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Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, sendo o testador o reverendo padre José Nunes Valente, solteiro, presbítero secular, natural e residente na vila de Ílhavo (Rua Nova). Desejava o testador que se fizesse o seu funeral e mais sufrágios conforme o uso da sua freguesia e que se rezassem missas por sua alma e pelos seus familiares e outros. Instituía como sua herdeira universal de todos os seus bens a sua criada Maria Rosa de Jesus, solteira, filha de seu primo José da Rocha Troloró o Zêta, morador na Chousa Velha da freguesia de Ílhavo, a quem nomeava como sua testamenteira. Foram testemunhas Procópio José de Carvalho, viúvo, proprietário, Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, José Fernandes Matias, solteiro, marítimo, e Manuel Soares da Silva, solteiro, cocheiro, todos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a credora Felicidade Batista de Oliveira, proprietária, moradora na vila de Ílhavo, à Rua do Alto da Bandeira, mulher do capitão de marinha mercante João de Oliveira Quininha, da vila de Ílhavo, e a devedora Joana dos Santos Capela, lavradora, residente na vila de Ílhavo, por si e como procuradora de seu marido Manuel António Santo, da vila de Ílhavo, ausente para os Estados Unidos do Brasil. Foi emprestada a quantia de 350.000 reis, com um juro anual de 6,5%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam uma terra lavradia, no Camarnal de Cima, limite de Ílhavo, a confrontar do norte com João Nunes Ramos Manica Júnior, do sul com o doutor Manuel Maria da Rocha Madaíl, do nascente com Tomé Simões e outros, todos da vila de Ílhavo, e do poente com a levada de água. O prédio era de natureza de prazo, foreiro em 400 reis anuais à Irmandade do Santíssimo e Almas de Ílhavo, valia 600.000 reis deduzido o encargo do foro e rendia anualmente 18.000 reis. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, morador na vila de Ílhavo, assinando pela devedora procuradora, José Maria Cândido da Silva e José Fernandes Pinto, ambos casados, sapateiros, moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de doação pura e simples, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, com o doador Manuel da Rocha Braz, solteiro, proprietário, de maior idade, natural e residente na vila de Ílhavo. O doador doou a João Simões Teles, menor impubere, residente na Rua Direita de Vila Nova de Gaia, onde se aplicou à vida comercial, filho de seu falecido sobrinho Manuel Simões Teles e mulher Maria Gonçalves de Jesus, da vila de Ílhavo, um pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, próximo às Quintãs de Ílhavo, freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com estrada que vai para as Quintãs, do sul com vários consortes, do nascente com Luís Francisco da Picada, das Ribas da Picheleira e outro e do poente com Luís Nunes do Couto, da vila de Ílhavo, ausente para os Estados do Brasil. O prédio era alodial, pertencia ao doador por compra que tinha feito muitos anos atrás da data da escritura a João Traiçoado e mulher, da vila de Ílhavo, falecidos, rendia anualmente 1.800 reis e valia 60.000 reis. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, morador na vila de Ílhavo, assinando pelo doador, José da Rocha Ribeiro Júnior, casado, lavrador, morador no Bonsucesso, freguesia das Aradas, e Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, morador na vila de Ílhavo.
Escritura de dispensa de colação e doação inter vivus, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre os doadores Cipriano Francisco Neto e mulhr Teresa de Jesus, lavradores, residentes na Rua Cega de São Bernardo, freguesia de Nossa Senhora da Glória das cidade de Aveiro, e o donatário, filho dos doadores, António Francisco Neto, solteiro, lavrador, residente no mesmo lugar na companhia dos doadores. Os doadores tinham pago pelo donatário a quantia de 162.000 reis para a sua substituição do serviço militar, 15 ou 16 anos antes da data da escritura. Os doadores tinham, por legítima de seu sogro e pai Manel Rodrigues Branco, morador que foi em São Bernardo, um assento de casas térreas, onde viviam, com pátio, abegoarias, aido lavradio contíguo, eira e casa da eira, na Rua Cega, de São Bernardo, a confrontar todo o prédio do norte com sua cunhada e irmã Ana de Jesus, viúva, do sul com servidão de vários inquilinos, do nascente com a estrada distrital n.º 71 e do poente com Tomé Simões Maio Refugo, de São Bernardo, sendo alodial. Os doadores dipensavam o pagamento da quantia de 162.000 reis que o donatário lhes devia, fazendo, por conta da terça dos doadores, doação dessa quantia já paga e de parte do prédio, compreendendo todo o assento de casas, pátio, abegoarias e aido lavradio contíguo, até à direção do fim da eira, pelo lado sul, confrontando por este lado com a restante parte do aido, a qual restante parte (a do dim da eira para o sul) ficava pertencendo aos doadores. O valor total da doação era de 500.000 reis (162.000 reis e 338.000 reis da propriedade). Os doadores reservavam para si o usufruto vitalício do prédio doado. O donatário obrigava-se a tratar bem dos doadores. Foram testemunhas Alexandre Carlos Bingre, casado, carpinteiro, morador na vila de Ílhavo, assinando pelo doador, Joaquim Marques da Margarida, casado, artista na fábrica da Vista Alegre, morador na vila de Ílhavo, assinando pela doadora, Egídio Cândido da Silva, casado, alfaiate, e Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador José Simões Pachão, casado, proprietário, morador em Verdemilho, freguesia de São Pedro das Aradas, e os vendedores José da Costa Ferraz, artista na fábrica da Vista Alegre, e esposa Maria Vieira da Rosa, governanta de casa, da mesma freguesia, moradores na Chousa Velha, da mesma freguesia. Foi comprada uma terça parte de uma terra lavradia, no Crasto, em Verdemilho, a confrontar do norte com Francisco Nunes de Paiva, de Verdemilho, e com Manuel Tavares de Almeida Maia, da vila de Ílhavo, do sul com caminho público, do nascente com seu cunhado e irmão Diamantino, e do poente com o comprador, sendo a parte do lado nascente do prédio n.º 13173 da conservatória de Aveiro, folhas 28 do livro B, 38 onde foi desanexada). O prédio era alodial, pertencia aos vendedores por troca com seu cunhado e irmão Acácio Rosa, de Verdemilho, e foi comprado por 100.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, e Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de doação onerosa, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a doadora Rosa da Silva, viúva de Manuel Sarabando, e os donatários, filhos, genros e noras da doadora: José Sarabando Novo e mulher Maria da Silva, Ana de Jesus e marido José dos Santos Martinho Novo, Manuel Joaquim Sarabando e mulher Clara de Jesus, todos moradores na Gafanha de Além, da freguesia de Ílhavo, seareiros. José Sarabando Novo e mulher ficavam com: a terça parte (a primeira a contar do norte) de um aido lavradio, na Gafanha, freguesia de Ílhavo, no local denominado “Agueiro”, a confrontar todo o aido do norte com caminho público, do sul com Manuel José Ribau, do nascente com caminho de consortes e do poente com Manuel José Nunes, sendo alodial e tendo uma pequena casa em fraco estado, na qual a doadora continuaria a habitar, encostada a uma outra casa já pertencente ao seu filho José; e metade (do lado norte) de um pousio com alguns pinheiros, nas Covas, na Gafanha de Além, a confrontar toda a terra do norte com caminho público, do sul com João Rito, do nascente com Jacinto Pava Novo e do poente com José dos Santos, todos da Gafanha, sendo alodial, sendo o valor total destes bens 16.000 reis. Ana de Jesus e marido ficavam com: a terça parte (a do meio) do aido lavradio, no Agueiro, já todo confrontado; e metade (a do sul) do pousio com alguns pinheiros, nas Covas da Gafanha, já confrontado, sendo o valor total destes bens de 16.000 reis. Manuel Joaquim Sarabando e mulher ficavam com: a terça parte (a primeira do sul) do aido lavradio, no Agueiro, já confrontado; um pequeno bocado de pousio e pinheiros, nas Covas, a confrontar do norte com João Rito e do sul com Jacinto Pata Novo, sendo alodial; um pequeno bocado de pousio e pinheiros, ao poente daquele, no mesmo Casal das Covas, a confrontar do norte com caminho público e do sul com Sebastião Lourenço, sendo alodial; e um pequeno bocado de pousio com alguns pinheiros, na Crasta, acima da Marinha Velha, sendo alodial, a confrontar do norte com João Vilarinha, do sul com João Ribau, ambos da Gafanha, tendo estes bens o valor de 16.000 reis. Os donatários obrigam-se a pagar à doadora, no dia de São Miguel de cada ano, 120 l de milho bom, 40 l de feijão bom, 60 l de batatas, 100 achas secas e 3.000 reis. A doadora podia continuar a viver na pequena casa referida acima. Os donatários obrigavam-se a tratar bem da doadora. Se algum dos donatários não cumprisse as suas obrigações, a doadora podia tomar posse dos bens doados a esse donatário. Foram testemunhas David Pereira da Silva, casado, alfaiate, morador na vila de Ílhavo, assinando pela doadora, João Pinto de Sousa, solteiro, barbeiro, morador na vila de Ílhavo, assinando por José Sarabando Novo e mulher, Abel Augusto de Almeida, casado, sapateiro, morador na vila de Ílhavo, assinando por Ana de Jesus, José Simões Pachão, casado, proprietário, morador em Verdemilho, freguesia de Aradas, assinando por Manuel Joaquim Sarabando e mulher, José Maria Cândido da Silva, e Alexandre de Oliveira, ambos casados, sapateiros, moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, com o comprador José Nunes Eugénio, casado, lavrador, e os vendedores José da Rocha Ribeiro Júnior e mulher Maria de Jesus, lavradores, todos residentes no Bonsucesso, freguesia de São Pedro das Aradas. Foi comprada uma leira de terra lavradia, na Chousa Nova, na freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho de consortes, do sul com Pedro Canito, dos Moitinhos, do nascente com viúva ou herdeiros de António Girio, da Legua, e do poente com seu irmão e cunhado Amândio da Rocha Ribeiro, do Bonsucesso. O prédio era alodial, pertencia aos vendedores por legítima de sua mãe e sogra e foi comprado por 51.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, morador na vila de Ílhavo, assinando pelo comprador, Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, morador na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, José maria Cândido da Silva e José Fernandes Pinto, ambos casados, sapateiros, moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de partilhas amigáveis, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeiro outorgante Henrique Vieira da Trindade, viúvo, proprietário, morador no lugar da Carvalheira, da freguesia de Ílhavo, como procurador de seu filho Manuel Vieira da Trindade, viúvo, negociante, residente na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, Estados Unidos do Brasil, e a segunda outorgante Luísa Nunes, sogra do ausente, viúva de Manuel Nunes Sapateiro, governanta de casa, moradora em Vale de Ílhavo de Cima, da freguesia de Ílhavo. Foram feitas as partilhas da esposa do ausente, filha da segunda outorgante, Emília Nunes, casada com aquele Manuel Vieira da Trindade. Os bens foram divididos em 2 meações, uma para o viúvo, como meeiro do casal, outra para a segunda outorgante, sendo os bens a partilhar 2 pinhais e seus terrenos, um no Pessegal, próximo a Vale de Ílhavo, outro no Vale do Forno, freguesia de Soza, concelho de Vagos, avaliados em 22.500 reis cada um. Manuel Vieira da Trindade, representado pelo primeiro outorgante ficava com o pinhal do Pessegal, a confrontar do nrote com Manuel Ferreira Gordo, da Chousa Velha e do sul com Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, no valor de 22.500 reis, sendo alodial. Luísa Nunes ficava com o outro pinhal e seu terreno em Vale do Forno, freguesia de Soza, sendo alodial, não confrontado por ser bem conhecido, em igual valor de 22.500 reis. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, morador na vila de Ílhavo, assinando pela segunda outorgante, António da Silva Bento, casado, negociante, e António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de dissolução de sociedade, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o Ilustríssimo Augusto de Oliveira Pinto, viúvo, proprietário, e seu filho Albino de Oliveira Pinto, casado, proprietário, ambos moraodres nas Ribas da Picheleira, da freguesia de Ílhavo, José Ançã Júnior, viúvo, proprietário, morador na vila de Ílhavo, José Pinto Fernandes Romeira e irmão Manuel Pinto Romeira, ambos casados, proprietários, moradores nas Castanheiras, freguesia de Esmoriz. Foi constituída uma companha de pesca por escritura do tabelião de Aveiro Fortuna de 1897/04/11, com sede na Costa Nova do Prado da freguesia de Ílhavo, sob a denominação “Ançã & Companhia”, com o fim da exploração da indústria da pesca por meio de redes de arrastar, pertencendo cada um a quarta parte a Augusto de Oliveira Pinto, Albino de Oliveira Pinto e José Ançã Júnior, sendo a restante parte (2 oitavos) pertencente aos outros 2 outorgantes em partes iguais. Os outorgantes de comum acordo dissolviam a sociedade a partir da data da escritura, ficando Augusto de Oliveira Pinto com o valor de 830.000 reis, compreendendo palheiros, barcos, tedes, aparelhos e mais utensílios, Albino de Oliveira Pinto com o mesmo valor, compreendendo na mesma espécie, Ançã Júnior com igual valor em cordas, redes e utensílios, e José Pinto Fernandes Romeira e Manuel Pinto Romeira 415.000 reis a cada um, compreendendo também cordas, redes, barcos e utensílios. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, e Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, morador na vila de Ílhavo, na qualidade de tutor e legal administrador de seus sobrinhos, menores puberes, Manuel dos Santos Chuva e irmã Maria, filhos de sua irmã Maria Rosa e marido José dos Santos Chuva, falecidos, da vila de Ílhavo, os devedores Manuel Nunes Pelicas, marítimo, e mulher Joana de Jesus Miôta, governanta de casa, moradores na vila de Ílhavo, e os fiadores , sogros e pais dos devedores, António Fernandes Matias, marítimo, e mulher Maria de Jesus Miôta, governanta de casa, moradores na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 200.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam uma casa térrea, com pátio, na Rua do Espinheiro (ou Rua “João de Deus”) da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com José António Paradela, do sul com António Laracha, do nascente com Manuel Raposo, todos de Ílhavo, e do poente com viela de consortes. O prédio era alodial, valia 150.000 reis e rendia anualmente 5.000 reis. Foram nomeados fiadores, que hipotecavam um assento de casas térreas, onde viviam, com seu pequeno pátio contíguo e poço, na Viela do Chocha, da Rua do Espinheiro da vila de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Manuel Marques de Carvalho, do sul e poente com José Campino e do nascente com Alexandre Maria Neves, todos da vila de Ílhavo. O prédio era alodial, valia 400.000 reis e rendia anualmente 12.000 reis. Foram testemunhas Manuel Gomes dos Santos Regueira, casado, artista na fábrica da Vista Alegre, morador na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, João Francisco Grilo, casado, marítimo, morador na vila de Ílhavo, assinando pelos fiadores, João Gomes dos Santos Regueira, solteiro, negociante, e António Maria de Miranda, solteiro, pintor, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de caução por meio de hipoteca, feita na