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As instituições de assistência pública aparecem por inspiração cristã e desabrocham ao longo dos séculos, também sob a protecção da igreja. Regidas pelo compromisso, as irmandades e confrarias careciam da aprovação papal. São serviços desinteressados e disciplinados com base nos méritos morais de caridade realizados à sombra da Igreja. Os patronos tinham um papel fundamental, principalmente na administração dos bens.
A palavra asilo começou por ser utilizada no sentido de local de refúgio que permitia o direito de inviolabilidade a quem nele se recolhesse. A ideia de refúgio e de protecção continua a estar presente quando a palavra asilo começa aser aplicada à instituição de assistência, quer esta fosse destinada a doentes incuráveis, orfãos, viúvos indigentes ou idosos. É principalmente a partir do século XIX que a palavra asilo é mais utilizada vindo sustituir, principalmente, as designações: hospício, recolhimento e orfanato. De um modo geral os asilos pertencem às Misericórdias e são por elas administrados.
Da maior ou menor importância que foi sendo atribuída à mais pequena circunscrição administrativa-a freguesia ou paróquia- tem dependido a importância da respectiva junta. As atribuições e importância da junta de freguesia/junta de paróquiaforam, pois, variando conforme as tendências para a centralização ou descentralização administrativa e, também, com a evolução gradual, lenta, mas constante, das condições sociais e consequentemente da concepção sociológica da paróquia. Segundo Marcelo Caetano no Manual de Direito Administrativo, a junta de freguesia é o corpo administrativo da freguesia-isto é, o orgão gestor da autarquia local. Aquela, juntamente com as famílias representadas pelos respectivos chefes, constituem os orgãos da administração paroquial.
As misericórdias, vulgarmente referidas como criações genuinamente nacionais, instituidas para exercerem a caridade, sobretudo pela prática das 14 obras de misericórdia (7 espiriruais e 7 temporais), sempre tiveram a protecção do Rei e da Igreja e o apoio do povo em geral, com frequentes doações, testamentos e legados. Também o poder central e a legislação promulgada vieram, quese sempre, em seu abono.
Tal como as irmandades e confrarias, também as ordens religiosas cristãs foram instituições voltadas para o mundo da oração, da meditação e do bem fazer. São sociedades aprovadas pela legitima autoridade eclesiástica, cujos individuos unidos pelos mesmos votos de obedência, sacrifício e renúncia, oscilaram ao longo dos séculos entre o ascetismo extrmo e o ideal de vida mais facimente alcançável.