira aparece à esquerda na fotografia, seguida de Gertrudes Maltez.
Este registo fotográfico destaca os motores “Franco Tosi” (conforme se pode ver numa placa apensa aos mesmos) que funcionavam a óleo e permitiam gerar energia eléctrica. Os trabalhadores que constam na fotografia tinham como apelido Silva. À esquerda vemos Manuel Gomes da Silva, seguido do jovem António Francisco da Silva, filhos de António Gomes da Silva que se encontra à direita. António Gomes da Silva foi o primeiro montador do motor que forneceu energia eléctrica à Vidigueira. Tendo em conta que a inauguração da luz eléctrica à Vidigueira ocorreu em Maio de 1928, a montagem terá ocorrido no ano anterior ou no próprio ano. No fascículo de propaganda regional “Renovação”, datado de 10 de Julho de 1937, dedicado à Vidigueira, podia ler-se na publicidade alusiva a José Mendes Carvalho & Sobrinhos a seguinte informação referente à Central termoeléctrica de serviço público: “Central eléctrica fornecedora de energia e de luz às indústrias, aos domicílios e via pública de Vila de Frades (1928) e Vidigueira (1932). A Central Eléctrica foi inaugurada a 17 de Maio de 1928 e desde essa época que vem funcionando desde o pôr-do-sol até ao amanhecer, com a máxima pontualidade e segurança. Possui esta central dois colossais motores que trabalham a óleos pesados adquiridos na Itália, na casa «Franco Tosi», e cuja potência normal de cada motor regula por 120 H.P. Estes motores accionam dois dínamos, um «Bergmann» de 87 quilowats, e outro «Siemens» de 100 quilowats. A sala onde estes mecanismos estão montados têm 17 metros de comprido, 7 de largura e 6,20m de altura”. José Mendes Carvalho possuía ainda outras indústrias: fábrica de moagem (sistema austro-húngaro), lagar de azeite (provido de moinhos sistema “Verache” e de prensas hidráulicas), depósito de vinhos e aguardentes e armazéns de cereais (comprando e vendendo em larga escala).
Pastores com as ovelhas. É visível um grupo de homens, no campo, debaixo de uma árvore que, pela indumentária e pelos adereços, parecem ser pastores junto às suas ovelhas que se encontram no interior de cercas em rede. Todos os presentes ostentam chapéu e um deles parece apoiado a um cajado. As ovelhas apresentam-se tosquiadas.
Lavrando a terra com recurso a meios mecânicos, nomeadamente com tractor e charrua de discos. O tractor, a exemplo dos tanques de guerra, move-se através de rastos ou trilhos. É conduzido por um homem, enquanto que, um outro homem segue atrás manipulando e orientando a charrua de discos. Está presente ainda um outro homem a acompanhar os trabalhos. O registo terá sido captado na freguesia de Selmes na década de 1950 ou 1960.
Fotografia representativa de laboração agrícola, nomeadamente, o charruar tradicional com tracção animal (macho ou mula) e charrua controlada pelo homem que a segura e manobra à rectaguarda. Captada na Quinta de Santa Clara em Vidigueira, sendo visíveis várias laranjeiras e, da esquerda para a direita, estando presentes António José Cristo e João Manuel Pulido. No verso consta a seguinte data “18-5-1954”.
Rancho de mulheres, sentadas no chão, no campo, mais precisamente, num olival durante a campanha de apanha da azeitona. O registo terá sido captado no momento de pausa para a refeição. Ostentam indumentária usada nestes trabalhos agrícolas, nomeadamente, chapéu, lenço, mangueiras, saias e botas altas cardadas (pormenor singular em Vidigueira).
Colmeias em cortiça (cortiços) de José Francisco Palma na Serra do Mendro. São visíveis os inúmeros cortiços, bem como, a presença do respectivo proprietário junto aos mesmos. A serra serve de cenário.