vila de Ílhavo, secretaria da administração do concelho de Ílhavo, entre o primeiro outorgante o Excelentíssimo José Clemente Ribeiro, casado, administrador do concelho de Ílhavo, e os segundos outorgantes José Cândido dos Santos Carrancho e mulher Luísa da Conceição Chuva, seareiros, todos moradores na vila de Ílhavo. O cunhado e irmão dos segundos outorgantes João da Rocha Deus Júnior, solteiro, de 22 anos, filho de João da Rocha Deus e mulher Maria Chuva, da vila de Ílhavo, pretendia ausentar-se para os Estados do Brasil. Por tal caso, e pelo mesmo ser mancebo, sujeito às disposições do serviço militar, os segundos outorgantes vinham apresentar uma caução por meio de hipoteca a favor da Fazenda Nacional, conforme a lei em vigor. A caução produzia os seus efeitos enquanto o mancebo fosse sujeito ao serviço militar, como soldado de segunda reserva, pertencente ao contingente de 1896 por Ílhavo. A caução para o mancebo gozar de plenos direitos era a quantia de 250.000 reis, hipotecando, para tal, os segundos outorgantes um assento de casas térreas, onde viviam, com aido lavradio contíguo, pátio, eira e poço, na Rua Nova da vila de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Maria Joana Borda de Água, viúva, do sul com Luís Anacleto e mulher, todos da vila de Ílhavo, do nascente com rua pública, e do poente com Manuel Francisco Marieiro Júnior, do Corgo Comum. O prédio era alodial, valia 500.000 reis, rendia anualmente 15.000 reis e pertencia aos segundos outorgantes, parte por legítima e doação de seus pais e parte por compra a seus irmãos e cunhados. O primeiro outorgante aceitava a caução. Foram testemunhas Manuel de Oliveira Vidal, viúvo, soldado reformado da guarda fiscal, morador na vila de Ílhavo, assinando por José Cândido dos Santos Carrancho, e Joaquim Carlos Bingre, casado, tamanqueiro, morador na vila de Ílhavo, assinando por Luísa da Conceição Chuva, José Maria Salgado, casado, carpinteiro, e Bernardo Rasoilo, casado, negociante, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Nunes Pelicas, casado, marítimo, e os vendedores Manuel dos Santos Bodas, carpinteiro e mestre de obras e mulher Ana da Conceição Pata, governanta de casa, todos moradores na vila de Ílhavo. Foi comprada uma casa térrea, em fraco estado, com pátio contíguo, na Rua do Espinheiro, ou Rua “João de Deus”, da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com José António Paradela, do sul com António Laracha, do nascente com Manuel Raposo, todos da vila de Ílhavo, e do poente com viela de consortes. O prédio era alodial, tinha sido construído em terreno de casas demolidas e compradas pelo doutor Calisto Ferraz a João Soares de Azevedo e mulher Ana Marmela, José Joaquim Vaz Júnior e mulher, e José Gonçalves Chocha e mulher, pertencia aos vendedores por compra a Albino de Oliveira Pinto e esposa, das Ribas da Picheleira da freguesia de Ílhavo e foi comprado por 55.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Francisco Maria da Silva, casado, artista na fábrica da Vista Alegre, morador na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, Vasco José de Magalhães, morador na Chousa Velha da freguesia de Ílhavo, e Álvaro Marcos Quaresma, morador na vila de Ílhavo, ambos casados, artista na fábrica da Vista Alegre.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Joaquim Rodrigues Valente, casado, proprietário, e os devedores João da Conceição, carpinteiro e mulher Ana Maria da Silva, governanta de casa, todos moradores no lugar e freguesia de São Pedro das Aradas, concelho de Aveiro. Foi emprestada a quantia de 125.000 reis, com um juro anual de 7%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam umas casas térreas e altas, com aido de terra lavradia contíguo, onde viviam, no local onde chamam “As Leirinhas de Arada”, da freguesia de São Pedro das Aradas, a confrontar tudo do norte com Pedro da Cruz Martinho, do sul com José Gonçalves da Vitória, do nascente com levada de águas e do poente com caminho de servidão, valia em 200.000 reis, rendia anualmente 6.000 reis. Foram testemunhas Paulo Nunes Guerra, casado, marítimo, morador na vila de Ílhavo, assinando pelos devedores, José Fernandes Pinto, casado, sapateiro, e Joaquim Simões Ramos, casado, empregado da companhia de máquinas “Singer”, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Manuel Luís da Silva, solteiro, alfaiate, e a devedora Maria Rosa de Jesus, viúva de João da Silva Branco, padeira, ambos moradores em Vale de Ílhavo de Cima da freguesia de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 150.000 reis, com um juro anual de 7%, vencido desde a data da escritura. A devedora hipotecava um prédio composto por casa e azenha de fazer farinha, com vessada e um bocado de pinhal e seu terreno, tudo contíguo, na Quinta do Gurito, freguesia de Soza, concelho de Vagos, a confrontar do norte com servidão de consortes, do sul com João António Santo, do nascente com servidão de consortes e do poente com Luís da Rocha Marcelino, de Vale de Ílhavo de Cima. O prédio era de natureza de prazo, foreiro ao Morgado de Ferminhão em 66 l de trigo galego anuais, valia 500.000 reis deduzido o encargo do foro, rendia anualmente 15.000 reis e pertencia à devedora por meação por óbito de seu dito marido. Foram testemunhas Manuel Soares da Silva, solteiro, cocheiro, morador na vila de Ílhavo, asinando pela devedora, Calisto do Bem Barroca, viúvo, tamanqueiro, e Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor José Fernandes Preceito, casado, proprietário, morador na vila de Ílhavo, e a devedora Rita Esmerada, casada, negociante, moradora na vila de ?havo, por si e como procuradora de seu marido Francisco São Marcos, marítimo, ausente para os Estados do Brasil, a borda da barca portuguesa “Tentadora”. Foi emprestada a quantia de 200.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam uma morada de casas sobradadas, no largo do Oitão, da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com o dito largo e com beco de consortes, do sul e poente com Henriqueta Esmerada, viúva, irmã da devedora, e do nascente com o Largo do Oitão. O prédio pertencia aos devedores por compra aos herdeiros de Fernando José Saraiva, da vila de Ílhavo, por escritura deste tabelião de 1898/03/05, era de natureza de prazo, foreiro ao senhor Pedro Couceiro da Costa, viúvo da vila de Ílhavo, em 6.300 reis anuais, valia 300.000 reis deduzido o encargo do foro e rendia anualmente 10.000 reis. Foram testemunhas José Fernandes Pinto, casado, sapateiro, morador na vila de Ílhavo, e Manuel Luís da Silva, solteiro, alfaiate, morador em Vale de Ílhavo de Cima, da freguesia de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Francisco Simões Ratola, do Bonsucesso, casado, proprietário, e o devedor José Nunes do Couto, viúvo, lavrador, morador na Legua de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 160.000 reis, com um juro anual de 5%, vencido desde a data da escritura e pago um ano depois da mesma, numa periodicidade anual. Caso o pagamento não fosse feito num prazo de 15 dias depois do estipulado, acrescia um juro de 5% sobre o capital. O devedor hipotecava uma terra lavradia, no Cabecinho, limite da Legua, freguesia de Ílhavo, sendo alodial, a confrontar do norte com José Gonçalves dos Anjos, do sul com José da Rocha Troloró, ambos de Ílhavo, do nascente com estrada pública e do poente com a levada das azenhas das Ribas, valia 150.000 reis e rendia 5.000 reis e uma terra lavradia, no Corgo, limite do mesmo lugar e freguesia, sendo alodial, a confrontar do norte com Tomé de São Marcos, da Legua, do sul com José Gonçalves dos Anjos, de Ílhavo, do nascente com estrada pública e do poente com a levadas das azenhas das Ribas, valia 150.000 reis e rendia anualmente 5.000 reis. Foram testemunhas José Maria Cândido da Silva e José Fernandes Pinto, ambos casados, sapateiros, moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Francisco Nunes Pinguelo Cavaz, casado, lavrador, residente no Bonsucesso, freguesia das Aradas, e a vendedora Maria da Conceição, ou Maria da Conceição Cavaz, lavradora, residente na Legua, da freguesia de Ílhavo, por si e como procuradora de seu marido Manuel da Cruz Faustino, ausente nos Estados Unidos do Brasil. Foi comprada uma terra lavradia, no local denominado “Chousa do Fidalgo”, limite da freguesia de Ílhavo, e confronta do norte com Manuel Pires Marcelino e outros, do Bonsucesso, do sul com João Nunes do Tomé, de aí, do nascente, por onde era a servidão do prédio, com caminho de consortes, e do poente com José da Rocha Ribeiro e outros, do Bonsucesso. O prédio era alodial, pertencia aos vendedores por legítima de sua sogra e mãe e foi comprado por 150.