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A gravura representa uma embarcação com oito tripulantes no Rio Doce. Há uma diversidade de vegetais figurados na obra, muitos dos quais em leves tons esverdeados, e dos quais distinguem-se duas palmeiras cujos troncos estão revestidos de uma coloração amarela. Há um tronco caído exatamente na passagem da embarcação, razão do homem figurado no extremo do barco estar em atitude de corte dos ramos do referido tronco. Há também a representação de um animal, com características de um jacaré, na parte inferior esquerda da obra. Tudo leva a crer que o artista pleiteou retratar não somente aspectos da paisagem natural da região, mas também as dificuldades comumente encontradas na navegação do Rio Doce.
A cena retratada nessa gravura é a caça aos pássaros às margens do Rio São Francisco, porém os personagens nela retratados, três pessoas, aparecem de costas para o observador e voltados para os pássaros que espreitam. Na parte inferior esquerda, abaixo de uma árvore cujo tronco reveste-se de amarelo, as três pessoas portam armas e chapéu. No centro da obra, e em segundo plano, vêem-se alguns pássaros no solo e a voar. As árvores fazem uma moldura natural para a cena e estão bem detalhadas. Há jogo de luz e sombra que favorece o dinamismo dessa gravura.
A gravura representa uma vista de negros lavando diamantes em Mandangos, no Rio Jequitinhonha, no Cerro do Frio, Minas Gerais. Os negros são representados no ato do trabalho de lavagem, enfileirados e curvados cada um, num espaço reservado à referida atividade. Encontram-se supervisionados por cinco homens, quatro dentre eles, sentados e com chicote à mão. O local onde o trabalho se desenvolve possui uma cobertura de palha. A obra apresenta muitos contrastes de luz e sombra e demonstra ter sido pautada sob normas rígidas da perspectiva linear.
A gravura constitui um prospecto da cidade de Mariana, como se pode ver na inscrição, "copiado do Morro do Seminário, no ponto de vista fronteiro à Praça, por ordem do Illmo. E Exmo. Visconde de Condeixa, sendo Governador e Capitam General da Capitania de Minas Gerais". Abaixo da obra encontra-se uma "explicação" numerada, indicando os locais e construções da cidade. Vê-se que se trata de uma obra informativa e que revela perícia de quem a executou, porque utilizou a perspectiva e o jogo de luz e sombra, que permitem uma leitura bastante esclarecedora da cidade na época.
A gravura é uma representação da exploração de uma lavagem do ouro em Vila Rica (Ouro Preto) Minas Gerais, em que estão figurados aspectos da paisagem natural (montanhas, vegetação, rio), como também se encontram retratados: uma casa e figuras humanas. No primeiro plano, a casa e algumas pessoas apresentam fortes contrastes de luz e sombra que vai se tornando menos intenso ao passar para os elementos apresentados no plano de fundo (montanhas e rio), propriedade que concernente às leis da perspectiva. Uma leve coloração amarela reveste o muro que cerca a casa, ao lado da qual os vegetais recebem uma tonalidade levemente esverdeada.
Essa gravura representa a abertura de uma floresta ao longo do Mucuri, na qual aparecem figurados alguns escravos no trabalho de desbastar a mata. Outros dois se encontram separados em posição de descanso, segurando cada um, uma arma de fogo. A julgar pela configuração, um deles é escravo. Há representação figurativa de árvores nas quais se pode ver detalhes dos vegetais como troncos imensos (tom amarelado), em diâmetro e altura, bem como sua folhagem. O jogo de luz e sombra é intenso e torna a obra um atestado da capacidade do artista.
A gravura retrata Vila Rica, Minas Gerais. Podem ser vistos, representados na obra, componentes da paisagem natural, bem como a cidade em suas construções civis e religiosa. Há representação de figura humana e animais. A cidade aparece no plano de fundo, ao passo que o rio, as montanhas e a vegetação que as revestem, em leve tom esverdeado, configuram o plano primeiro da obra. Há diversidade ao nível das texturas, bem como intenso claro-escuro que harmonizam a gravura.
A gravura retrata a lavagem do ouro perto da montanha Itacolomi, junto a Vila Rica, Ouro Preto. Aspectos da paisagem natural são revelados na obra, na qual também se vê escravos no ato da lavagem do ouro. Duas cachoeiras são figuradas em leve tom azulado. Na representação de alguns vegetais o artista utilizou-se de um tom levemente esverdeado. A obra vale também como um registro visual-gráfico da lavagem do ouro nas Minas Gerais.