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OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Marcelino António Basto, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], D. Rodrigo de Sousa Coutinho, enumerando e descrevendo as medidas tomadas para cumprir o decreto, que ordena pôr em execução a povoação da ilha de São Vicente, a saber: foi expedido à ilha do Fogo, um lambote para o transporte do capitão-mor, destinado a comandar aquela nova colónia; envio de casais para o povoamento; envio à ilha do Fogo da escuna Rosinha, oferecida gratuitamente pelos senhorios, para auxiliar esta expedição; envio de 20 moios de milho, dos cómodos para os novos povoadores e recepção dos mantimentos e trem, nos armazéns préviamente construídos, assim como do transplante de arroz, frutíferas de laranjeiras, limoeiros e hortaliças; envio de um rebanho de ovelhas e do vigário que vai paroquiar naquela ilha; demarcações do terreno para as sementeiras e algodoeiros, concedendo a cada colono, um alqueire de terreno, arbitrando-hes de foro a 30 réis e a 25 réis por alqueire, respectivamente; demarcação dos montados dos particulares e dos baldios, que pertencerão à câmara, quando for erigida; distribuiram-se as ferramentas; marcação do lugar da povoação; elogio aos serviços prestados pelo capitão-mor da ilha de Santo Antão, Luís António dos Santos, o qual disponibilizou 2 lambotes e 3 lanchas, gratuitamente; assinalado o lugar da paróquia e começo da construção das fortificações; pede o envio de 20 casais dos Açores, para ajudar ao povoamento; terreno propício à sementeira do milho, feijão e mandioca, principais sustentos destes insulares; das salinas existentes, se podem fornecer 8000 moios de sal anualmente; a urzela constitui outro ramo de comércio, assim como o algodão; existem cerca de 500 cabeças de gado bravio; abundância de água; remete caixotes com amostras de sal, pederneiras, anil e sangue de drago; salgas da carne; existência de excelentes pedreiras; cultura do café; construção de uma barraca de madeira, no lugar destinado à igreja, onde foi colocado um altar portátil e se celebrou missa, com salvas de tiros e saída de uma procissão com a imagem de São João, orago da nova paróquia; posse do novo capitão-mor, João Carlos da Fonseca Rosado, em presença dos novos colonos, dos militares que o acompanharam e de muitos habitantes da ilha de Santo Antão; regresso à capital e remessa de uma carga de carnes; as despesas com tudo isto, foram apenas a 4000 cruzados.