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas o Excelentíssimo Manuel Tavares de Almeida Maia, casado, proprietário, morador na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, e Joaquim António Bio, casado, carpinteiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador António Nunes Adão, casado, lavrador, e os vendedores Joaquim da Rocha Troloró, artista na fábrica da Vista Alegre, e mulher Maria Emília Nunes Vidal, governanta de casa, todos moradores em Vale de Ílhavo de Cima da freguesia de Ílhavo. Foram compradas 2 terças partes (do lado poente) de uma terra lavradia, em Vale de Ílhavo de Cima, no local onde chamam “A Tapada”, a confrontar do norte com caminho público que vai para as Moitas, do sul com herdeiros de António Nunes de Castro o Chapelim, do nascente com a terça parte pertencente a Manuel Vieira da Trindade e do poente com reverendo padre Manuel Maria da Silva Martins, todos de Vale de Ílhavo de Cima. As partes pertenciam aos vendedores por legítima de seu sogro e pai José dos Santos Vaqueiro, morador que foi em Vale de Ílhavo de Cima, eram alodiais e foi comprado por 100.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Simões Maio Novo, casado, jornaleiro, morador na Quinta do Picado, freguesia das Aradas, assinando pelo comprador, Francisco Gonçalves de Melo, casado, proprietário, morador na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, e Joaquim António Véu, casado, carpinteiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Simões Maio Novo, casado, jornaleiro, morador na Quinta do Picado, e os vendedores João Simões Preto, marnoto, e mulher Joaquina de Jesus Rôla, governanta de casa, moradores em Verdemilho, todos da freguesia de São Pedro das Aradas. O prédio pertencia aos vendedores por herança de seus sogros e pais Gabriel Domingos Rôlo e mulher Rosa de Jesus, moradores no dito lugar.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo, Rua de Alqueidão, residência de Joana da Rocha Bastos, sendo esta testadora presente, casada, governanta de casa, natural da vila de Ílhavo. Desejava que se fizesse o seu funeral e mais sufrágios conforme a vontade de seu marido e que se mandassem dizer missas por sua alma e de seus familiares. A testadora era casada com José Fernandes da Silva, que vivia em sua companhia, não tendo filhos nem herdeiros forçados. Deixava todos os seus bens, direitos e ações, somente no direito de propriedade, a sua irmã Ana da Rocha Bastos, solteira, maior, criada de servir, moradora e natural da vila de Ílhavo (que ficaria com um quinhão), e a seus sobrinhos Manuel Francisco Bartolo e José Francisco Bartotolo, ambos solteiros, maiores, da vila de Ílhavo, filhos do seu falecido irmão outro José Francisco Bartolo e mulher Maria Nunes da Fonseca, da vila de Ílhavo (que ficariam com outro quinhão). O direito de usufruto vitalício de todos os seus bens permanecia no seu marido, o quel nomeava como seu testamenteiro. Foram testemunhas José António Ferreira, solteiro, artista na fábrica da Vista Alegre, assinando pela testadora, Alberto Marques de Carvalho, casado, carpinteiro, Manuel Maria Papoilo, solteiro, marnoto, José da Rocha Poço, casado, marnoto, estes 4 moradores na vila de Ílhavo, João Marques da Silva, casado, lavrador, e José Ferreira da Cruz, casado, lavrador, moradores na Coutada da freguesia de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na freguesia de Ílhavo, lugar da Gafanha (Senhora da Encarnação), residência de Manuel Joaquim de Almeida Botas, casado, seareiro, natural da vila de Mira, aqui residente, sendo este testador presente. Desejava o testador que se fizesse o seu funeral e mais sufrágios conforme a vontade de sua mulher Ana Rosa de Jesus e que se mandassem rezar missas por sua alma. O testador era casado com Ana Rosa de Jesus, que vivia na sua companhia, não tendo filhos nem herdeiros forçados. Instituía como sua herdeira universal de todos os seus bens, direitos e ações e como sua testamenteira a sua mulher Ana Rosa de Jesus, com a obrigação desta dar como legado a Maria do Carmo Exposta, menor pubere, que vivia na sua companhia, a quantia de 30.000 reis. Foram testemunhas José António Alves, casado, barbeiro, assinando pelo testador, João Cardoso Rio Tinto, casado, lavrador, Manuel da Silva Cardoso, casado, lavrador, Hipólito Augusto de Almeida, casado, sapateiro, Manuel Trindade, casado, lavrador, e Manuel Simões Basílio, casado, jornaleiro, todos moradores na Gafanha (Senhora da Encarnação).
Escritura de doação onerosa, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a doadora Joaquina de Jesus, viúva de José Carlos Novo, e os donatários, filhos, genros e noras da doadora: Manuel Carlos e mulher Rosa de Jesus, José Carlos e mulher Joana de Jesus, João Carlos e mulher Joana Rosa da Silva, Manuel Maria Carlos e mulher Rosa de Jesus, Maria de Jesus e marido José Maria Fidalgo, Clara de Jesus e marido João Ferreira Novo, e António Carlos e mulher Maria de Jesus, todos seareiros, residentes na Gafanha (Senhora da Nazaré) da freguesia de Ílhavo. Os bens doados eram: uma terra lavradia, na Quinta, próximo à Senhora da Nazaré, na Gafanha, a confrontar do norte e do sul com Emília de Jesus, viúva, do nascente com Manuel de Jesus e do poente com Maria Rosa de Jesus, viúva de João Filipe, todos da Gafanha; uma terra, na Gafanha, a confrontar do nascente com caminho público, do poente com viúva de João dos Santos Pata Novo, do norte com a rua do Bedouro e do sul com Manuel Francisco da Rocha; uma praia de junco, no Bico, a entestar pelo norte no esteiro Oudinot, do sul confronta com António Fernandes Casqueira, do nascente com José Maria Pata e do poente com a dita Maria Rosa de Jesus, viúva de João Filipe; uma terra lavradia, na Gafanha, conhecida pelo Aido da Terra Nova, a confrontar do norte com viúva de José Filipe, do sul e do nascente com caminho público e do poente com António dos Santos Pata Novo; e uma pequena leira de terra lavradia, na Travessa do Bedouro, na Gafanha, a confrontar do norte com viúva de João dos Santos Pata Novo, do sul com Jacinto dos Santos Pata Novo, do nascente com Manuel Francisco da Rocha e do poente com vala de água, sendo todos alodiais e pertenciam à doadora, parte por inventário feito por óbito de seu marido José Carlos Novo e parte por herança de seus pais. O valor total dos bens era de 420.000 reis, divididos pelos seus filhos no valor igual de 60.000 reis a cada um. Manuel Carlos e mulher ficavam com: a terra lavradia, na Quinta, próxima à Senhora da Nazaré, uma sétima parte da terra do Bedouro (dividia em 7 partes iguais, sendo 4 partes ao travez e 3 ao comprido), a primeira das 4 aos travez e uma sétima parte (a primeira a contar do sul) da praia de junco, no Bico, tendo estes bens o valor de 60.000 reis. José Carlos e mulher ficavam com: uma quinta parte do Aido da Terra Nova (dividido em 5 partes