Grupo de cantores “Os Vindimadores”. Fotografia captada por volta de 1965 quando o grupo coral se deslocou para fazer a primeira gravação do grupo nos estúdios do Porto. Na fila da frente, da esquerda para a direita, podemos ver António Sabina, Manuel Pedro Ferrinho, Francisco Manuel Grade, António José Calhau (Vila Alva), Inocêncio Ramalho, Joaquim Lança “Borralho” (tendo atrás de si, Joaquim “da Bordala”), “Balola” e Alfredo Gil. O homem mais à direita mas atrás trata-se de Aníbal Costa (“Espadela”). Do grupo coral, entre outros, faziam parte na altura em que foi captada a presente fotografia, Manuel João Mansos, Manuel Lança (“Batatórias”), João Prego, João José Ramalho, Arsénio Rato e Roberto.
Grupo de mulheres, colegas de costura. Atrás, da esquerda para a direita, podemos ver Maria José Franganito, Maria das Relíquias Reis Fabião, Maria Helena Goes Silva, Catarina Carrinho Martins, Maria da Luz Goes Silva e Maria Perpétua Mendes Pires. À frente podemos ver Maria Ana Casadinho Batuca, seguindo-se as duas mestres da costura, as irmãs Maria Febrónia Doutor e Ana Maria Doutor (esposa do Martins, alfaiate) e Francisca Rita Franganito.
Mulheres no campo, em Pedrógão do Alentejo, junto a carrinha de caixa aberta, camioneta da Mina da Orada, com indumentária de trabalho, tratando-se, da esquerda para a direita, de Rosalina Perdigão Coelho e sua irmã Maria Perdigão Coelho (Barradas). Ostentam lenço na cabeça, saia e camisa, meias e sapatos e avental e mangueiras. A mulher que se apresenta mais à direita parece ter a saia presa a meio, formando uma espécie de calções (pormenor que evitava derrubar o cereal no trabalho da ceifa e que encobria e protegia as pernas).
Máquina debulhadora fixa (movida por juntas de bois). Na fotografia constatamos que a debulhadora, assente em rodas de ferro, era puxada por três juntas de bois, presos entre si. Estão presentes vários homens, destacando-se, à direita e mais próximo, o patrão, Fernando Quintão Pereira, e o homem que surge à esquerda, suportando uma enorme vara, que orientava e encaminhava os animais. A fotografia está relacionada, na proveniência e na temática, com a fotografia B-0008 e B-0035. Terá sido captada no Monte das Cortes de Baixo, em Selmes.
Oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo, pôs em funcionamento no palacete (sito no actual Largo 25 de Abril, em Selmes), para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais. Da esquerda para a direita podemos ver Vicência Mata, Isabel Oleiro, Rosa Calhau, Maria do Céu e Maria Isaura, na sua maioria laborando no tear. A oficina funcionou no referido palacete, que teve ainda outras funções, tais como, Casa do Povo, cantina e, mais recentemente, sede da Associação Mirante.
Vara de porcos pretos com guardadores ou porqueiros. A fotografia é dominada pelos porcos, destacando-se ainda o alinhamento de árvores presentes e o homem e a criança cujas identidades de desconhece. No canto inferior direito consta uma inscrição onde se lê “Pulido”.
Fotografia feminina, em pose, da jovem senhora “Anica do Grilo” (Ana Francisca Franganito Morais Prego) apoiada a uma oliveira. Este registo foi captado pelo vidigueirense Augusto Pinto Esteves durante a apanha da azeitona, estando a referida jovem senhora ostentando a indumentária de trabalho, da qual se destaca o chapéu, o lenço, as mangueiras e o avental. Foi fotografia de capa na revista semanal ilustrada “Mundo”, n.º 27, de 16 de Janeiro de 1958, destacando “O Romance da Azeitona” (A azeitona no mundo da exportação; Oliveira, símbolo da Paz – Reportagem e textos de A. Pinto Esteves).
