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Imagem de N. Senhora Mãe dos Homens, em corpo inteiro com o Menino Jesus no braço esquerdo e, no direito, um ramalhete com uma rosa. Da Virgem emanam raios. Com uma cora à cabeça, a Virgem aparece dentro de uma moldura trabalhada com ramagens clássicas que lembram o barroco ao longo da qual entrelaçam-se rosas. Acima da moldura a inscrição "N. S. Mãe dos Homens", em cujas extremidades aparecem a lua e o sol representados com face humana. Justapostos aos pés da Santa, há anjos envoltos em nuvens, abaixo dos quais se pode ler a inscrição "que se venera na sua igreja no Rio de Janeiro". A obra é significativa no que tange à qualidade artística da composição. O artista conseguiu o sombreado através de cruzamento de traços.
A gravura retrata a Fortaleza de Villegagnon, na cidade do Rio de Janeiro. No primeiro plano da gravura, encontra-se representada uma embarcação à vela, no entanto, as velas aparecem enroladas e a uma tripulação composta por quatro homens a conduzem a remo. Ao fundo, ainda no mar, vê-se dois barcos à vela. Na região central da composição estão representados: a fortaleza, aspectos da paisagem natural, como montanhas, vegetais, e alguns edifícios. O espaço plástico da obra é todo trabalhado predominantemente com linhas retas, o que transmite a sensação de tranqüilidade na gravura.
A gravura representa a cidade de São João de Itaborahy. Um largo em cujo centro se vê plantada uma bandeira está contornado de edifícios dos quais se pode identificar uma igreja, figurada ao lado direito. No largo, encontram-se desenhadas algumas pessoas, dentre as quais há três que montam cavalo. A composição foi desenvolvida através de poucas texturas e de leves traços sem valorização de fortes contrastes de claro-escuro.
A gravura representa o Campo de Santa Ana e o Senado do Rio de Janeiro. Este encontra-se figurado no centro da composição, ao lado do qual se nota uma fila de carruagem. Em primeiro plano, vê-se um grupo de quatro personagens voltados para o Senado. Ladeando o senado encontram-se traçadas algumas edificações, provavelmente moradias. Há várias representações de figura humana para as quais se pode conduzir a atenção a três grupos de homens em postura de movimento, como que a correr. A julgar pela forma como estão representados (de cor escura e de troncos desnudos), trata-se de escravos. Levando-se em conta que a obra é de pequenas dimensões, é digna de nota a riqueza de pormenores. A composição apresenta domínio do desenho no qual se empregou pouco o claro-escuro. No entanto, nas partes da gravura em que esse recurso foi empregado, percebe-se um forte contraste.
A obra representa o Campo de Santa Ana e o Palácio onde funcionava o Senado no Rio de Janeiro. O Palácio ocupa o centro da gravura. No primeiro plano, há representação de figura humana que aparece organizada em grupos. Vêem-se também carruagens e pássaros. Há contrastes de claro-escuro e utilização de perspectiva que faz a obra tender ao figurativismo.
A gravura retrata o Largo do Paço, na cidade do Rio de Janeiro, no qual se encontram representadas algumas edificações, com destaque para o Paço Imperial, algumas igrejas e o chafariz. Há figuras humanas dispersas pelo largo. À frente do Palácio encontra-se uma carruagem puxada por três pares de cavalos. Poucos são os contrastes de claro-escuro. O autor utilizou-se mais de linhas retas, aproximando-as ou afastando-as, para alcançar o sombreado desejado.
A gravura representa o interior da Igreja de São Fidelis, na cidade de Campos, no qual se tem uma vista de parte da abóbada, do arco principal, abaixo do qual, o altar-mor. Há representação de pessoas assistindo provavelmente a um ofício religioso pois estão postadas de joelhos diante do altar onde há um sacerdote e um acólito. O artista, usando da perspectiva e do sombreado, conseguiu retratar muito bem aspectos da arquitetura do templo, no qual se encontram figuradas imagens de santos e até mesmo um púlpito. Há representação de luz que incide sobre o altar tornando a obra, através do claro-escuro, um símbolo do contraste entre o sagrado e o profano.
A gravura representa uma vista do Rio de Janeiro a partir da Igreja de São Bento. Vêem-se na obra aspectos da vida social, elementos da arquitetura e pormenores da natureza. Há figura humana no primeiro plano. O mar, a leves tons aquarelados do azul, harmoniza-se com o amarelado aplicado à arquitetura. O jogo de claro-escuro oferece à composição um intenso equilíbrio.
A gravura representa uma visão panorâmica da cidade do Rio de Janeiro, na qual se pode ver representados aspectos do ambiente natural, social e arquitetônico da cidade. Em leve tom azul o desenhista coloriu o mar, deixando que o preto predominasse no restante da obra, na qual o autor demonstra domínio da perspectiva a que recorreu para tornar mais realista a gravura.