iguais), a segunda a contar do poente; uma sétima parte da terra do Bedouro, a primeira a contar do norte das divididas ao comprido e a sétima parte, a segunda a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. João Carlos e mulher ficavam com: a quinta parte do Aido da Terra Nova, a primeira do lado do poente; a sétima parte da terra do Bedouro, a primeira do norte das 4 divididas ao travez; e a sétima parte, a terceira a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. Manuel Maria Carlos e mulher ficavam com: a quinta parte do Aido da Terra Nova, a terceira a contar do poente; a sétima parte da terra do Bedouro, a primeira a contar do poente, das 3 divididas ao comprido; e a sétima parte, a quarta a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens de 60.000 reis. Maria de Jesus e marido ficavam com: a quitna parte do Aido da Terra Nova, a quarta a contar do peonte, recebendo servidão de pé e carro da quinta parte doada a António e mulher; a sétima parte da terra do Bedouro, a terceira a contar do sul das 4 divididas ao travez; e a sétima parte, a quinta a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. Clara de Jesus e marido ficavam com: a sétima parte da terra do Bedouro, a segunda a contar do sul das 4 divididas ao travez; a sétima parte, a sexta a contar do sul, da praia de junco, no Bico; e a pequena leira de terra lavradia, na Travessa do Bedouro, sendo o valor destes bens 60.000 reis. António Carlos e mulher ficavam com: a quinta parte, a primeira a contar do nascente, do Aido da Terra Nova, onde existia um pequeno prédio de casas em fraco estado, onde a doadora vivia em companhia de seu filho António; a sétima parte da terra do Bedouro, a parte do meio das que foram divididas ao comprido; e a sétima parte, a última a contar do sul, da praia de junco, no Bico, sendo o valor destes bens 60.000 reis. Cada um dos donatários (sendo um donatário marido e mulher) obrigava-se a dar à doadora anualmente no dia de São Miguel 60 l de milho bom, 20 l de feijão, sem ser feijão frade, 40 l de batata, 1.500 reis e 1 quarteirão de lenha seca. A doadora poderia continuar a viver na casa situada na quinta parte doada ao donatário António (no Aido da Terra Nova), ou noutra casa encostada à que existe, arranjada à custa desse mesmo donatário. Os donatários obrigavam-se a tratar bem da doadora. Caso algum dos donatários não cumprisse as suas obrigações a doadora poderia tomar posse das propriedades doadas a esse donatário. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, morador em Ílhavo, assinando pela doadora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, morador em Ílhavo, assinando por Manuel Carlos e mulher, Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, morador em Ílhavo, assinando por José Carlos e mulher, João Francisco Carvalho, casado, soldado da guarda fiscal, morador em Ílhavo, assinando por João Carlos e mulher, José Fernandes Pinto, casado, sapateiro, morador em Ílhavo, assinando por Manuel Maria Carlos e mulher, Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, morador em Ílhavo, assinando por Maria de Jesus, Miguel Pereira Catarino, casado, marítimo, morador em Ílhavo, assinando por Clara de Jesus, João Fernandes Leite, casado, carpinteiro, morador em Ílhavo, na Rua de Camões, assinando por António Carlos e mulher. Foram mais testemunhas José Pereira Ramalheira, casado, distribuidor postal, e Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor José Fernandes Preceito, casado, proprietário, morador na vila de Ílhavo, e a devedora Joana de Jesus Crespo, casada, governanta de casa, moradora em Salgueiro, freguesia de São Miguel de Soza, concelho de Vagos, por si e como procuradora de seu marido José Ferreira, de Salgueiro, morador em Lisboa, freguesia de Coração de Jesus. Foi emprestada a quantia de 220.000 reis, com um juro anual de 7%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam um prédio de casas térreas com aido lavradio e árvores de fruto, em Salgueiro, a confrontar do norte com Manuel António da Silva Felício, viúvo, e com os devedores, do sul com Joaquim António da Rocha, do nascente com a rua pública e do poente com a estrada distrital n.º 101. O prédio era alodial, valia 200.000 reis, rendia anualmente 6.000 reis e pertencia aos devedores por compra a Francisco Ferreira Guimarães e mulher, da cidade do Porto. Hipotecavam mais metade de um aido lavradio com árvores de fruto, em Salgueiro, no local denominado “o Ramo”, confrontada a metade do norte com caminho público, do sul com aido dos devedores, do nascente com a outra metade pertencente a Manuel António da Silva Felício, viúvo, e do poente com a estrada distrital n.º 101. O prédio era alodial, valia 100.000 reis, rendia anualmente 3.000 reis e pertencia aos devedores por compra áquele Manuel Felício, viúvo, de Salgueiro. Foram testemunhas José Maria Faustino, casado, lavrador, morador em Salgueiro, assinando pela devedora procuradora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, e Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de partilhas amigáveis, feita na vila de Ílhavo, Rua Direita, residência de Francisco Ferreira Moura, entre Tomé Joaquim da Costa, viúvo, proprietário, morador na freguesia da Palhaça, e seus filhos, genro e noras: José Joaquim do Carmo, solteiro, negociante, morador na Palhaça, João da Costa e mulher Ana Rita, negociantes, residentes em Vila Nova da Palhaça, Maria Ferreira e marido José Nunes, lavradores, residentes na Vila Nova da Palhaça, Ana Ferreira, solteira, lavradora, residente na Palhaça, e Joaquim da Costa e mulher Maria da Conceição, lavradores, residente no Arieiro da Palhaça. Foram feitas as partilhas da mulher, mãe e sogro dos outorgantes Joana Ferreira, moradora que foi no lugar e freguesia da Palhaça. Tinha sido feita uma doação, por escritura de 1893/02/11, do tabelião de Aveiro Fortuna, onde o outorgante Tomé Joaquim da Costa e sua falecida mulher tinham doado aos outorgantes seus filhos e noras José Joaquim do Carmo, solteiro, João da Costa e mulher, Ana Ferreira, solteira, e João Joaquim da Costa e mulher as seguintes propriedades: metade, do lado poente, de um assento de casas térreas, com quintal, aido lavradio, no Largo da Feira da Palhaça; uma terra lavradia, no Aido da Domingas, limite da Palhaça; a outra metade, pelo lado nascente, do referido assento de casas térreas, com quintal e aido lavradio, no Largo da Feira da Palhaça; e uma terra lavradia, no Arieiro da Palhaça. A doação não foi levada em conta nas legítimas dos donatários nas partilhas, sendo, entretando levado em conta qualquer excesso, se o valor dos bens tivesse excedido o das terças dos bens dos doadores. Formaram-se 2 meações iguais, um para o outorgante viúvo, e outra para os outros 5 herdeiros. Tomé Joaquim da Costa ficava com os seguintes bens alodiais: metade, do lado nascente, de uma terra lavradia, no Cortêlho, limite da Palhaça, a qual metade confronta do nascente com João Simões Capão, do poente com a filha e outorgante Ana Ferreira, do norte com caminho e do sul com outro João Simões Capão, sendo alodial; um assento de casas térreas, com quintal e aido, em Vila Nova da Palhaça, a confrontar do nascente com Maria Ferreira, solteira, e do poente com caminho público; uma terra lavradia, nas Cabeçadas, limite da Palhaça, a confrontar do nascente com Emília Martins, viúva, e do poente com José Joaquim da Costa, da Palhaça; metade, do lado nascente, de um pinhal e seu terreno, no Sobreiro, a confrontar a metade do norte com João Simões Capão, do sul com Florinda dos Santos, do nascente com caminho público e do poente com a outra metade, atribuída nesta escritura aos outorgantes João, Maria Ferreira e Joaquim; uma marinha de arroz, no Ribeiro, próximo a Vila Nova de Palhaça, confronta