Fotografia tirada no Monte dos Juns (monte próximo de Santana, Portel). Destaca-se o enorme empilhamento das pranchas de cortiça. Este procedimento, que é realizado após o descortiçamento, permite assim a secagem da cortiça ao ar para que esta perca a humidade. Estão presentes dois homens, um que se encontra no chão a selecionar as pranchas e um outro em cima da pilha a acondicioná-las. Um monte sobressai altaneiro à direita deste registo fotográfico. Remonta à década de 1940 ou 1950.
Neste registo fotográfico sobressai a debulhadora mecânica fixa e as medas de palha (montes ou aglomerados de palha) e cereal a debulhar. Estão presentes várias pessoas junto à máquina destacando-se duas delas em cima da mesma. À direita podemos ver a máquina que fazia trabalhar a debulhadora fixa, em destaque no registo ou documento 8 (B-000008) desta secção das “Artes e Ofícios”. Terá sido captada no Monte das Cortes de Baixo, em Selmes, na década de 1940 ou 1950.
Neste registo fotográfico, captado num olival, podemos ver quatro mulheres e um homem junto à oliveira mais próxima, onde surgem encostadas 5 escadas de madeira. O homem encontra-se no solo, segurando uma vara entre as mãos, que utilizaria para varejar a azeitona (batendo nos ramos ou pernadas por forma a que as azeitonas caíssem para os panos dispostos em redor do tronco da árvore). Duas das mulheres, presentes na fotografia, estão no chão manuseando os panos, enquanto as outras duas estão em cima das escadas ripando a azeitona (percorrendo os ramos da oliveira com as mãos, retirando dessa forma as azeitonas). É visível, do lado direito, um saco de serapilheira, usado para o transporte da azeitona.
Registo fotográfico onde sobressai uma oliveira, três mulheres e um homem a ripar a azeitona. Estão presentes duas escadas de madeira, encostadas uma à outra e apoiadas na árvore, nas quais observamos duas mulheres que aí se encontram para com as mãos percorrerem os ramos da oliveira retirando as respectivas azeitonas. O homem surge mais elevado, parecendo estar em cima da oliveira. A outra mulher surge entre as escadas, parecendo estar, contudo, também em cima da árvore. A apanha da azeitona por ripagem era realizada, sobretudo, na azeitona para conserva (dado tratar-se de um método lento e caro, pouco viável na apanha de azeitona para produção de azeite). Por sua vez, por ser um método de colheita pouco agressivo, a ripagem deixava as árvores em melhores condições para produzir no ano seguinte.
Nesta fotografia ilustrativa da apanha de azeitona estão presentes quatro mulheres, cada qual em cima da sua escada, apoiadas à oliveira. Estariam ripando a azeitona (percorrendo os ramos da oliveira com as mãos, retirando dessa forma as azeitonas) para os panos, que são visíveis em redor do tronco e por baixo da árvore, onde as mesmas ficavam reunidas antes de ser ensacadas. Da esquerda para a direita, a segunda mulher, trata-se de “Anica do Grilo” (Ana Francisca Franganito Morais Prego), desconhecendo-se a identidade das restantes.
Fotografia que nos mostra em destaque e dominando o cenário, medas de palha (montes de palha). São visíveis quatro pessoas. Um homem e uma criança, que se encontram mais próximos, tratando-se de Fernando Manuel Barradas (marido da doadora) e o seu filho José Júlio Perdigão Barradas e, um pouco mais afastados, à esquerda, estão dois homens, um deles envergando presa pela cabeça uma saca de serapilheira que o protegia no transporte dos fardos de palha feito a ombro, depois destes estarem presos e envoltos com arame. Captada na freguesia de Pedrógão do Alentejo.
Fotografia de Juveniano Jorge Baião Lino, taberneiro, em finais da década de 1970, ao balcão da “Taberna do Pai Dele”, no largo da Rua Casões do Sindicato, em Vidigueira.
Registo fotográfico da intervenção de recuperação e conservação do castelo de Vidigueira e arruamentos à volta deste, levados a cabo no final da década de 60 do século XX, sendo esta fotografia, mais concretamente, do ano de 1970, data em que se comemoraram os 500 anos do nascimento de Vasco da Gama.
