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CARTA do governador de Cabo Verde, João Zuzarte de Santa Maria, ao rei [D. João V] sobre os motivos que o levou a prender o procurador do contrato da urzela das ilhas, de que é contratador, Felipe Balesti e Companhia, André de Guilliers, e acerca das razões porque este procurador fez petição de agravo à Relação [de Lisboa]; informando como procedeu em relação ao navio holandês vindo do Reino para carregar urzela vendida por este procurador do contrato para a Holanda; advertindo que o procurador do contrato, André de Guilliers, foi uma das pessoas que no ano de 1712, saqueou a ilha de [Santiago], sendo por isso um homem prejudicial a esta ilha, e responsável pelas dissensões e más informações entre seus moradores e os navios que iam àqueles portos fazer refrescos, ao declarar os preços da terra e o estado de defesa das ilhas, o que levou a um Manuel Inglês, fazer imprudência na vila da Praia; sobre a necessidade de delegar-se num ministro a devassa sobre este particular e da assistência, na ilha de [Santiago], desse procurador; queixando-se dos procedimentos do ouvidor, Inocêncio Álvares da Silva, em relação aos termos de entrada e ancoragem dos navios estrangeiros na cidade da [Ribeira Grande] e vila da Praia, às cartas de despacho dadas aos seus capitães, ao provimento dos oficiais e à forma como vinha exercendo seu poder, intrometendo-se e usurpando sua jurisdição e competências, garantidas pelo seu regimento; e solicitando medidas punitivas para o ouvidor, Inocêncio Álvares da Silva.

CARTA do capitão e sargento-mor da ilha do Fogo, Caetano de Melo e Albuquerque, ao rei [D. João V] sobre as dissensões havidas com a Câmara da vila de S. Filipe e o governador de Cabo Verde, João Zuzarte de Santa Maria, em relação às competências e prerrogativas, entre um e outro, no provimento dos oficiais de Justiça, Fazenda e Guerra; aceraca dos acontecimentos ocorridos naquela capitania a respeito da nomeação de pessoas nos ofícios de escrivão da Câmara, Órfãos, Ausentes e tabelião do Judicial e Notas e mais ofícios anexos, que vagaram por deixação de Manuel Lopes de Fontes, ausente na Guiné, que envolveram os juízes Ordinários, Felipe Correia da Silva, Leão de Barros [de Andrade] e seus primos, Tomás Fernandes Vieira e Francisco Vieira, Tomé Lopes, o vigário [da freguesia] de São Lourenço, padre António Álvares de Faria e o tesoureiro da vila de São Filipe, padre Gaspar Gonçalves Afonso; acerca da participação do vereador e capitão, Luiz Rodrigues Jurge, do procurador, Fernando Rodrigues Dornalho e de Simão da Costa Fidalgo, também na causa do provimento de Manuel do Canto Teixeira, sobrinho do juíz, Felipe Correia da Silva, feito pelo governador, João Zuzarte de Santa Maria; queixando-se dos procedimentos, nesta matéria, do desembargador e ouvidor, Inocêncio Álvares da Silva; pedindo para se tomar providências para que o governador, João Zuzarte de Santa Maria, o deixasse usar das regalias para prover oficiais de Justiça, Fazenda, Guerra e postos de milícia, que os juízes e Câmara se abstivessem de intrometer nesses provimentos na medida em que suas competências não iam além de informar sobre os requisitos dos oficiais a prover, ficando advertidos não poderem servir, nem chamar para seus ministérios, pessoas que não tivessem provimento ou que não fossem providas por ele, e que as que viessem nomeadas pelo governador, não pudessem servir sem sua confirmação; e solicitando mais, para se esclarecer os governadores de que ele era capitão e sargento-mor da capitania do Fogo, e não capitão-mor ou sargento-mor da vila de São Filipe com a faculdade de um capitão-mor da vila da Praia.

