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Escritura de contrato ante-nupcial, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeiro outorgante José Gonçalves Sarrico, viúvo, lavrador, e a segunda outorgante Luísa da Rocha Deus, solteira, lavradora, ambos residentes na vila de Ílhavo. O primeiro outorgante era filho de José Gonçalves Sarrico e de Ana Alves, falecidos à data da escritura, e a segunda outorgante era filha de António da Rocha Deus, falecido à data da escritura, e Rosa do Bem, da vila de Ílhavo. Os outorgantes concordaram em contrair matrimónio, com a condição de caso não houvesse filhos do matrimónio ou se os mesmos falecessem antes dos outorgantes, o casamento seria regulado pelo regime de inteira separação de bens presentes e futuros (comunhão dos bens adquiridos por título oneroso, durante a constância do seu matrimónio). O primeiro outorgante trazia os seguintes bens para o casal: os que provieram em legítima de seus pais, por escritura do tabelião de Aveiro Calisto , exceto um bocado de terra lavradia, em Verdemilho, próxima ao prédio de Joaquim Gonçalves de Oliveira, de aí, e a confrontar do nascente com estrada distrital, bocado esse que foi vendido a António Gonçalves Bartolomeu, do mesmo lugar, como consta da escritura feita por este tabelião de 1894/12/29; os bens que lhe pertenceram por falecimento de sua tia Luísa Alves, por inventário no cartório do quinto ofício da câmara de Aveiro; e os seguintes bens que adquiriu por compra: um prédio de casas de habitação e aido lavradio com árvores de fruto e poço com seu engenho, na Manga, na vila de Ílhavo, comprado aos herdeiros de José Maria Marcelo e mulher da vila de Ílhavo; um bocado de terra lavradia, na Chousa Velha, no local denominado “a Lobegada”, da freguesia de Ílhavo, comprada em hasta pública no tribunal de Aveiro pelo inventário de Luís Fernandes Matias, da vila de Ílhavo; um bocado de terra lavradia, contíguo àquele, na Lobegada, comprado a João Nunes Pinguelo Manica Júnior e mulher, da vila de Ílhavo; uma leira de terra lavradia, na Chousa Velha, comprada em hasta pública no tribunal de Aveiro, pelo inventário (por óbito) de Luísa Sarra, viúva de Pedro dos Santos Fradinho, da vila de Ílhavo; um bocado de terra lavradia, no [Selão], próxima à [frente] de Ílhavo, comprado a Manuel José dos Santos Requeira, falecido à data da escritura, da vila de Ílhavo; um pinhal, em Vale de Ílhavo de Cima, no local denominado Quinta do Pernica, limite da freguesia de Ílhavo, comprado a sua tia Luísa Alves, falecida à data da escritura; e outro pinhal, no mesmo sítio, próximo àquele, comprado à mesma sua tia, entrando também com uma junta de bois e carro de lavoura. A segunda outorgante levava para o casal os bens que possuía à data da escritura , que herdou de seu falecido pai António da Rocha Deus, constantes no inventário respetivo do cartório do terceiro ofício da comarca de Aveiro. O primeiro outorgante tinha um filho do seu anterior casamento com Joana de Jesus, de nome Manuel, com 8 meses, ao qual doava, dentro das força da terça dos seus bens dos seguintes bens imóveis: uma terra lavradia, na Cabeça do Boi, limita da vila de Ílhavo, a confrontar do norte e poente com António dos Santos Ribeiro o Maltez, do sul com Manuel Fernandes Borrelho, este de Ílhavo, e aquele da Ermida, e do nascente com caminho público, sendo alodial, valia 250.000 reis; uma terra lavradia, no mesmo sítio, a confrontar do norte com herdeiros de Manuel Nunes Pinguelo Paralta, da Ermida, do sul com Manuel Gonçalves Sarrico, da vila de Ílhavo, do nascente e poente com caminhos públicos, sendo alodial, valia 250.000 reis; e uma vessada lavradia, na Ladeira do Outeiro, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho público, do sul com Luísa Masmorra, do nascente com Manuel Gonçalves Sarrico e do poente com Manuel Fernandes Borrelho, sendo alodial, todos da vila de Ílhavo, valia 400.000 reis. A doação era feita desde que o doador tivesse o usufruto dos bens enquanto fosse vivo. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, residente na vila de Ílhavo, assinando pela segunda outorgante, Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, e Alexandre maria Neves, casado, ferrador, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo, Praça do Comércio e residência de Maria Joana do Arrais, viúva, entre esta credora, viúva de José Gomes dos Santos, negociante, aqui residente, e os devedores Manuel da Silva Malaquias, carpinteiro, e mulhr Luísa dos Santos, padeira, residentes na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 250.