Fotografia do Grupo Coral "Os Vindimadores" de Vidigueira, em deslocação e pose aquando de uma actuação na década de 1960. Atrás ou mais recuados, da esquerda para a direita, podemos ver seis homens: António Sabina, Francisco Carrujo, Manuel Batatórias (avô materno de Marta e Pedro Silva), Francisco Maria Arrojado [?], Aníbal Espadela e Arsénio Avôzinho. Apesar de alguns dos presentes estarem a meio, na linha da frente, da esquerda para a direita, vemos Manuel Pedro Ferrinho, Francisco Manuel Lança (“Grade”), António José Calhau (de Vila Alva), Manuel João Mansos (representante/coordenador do grupo), António José Doutor, Inocêncio Ramalho (pai de Gertrudes Teixeira), António José Doutor, Joaquim José Lopes (“Bordala”), Aníbal Lula, José Caramba (“Balola”), Francisco Caramba (“Balola”) e José Leão (pai de Célia Leão). O casal de crianças à frente, trata-se dos gémeos, filhos de Joaquim “da Bordala”, de nome Maria Helena e António João. À frente, surgem ainda duas jovens raparigas sentadas, tratando-se de Noémia Baptista e de Marcelina Covas.
Trata-se, muito provavelmente, de um grupo de trabalhadores na apanha da azeitona (indiciado pelos trajes). Atrás, da esquerda para a direita, podemos ver desconhecida, desconhecida, Maria da Glória Bengalinha, jovem desconhecido, Maria Emídia Borges, desconhecida, desconhecido, Antónia Franganito (conhecida por Antónia “do Castelo”; tia da apresentadora de televisão Sílvia Alberto), Henrique Pereira (“Mafú”), Custódia Mota, Emília Franganito (mãe da apresentadora de televisão Sílvia Alberto) seguida de sua mãe, cujo nome se desconhece (avó materna da já mencionada Sílvia Alberto). Na fila do meio apenas se conhece o terceiro elemento, da esquerda para a direita, tratando-se de Mariete Caramba. À frente vemos Bernardina Rosa Teles Rocha, Anica Teles Rocha, Ana Francisca Franganito Morais Prego (“Anica do Grilo”), Rosa “do Pedro Mascarrado”, desconhecida, Catarina Franganito e jovem cuja identidade se desconhece. Também não foi identificada a mulher que encontra à frente, deitada no chão. No verso está presente um carimbo onde se lê “Selecção Fotográfica de Pigassou & C.ª, Lda”.
Fotografia de José Joaquim Rosa Mendes na sua mercearia, na Rua do Sol, em Vidigueira (pai da doadora, Maria Justina, e de Maria das Dores e Armanda Rosa Mendes; bisavô de Márcia Machado). Através deste registo podemos ter contacto com o mobiliário, os produtos e os equipamentos que caracterizavam este tipo de estabelecimentos comerciais onde se vendia um pouco de tudo. As antigas mercearias eram pontos de abastecimento de múltiplos e variados bens, além de serem locais privilegiados no que respeita à frequência pelo sexo feminino, dando azo à crítica social. Nestes estabelecimentos comerciais utilizavam-se as velhas medidas de madeira e a rasura para medir o feijão ou o grão, vendia-se o petróleo para alumiar os candeeiros à noite, o açucar ou a farinha eram metidos em cartuchos, o tecido era vendido a metro, enfim, tudo era comercializado com peso e medida consoante a necessidade e o dinheiro disponível, contrastando com os trabalhos árduos que, muitas vezes, a mais exigiam mas não havia possibilidade de alcançar. Na parte inferior da fotografia podemos observar a presença de uma inscrição, feita a caneta, onde se pode ler: “12 de Outubro de 1949”.
