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De inicío esta série designou-se por livros de notas, livros de registo dos instrumentos lavrados na nota do tabelião. Com a reforma de 1899 passa a designar-se por notas para actos e contratos entre vivos. Até 1900 é também aqui que se lavram os testamentos. Contém todo o tipo de escrituras públicas exepto as que por lei têm que ser lavradas em livro próprio. O Decreto nº 4170, de 30 de Abril de 1918, possibilita que os livros de notas para actos e contratos entre vivos sejam divididos em: a) livros de escrituras dos contratos de compra e venda, troca ou doação de bens imobiliários e quaisquer actos acessórios; b) livros de escrituras de sociedades comerciais e respectivas modificações, dissoluções, liquidação e partilhas; c) livros das escrituras dos demais actos e contratos. Esta permissão mantém-se nos códigos seguintes. O código de 1928 cria os livros de notas para actos e contratos entre vivos de valor inferior a 300$00, o Código de 1930 os livros de notas para actos e contratos de valor inferior a 500$00. Esta divisão de actos de valor determinado desaparece com o Código do Notariado em 1931. O Código do Notariado de 1935, estipula que os livros de notas podem ser desdobrados, conforme convier ao notário, indicando-se nos termos de abertura os actos e contratos a que cada um é destinado. Os livros devem também ter uma letra para além do número sequencial, que auxilia na identificação do livro. Este tipo de divisão termina por imposição do Código do Notariado de 1961, que permite o desdobramento dos livros de notas para escrituras diversas, em tantos quantos os julgados necessários pelo notário, mantendo-se a imposição de juntar um caracter alfabético ao número do livro.
Surge no Código de 1925 em que se prevê a sua existência, ainda que não como livro obrigatório, segundo o modelo que mais convier ao notário. Alguns índices foram feitos reportando-se aos livros mais antigos. Ao mesmo tempo também transparece a ideia que o Código sistematiza uma prática já existente.
Esta série é composta por livros denominados ìndices nos quais os notários iam averbando os actos que iam lavrando no seu dia a dia.
Este livros são um importante instrumento de pesquisa dado que reportam o dia e o mês em que as escrituras foram feitas; o nome dos intervenientes; a natureza do contrato e o livro do notário no qual a escritura se encontra lavrada e o número de fólios.
Série obrigatória depois da reforma de 1899. Nele devem constar todos os livros e mapas de documentos existentes nos cartórios de preferência com datas extremas de cada livro dos notários que os produzem.
Esta série tem início em 1844 com a designação de termos de abertura de sinais. A partir de 1928 é permitido o desdobramento dos livros em serviço interno. No código do Notariado de 1961 adopta a designação de abertura de sinais, finalmente o Código de 1995 simplifica a designação para livros de sinais. Surge pela necessiade de reconhecimento das assinaturas nas escrituras lavradas em cartório e mais tarde abrange outros documentos que obrigatóriamente têm que ter assinatura reconhecida. Assim, o cidadão registava em cartório a asinatura que utilizava em documentos oficiais. Esta série terminou em 1996, quando a lei passa a exigir, apenas, a apresentação do bilhete de identidade e assinatura presencial para o seu reconhecimento.
Série tornada obrigatória em 1844, com o nome de registo de instrumentos lavrados fora das notas, em que também se registavam as procurações desde que requerida pelas partes. Esta série passa a ser designada em 1900 por livros de quisquer outros registos por disposição da lei ou a requerimento das partes. É composta por todo o tipo de escrituras que não é realizado por escritura pública nas notas, ou pela entrega ao notário de documentos particulares que os interessados pretendam fazer registar. Em 1922, dividem-se as procurações e mais instrumentos por disposição da lei, do registo de documentos que as partes queiram arquivar, designação que se mantém até ao Código do Notariado de 1961 em que adopta a designação actual de registo de outros instrumentos avulsos e de documentos que os interessados pretendam arquivar.
No século XIX surge com a designação de registo de procurações avulsas. Não existe em todos os cartórios e apenas é mencionado na reforma de 1899. Em 1900 passa a integrar a série designada por livro de quaisquer outros registos por disposição da lei ou a requerimento dos interessados.
Pelo decreto nº 4170 de 30 de Abril de 1918, as procurações para contrair ou confessar dívidas, assinar letras afiançar e hipotecar ou alienar bens imobiliários serão registadas em livro competente. O Código de 1928 estabelece que aqui serão "sempre exarados os instrumentos das procurações e substabelecimentos que tenham por fim retirar os testamentosdos arquivos testamentários ou notariais, e assim também os que foram outorgados para algum dos fins designados no artigo 196º. e cujos outorgantes os não possam ou não queiram escrever." Artº 196. "os instrumentos ou substabelecimentos com poderes para livre e geral administração civil ou gerência comercial, bem como para confessar acções, deistir de pleitos ou sobre eles transgredir, contrair casamento, contrair ou confessar dívidas, assinar letras e cheques, prestar fiança, hipotecar ou alienar bens imobiliários, fazer partilhas ou divisões...". Esta série desaparece com o Código Notarial de 1931.
Esta série é autonomizada das notas para actos e contratos entre vivos pela reforma de 1899, com a designação de notas para testamentos públicos e doações para depois da morte. Em 1900 passa a designar-se por notas para testamentos públicos, com o Código do Notariado de 1961, adopta-se a designação de notas para testamentos públicos e para escrituras de revogação de testamento.
Série que surge em 1928, com a designação de apresentação de letras a protesto. Para além do registo do protesto de letras, surge o registo da apresentação dos protestos. Nele constam a data da apresentação, quem a faz, o nome do devedor, o valor da letra e a data em que se comunicou a esta último a falta de pagamento da letra. A partir do Código do Notariado de 1961, a série passa a ter a designação de protestos de titulos de crédito, e inclui o registo dos instrumentos de protesto.