do norte com João Campina, e do sul com Miguel Ferreira, ambos da freguesia da Palhaça; metade, do lado norte, de um pinhal e seu terreno, na Tojeira, a confrontar a metade do norte com Mariana Martins, e do sul com a outra metade atribuída ao filho José; um pinhal e seu terreno, no Funtão, freguesia de Soza, a confrontar do nascente com Manuel Lopes, da Quinta do Picado, e do poente com Manuel Pires, do Funtão; um pinhal e seu terreno, na Aresta, próximo a Águas Bôas, freguesia de Oiã, confronta do norte com Manuel Ribeiro, de Águas Boas, e do sul com Manuel Martins Tanoeiro, de Vila Nova da Palhaça; metade, do lado norte, de um prédio de terra e pinhal, no Património, freguesia da Palhaça, parte a metade do norte com José de Magalhães e vários inquilinos, e do sul com a outra metade, atribuída nesta escritura ao filho Joaquim; um pinhal e seu terreno, na Estrada Larga, da mesma freguesia, confronta do norte com José Batata, e do sul com Miguel Pinto, ambos da freguesia da Palhaça; uma terra lavradia, no Carvalho, na mesma freguesia, confronta do norte com Joana Martins e do sul com Manuel Fernandes, da dita freguesia; uma vinha, na Fonte da Vinheira, da mesma freguesia, confronta do norte com Ana Martins, e do sul com José Joaquim da Costa; um pinhal e seu terreno, no Ribeirinho, limite da freguesia de Nariz, confronta do norte com José Joaquim da Costa e do sul com a vala; uma vinha, nas Camarneiras, próximo de Vila Nova da Palhaça, confronta do norte com Berardo António Dias e do sul com Cândido Martins, ambos da freguesia da Palhaça; um amto e seu terreno, na Pedreira, freguesia de Oiã, confronta do nascente com Joaquim [Caniçais], da Palhaça, e do poente com a viúva de João Caseiro, da freguesia de Oiã; duas terças partes de um pinhal e seu terreno, na Areosa, limite de Vila Nova da Palhaça, a confrontar as duas terças partes do nascente com José Nunes e caminho público, do poente com a terça parte restante atribuída nesta escritura ao filho José, do norte com José Marcelino e do sul com a vala. Além disso ficavam com os seguintes bens móveis: um lagar de vinho, um tonel, uma quartola, uma caixa de pinho grande, outra caixa mais pequena, pintada, outra caixa de castanho, um lavatório com seu jarro e bacia de porcelana, um carro de lavoura com todos os seus aprestes ou utensílios, 5 panelas de ferro, 2 machados, 4 enxadas, uma forquilha, 2 baldes, gamela da broa, 2 teigas, uma trempe, 6 cadeiras, já usadas, 3 bancos de madeira, 2 terrinas, uma lamparina, uma travessa de louça de Sacavém, seis colheres de sopa, seis garfos e seis facas e uma colher de sopa. José Joaquim do Carmo ficavam com: metade, do lado sul, do pinhal e seu terreno, na Tojeira, a confrontar do norte com a outra metade atribuída nesta escritura ao outorgante viúvo e do sul com outro prédio do outorgante José Joaquim do Carmo, por herança que houve de Mariana Ferreira do Albergue; uma terra nas Hortas, confronta do norte com Miguel Tanoeiro, e do sul com José Machoqueiro; uma vinha no Ribeiro, a confrontar do norte com Manuel Francisco Samagaio, do sul com o mesmo outorgante; a terça parte restante do pinhal e seu terreno, na Areosa, a do lado poente, a confrontar do nascente com os dois terços restantes do outorgante viúvo, e do poente com caminho. Além disso ficava com os seguintes bens móveis: uma cómoda, um quarto grande, próprio para vinho, mais três quartos mais pequenos, uma caixa de castanho que levará 450 l, um escabêlo grande, uma dorna, uma mesa pequena de gavetas, uma mesa de cozinha, um candeeiro de metal. João da Costa e mulher ficavam com: a terça parte da metade do pinhal do Sobreiro, tendo sido duas metades divididas aos travez do pinhal, uma dessas metades (a do lado nascente) ficou já pertencendo ao viúvo e a outra metade do poente foi subdividida em 3 partes, pertencendo a estes outorgantes João da Costa e mulher a primeira parte do lado norte, que era a mesma terça parte da metade do dito pinhal, a qual terça parte da metade confronta do norte com José Pinto; metade, do lado nascente, do pinhal da Lomba e seu terreno, próximo a Águas Boas, freguesia de Oiã, a confrontar essa metade do norte com Cândido Martins, do sul com Manuel Martins Toneiro, ambas da freguesia da Palhaça; uma praia de estrume sita em Caniçaos, freguesia de Oiã, a confrontar do norte com Ana Martins, e do sul com José Pinto, ambos da freguesia da Palhaça. Maria Ferreira e marido ficavam com: uma terra lavradia, na Chousa da Pedra, limite da Palhaça, a confrontar do nascente com Manuel Barreto e do poente com José Joaquim da Costa, ambos da Palhaça; a quarta parte da terra lavradia, no Cortêlho, a primeira do poente, a confrontar do poente com José Francisco Lourenço e do nascente com a quarta parte restante, atribuída nesta escritura a Ana Ferreira; a terça parte, a primeira do lado sul, do pinhal e seu terreno, no Sobreiro, a confrontar a terça parte do sul com Florinda dos Santos e do norte com a terça parte restante atribuída nesta escritura a Joaquim da Costa e mulher. Ana Ferreira ficava com: a quarta parte restante (a segunda a contar do poente) da terra, no Cortêlho, a confrontar esta quarta parte do nascente com o outorgante viúvo e do poente com sua irmã Maria Ferreira; um pinhal e seu terreno, o Olheiro, próximo do Arieiro, a confrontar do norte com Sebastião Grangêa Graça, da freguesia da Mamarrosa, e do sul com António Ferreira Coelho, do Ribeirinho; um pinhal e seu terreno, na Tojeira, limite da freguesia da Palhaça, a confrontar do norte com Joaquim Nunes da Bernarda e do sul com Manuel Ferreira Albino, ambos da mesma freguesia. Ficavam também com os seguintes bens móveis: um tonel pequeno, uma quartela, uma caixa de castanho já velha, um escabêlo, o pequeno, uma caixa de pinho, uma cama de ferro, 2 quartos, sendo 1 de 60 l e o outro de 100 l, e um tacho. Joaquim da Costa e mulher ficavam com: a terça parte (a do meio, entre os outorgantes João e Maria) do pinhal e seu terreno, no Sobreiro; metade (a do lado poente) do pinhal da Lomba, freguesia de Oiã, com seu terreno, a confrontar do nascente com a outra metade de sua irmã e cunhado João da Costa e do norte com Cândido Martins e do sul com Manuel Martins Tanoeiro, ambos da freguesia da Palhaça; um pinhal com seu terreno, no mesmo sítio, da dita freguesia de Oiã, a confrontar do norte com Rosária de Jesus e do sul com Cândido Martins, ambos de Vila Nova da Palhaça; metade (a primeira a contar do sul) do prédio de terra e pinhal, no Património, a confrontar do sul com José Joaquim da Costa e do norte com a outra metade do outorgante viúvo; um terreno de mato com alguns pinheiros, na Pedreira, freguesia de Oiã, a confrontar do nascente com os herdeiros de José Caseiro e do poente com Domingos Mota, todos da freguesia de Oiã; uma terra lavradia, na Feitosa, limite da Palhaça, a confrontar do norte Francisco Romolgo e do sul com António José Bernardo, ambos do Arieiro da Palhaça. Ficava também com os seguintes bens móveis: uma caixa de castanho, um escabêlo, um quarto de 20 l e uma caixa pequena, nova, de madeira de pinho. Foram testemunhas António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate, da vila de Ílhavo, assinando pelo outorgante viúvo, José Maria Caramonete, solteiro, marítimo, da vila de Ílhavo, assinando por João da Costa e mulher, José Nunes da Fonseca, casado, professor oficial do ensino primário, morador na vila de Ílhavo, assinando por Maria Ferreira, Manuel dos Santos Bodas, casado, carpinteiro, da vila de Ílhavo, assinando por Ana Ferreira, António Francisco dos Santos, casado, marítimo, da vila de Ílhavo, assinando por Joaquim da Costa e mulher. Foram mais testemunhas Francisco Ferreira Moura, casado, negociante, aqui residente, e António da Silva Bento, casado, tamanqueiro, morador