No presente registo fotográfico podemos observar três mulheres manuseando os teares, nomeadamente, da esquerda para a direita, Vicência Mata, Jacinta Oleiro e Maria do Céu. Trata-se da oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), em Selmes, pôs em funcionamento para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais.
Grupo de cantores da Casa do Povo de Vidigueira nas instalações do Grémio Alentejano (passando a designar-se, em 1939, por Casa do Alentejo), em Lisboa, aquando da deslocação do grupo à Emissora Nacional, em 27 de Março de 1934. Atrás, da esquerda para a direita, pode ver-se Jacinto Gantes, João Carrasco (avô do doador), Domingos Ramalho (“Papa Toucinho”), José António e José Abinhas. À frente, da esquerda para a direita, vemos Francisco Gantes (“Melão”), José Palhete, Júlio Peitinho (“da Helena”), Francisco Fialho e José “Batuque” ou “Batuca” [ou Domingos Garcia?].Segundo testemunho de José Guerreiro (“Pastilha”), tanto ele como muitos outros, reuniram-se no Círculo Operário Vidigueirense para ouvir a emissão. No verso, a fotografia, possui um carimbo onde se lê “Loução (filho) Lda. - Oculista-Fotógrafo - Faro - Cliché n.º 54640-D”.
Fotografia de José Joaquim Rosa Mendes na sua mercearia, na Rua do Sol, em Vidigueira (pai da doadora, Maria Justina e de Maria das Dores e Armanda Rosa Mendes; bisavô de Márcia Machado). Através deste registo podemos ter contacto com o mobiliário, os produtos e os equipamentos que caracterizavam este tipo de estabelecimentos comerciais onde se vendia um pouco de tudo. As antigas mercearias eram pontos de abastecimento de múltiplos e variados bens, além de serem locais privilegiados no que respeita à frequência pelo sexo feminino, dando azo à crítica social. Nestes estabelecimentos comerciais utilizavam-se as velhas medidas de madeira e a rasura para medir o feijão ou o grão, vendia-se o petróleo para alumiar os candeeiros à noite, o açúcar ou a farinha eram metidos em cartuchos, o tecido era vendido a metro, enfim, tudo era comercializado com peso e medida consoante a necessidade e o dinheiro disponível, contrastando com os trabalhos árduos que, muitas vezes, a mais exigiam mas não havia possibilidade de alcançar. Na parte inferior da fotografia podemos observar a presença de uma inscrição, feita a caneta, onde se pode ler a data de “12 de Outubro de 1949”.
Fotografia de grupo de camponesas em momento de pausa para refeição. Em destaque, da esquerda para a direita, encontramos Joana Mota, Mariana Alvorado e Leonarda Carrujo.
Grupo de ceifeiros no Monte das Cortes de Baixo, em Selmes, na década de 40 ou 50 do século XX. Em pé, da esquerda para a direita, podemos ver António Oleiro, desconhecido, Francisco Lopes, Plácido Calhau, Margarida Oleiro, Custódia Beringel, Rosária Oleiro e Felizarda Oleiro. Em baixo, da esquerda para a direita, a mulher que se encontra mais à direita é Francisca Rosa Oleiro. Possui inscrição ou identificação de fotoógrafo “J.M. Soares, Lisboa”.
Homem com carro de parelha em Alcaria da Serra. Trata-se de António Padre, bisavô paterno do doador. Tanto o carro, como os animais e o homem, apresentam-se de perfil, estando o homem em frente à parelha.
Fotografia onde se apresenta um numeroso grupo de homens suportando ferramentas de trabalho, mais concretamente pás e picaretas, pelo que, se pressupõe que terá sido captada num momento de construção de estrada ou arruamento, neste caso, na aldeia de Marmelar, de onde este registo é proveniente, permitindo observar a serra como pano de fundo. Desconhece-se a identidade dos elementos presentes.