A gravura representa uma vista parcial do Rio de Janeiro, na qual se encontram registrados aspectos da paisagem natural, apresentando uma pequena variedade da flora, edificações, o mar e figura humana. Em contrastes de claro-escuro, o artista conseguiu colocar em evidência aspectos sociais e naturais da vida na cidade. Há um bom enquadramento na gravura, pois o ângulo em que a cidade foi retratada valoriza diversos componentes que permitem uma boa leitura do Rio de Janeiro.
A gravura retrata o chafariz diante do qual se encontram inúmeras pessoas que, a julgar pelo modo em que estão figuradas, parece tratar-se de escravos. No mar, desenhado atrás do chafariz, há diversas embarcações bem como uma faixa de terra montanhosa. Trata-se de uma composição em traços simples e expressivos da maneira de realizar gravura na época.
As duas gravuras representam a mesma vista do Rio de Janeiro, na qual se podem ver retratados aspectos da paisagem natural e arquitetônica da cidade. Na composição os contrastes são fortes e existe uma utilização da perspectiva favorável a uma leitura parcial da cidade com bastante realismo sobre o trecho figurado. Ha representação de figura humana.
A gravura retrata a Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, paisagem na qual se pode contemplar figura humana, animais, vegetação, casas, mas o que prevalece é a representação da natureza em termos de flora variada. Há fortes contrastes de claro-escuro e utilização da perspectiva, e texturas diferenciadas, de modo que a obra apresenta boa qualidade técnica.
A gravura representa uma batalha entre holandeses e portugueses perto de São Sebastião, Rio de Janeiro. No primeiro plano, a representação de uma embarcação cheia de homens armados em posição de ataque parece ser o centro de atenção pretendido pelo artista. No continente, vê-se a retratação de homens atingidos pelos adversários. A textura que o autor deu à representação das águas do mar favorece a compreensão do clima de conflito que a obra objetiva retratar. Em espaço de pequenas dimensões o autor conseguiu um sombreado bastante expressivo, tornando a gravura uma obra de valor para o conhecimento histórico.
A obra representa o convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. O elemento principal, o convento, está bem enquadrado e executado com boas proporções. No plano de fundo, há representação de montanhas, em cujo cimo aparece uma pequena construção.Todo o espaço da gravura é trabalhado com texturas pouco variadas. Os contrastes pouco intensos não prejudicam a leitura da obra.
A gravura é uma representação de Nossa Senhora de Copacabana. A imagem da santa está posicionada no centro da obra ocupando maior parte da região superior. A Virgem com o Menino Jesus nos braços, ambos coroados, apresentam coloridos a tons do azul, do vermelho e do amarelo. Ladeando-os, podem ser vistos, três anjos (cabeça e asas). A Virgem está envolta em nuvens, abaixo das quais o autor figurou uma construção do tipo religiosa, bem como algumas figuras humanas, embarcações, mar, montanhas, sob as tonalidades do verde, do azul, do amarelo e do vermelho. Acima da imagem da santa encontra-se a inscrição latina: "Gloria Mariae". As cores intensas das vestes da Virgem contrastam com os tons esfumados dos elementos representados na região inferior da obra, talvez para formalizar o contraste entre o sagrado e o profano ainda persistente ao longo do século XIX.
A gravura é uma representação de N. S. de Copacabana, que apresenta a Virgem com o Menino Jesus ao centro, ambos coroados, ladeados por anjos e castiçais com velas acesas. A Virgem tem à mão direita uma vela acesa; na Sua veste o artista desenhou folhas de acanto. A Imagem da santa foi posicionada sob um arco, abaixo do qual há uma construção semelhante a um baldaquino, cujas cortinas são puxadas pelos anjos das laterais como que a apresentar a Virgem da qual emanam raios luminosos. Aos pés da santa três anjos são representados envoltos em nuvens, abaixo dos quais uma moldura exibe a inscrição "Ntra. Sa. de Copacavana". A composição não apresenta fortes contrastes nem grandes variações ao nível da textura, no entanto merece apreço pela iconografia setecentista que exibe.
A imagem a. representa o Forte de São Matheus, "na entrada de Cabo Frio". Na representação vê-se, no centro e no plano de fundo, o Forte, no primeiro plano, o mar com algumas embarcações à vela. Há pouco contraste na composição, contudo está bem executada. Quanto à imagem b., trata-se de uma retratação do Boqueirão do Sul e Barra do Cabo Frio, "onde há hoje hum farol". A textura aplicada e o pouco contraste conferem unidade à obra, mas a torna pouco atrativa. No conjunto, consiste em uma representação bem executada, com destaque para a figuração da natureza (mar e montanhas) e de um barco.
A gravura retrata a capela do Santíssimo, da Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrate, na Abadia de São Bento. A execução perfeita da obra traduz a perícia do autor que reproduziu com maestria alguns pormenores da arquitetura e do entalhamento do templo. Uma análise apurada faz perceber, através das variantes texturiais e do jogo de luz e sombra, detalhes realizados de uma obra indicadora do esplendor da religião cristã.
