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OFÍCIO do [governador e capitão-general de Angola] D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro sobre a chegada da nau holandesa Beckvliet, capitão Tomas Brunet, em situação precária, sem água e mantimentos, e com muitos mortos a bordo; informando que a nau fora socorrida por uma embarcação portuguesa que seguia para Benguela, que cedeu um muxiluanda prático que os conduziu até Luanda com uma carta do comandante explicando a circunstância da ajuda prestada; seguiam a bordo trinta e nove pessoas incluindo um missionário e uma mulher; referindo que à sua chegada mandou proceder a vistoria e instaurou uma devassa; mencionado que a ajuda enquadrava-se na fé dos tratados e ao direito de hospitalidade; informando que os oficiais pretendiam comprar ou alugar uma embarcação para irem até ao porto de Tafelbay, destino da nau, buscar socorro e gente; alegando que por falta de ordens régias para o efeito, e por considerar a situação estranha, se recusara a autorizar tal pedido; mencionando que chegara a pensar em embarcar os oficiais numa nau portuguesa e conduzir a nau holandesa com oficiais e marinheiros portugueses até a um dos portos do Brasil, por existir aí mais guarnições e estarem mais perto do Reino e da recepção de ordens régias, mas por falta de equipamento e de homens, cerca de 100, necessários para aquela nau, não prosseguira com a ideia, sendo esta também a petição dos oficiais holandeses; remetendo cópia da devassa e demais documentos produzidos acerca desse acontecimento; aguardando ordens com a maior brevidade, tendo em conta os incómodos e despesas de uma estadia longa dos mesmos implicava.