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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, José de Oliveira Barbosa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro], a informar que os mestres das embarcações que navegam para Angola, recebem da Fazenda Real 100 mil réis por cada égua que transportam; algumas éguas são incapazes de uma boa produção, tanto pela sua idade como pelo mau estado em que chegam; considera que pelo atual sistema, torna-se impossível a existência de mulas ou bestas de carga, porque o sítio do Bengo onde se encontram, é arenoso, tem falta de água e de pastos; o capitão Joaquim da Costa Faria foi provido pela Junta como inspetor dos animais, vencendo anualmente, 240 mil réis; consultando o capitão Eusébio Francisco de Carvalho, profundo conhecedor do Sertão, tomou conhecimento que na barra do Dande mais a Norte do Bengo, numas terras que são de S.A.R., tendo pertencido aos extintos jesuítas, e a que chamam o Mangal, existem pastos abundantes todo o ano, e nas vizinhanças do mesmo lugar criam os moradores e ele mesmo, muitos e numerosos rebanhos de todo o género de animais; participa que ordenou ao alferes regente do Dande, para com a maior brevidade e com o auxílio do capitão-mor do Distrito, tratem de construir o curral e a cacimba, a fim de passar os animais para o novo território, entregando ao mesmo regente o tratamento das éguas, que assim sobreviverão sem despesa para a Fazenda Real, a qual deixará de dispender indevidamente, um ordenado de 240 mil réis, dado a um homem mais por favor do que merecimento.