A litografia representa uma vista do Rio de Janeiro, na qual o autor colocou, em primeiro plano, aspectos da paisagem natural, com destaque para algumas árvores que centralizou na composição, chamando assim a atenção para esse dado paisagístico do Rio de Janeiro. Em segundo plano, podem ser vistos: um aglomerado de residências e dois personagens a conversar. Há contraste de claro-escuro bastante expressivo e uso apropriado da perspectiva.
A gravura representa uma vista lateral do interior da Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrate da Abadia de São Bento, no Rio de Janeiro. O ângulo sob o qual o autor decidiu focar a vista torna essa gravura um testemunho da arquitetura religiosa no Brasil. A execução da obra em questão favorece uma leitura esclarecedora sobre estilos artísticos vigentes na época, bem como dá informação sobre o empenho da sociedade na vida religiosa. O detalhe retratado deixa perceber uma capela lateral, as paredes recobertas de talha, colunas retorcidas, imagens de santos e, até mesmo, os bancos da nave central do templo. O jogo de luz e sombra enriquece a obra, e a perspectiva a torna uma obra ainda mais figurativa.
A litografia representa a trágica cena do incêndio ocorrido na igreja e recolhimento de N. S. do Parto. À frente da representação do recolhimento encontram-se figuradas inúmeras pessoas em atitude própria de quem está a socorrer. Vêem-se também barris de água, transportados por animais. Quatro imensas escadas apóiam-se sobre as laterais do prédio para salvamento. Podem-se ver representadas algumas pessoas sobre o teto do edifício e, algumas peças do mobiliário do recolhimento, lançadas para fora, aparecem caindo. De algumas janelas o autor fez representar a fumaça, contribuindo para torrar a cena mais realística. O jogo de claro-escuro não apresenta intensidade suficiente para a dramaticidade do episódio representado, no entanto constitui-se numa referência à historicidade do fato.
O artista nessa gravura retratou a Igreja e o Jardim da Glória do Rio de Janeiro, na qual valorizou aspectos paisagísticos, atribuindo valor em termos de contrastes e riqueza de detalhes ao jardim, reservando o cimo esquerdo da obra para a projeção da igreja. A variedade de traços compondo os diversos elementos da obra torna-a uma boa execução de gravura do século XX.
Nessa gravura o artista reproduziu, com detalhes, a porta lateral da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Rio de Janeiro. A representação revela domínio da técnica, pois além da variedade de traços da textura, o jogo de luz e sombra evidencia conhecimentos de perspectiva. As sombras projetadas realçam pormenores de destaque na obra, como a imagem da Virgem com o Menino acima da porta, e na parte de baixo, a grade de ferro em frente à porta.
A obra, que reproduz a fachada da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, reflete a perícia técnica e habilidade do artista, pois a qualidade do jogo de luz e sombra é destacável, bem como as sombras próprias e projetadas atestam o valor artístico dessa obra. Os detalhes da arquitetura da fachada do templo foram captados e reproduzidos em proporção e harmonia.
Essa representação do altar-mor da Igreja de São Francisco da Penitência do Rio de Janeiro é uma obra de execução requintada. Através do intenso jogo de claro-escuro e da reprodução dos detalhes arquitetônicos, o autor conseguiu retratar o estilo artístico do templo. A talha que reveste o altar foi aqui pormenorizada em toda a sua expressividade e imponência. Foram retratados diversos ícones: anjos, santos - com destaque para o Cristo, a Virgem e São Francisco -, castiçais e velas, dentre outros.
Essa gravura, que reproduz o portão da antiga Fábrica de Pólvora, no Rio de Janeiro, coloca no centro da composição a reprodução do portão. Na obra há o emprego de diversas texturas, do claro-escuro e da perspectiva. As árvores representadas compõem a obra não somente como aspectos da provável paisagem existente no local, mas como elemento que contribui para a harmonia da composição. A obra torna evidente uma grande quantidade de pormenores graficamente traduzidos.
A gravura representa o Chafariz do Lagarto, no Rio de Janeiro. O autor centralizou o Chafariz, fazendo-o assumir grande parte do espaço trabalhado na obra, revestiu-o de traços entrecruzados e outras texturas, num jogo de claro-escuro. Na parte central do mesmo, pode-se ver a inscrição latina: "Sitienti populo senatus proevist aquas anno MDCCLXXXVI".
Nessa obra a intenção principal do autor foi retratar o Chafariz Colonial, e o fez de modo bastante esclarecedor, representando-o de maneira a que se possa observar a fachada e uma lateral, o que permite uma leitura mais abrangente do elemento retratado. Quanto à técnica, a análise conduz à certeza de que o autor revela um grande domínio da representação gráfica. O contraste de luz e sombra torna-se um recurso necessário para valorizar pormenores indispensáveis na reprodução do chafariz. Há também representação de árvores.