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam o seu assento de casas, ainda em construção, com seu pátio, metade de um poço, na Rua Direita da vila de Ílhavo, a confrontar do norte e nascente com David da Silva Bento, do sul com José Campos Vaz, e do poente com a Rua Direita, sendo alodial, valia 300.000 reis, rendia anualmente 9.000 reis. Foram testemunhas Alexandre Cesário Ferreira da Cunha, solteiro, farmacêutico aspirante, residente na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, Pompílio Rodrigues Franco, solteiro, professor oficial do ensino primáriio, e João Crua Branco, solteiro, marítimo, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de quitação e destrate, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeiro outorgante David da Silva Bento, casado, sapateiro, e o segundo outorgante Manuel da Silva Malaquias, casado, carpinteiro, ambos residentes na vila de Ílhavo. Por escritura de 1894/11/21 do tabelião de Aveiro Pinto do [Souto], o segundo outorgante e sua mulher constituíram-se devedores ao primeiro outorgante da quantia de 650.000 reis, tendo hipotecado, como garantia, um assento de casa altas com seu quintal, na Rua Direita da vila de Ílhavo. O primeiro outorgante recebeu a quantia devida, sendo que se procedeu ao destrate da escritura e ao cancelamento do registo hipotecário. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, e José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, ambos residentes em Ílhavo.
Escritura de compra, feita no lugar do Corgo Comum da freguesia de Ílhavo e residência do Excelentíssimo António Maria Marques Vilar, entre o comprador José Nunes Rafeiro, casado, proprietário, residente nas Ribas da Picheleira, e a vendedora Rosária de Jesus, viúva de Manuel Francisco Dama o Cerca, lavradora, residente no Corgo Comum, ambos da freguesia de Ílhavo. Foi comprada uma terra lavradia, na Agra da Coutada, freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho de vários consortes, do sul e poente com o comprador e do nascente com o prédio pertencente à família Rocha Fradinho de Ílhavo. A terra era alodial, rendia anualmente 2.300 reis e foi comprada por 75.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas o Excelentíssimo António Maria Marques Vitor, casado, jornalista, aqui residente, assinando pela vendedora, José João da Rosa, casado, proprietário, residente nas Ribas da Picheleira, e João Simões Ratola, casado, negociante, residente no Corgo Comum.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo, Rua João de Deus e residência de José António de Magalhães, sendo este o testador, casado, negociante e proprietário, natural do concelho de Amarante. Desejava que o seu funeral fosse feito segundo o uso da freguesia de Ílhavo, que se rezassem missas por sua alma e que se distribuíssem pelos mais pobres da mesma freguesia a esmola de 15.000 reis ou o seu valor em milho. O testador era casado com Maria Vicência, mas não tinha filhos nem herdeiros forçados. Legava ao seu irmão João António de Magalhães, ausente para Lisboa, 20.000 reis, ou a seus filhos, no caso do falecimento do mesmo antes do testador. Legava a seu sobrinho António, menor pubere, filho do seu falecido irmão Joaquim António de Magalhães, da Chousa Velha, 6.000 reis. Legava a sua sobrinha Florinda Rosa de Jesus, casada com João Francisco Grilo, residente na Vista Alegre, filha de sua irmã Maria, tanto no direito de propriedade como no de usufruto a terça de todos os seus bens, direitos e ações, com a obrigação dela satisfazer as despesas das missas, funeral, esmola dos pobres e outras despesas necessárias à execução da parte do testamento respeitante aos bens de alma, sendo a parte respeitante aos bens temporais sairiam dos dois terços restantes da herança. Deixava o direito de usufruto vitalício dos dois terços da restante herança à sua mulher Maria Vicência. Deivaxa o direito de propriedade dos dois terços da restante herança, em partes iguais, aos seus sobrinhos, a saber: as quatro filhas de sua irmã Maria (Carolina Rosa de