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CARTA do (governador e capitão-general da capitania de São Paulo), D. Luís Mascarenhas, informando (D. João V) sobre o progresso de diversas Bandeiras. Cumprindo assim a Ordem Real de 18 de Fevereiro de 1741. Diz que a Bandeira de Jacinto de Sampaio Soares percorria as terras ao Norte da Vila Boa de Goiás e, depois de ter estado cerca de dois anos acampada junto ao rio Tocantins, defronte da barra que nele faz o rio do Sono, mudou-se para outro lugar mais abaixo, no rumo de Norte. D. Luís Mascarenhas refere-se, em seguida, à Bandeira de Amaro Leite Moreira, reunida à de João da Veiga Bueno, que se achava a Noroeste da Vila Boa de Goiás e muito perto. Relata em seguida, que os mineiros da vizinhança de Vila Boa de Goiás constituíram uma confederação para mandarem examinar a "Campanha dos Anicus" procurar uns ribeiros de que o primeiro descobridor dessas minas, Bartolomeu Bueno da Silva, já tinha dado notícia. Fazendo essa diligência, descobriram um córrego no qual se podia fazer "jornaes" de meias oitavas, mais por poucos meses, no entanto, o povo não gostou dessa notícia, pois esperava melhor, como os que têm vindo das terras de Poente e do Norte, que tinham sido percorridas pelas duas Bandeiras já referidas. Essas terras, embora não com "faisqueiras" para tornar ricos de repente os povos, poderiam mantê-los na abastança, e até podiam aumentar a riqueza. Diz ainda, a finalizar a carta, que toda a capitania estava em paz e as capitações se cobravam suavemente.

CONSULTA do Conselho Ultramarino sobre a carta na qual o superintendente geral das minas de Goiás, Agostinho Pacheco Teles, informou (D. João V) que soube, por espias, que o governador e capitão-general (da capitania de São Paulo), D. Luís Mascarenhas, mandara vir, da bandeira de Amaro Leite Moreira, o padre Custódio Barreto da Costa, com seus escravos e quatro companheiros, por ser prático na extração de diamantes; que este padre passara despercebido por Vila Boa de Goiás, e se recolhera na casa do capitão André Rodrigues Cordeiro. Daí, foram para uma roça, situada na serra Dourada, onde fizeram os preparativos necessários para a viagem, e foram juntar-se a Mateus Luís Soares, seguindo com cerca de quarenta pessoas, entre as quais dez negros comprados pelo governador de São Paulo, ao sargento-mor José Gomes Ferreira, rumo a Pilões, com a tenção de extraírem diamantes, não obstante a proibição que havia. Então o superintendente ordenou que se recolhessem e procedeu a uma devassa, pela qual ficou provado que o governador mandara esta nova bandeira para a extração de diamantes. Ao procurador da Fazenda parece que se deviam tomar as providências necessárias para se impedir a continuação desses excessos. O parecer do Conselho é que se devia apresentar a (D. João V), não só esta carta do superintendente, mas também outras cartas do mesmo, mostrando que o governador passava portarias a criminosos para não serem presos e que ao tabelião Miguel Carlos, não só lhe passou uma portaria mas também o nomeou para o lugar de escrivão da Intendência, e Fazenda Real de Goiás, o provedor da Fazenda de Goiás, Sebastião Mendes de Carvalho deu conta das despesas do governador, sem ordens régias.. Por todas estas razões, o Conselho acha que seria conveniente que se mandasse sucessor para esse governador, para não haver repetições.

CONSULTA do Conselho Ultramarino sobre a carta de 7 de Abril de 1740 na qual o juiz de fora da vila de Santos (Gaspar da Rocha Pereira), informara (D. João V) de que o ouvidor de São Paulo (João Rodrigues Campelo) fizera uma correção aumentando os ordenados do escrivão da Câmara (Antônio de Pina de Vasconcelos) e do alcaide da referida praça. Ele, juiz de fora, não assinara o mandando porque a atribuição ou aumento de ordenados era privilégio real e, desse modo, fora contra o voto dos vereadores. E’referida a carta do mestre-de-campo governador da praça de Santos (José Rodrigues de Oliveira) na qual este dá informações sobre o mesmo assunto. Diz que averiguara, pelos livros da Câmara, que o escrivão desta, Manuel de Vasconcelos Almada, ganhara vinte e cinco mil réis anuais, desde 1701 até 1723, ano em que o (ouvidor-geral de São Paulo), Manuel de Melo Godinho Manso, reduziu essa quantia para doze mil réis, que foram pagos até 1740. Acrescenta, o mesmo governador, que, vistas as contas parecia-lhe conveniente, continuar com os mesmos vinte e cinco mil réis. A consulta menciona, em seguida, a representação dos oficiais da Câmara de Santos, datada de 29 de Janeiro de 1740, na qual expunham ser conveniente continuar o referido aumento de ordenado. Ao procurador da Coroa parece que se deve verificar o rendimento da Câmara e proceder de acordo com ele. Acha ainda que o governador de Santos não se referira à correição de 1737, apontada pelo juiz de fora. O parecer do Conselho concorda com o do governador de Santos, visto ser do estilo antigo, 1701 a 1723, o escrivão da Câmara receber vinte e cinco mil reis de ordenado.