Escritura de partilhas amigáveis e de doação onerosa, feita na vila de Ílhavo, Rua do Curtido de Cima, residência de Manuel Francisco Faúlho Rasoilo, entre Luísa de Jesus Deusa, viúva de José Francisco Faúlho Rasoilo, proprietária, aqui residente, e seus filhos e noras: aquele Manuel Francisco Faúlho Rasoilo e mulher Rosa Borges de Almeida, proprietários, aqui residentes, e Bernardo Rasoilo e mulher Maria Emília Rodrigues do Sacramento, negociantes e proprietários, moradores na vila de Ílhavo. Foram feitas as partilhas do marido, pari e sogro dos outorgantes José Francisco Faúlho Rasoilo, morador que foi na vila de Ílhavo, divindo-se os bens em 2 meações iguais, uma para a outorgante viúva, como meeiro do casal, e outra subdividida em 2 quinhões iguais e distribuída pelos outros herdeiros. Luísa de Jesus Deusa ficava com: um pinhal e seu terreno, na Castelhana, conhecido pelo Pinhal do Platão, confronta do norte com vários consortes e do sul com caminho público; um pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, conhecido pelo Pinhal do Melício, confronta do norte com Manuel Bernardo Balseiro e do sul com Lourenço Batatum, das Quintãs; outro pinhal e seu terreno, nas Quintãs de Ílhavo, que parte do norte com vários consortes e do sul com Manuel Nunes de Oliveira Pio, da vila de Ílhavo; uma terra lavradia, no Cabecinho, entre a Legua e o Bonsucesso, confronta do norte com Luísa Gonçalves Saltão, da Coutada, e do sul com caminho público; uma terra lavradia, na Chousinha, a confrontar do norte com José Gonçalves dos Anjos e do sul com Rosa Pequena, ambos da vila de Ílhavo; uma vessada de terra lavradia, na Chousa Velha, a confrontar do norte com vários consortes e do sul com herdeiros de Manuel Remígio, da vila de Ílhavo; um armazém e terrenos contíguos, dos lados sul e poente, na Gafanha, junto à ria e estaleiro da Gafanha, que parte do norte com caminho público e do sul com servidões de prédios; metade de uma marinha de fazer sal, no esteiro da “Vila Arada” denominada “Mourôasinha”, comum e pro indiviso com Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, que confronta toda do norte e nascente com o mesmo Alberto e do sul com o esteiro da vila Arada; uma morada de casas altas de habitação, na Rua Serpa Pinto, da vila de Ílhavo, a confrontar do nascente com viúva ou herdeiros de António João Bio, do norte e sul com vielas de consortes e do poente com a dita rua; um prédio composto por diferentes casas térreas, pátio, quintal com árvores de fruto e poços, nas Vielas da Mónica, Salvador e Conde, da vila de Ílhavo, a confrontar todo este prédio do norte com vários consortes e residência paroquial, do sul com a Viela do Conde e vários consortes, do nascente com a levada de água e do poente com vários inquilinos, todos estes bens de natureza alodial. Bernardo Rasoilo e esposa Maria Emília Rodrigues do Sacramento ficavam com: um pinhal e seu terreno, nos Moitinhos, confronta do norte com Gabriel António da Ana e outros e do sul com herdeiros de José de Oliveira da Velha, de Alqueidão; um pinhal e seu terreno, denominado Pinhal das Nascentes, na Quinta do Marieiro, que parte do norte com herdeiros de João Esmerado, dos Moitinhos, e do sul com Maria Ferreira das Neves, da Gafanha; metade (do lado nascente) de um pinhal e seu terreno, na Presa de Ílhavo, que confronta todo do nascente com herdeiros de José Gonçalves Sarrico, de Verdemilho, do poente com herdeiros de António da Rocha Deus, da vila de Ílhavo, do norte com servidão de consortes e do sul com Manuel Marques de Almeida Bastos; uma vessa de terra lavradia, no Passadouro, que parte do norte com vala de água, do sul com herdeiros de Luís André Patoilo, de Cimo de Vila; uma terra lavradia, nos Moitinhos, que parte do norte com Júlio da Costa e do sul com Joana Guerra; outra terra lavradia, na Chousa do Agostinho, que parte do norte com José António Morgado o Calvo, da Legua, e do sul com caminho público; outra terra lavradia, na Chousa Nova, que parte do norte com Francisco Nunes Pinguelo Cavaz, do Bonsucesso, e do sul com Manuel Gonçalves Andril, do mesmo lugar; outra terra lavradia, na Chousa Nova, que confronta do norte com caminho público e do sul com Manuel Gonçalves Andril e outro; outra terra lavradia, no Corgo da Coutada, que parte do norte com Francisco Camponês e do sul com António Augusto Amador, das Ribas; outra terra lavradia, nas Ramalhôas, que confronta do norte com o doutor José Gonçalves Vieira Malaquias e do sul com António João Ruivo; outra terra lavradia, nos Arieiros da Coutada, que parte do poente com caminho de consortres e do