Jesus, viúva de Manuel Gonçalves Bilelo, residente na vila de Ílhavo, Delfina Rosa de Jesus, solteira, maior, moradora na Chousa Velha, a dita Florinda Rosa de Jesus, a beneficiária da terça parte dos bens do testador, casada com João Francisco Grilo, residente na Vista Alegre, e Rita Rosa de Jesus, solteira, maior, residente na Chousa Velha) e as três filhos de seu falecido irmão Joaquim António de Magalhães (Jaime António de Magalhães, casado com Rosa Cristana, Júlio António de Magalhães, solteiro, maior, e Quitéria Rosa, casada com Tomé Maluco Júnior, da vila de Ílhavo). Nomeava como testamenteiro o seu sobrinho afim João Francisco Grilo, marido da herdeira Florinda Rosa de Jesus. Foram testemunhas Ricardo Domingues Magano, casado, alfaiate, José São Marcos, casado, marítimo, Manuel Sacramento, casado, marítimo, José Leopoldino da Silva, casado, artista, e Manuel Corujo, solteiro, barqueiro, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de doação e dispensa de colação, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre os doadores Manuel Nunes do Couto e mulher Maria Luísa Vieira dos Santos, lavradores, residentes na vila de Ílhavo, e os donatários, filhos dos doadores, José Nunes do Couto e irmão Luís Nunes do Couto, ambos solteiros, maiores, residentes na vila de Ílhavo. Os doadores tinham pago 220.500 reis para substituir o segundo outorgante José Nunes do Couto do serviço militar, e 180.000 reis para a remissão do mesmo serviço do segundo outorgante Luís Nunes do Couto. Os primeiros outorgantes dispensavam de colação os segundos outorgantes sobre as quantias pagas a respeito do serviço militar, declarando as mesmas quantias como doadas. Foram testemunhas Manuel Ferreira Jorge, solteiro, lavrador, residente na vila de Ílhavo, assinando pela doadora, Manuel Gomes dos Santos Rigueira, casado, e João Gomes dos Santos Rigueira, solteiro, ambos negociantes, residente na vila de Ílhavo.
Escritura de quitação e destrate, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a primeira outorgante Maria Teles da Rocha, casada com João da Rocha Júnior, e a segunda outorgante Joana Rocha, mulher de Manuel da Silva Peixe, ambos os maridos, atualmente ausentes, marítimos, e elas outorgantes residentes na vila de Ílhavo, governantas de casa. A primeira outorgante recebeu no dia da escritura 100.000 reis da segunda outorgante, como pagamento de um empréstimo feito anteriormente, por escritura deste tabelião de 1895/06/29. Procedeu-se ao destrate da escritura e ao cancelamento do registo hipotecário respetivo. Foram testemunhas Manuel Simões Ruivo, casado, proprietário, residente na Apeada de Ílhavo, assinando pela ex credora, João Nunes da Costa, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente no mesmo lugar, assinando pela ex devedora, Manuel Alves Russo, casado, lavrador, da Ermida, e Francisco Miller, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, sendo este o comprador Manuel Alves Russo, casado, lavrador, residente na Ermida, e os vendedores Manuel Ferreira Gordo e mulher Joana dos Santos Pedaça, lavradores, residentes na Chousa Velha, todos da freguesia de Ílhavo. Foi comprada a sua terra lavradia, na Ermida, no local onde chamam Ribas Altas, freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com João dos Santos Neves, de Ílhavo, do sul com Inácio Taboleiro, da Lavandeira, do nascente com o comprador e outros, e do poente com vários entestes. Esta terra era alodial, rendia anualmente cerca de 5.000 reis e foi comprada por 150.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Joaquim Carlos Bingre, casado, tamanqueiro, residente na vila de Ílhavo, assinando pelo vendedor, Manuel Simões Ruivo, casado, proprietário, residente na Apeada de Ílhavo, assinando pela vendedora, António Marques Moita, casado, lavrador, residente na Legua de Ílhavo, e João da Silva Lisboa, casado, artista na fábrica da Vista Alegre, residente em Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo, Rua Nova, residência de João Augusto Marques, entre o comprador José Rodrigues Marçal, casado, lavrador, residente na Gafanha (Cale da Vila) da freguesia de Ílhavo, e os vendedores João Augusto Marques, marítimo, e mulher Maria Emília Marcela, governanta de casa, aqui residentes. Foi comprada uma terra lavradia, na Cancela de Ílhavo, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte, onde existia a servidão do prédio, com caminho público, do sul com Manuel Gonçalves Sarrico, do nascente com herdeiros de José Nunes Caramonete, e do poente com José Moura, todos da vila de Ílhavo. A terra era alodial, rendia anualmente cerca de 2.000 reis, pertencia aos vendedores por meação do vendedor marido, por óbito da sua primeira mulher Rosa Lebre, e foi comprada por 65.