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OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a acusar a receção do Real Aviso de 18 de Abril, sobre a abertura do porto do Velho Calabar; informa que o grande porto de Bonÿ, foi aberto aos portugueses por Fernando José da Silva, caixa da negociação da sumaca galeão, da praça de Pernambuco e cujo mestre é Pedro José Ferreira; este porto torna-se mais vantajoso que o do Calabar, por ter comunicações com Oere, Benim, Onim e outras regiões de África, muito ricas em escravos e marfim; informa que o governo de Bonÿ, tem um rei com grande autoridade e poder, constando ter-se apoderado das imensas riquezas do filho do último rei, a quem usurpou a coroa; pelo contrário, no velho Calabar há um governo composto por 4 chefes, 2 dos quais tomam a qualidade de reis, não sendo mais que príncipes ou Grandes Cabeceiras, tendo os outros 2, o título de Duques, sendo os 4 tributários de um poderoso soberano que reside em distante região, o qual conserva um general numa terra distante 3 dias do Calabar, que tem o direito de receber os tributos dos chefes marítimos.
1810-10-15