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REQUERIMENTO dos coronéis da infantaria dos regimentos da guarnição da cidade de Ribeira Grande, ilha de Santiago de Cabo Verde, Manuel Gonçalves de Carvalho e João Freire de Andrade, dos sargentos-mores de um regimento da dita ilha, João de Spínola Veiga e José Anastácio Freire, presos na cadeia do Limoeiro da cidade de [Lisboa] por ordem do governador de Cabo Verde, Joaquim Salema de Saldanha Lobo, ao rei [D. José] queixando-se dos procedimentos absolutos do referido governador; de ter provido nos seus postos, o sargento-mor do regimento da vila da Praia, José dos Reis Borges e o capitão-mor da fortaleza de São João Baptista, José Maria Cardoso e destituído de seus cargos vários oficiais, também com patentes confirmadas, como sendo os ajudantes dos seus regimentos, Jerónimo Sanches da Silva e Damião Freire de Andrade, e o ajudante do regimento da guarnição da vila da Praia, João Robalo, provendo naqueles postos, o secretário João da Silva Vasconcelos, degredado, o oficial de carpinteiro, Manuel dos Santos e o soldado da companhia paga, Joaquim Vieira; de ter dado baixa ao capitão-mor da fortaleza Real de São Filipe, Maurício José da Silva Cardoso, ao capitão de cavalos, António de Barros Martins, ao capitão-mor da ilha de Santo Antão, António Pedro da Costa, e reformado o capitão de cavalos, Sebastião de Andrade Veiga; e solicitando mandar que o governador deixasse permanecer os seus cargos, substituindo-os, por direito, pelos oficiais dos seus regimentos até o final da sentença, fazendo restituir os postos e pagar os soldos aos ajudantes e mais oficiais que demitiu contra disposições reais.

OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Joaquim Salema de Saldanha Lobo, ao [secretário de estado da marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro] participando da primeira via desta, remetida no bergantim inglês Amites Regard do mestre Alexandre Haig, que se dirigia à Corte em companhia de uma chalupa da mesma nação carregados de ferro e vinhos da Madeira, por se desencontrarem com um navio das Índias ao qual deveriam passar a referida carga; dos navios São Pedro, São Pedro Gonçalves, São Joaquim, Nossa Senhora da Nazaré e São Sebastião que ali tinham chegado e as cartas que recebera; de terem chegado os dois cónegos que foram perdoados, [Nicolau da Fonseca e Araújo e Francisco Robalo de Valdevesso], ficando suprida a necessidade que havia naquela sé catedral, também com a providencia do Bispo [frei Pedro Jacinto Valente] em prover os lugares vagos daquela conezia; lembra para deão um clérigo chamado António Vaz, de alcunha, o Olhudo, que foi vigário geral e provisor em Angola que passando por ali, de viagem para a Corte, se interessou em ocupar essa cadeira; participa os naufrágios de alguns navios estrangeiros que tinham ocorrido, como os navios ingleses e franceses na costa da ilha do Maio e à costa da cidade da [Ribeira Grande] perto da vila da Praia e providencias que deu para evitar os roubos que se faziam em semelhantes ocasiões; refere às grandes fomes que periodicamente tem padecido a ilha de Santo Antão por causa da seca e aumento populacional concentrada numa ribeira, ficando muitas terras por cultivar nas ribeiras Alta, do Paul, das Janelas e nas terras do sítio da Corda e do Pico da Cruz; ao pedido da camara para remeter os habitantes daquela ilha para S. Vicente e as disposições que tinha tomado não obstante a resistência dos arrendatários, dos administradores da [Companhia de Grão Pará e Maranhão] e excessivos preços por que se vendiam os géneros; da fome que tinha assolado a ilha de São Nicolau e acerca da epidemia dos cavalos e de algumas bestas muares na capital, motivo pelo qual as companhias de cavalos andam a pé; sobre o período das águas que se seguiu e das ruinas que causou e reparos que fez na vila da Praia; suplica a decisão das suas contas sendo as principais as que dizem respeito à ilha do Fogo e aos procedimentos do seu capitão e sargento-mor, Marcelino José Jorge Henriques; refere a boa harmonia com o ouvidor-geral [João Gomes Ferreira] e sobre seus pedidos de sucessão; da necessidade de se fortificar a ilha de [Santiago]; informa, no caso de se lhe nomear sucessor quais as circunstâncias que se deveriam ter em conta; e os motivos porque, por nenhum modo, devia o capitão-mor [da vila da Praia], José Évora de Macedo, suceder-lhe naquele governo.

OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Joaquim Salema de Saldanha Lobo ao [secretário do Reino e Mercês], marquês de Pombal, [Sebastião José de Carvalho e Melo] remetendo cópias de duas contas que recebera do governador da ilha francesa de Gorée, Boniface, enviadas numa escuna da Companhia Geral de Grão Pará e [Maranhão] que ali fizera arribada, indo de Bissau para aquelas ilhas, transportando gentes que fizeram parte da expedição para a fortificação daquela povoação, sobre a tomadia de uma embarcação francesa carregada de escravos Bijagós, no rio Casamansa junto a Ziguichor, feita pelos administradores da Companhia de Cacheu e outra praticada com uma embarcação inglesa, sob alegação de terem entrado, sem licença, naquele rio; participa das parcas informações quem tem tido sobre as ocorrências naquela costa, dos maus procedimentos a respeito, do capitão-mor de Cacheu, [José Vicente Pereira] em relação ao processo de devassa que se tinha tirado; participa que também remete cópia ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro, pedindo providências e decisão sobre como responder ao governador francês; informa do estado geral das ilhas e sobre as opressões que sentem seus moradores por parte dos administradores da Companhia; da fome que continua a assolar a ilha de Santo Antão não obstante as medidas que tomara; e participando sobre as ordens gerais em forma de regimento que dispôs para todos os capitães-mores das capitanias adjacentes à ilha de [Santiago] e a ela subordinadas, concernentes à disciplina dos corpos milicianos e guarnição dos portos de modo a debelar as desordens que por falta de regimento e crassa ignorância se estava praticando, pedindo verificar-se nelas algumas inconveniências.

OFÍCIO do governador de Cabo Verde, Joaquim Salema de Saldanha Lobo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Martinho de Melo e Castro participando da fome geral nas ilhas, tendo começado pela ilha de Santo Antão; sobre a necessidade de enviar do Reino e ilhas adjacentes mantimentos, a fim de serem distribuídos nas ilhas de maior densidade populacional como a de [Santiago], Fogo e Boavista; do perigo das ilhas ficarem desertas como a ilha do Maio pela seca, falta de gados e pastos, obrigando seus moradores a fazer comércio com os ingleses que ali iam carregar sal e fazer contrabandos; informa das causas que estiveram na origem dessa calamidade, com sendo secas, falta dos pastos, praga de gafanhotos, epidemias, a incúria e os costumes da população, bem como a diminuição produção agrícola e da cultura do algodão pela ociosidade dos moradores, com prejuízos gravíssimos para a Fazenda Real, da vida laboral e sustento da população; solicita o envio de seis companhias de soldados pagos com seus oficiais que substituíssem a incivilidade dos crioulos assim como a necessidade de defesa e conservação das fortificações; lembra dos pedidos de adereços e tintas do engenheiro António Carlos Andreis para a confecção dos mapas; informa da chegada no mês de Dezembro de 1773, da corveta Nossa Senhora da Oliveira do mestre Manuel Luís do Cabo e da galera São Pedro Gonçalves transportando farinha de mandioca para a ilha de Santo Antão, por determinação da Junta Geral da Administração da Casa da Companhia de Grão Pará e Maranhão; das providencias que tomou, pela falta de informação na Corte, e de comum acordo com o desembargador e ouvidor-geral de Cabo Verde, João Gomes Ferreira, e os administradores daquela Companhia, o capitão-mor António José de Carvalho e o capitão Manuel Vicente, tendo em conta a necessidade geral das ilhas e da companhia dos soldados pagos, em relação à distribuição dos mantimentos, por comércio; informa sobre a existência de um numero cada vez maior, no porto das ilhas, de piratas e contrabandistas ingleses e franceses a pretexto de fazerem refrescos, pesca da baleia e carregamentos de cavalgaduras e gados; acerca de uma embarcação inglesa que roubou gentes, forros e escravos nas ilhas de São Nicolau, Maio, ilha Brava, e indicando proposta para melhor defesa das ilhas.