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas João Borges Cardoso, casado, alfaiate, assinando pelo comprador, e Manuel Lopes Soberano Sinal, casado, marítimo, assinando pela vendedora, Manuel de Oliveira Vidal, viúvo, soldado da guarda fiscal aposentado, e António dos Santos Rato, casado, carpinteiro, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a credora Joana Rosa dos Santos Barreto, viúva de Francisco dos Santos Barreto, proprietária, e o devedor João Reinaldo da Rocha, solteiro, marítimo, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 200.000 reis, a qual não podia ser exigida até um ano depois da data da escritura, momento a partir do qual se vencia um juro anual de 6%. O devedor hipotecava o seu assento de casas térreas, onde vivia, com seu pátio, na Viela do Capitão da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Francisco da Madalena, do sul com José da Felícia, ou José Domingos Corujo, do nascente e poente com a Viela do Capitão. O prédio era alodial, rendia anualmente 12.000 reis, valia 400.000 reis e pertencia ao devedor por compra. Foram testemunhas Guilherme Marques, casado, sapateiro, residente na vila de Ílhavo, assinando pela credora, Manuel dos Santos Malaquias, marnoto, e Manuel da Rocha, guarda do cemitério de Ílhavo, ambos viúvos e residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo, Rua da Lagoa, residência de José Domingues Largo Imaginário Júnior, sendo a testadora Maria Nunes da Cruz, casada, lavradora, natural e residente em Vale de Ílhavo de Cima da freguesia de Ílhavo. Desejava a testadora que se fizesse o seu funeral conforme o uso da sua freguesia. A testadora era casada com Manuel Nunes Bastião, não tendo filhos nem herdeiros forçados. Deixava todos os seus bens a seu marido Manuel Nunes Bastião, que também nomeava como seu testamenteiro. Foram testemunhas José Domingues Largo Imaginário Júnior, casado, proprietário, assinado pela testadora, João Fernandes Matias, casado, marítimo, Sebastião dos Santos Patoilo, casado, lavrador, Albino de Almeida, casado, sapateiro, Francisco Augusto de Almeida, solteiro, tamanqueiro, e João Fernandes Carrapichano, casado, alfaiate, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo, Rua da Lagoa, residência de José Domingues Largo Imaginário Júnior, sendo o testador Manuel Nunes Bastião, casado, lavrador, natural e residente em Vale de Ílhavo de Cima da freguesia de Ílhavo. Desejava o testador que se fizesse o seu funeral conforme o uso da sua freguesia. O testador era casado com Maria Nunes da Cruz, não tendo filhos, mas, tendo vivo o seu pai José Nunes Bastião, morador em Vale de Ílhavo, apenas era permitido ao testador dispor da terça de seus bens. Deixava tal parte à sua mulher Maria Nunes da Cruz, ou todos os seus bens, caso o seu pai falecesse antes do testador. Nomeava como sua testamenteira a sua mulher. Foram testemunhas João Fernandes Matias, casado, marítimo, Sebastião dos Santos Patoilo, casado, lavrador, Albino de Almeida, casado, sapateiro, Francisco Augusto de Almeida, solteiro, tamanqueiro, e João Fernandes Carrapichano, casado, alfaiate, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de partilhas amigáveis, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre os herdeiros do falecido José Gonçalves Sarrico, de Verdemilho: Maria de Deus, solteira, João Sarrico Deus, solteiro, Manuel Sarrico Deus, solteiro, todos lavradores, Joana Rosa de Deus, lavradora, e marido Joaquim dos Santos Neves, carpinteiro, e Conceição de Deus, solteira, lavradora, todos residentes em Verdemilho, freguesia de São Pedro das Aradas. Foram feitas as partilhas do pai e sogro dos outorgantes José Gonçalves Sarrico, que faleceu a 1895/08/04, onde resultaram 5 quinhões iguais. Maria de Deus, solteira, ficava com: metade do prédio de casas, onde vivia o autor da herança, do lado norte, contendo sala, meia sala e