CARTA do governador das ilhas de Cabo Verde, João Zuzarte de Santa Maria, ao rei [D. João V] sobre a provisão de 8 de Novembro de 1748, e relativa à carta de 20 de Maio de 1747, ordenando que a devassa que se mandou tirar, por ordens de 23 de Novembro de 1743 e 6 de Novembro de 1745, pelos juízes Ordinários da vila da Ribeira Brava, da ilha de São Nicolau, das desordens e descaminhos dos direitos reais que cometeram na ilha de Santo Antão, o capitão-mor, Francisco de Lima Melo e o escrivão do eclesiástico, Timóteo Sanches, bem como cartas, ordens e papéis que constassem dos procedimentos do dito capitão-mor, fossem entregues ao ouvidor geral, [Inocêncio Álvares da Silva], para proceder conforme justiça; e determinando mais, que o capitão-mor, Francisco de Lima Melo, fizesse a entrega de tudo o que dissesse respeito à Fazenda Real, o que cobrou do feitor da ilha de São Vicente, bem como os direitos da urzela, ao novo feitor, Manuel Gonçalves Barbosa, com declaração ao donatário da ilha, o marquês de Gouveia, [José Mascarenhas], que ficava proibida toda e qualquer venda da erva urzela, senão ao contratador do contrato; e que se escrevesse aos oficiais da Câmara da vila da [Ribeira Grande], da ilha de Santo Antão, que não consentissem nem admitissem servir como capitão-mor da dita ilha, por mais de três anos, sujeitos nomeados pelo donatário, sem que apresentassem carta patente de confirmação passada pelo Conselho Ultramarino com assinatura real.

CARTA do capitão e sargento-mor da ilha do Fogo, Caetano de Melo e Albuquerque, ao rei [D. João V] insistindo na desatenção de que era alvo por parte do vigário da [igreja] matriz, da [freguesia] de Nossa Senhora da Conceição, da vila de São Filipe, padre Manuel de Resende, por ocasião das cerimónias festivas, não lhe dando preferência, embora a satisfação pública que recebera do visitador, cónego Inácio Martins Gordo; acerca dos maus procedimentos desse vigário, na tentativa de desacreditá-lo perante os moradores, o Cabido da Sé de Cabo Verde e o governador [João Zuzarte de Santa Maria], com o intuito de expulsá-lo da ilha, mancomunando-se com os principais cabecilhas dos levantamentos ali ocorridos, envolvendo-se e apropriando-se da jurisdição secular e das prerrogativas que só a ele e ao governador pertenciam, como nos casos da prisão que mandara fazer pelo capitão António da Silva Barros, ao tesoureiro menor da bula, Sebastião Rodrigues Tavares, do mestre da capela, Mateus Duarte e outros, também na causa das contendas havidas na ilha Brava pela substituição do vigário dessa ilha, padre Manuel Barbosa Fiúza pelo padre Francisco Álvares da Cruz e que originaram parcialidades entre os moradores e das quais fora avisado pelo capitão mandante, Leonel Gonçalves da Costa; informando da pastoral que o mesmo padre, Manuel de Resende, enviara à ilha Brava proibindo seus moradores de andarem com armas sob pena de excomunhão e dois mil reis de condenação para a fabrica, da nobilitação que fazia dos oficiais novos, sem licença real, como fez com um escrivão do eclesiástico na freguesia dos Mosteiros, do provimento a soldado de cavalo da Companhia do capitão Duarte Gomes Leão, a Domingos de Andrade, ao mesmo tempo que tinha como escrivão, Francisco Monteiro Rabelo, e 4 meirinhos na ilha do Fogo, dois na vila de São Filipe, um na freguesia de S. Lourenço e outro nos Mosteiros; e apontando mais sobre os procedimentos do vigário, padre Manuel de Resende, como o de andar amancebado publicamente com a mulata Emerenciana, que fora escrava da sogra de Sebastião Rodrigues Tavares, e que aforrou para esse efeito e dela tinha dois filhos, e da sua casa servir como ponto de reunião dos levantados, seus opositores, onde reuniam os principais elementos como, Sebastião Rodrigues Tavares, Leão de Barros [de Andrade], Simão da Costa Fidalgo, Estevão Pereira de Matos, João Gomes Tavares, José Cláudio Mendes Rosado e o padre, Inácio Mendes Rosado.