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Registos dos autos de rematações das criações dos expostos da Cidade de Penafiel. Nos assentos é dito que se apregoou em praça pública diante do Juiz de Fora a criação de determinada criança que apareceu na Roda de Penafiel, abandonada na rua ou que é filha de pais sem condições económicas de as criar, quem oferecesse melhor preço ficaria encarregado da criação da dita criança. Os assentos contêm a informação seguinte: nome da criança, idade, nomes dos pais (se fossem conhecidos), local onde apareceu exposta, data do apregoamento, nome da ama, tempo de criação e pagamentos efetuados por estas criações.
Registos de entradas de crianças na Casa da Roda de Penafiel. Cada criança tinha o seu assento individual. Do livro 3 ao livro 7 a numeração era atribuída por dia de entrada, o que significava que podíamos ter mais que uma criança com o mesmo numero, a partir do livro 8 as crianças passam a ter uma numeração individual por ordem de entrada, e não por dia, e os assentos passam a ser mais completos contendo: nome da criança, data e hora da entrada, descrição da roupa e do enxoval, assim como dos sinais (estes sinais serviriam para a sua identificação, caso alguém os procurasse, e podiam ser pulseiras, fitas, fios com contas, medalhas, escapulários, bolsinhas etc.). Se a criança trouxesse bilhete ou escrito era transcrito para o assento de entrada, normalmente estes bilhetes informavam sobre a existência ou não de batismo e o nome que tinha ou deveria ter a criança, além desta informação identifica o local onde foi encontrado. No final de cada assento é descrita a data de batismo, nome dado ao exposto, nome dos padrinhos, nome de quem realiza a cerimonia e lugar. Todas as crianças eram batizadas “sub condition” mesmo que já tivessem sido batizadas. Nas margens: informações sobre saídas de expostos com o nome da ama, morada, data de saída, falecimentos, transferências, retornos de expostos à Roda, entrega de crianças aos pais, etc. Nestes assentos encontramos crianças expostas e não expostas, no caso das não expostas elas são admitidas por doença, morte ou extrema pobreza da mãe ou por algo que pudesse colocar em perigo a vida da criança. Numa primeira fase de 1810 até 1841 as crianças entram na Roda de Penafiel, mas são remetidas para a Roda do Porto. A partir de 1841 as crianças deixam de transitar para outras Rodas para serem entregues a amas de fora, começando neste período o funcionamento em pleno da Roda de Penafiel. A partir de janeiro de 1865, com o inicio de funções do Hospício, o abandono passa a ser considerado crime. Esta nova legislação reflete-se nos assentos: primeiro, deixa de designar-se “Roda” para se falar em “Hospício”, em segundo, as crianças passam a ser admitidas com guias (dos Regedores, dos administradores dos concelhos, entre outras entidades). Estas guias contêm o nome, morada e profissão de quem conduz a criança, que tem que prestar juramento sobre as informações transmitidas e informar se sabe algo sobre os pais ou expositores. A partir de janeiro de 1887 as entradas, além da numeração individual, passam a organizar- se por Séries, indo Penafiel até à 3ª Série. Nos livros podemos constatar que o movimento de crianças entre Rodas foi uma constante, e realizou-se sobretudo com: Roda do Porto, Roda de Amarante, Roda de Unhão e Roda de Lousada. Nos livros 22, 23, 24 e 25 anexados aos assentos, existem boletins de nascimento, boletins de casamentos, boletins de óbitos e averbamentos diversos. No livro 28 na fl 52 de 1926 fica a informação que o Hospício de Penafiel é extinta a 31 de maio de 1928, sendo a maior parte das crianças transferidas para o Internato Alves de Magalhães, Hospício do Porto, Escola Maternal e Escola Professional Feminina, Colonia Agrícola Ferreira Lapa e para a Escola de Vairão.
Registos de saídas de crianças da Casa da Roda de Penafiel para ficarem sob o cuidado de amas externas. Estes registos eram feitos de forma individual. A estrutura destes assentos alterou-se no tempo, do livro nº 2 até ao 11 existe um modelo impresso de preenchimento que continha a seguinte informação: nome da ama e do seu marido, morada, nome do expostos e nº de Entrada na Roda e ano, características físicas da ama, data de saída para a ama e pagamentos efetuados pela criação (leite ou de seco). A partir do livro 12 até ao 15 acresce a informação sobre o oficio do marido da ama, caraterísticas do exposto e número da ama. No livro 16 e 17 os pagamentos são divididos por trimestres. O livro 19 e 20 regista os expostos maiores de setes anos que se encontram ao cuidado das amas, e que são subsidiados em virtude da apresentação de atestado comprovativo da frequência nas escolas primárias. Nas margens temos informações sobre a sua criação, falecimentos e data de fim de criação.
Processos individuais das crianças admitidas no Hospício dos Expostos de Penafiel. Cada processo contém vários documentos relativos à admissão da criança, tais como guias, certidões e atestados das principais autoridades com competências relativamente a expostos (Regedores de Paróquia, Administradores de Concelho/Bairro e Câmaras Municipais, assim como a Polícia Municipal e Distrital). Os processos podem igualmente conter autos de investigação dos abandonos, certidões de baptismo , bilhetes de abandono e sinais de expostos (os bilhetes são pequenos escritos e os sinais pequenos objectos deixados com a criança no momento do abandono, para identificação futura). Os processos estão numerados segundo a ordem de entrada das crianças no ano, numeração que corresponde aos respectivos assentos nas Entradas.
Registo de óbitos dos menores desvalidos da Casa Hospício de Penafiel. Estes registos contêm as seguintes informações: data da inscrição do óbito na secretária da Casa Hospício, nome do diretor que registou esse óbito, o nome do menor, o seu numero de entrada, Livro, folha e série, a sua idade (em anos, meses e dias), a sua naturalidade, identificação do local e data onde foi inscrito o registo de nascimento, registo de filiação, causa de morte, data da mesma (dia, mês e anos) e onde foi sepultado.
Registos de batismos dos menores entrados no Hospício de Penafiel que não tivessem batismo, ou dos que não constasse registo oficial. Estes batismos eram realizados no mesmo dia em que as crianças eram admitidas ou no dia seguinte, constando destes assentos a seguinte informação: nº de admissão da criança e a série, nome de batismo, local e data do mesmo, indicação de quem apresentou a criança ( diretor do Hospício), de que forma tinha sido admitida ( provisória ou definitivamente), em que qualidade (se seria exposta ou não), nome dos padrinhos, seu estado civil e profissional, nome de quem realizou a cerimónia, e por fim a assinatura do celebrante e dos padrinhos. Estes batismos foram realizados na Igreja Matriz de Penafiel e o celebrante foi José Cerveira de Almeida.