Fotografia de rancho durante a ceifa no ano de 1958. Captada por José Maria Beco no Monte da Misericórdia ou Monte do Freixo, propriedade de Francisco Barahona. Nela consta António Manuel Cigarro (o 1º da esquerda para a direita; pai de Idalete Vieira), Mariana Ceguinho (2º), Francisca Cigarro (3º), Francisco Bastos (“Vinagrinho”, 4º), Aires Mota (5º), Maria Cândida Coxinho (esposa de Manuel Libânio; última, à direita) e Sebastião Vinagrinho (ao lado de Maria Cândida). O aguadeiro era “Carlinhos Bota”. O dono do burro era Francisco Coxinho (“Zorro”). A pessoa responsável pela confecção da comida era Guilhermina Coxinho (“Zorro”).
Oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), pôs em funcionamento para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais. Em pé, da esquerda para a direita, podemos ver Rosa Calhau, Maria do Céu e Maria Isaura. Sentada podemos ver Isabel Oleiro.
Registo fotográfico pormenorizado da intervenção de recuperação e conservação do castelo de Vidigueira, levado a cabo no final da década de 60 do século XX, sendo esta fotografia, mais concretamente, do ano de 1970, data em que se comemoraram os 500 anos do nascimento de Vasco da Gama. Está presente um homem, um aglomerado de pedras, sendo visível o levantar da muralha a par do cenário de fundo, ou seja, a serra do Mendro.
Registo fotográfico da intervenção de recuperação e conservação da torre de menagem de Vidigueira, levada a cabo no final da década de 60 do século XX, sendo esta fotografia, mais concretamente, do ano de 1970, data em que se comemoraram os 500 anos do nascimento de Vasco da Gama.
Curso de bordados da Oliva (no rés-do-chão da casa de Aires Guerreiro, posteriormente de José Guerreiro, “Pastilha”). Atrás, encontramos, desconhecida, Ana Josefa Fialho Palma (Carvalho), Hortense Faísco, desconhecida, Marília (avó materna de Maria Joaquina Doutor), Fernanda Revés, ? Pinto Ramalho, desconhecida, Zita Cordeiro Sebastião (Freixial Baião), desconhecida, Maria Emília Bastos Silva, Luzia (jovem de Santana), desconhecida, desconhecida (moradora na rua de Santa Clara), cabeleireira casada com "Chico Cruz", seguida da filha do Silva guarda-fios, desconhecida, Isabel Borralho Formoso (casada com Francisco Parrança), prima do Ricardo Ramalho (casou com “Zé da Vizinha”) e desconhecida. Na fila seguinte, da esquerda para a direita, vemos Joaquina Capucho (Baião), Teresa Emília Figueira Sotto Mayor (casada com José Romana), desconhecida, filha de um Araújo (casada com Manuel Morais Martins), seguida de Margarida (filha de Silvino), desconhecida, desconhecida, desconhecida, desconhecida, Idalina Morais Gil Trole, Margarida Palula, Clotilde Neomésia Figueira Villanova Sotto Mayor, Ana Maria (sobrinha da mulher do dr. Joaquim Jorge de Carvalho) e Carminda Penas. À direita a menina com o laçarote na cabeça era Maria do Céu, filha de Augusto Esteves (fotógrafo e alfaiate). Inscrito a caneta encontramos a seguinte informação: “Vidigueira, 17-1-1954”. Ostenta carimbo onde se lê “A. Pinto Esteves – Vidigueira”.
Escavações arqueológicas do povoado pré-histórico da Sala n.º 1 em Pedrógão do Alentejo. Os vestígios de ocupação da Sala n.º 1, identificada pelo arqueólogo Manuel Calado, em 1987, situavam-se num cabeço junto ao rio Guadiana, estendendo-se numa área de cerca de 50m em direcção à aldeia de Pedrógão do Alentejo. Os achados remontam ao “Neolítico Final” e ao “Bronze Final”.