sul com herdeiros de José Gonçalves Sarrico, de Verdemilho; um palheiro ou casa de madeira, na Malhada de Ílhavo, que parte do norte com o menor Horácio, filho de José Marques, e do sul com José Francisco Corujo, da vila de Ílhavo; um domínio direto com o foro de 70,5 l de milho branco anuais, imposto numa terra lavradia, no Camarnal, que confronta a norte com D. Maria Clara dos Anjos e do sul com D. Vitória da Natividade, do qual era enfiteuta Luísa dos Santos, moradora no Camarnal, sendo todos os bens de natureza alodial. Manuel Francisco Faúlho Rasoilo e esposa ficavam com: um pinhal, denominado Pinhal da Senhora da Conceição, na Quinta do Marieiro, com o seu terreno, que confronta do norte com Maria Ferreira das Neves, da Gafanha, e do sul com Pedro Fernandes da Silva; metade (do lado poente) de um pinhal e seu terreno, na Presa de Ílhavo, a confrontar todo do norte com servidão de consortes, do sul com Manuel Marques de Almeida Bastos, do nascente com herdeiros de José Gonçalves Sarrico, de Verdemilho, e do poente com herdeiros de António da Rocha Deus, da vila de Ílhavo; uma terra lavradia, na Presa de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho de consortes e do sul com João Batista Madaíl; outra terra lavradia, nas Quintãs de Ílhavo, a confrontar do norte com João António da Graça e do sul com João Barros o Serralheiro, das Quintãs; outra terra lavradia, na Chousa do Fidalgo, a confrontar do norte com Francisco da Silva e do sul com José Nunes Coelho, ambos do Bonsucesso; outra terra lavradia, na Chousa Nova, que confronta do norte com viúva de António Cerca e outros, e do sul com Manuel António Santo e Rosa Pequena, da vila de Ílhavo; outra terra lavradia, nos Aidos da Coutada, confronta do norte com Manuel dos Santos Batel e do sul com João António da Graça; outra terra lavradia, na Malhada do Eiro, a confrontar do norte, nascente e poente com os caminhos da dita Malhada e do sul com Manuel Tavares de Almeida Maia; uma terra lavradia, nas Russas, que parte do norte com regueira de consortes e do sul com outra regueira e caminho de consortes; o terreno que foi de um palheiro, na Rua da Malhada de Ílhavo, que parte do norte com Cristóvão Domingos Magano e do sul com Luís Francisco Capote o Teiga, da vila de Ílhavo; o domínio direto com o foro de 78 l de milho branco e uma galinha, imposto numa terra lavradia, nas Chousas do Fidalgo, a qual confronta do norte com António Francisco Poupa e outro, do Bonsucesso, e do sul com Gabriel Justiça, da Quinta do Picado, de que eram enfiteutas os herdeiros de Manuel Francisco Poupa, do Bonsucesso, sendo todos os bens de natureza alodial e do limite da freguesia de Ílhavo. A primeira outorgante decidiu doar a seus filhos a sua meação em partes iguais. Bernardo Rasoilo e esposa ficavam com: um pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, conhecido pelo Pinhal do Melício; metade (do lado norte) do armazém e terrenos contíguos, do lado poente, na Gafanha, confrontando nesse lado com José Francisco Sarabando o Bexina, por onde tinha 2,30 m de largura; a quarta parte de uma marinha de fazer sal, no esteiro da “Vila Arada” denominada “Mourôasinha”; uma morada de casas altas de habitação, na Rua Serpa Pinto, da vila de Ílhavo; um prédio composto por diferentes casas térreas, pátio, quintal com árvores de fruto e poços, nas Vielas da Mónica, Salvador e Conde, da vila de Ílhavo, tendos estes bens o valor de 740.000 reis. Manuel Francisco Faúlho Rasoilo e esposa ficava com: um pinhal e seu terreno, na Castelhana, conhecido pelo Pinhal do Platão; outro pinhal e seu terreno, nas Quintãs de Ílhavo; uma terra lavradia, no Cabecinho, entre a Legua e o Bonsucesso; uma terra lavradia, na Chousinha; uma vessada de terra lavradia, na Chousa Velha; metade (do lado sul) do armazém e terrenos contíguos, do lados sul e poente, na Gafanha, tendo pelo poente, a contar da parede, 2,30 m no comprimento da dita metade e todo o terreno restante do lado sul até à servidão, acompanhando a linha reta do terreno já doado áqueles outros outorgantes; a quarta parte de uma marinha de fazer sal, no esteiro da “Vila Arada” denominada “Mourôasinha”, sendo o valor destes bens de 740.000 reis. Os donatários (marido e mulher como sendo 1) eram obrigados a tratar bem da doadora, a dar-lhe mensalmente 500 reis. Foram testemunhas João da Rocha Carola, casado, oficial de diligências do juízo de direito de Aveiro, onde residia, assinando pela outorgante viúva, Domingos Pereira Ramalheira, casado, alquilador, e João Nunes Pinguelo Cavaz, casado, lavrador, ambos moradores na vila de Ílhavo.