na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a credora Felicidade Batista de Oliveira, proprietária, moradora na vila de Ílhavo, à Rua do Alto da Bandeira, mulher de João de Oliveira Quininha, capitão de marinha mercante, da vila de Ílhavo, e os devedores José Dias e mulher Rosa Maria de Jesus, lavradores, residentes na Rua do Casal, da vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 250.000 reis, com um juro anual de 6,5%, vencido desde a data da escritura. OS devedores hipotecavam uma terra lavradia, alta e baixa com pinhal contíguo, no Vale do Rendeiro, freguesia de São Pedro das Aradas, concelho de Aveiro, a confrontar do norte com Manuel Rato, de São Bernardo, do sul com António Capitão, das Aradas, do nascente com António Gandêncio, de São Bernardo, e do poente com a levada dos moleiros. O prédio era alodial, valia 500.000 reis, rendia 15.000 reis e pertencia aos devedores por meação por inventário por óbito de seu primeiro marido Manuel Marques Rodrigues, de São Bernardo. Hipotecavam também um assento de casas térreas, onde viviam, com aido contíguo, na Rua do Casal da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com seu genro João dos Santos Bernardino, do sul com António Fernandes Pinto Boia, do nascente com o conselheiro António José da Rocha, todos da vila de Ílhavo, e do poente com a Rua do Casal. O prédio era alodial, valia 400.000 reis, rendia anualmente 12.000 reis e pertencia aos devedores por meação pelo inventário por óbtio de sua mulher Josefa de Jesus, da vila de Ílhavo. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, morador na vila de Ílhavo, assinando pelo devedor, José dos Santos Barreto, solteiro, armador, morador na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, José Maria Cândido da Silva e José Fernandes Pinto, ambos casados, sapateiros, moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a compradora Joana de Jesus Crespo, governanta de casa, moradora no lugar de Salgueiro, freguesia de São Miguel de Soza, concelho de Vagos, mulher de José Ferreira o Parola, ausente para Lisboa, e o vendedor Manuel António da Silva Felício, viúvo, seareiro, morador no lugar de Salgueiro. Foi comprada metade, do lado poente, de um aido de terra lavradia com árvores de fruto, em Salgueiro, no local denominado “O Ramo”, a confrontar do norte com caminho público, do sul com a compradora, do nascente com a outra metade do vendedor e do poente com a estrada distrital n.º 101. O prédio era alodial, a linha divisória partia do marco que existia no aido da compradora em direção ao carvalheiro grande, no lado norte e foi comprado por 100.000 reis. O vendedor obrigava-se a arrancar um carvalheiro até Fevereiro de 1900 e uma laranjeira seca até Dezembro de 1899 do lote comprado. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, distribuidor postal, morador na vila de Ílhavo, assinando pela compradora, Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, morador na vila de Ílhavo, assinando pelo vendedor, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, e José Fernandes Claro, casado, cortador de carnes verdes, ambos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na freguesia de Ílhavo, lugar de Vale de Ílhavo de Cima, residência de António Nunes Vidal Maneta, pertencente a António Nunes de Castro, sendo aquele testador presente, solteiro, lavrador, natural de Vale de Ílhavo de Cima, aqui residente. Desejava o testador que se fizesse o seu funeral e mais sufrágios conforme a vontade do seu sobrinho por afinidade e afilhado António Nunes de Castro, que vivia em sua companhia. O testador era filho de Manuel Nunes Vidal Maneta e de Maria dos Santos, falecidos, era solteiro e não tinha filhos nem herdeiros forçados. Deixava a terça parte de todos os seus bens, direitos e ações, em partes iguais, a seu afilhado e sobrinho afim António Nunes de Castro e à sua mulher, sobrinha do testador, Joana dos Santos, residentes na sua companhia. Deixava os dois terços restantes a seus irmãos Domingos Nunes Vidal Maneta, solteiro (ficando com 1 quinhão), Rosa dos Santos, casada com António Rodrigues Valente (ficando com 1 quinhão), e Joana dos Santos, viúva, (ficando com 1 quinhão), a seu sobrinho Manuel Nunes Vidal Maneta, viúvo, filho de seu falecido irmão José (ficando com 1 quinhão), e a suas sobrinhas, filhas da sua falecida irmã Maria dos Santos: Rosa dos Santos, casada com Manuel Pedro de Oliveira, Maria dos Santos, casada com José dos Santos Torrão o Badé, a dita Joana dos Santos, casado com o seu afilhado António Nunes de Castro, e Josefa dos Santos, casada com Manuel Fernandes Torrão (ficando todos estes com 1 quinhão), todos da freguesia de Ílhavo. Nomeava como seu testamenteiro o dito seu sobrinho e afilhado António Nunes de Castro. Foram testemunhas João António Torrão, casado, lavrador, António de Abreu Barra, casado, jornaleiro, José Nunes Vidal, casado, lavrador, Manuel António Torrão, casado, ferreiro, e Manuel Nunes de Abreu, casado, negociante, todos moradores em Vale de Ílhavo de Cima.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Simões Maio Novo, casado, jornaleiro, morador na Quinta do Picado, e os vendedores João Simões Preto, marnoto, e mulher Joaquina de Jesus Rôla, governanta de casa, moradores em Verdemilho, todos da freguesia de São Pedro das Aradas. Foi comprado um bocado de terra lavradia com uma casa velha térrea, terreno que constituía a terça parte de um prédio inteiro, na Quinta do Picado (sendo a parte comprada da regueira para o lado da estrada pública), a confrontar essa terça parte do norte com Aurélia, filha dos falecidos Manuel Alves e mulher, da Quinta do Picado, do sul com João Emílio, do mesmo lugar, do nascente com estrada distrital número 102 e do poente com a regueira de escoantes, com os vendedores e com o seu cunhado e irmão Manuel. A parte comprada era alodial pertencia aos vendedores por herança de seus sogros e pais Gabriel Domingos Rolo e mulher Rosa de Jesus, moradores que foram na Quinta do Picado, e foi comprada por 76.800 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, proprietário, morador na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, morador na vila de Ílhavo, assinando por Manuel Domingos Rolo e mulher, José Fernandes Pinto, casado, sapateiro, morador na vila de Ílhavo, assinando por António Domingos Rolo e mulher, Albino das Neves Louro, casado, alquilador, morador na vila de Ílhavo, e Francisco Nunes Génio, casado, oleiro, morador na Quinta do Picado.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, sendo o testador José Nunes do Couto, viúvo, proprietário, natural das Ribas da Picheleira, da freguesia de Ílhavo, morador na Legua da mesma freguesia. Desejava o testador que se fizesse o seu funeral e mais sufrágios conforme a vontade do seu herdeiro nomeado mais à frente e que se distribuísse pelos mais pobres da freguesia de Ílhavo a esmola de 10.000 reis. O testador era viúvo de Luísa Maria dos Santos, não tendo filhos nem herdeiros forçados. Instituía como herdeiro universal de todos os seus bens, direitos e ações o seu criado António Loureiro, solteiro, maior, residente com o testador, filho de João António Loureiro e mulher Joaquina de Jesus, do Casal da vila de Ílhavo, nomeando-o também como seu testamenteiro. Foram testemunhas José Fernandes Pinto, casado, sapateiro, Manuel Soares da Silva, solteiro, cocheiro, Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, e Abel Augusto de Almeida, casado, sapateiro, todos moradores na vila de Ílhavo.