Grupo de ceifeiros no Monte das Cortes de Baixo, em Selmes, na década de 40 ou 50 do século XX. Em pé, da esquerda para a direita, podemos ver António Oleiro, seguindo-se, em maior posição de destaque, Plácido Calhau, estando, ainda antes, atrás do seu lado direito, Sesinando Rato (usando lenço branco a pescoço), Margarida Oleira, Custódia Beringel, Rosária Oleiro, Felizarda Oleiro, Catarina Mendes, Angélica Rato e Francisco Lopes. Em baixo, desconhece-se a identidade das primeiras duas mulheres, às quais se seguem Francisca Rosa e Mariana Balinha. Possui inscrição de “J.M. Soares, Lisboa”
Francisco João Leirão Cró no telheiro de Luís Gil (conhecido por “Luís da Peixeira”; pai de Maria Catarina Estrela). É possível vermos Francisco Cró “deitando telha” no galápio (forma de madeira com pega, com o formato da telha que permitia moldar o barro para este efeito) para a dispor seguidamente no chão ao sol para ganhar consistência antes de ser cozida. A fotografia é dominada pelas telhas dispostas no chão e pela enorme quantidade de tijolo burro empilhado. É possível vermos ladrilhos, igualmente empilhados, bem como, a presença de uma carroça e olival ao fundo. Os telheiros em Vidigueira tiveram grande actividade laboral na primeira metade do século XX, estendendo-se até à década de 70 e 80. Existiam com maior incidência na estrada à saída de Vidigueira para Vera Cruz e na estrada entre Vidigueira e Vila de Frades, saíndo destes os materiais utilizados na construção local.
Severino José Marques fazendo a barba a José Francisco Viegas na sua barbearia, na Rua do Burrio (actual Rua Mestre Conceição Silva), em Vila de Frades. O barbeiro surge em pé, de lado, enquanto o seu cliente se encontra de costas, sentado numa cadeira de madeira com encosto própria, na altura, para a práctica deste ofício. Podemos visualizar o rosto do doador projectado no espelho, abaixo do qual estavam dispostos os utensílios de trabalho que faziam parte do quotidiano deste profissional.
Oficina de teares que Maria José Acabado Quintão Pereira, proprietária do Monte das Cortes de Baixo e do palacete (sito no actual Largo 25 de Abril), pôs em funcionamento para as mulheres desempregadas e para ocupação das mesmas como actividade extra além das habituais actividades agrícolas sazonais. Em pé, da esquerda para a direita, encontramos Maria José Quintão Acabado (de costas), Jacinta Oleiro e Gertrudes Maltez. Sentada está presente Isabel Oleiro.
Fotografia de grupo de camponesas vidigueirenses, vestidas de ceifeiras onde podemos ver, da esquerda para a direita, Maria Cândida Quítalo (Boga), Rosa Cigarro (“da Domingas”), Ana Noronha (Campaniço, mãe de Paula e Deolinda Campaniço), Cândida Camacho (mãe de Elisabete Piteira) e Ana Luísa Caetano Lopes (Lúcio, “Florinhas”). É alvo de destaque na indumentária de qualquer uma delas, como era habitual, o chapéu enfeitado com flores, o lenço, a camisa e as “mangueiras”, a saia, o avental e, essencialmente, as botas em pele de cano alto (com atacadores e cardadas que caracterizavam as ceifeiras de Vidigueira) e o sorriso no rosto que contrastava com o rigor do labor e do calor que se fazia sentir na altura em que se procedia à ceifa. Carimbo onde se lê “A. Pinto Esteves cliché n.º 684” e carimbo onde se lê “Instanta F9830 Lisboa”.
Conjunto vidigueirense “Melodia e Ritmo”. Da esquerda para a direita podemos ver Vasco Rosa (“Vasquinho”), Fernando (filho de um GNR que trabalhou cá nessa altura), António Caeiro, José Augusto Parrança Baião, José Aniceto e Carlos Silva. A fotografia foi captada no palco da Igrejinha Nova durante uma actuação. O conjunto ensaiava no Círculo Operário. Este conjunto terminou e na década de 1960 foi formado o conjunto Primavera com alguns destes elementos.