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CARTA do ouvidor geral das ilhas de Cabo Verde, João Gomes Ferreira, ao rei [D. José] sobre o cumprimento da ordem régia de 21 de Agosto de 1765, que o ordenava, em colaboração com o governador [Bartolomeu de Sousa e Brito Tigre] e com os administradores da Companhia de [Grão Pará e Maranhão], executar e concluir todas as diligências para a construção da Fortaleza de Bissau, sob assistência do director da expedição, frei Manuel de Vinhais Sarmento; acerca da preparação dos géneros, víveres e moios de milho, obrigados a fornecer pela população a preços convencionados pela Companhia [de Grão Pará e Maranhão], materiais e mais apetrechos, e da prisão dos criminosos de todas as ilhas, pedreiros e carpinteiros e mais gente alistada para serem embarcados na fragata de guerra [Nossa Senhora da Penha de França], do comandante, [capitão-de-mar-e-guerra] Luís [Caetano] de Castro [e Vasconcelos] e serem entregues ao sargento-mor de [Infantaria] [com exercício de engenheiro] Manuel Germano da Mata, com a respectiva lista; sobre os conflitos resultantes dessa diligência com o governador [Bartolomeu de Sousa e Brito Tigre], por este ter-se intrometido na sua jurisdição; informando sobre o capitão e sargento-mor da ilha do Fogo, Marcelino José Jorge Henriques, ter dado pontualmente execução à ordem régia, sendo o juiz Ordinário, a remeter para a ilha de Santiago, todos os criminosos sobreviventes dos levantamentos verificados naquela ilha contra os antigos capitães e sargentos-mores, Caetano de Melo e [Albuquerque] e Aleixo Pinheiro e dos levantamentos ocorridos entre 1748 e 1749, com excepção de Eusébio Tavares, de quem fez prisão na ilha de [Santiago] e com ele o criminoso de moedas falsas, Izidoro Ribeiro, para serem também remetidos para trabalharem na construção da Fortaleza de Bissau.

CARTA do ouvidor geral das ilhas de Cabo Verde, João Gomes Ferreira, ao rei [D. José] sobre a queixa que o governador [Bartolomeu de Sousa e Brito Tigre] fez contra si por não ter procedido contra o coronel do Regimento da vila Praia, Manuel Semedo de Andrade, remetido com mais criminosos para Bissau por devassa militar que o mesmo governador mandou tirar pelo sargento-mor Manuel Tavares da Silva, por porte de armas proibidas; explicando as razões porque não pronunciou o coronel Manuel Semedo de Andrade, tendo por base os testemunhos tirados na inquirição sobre uns capítulos remetidos por ordem real a um preto da ilha de Santiago por nome, João Coelho; informando sobre os maus procedimentos do governador, [Bartolomeu de Sousa e Brito Tigre], do seu governo despótico e absoluto, perseguindo e prendendo extrajudicialmente oficiais de guerra e mais homens poderosos e de ter-se aliado aos três principais da terra, a saber o juiz Ordinário e provedor da Casa da Misericórdia, o coronel Manuel Gonçalves de [Carvalho] e seus dois cunhados, homens mulatos e sargentos-mores, João Freire de Andrade e Bartolomeu Rodrigues Soeiro, bem como a Leonor Moniz Tavares, de quem era amante, filha do falecido capitão Francisco Tavares de Mendonça e mulher do referido coronel, na causa provimento do capitão José Anastácio Freire, nos lugares do sargento-mor Manuel Fidalgo de Almeida e do escrivão Apolinário Moreira, indo contra ordens e provisões, pondo em causa as leis e regimentos; e queixando-se do governador, [Bartolomeu de Sousa e Brito Tigre], tê-lo suspendido de suas funções de ouvidor, o que o levou a refugiar-se durante 2 meses no convento dos religiosos de São Francisco, ficando parado as dependências dos sequestros da devassa da comissão de que tinham sido encarregados pela morte do ouvidor seu antecessor, João Vieira de Andrade.