Escritura de partilhas amigáveis e doação, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre Ana dos Santos, viúva de Manuel Nunes do Pranto, governanta de casa, moradora nas Quintãs da Oliveirinha, e os seus filhos, genro e noras: Manuel Nunes do Pranto e mulher Rosa de Jesus Jorge, lavradores, moradores na Costa do Valado, Maria dos Santos e marido Bernardino André Estrela, lavradores, residentes nas Quintãs, e José Nunes do Pranto e mulher Luísa Francisca, lavradores, residentes nas Quintãs, todos da freguesia de Oliveirinha, concelho de Aveiro. Foram feitas as partilhas do marido, pai e sogro dos outorgantes Manuel Nunes do Pranto, sendo metade dos bens para a viúva, como meeira do casal, e a outra metade para os restantes herdeiros, dividida em partes iguais. Ana dos Santos ficava com: um assento de casas de habitação, onde vivia o falecido, com seu pátio e aido lavradio contíguos, no lugar das Quintãs da Oliveirinha, próximo à estação de caminhos de ferro das Quintãs, a confrontar do norte com José dos Santos Bela, do sul com Manuel Francisco Sereno, do nascente com vários consortes e do poente com Manuel da Cruz Maia Melão; uma terra lavradia, no aido dos Loutros, nas Quintãs, a confrontar do norte com Ricardo Marques, do sul com João Marques Mostardinha, do nascente com a linha do caminho de ferro e do poente com a estrada pública; uma terra, nos Alamos, limite das Quintãs de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Simões da Rocha, do sul com João de Matos, do nascente com Manuel dos Santos [Mauriz] Novo, e do poente com Manuel Simões Maio, todos da freguesia de Oliveirinha, sendo todos os prédios alodiais e o valor desta meeação de 450.000 reis. Manuel Nunes do Pranto e mulher ficavam com: metade, do lado sul, de uma terra lavradia, no Bolhão, nas Quintãs de Oliveirinha, confronta toda do norte com José And?e Estrela, do sul com Manuel Francisco Sereno e outro, do nascente com o mesmo Sereno e do poente com a linha de caminho de ferro; a terça parte (a primeira do norte) de um pinhal e seu terreno, nas [Relvadas], a confrontar todo do norte com Jerónimo Carrancho e caminho público, do sul e do nascente com herdeiros do doutor Manuel Nunes de Oliveira Sobreiro e do peonte com caminho público; metade, do lado norte, de um pinhal e seu terreno, na [Ciena], a confrontar todo do norte com João da Cruz Maia, do sul com António Madeira, do nascente com os Fernandes da Póvoa e do poente com vala de escoantes; um pinhal e seu terreno, na Verba, freguesia de Nariz, a confrontar do norte com Joaquim Paralta Novo, da Costa do Valado e do sul com José Frade, da Póvoa; um pinhal e seu terreno, no [Tojal], próximo de Verba, a confrontar do norte com Maria Rocha, da Verba, e do sul com Manuel Francisco Sereno, das Quintãs, sendo todos estes alodiais e valendo 150.000 reis. Maria dos Santos e marido ficavam com os bens todos alodiais: metade, do lado norte, da terra lavradia, na Quinta do Bulhão, já confrontada; a terça parte, a do meio, do pinhal e seu terreno, nas Relvadas, já confrontada; e um pinhal e seu terreno, nas Cabanas, nas Quinãs da Oliveirinha, a confrontar do norte com Clara Parca e do sul com vários consortes, valendo estes bens 150.000 reis. José Nunes do Pranto e mulher ficavam com os bens alodiais: a terça parte (a primeira a contar do sul) do pinhal e seu terreno, nas Relvadas, já confrontado; metade (do lado sul) do pinhal e seu terreno, na [Cilha], já confrontado; e uma terra lavradia, no [Couchouro], a confrontar do norte com José André Estrela e do sul com a linha de ferro, valendo estes bens 150.000 reis. Ana dos Santos decidiu também doar todos os seus bens da sua meação aos outros herdeiros. Manuel Nunes do Pranto e mulher ficavam com as 2 terras lavradias, uma no aido das [Lontras], e a outra nos Alamos, já confrontadas, no valor de 150.000 reis (75.000 reis cada uma). Maria dos Santos e marido ficavam com metade (ou 2 quartas partes, as do meio), do prédio de casas de habitação e aido lavradio, nas Quintãs, próximo à estação de caminho de ferro das Quintãs, sendo estas partes a confrontar do norte e sul com as outras partes restantes, doadas ao outorgante José, do nascente com vários consortes e do poente com Manuel da Cruz Maio Melão, partes no valor de 150.000 reis. José Nunes do Pranto e mulher ficavam com as duas quartas partes restantes do dito assento de casas e aido lavradio, das extremidades norte e sul do prédio, nas Quintãs, próximo à estação de caminho de ferro com o mesmo nome, que valiam 150.000 reis. Os donatários (sendo um o marido e a mulher) obrigavam-se a dar à doadora, no dia de São Miguel de cada ano: 127 l de milho, 10 l de feijão bom, 2.250 reis, 1 carro de lenha e 15 l de batata. Os donatários obrigavam-se a tratar bem da doadora. A doadora poderia continuar a viver no prédio de José. Caso algum dos donatários não cumprisse as suas obrigações a doadora poderia tomar posse das propriedades doadas a esse donatário. Foram testemunhas Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, morador na vila de Ílhavo, assinando pela doadora meeira, Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, da vila de Ílhavo, assinando por Manuel Nunes do Pranto e mulher, Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, morador na vila de Ílhavo, assinando por Maria dos Santos e marido, José António Rodrigues, solteiro, caixeiro, morador na vila de Ílhavo, assinando por José Nunes do Pranto e mulher. Foram mais testemunhas João Francisco Carvalho, casado, soldado da guarda fiscal, morador na vila de Ílhavo, e Joaquim Fernandes Gafanha, casado, castrador, morador na vila de Vagos.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Júlio Nunes Adão, casado, lavrador, residente nas Moitas de Ílhavo, e os vendedores Manuel Ferreira Gordo e mulherJoana dos Santos Pedaça, lavradores, residentes em Chousa Velha, da freguesia de Ílhavo. Foi comprada uma terra lavradia, no Relvado da freguesia de Ílhavo, que levará de semeadura cerca de 42,3 l de trigo, a confrontar do norte com viúvo ou herdeiros de Manuel José de Oliveira Pio e com herdeiros de Tomé Simões Morgado, da vila de Ílhavo, do sul com Manuel dos Santos Zina, de Vale de Ílhavo, do nascente com a mesma viúva ou herdeiros daquele Pio e do poente com João Batista Madaíl, da Ermida. O prédio era alodial, pertencia aos vendedores por legítima de seus pais e sogros e foi comprado por 110.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, da vila de Ílhavo, assinando pelo comprador, Tomé Antunes, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, onde residia, assinando pelos vendedores, Manuel dos Santos Pinho Júnior, casado, serralheiro, morador na vila de ?lhavo, e João Nunes Alegrete Júnior, casado, artista na fábrica da Vista Alegre, residente na Carvalheira, da freguesia de Ílhavo.
Escritura de quitação e destrate, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, com o primeiro outorgante Francisco Simões Ratola, casado, proprietário, morador no Bonsucesso, freguesia das Aradas. Manuel dos Santos Vidal e esposa Júlia Cândida Vidal, então moradores no Corgo Comum da freguesia de Ílhavo, ausentes à data da escritura nos Estados Unidos do Brasil, eram devedores ao primeiro outorgante na quantia de 300.000 reis, tendo hipotecado o prédio n.º 11844 descrito na conservatória de Aveiro (folhas 159, livro B, 34), sendo uma morada de casas altas em construção com quintal, no Corgo Comum, por escritura do tabelião de Aveiro Pinto do Souto de 1892/04/24. Além disso tinham ficado como fiadores Manuel António Santo e mulher Joana dos Santos Capela, da vila de Ílhavo, que hipotecaram o seu prédio n.º 12058 descrito na mesma conservatória (folhas 67 do livro B, 35), sendo uma terra lavradia, no Camarnal de Cima, limite de Ílhavo. Dado que a dívida foi paga, procedeu-se ao destrate dessa escritura e ao cancelamento do respetivo registo hipotecário. Foram testemunhas Manuel Simões Bixirão, casado, negociante, e Alexandre Carlos Bingre, casado, carpinteiro, ambos moradores na vila de Ílhavo.