alpendre, em frente da Rua Direita de Verdemilho, e mais as dependências da casa, contíguas, correspondentes a esta largura, que, entestando na dita rua, ocupavam a dita sala, meia sala e alpendre, seguindo sempre a mesma largura, em todo o comprimento, até ao fim do aido, ficando desta forma designada a sorte do aido, que ficava pertencendo à coherdeira Maria de Deus. A sorte da mesma, partindo da sala, meia sala e alpendre, seguia em linha reta até à estrada distrital, junto à qual fazia o aido uma curva de cerca de 7 m. Toda esta sorte corria de nascente a poente. Fica também pertencendo esta outorgante todo o pátio da casa, o qual entesta na sorte da Conceição. Uma sorte (a primeira do lado sul) de meia vessada ou terra baixa, nas Cruzinhas, limite de Verdemilho, a qual sorte media 24,5 m de largura, e pelo poente 15,15 m, e confronta pelo norte com a sorte atribuída nesta escritura a Joana Rosa e marido, pelo sul com José da Costa Branco, do nascente com o doutor José Tavares, da Quinta do Picado, e do poente com a Quinta da Medêla; a quinta parte (a segunda a contar do sul) de uma praia de junco e estrume, na Lage, Malhada de Ílhavo, a confrontar esta quinta parte, do sul com a quinta parte do outorgante Manuel Sarrico Deus, e do norte com a outorgante Joana Rosa, do nascente com herdeiros de Manuel Parracá, e do poente com baldio; uma sorte de pinhal e seu terreno (uma quinta parte), na Lagoa do Junco, limite de Ílhavo, a confrontar esta sorte do norte com a sorte atribuída a Conceição, do sul com herdeiros de Manuel Manica, do nascente com herdeiros de António da Rocha Deus, e do poente com caminho público, sendo esta sorte, era a primeira do lado sul, do caminho para o nascente, medindo pelo lado do nascente 31 m de largura, e pelo poente, também de largura, 33 m. João Sarrico Deus, solteiro, ficava com: uma leira ou sorte do aido lavradio, a primeira pelo lado norte, junto à sorte de casas e aido atribuída nesta escritura a Maria, em Verdemilho, que confronta do norte com o doutor José Tavares, da Quinta do Picado, do sul com a sorte da Maria, do nascente com a rua pública e do poente com a estrada distrital; uma sorte ou uma quarta parte (a segunda do lado norte) da vessada ou terra baixa nas Cruginhas, a confrontar do norte com a sorte ou quinhão que desta vessada vai ser atribuída nesta escritura a Manuel Sarrico Deus, do sul com a outorgante Joana Rosa e marido, do nascente e poente tem as mesmas confrontações, já designadas no quinhão de Maria de Deus, medindo pelo nascente 18,30 m de largura e pelo poente 10 m de largura; a quinta parte (a primeira a contar do norte) a praia de junco e estrume, na Lage, Malhada de Ílhavo, a confrontar esta parte do norte com filhos de Bento Ferreira da Costa, de Ílhavo, do sul com a outorgante Conceição de Deus, do nascente e poente tinha as mesma confrontações já designadas no quinhão de Maria de Deus; uma quinta parte do pinhal e seu termo, na Lagoa do Junco, limite de Ílhavo, a confrontar, esta parte, do norte com o reverendo José António Morgado, da vila de Ílhavo, do sul com a outorgante Conceição de Deus, do nascente com caminho público, e do poente com o mesmo padre José António Morgado, sendo esta sorte a primeira do norte, do caminho público para o poente, medindo pelo lado do poente 32,5 m de largura e tinha uma servidão de pé e carro, que media 3 m de largura, sendo que esta servidão pertencia ao outorgante João, tendo as demais sortes do pinhal servidões independentes pelo caminho público, do lado nascente. Manuel Sarrico Deus, solteiro, ficava com: uma leira de terra lavradia no aido junto às casas de habitação, em Verdemilho, leira que, partindo da estrada distrital, onde estestava, corria em direção ao sul, onde entestava no prédio da viúva de António João da Rosa, de Verdemilho, fazendo, próximo áquela estrada, uma curva no sítio do marco, que já existia, junto à regueira, pertença do prédio, marco que ficava delimitado a leira da outorgante Conceição de Deus, da do Manuel, ficando esta leira do Manuel confrontado do lado nascente até aquele marco, a partir da estrada, com a outorgante Conceição, e do mesmo marco para o sul com vários inquilinos, do poente com a sorte atribuída nesta escritura a Joana Rosa e marido, medind do lado da estrada distrital 27 m de largura, e pelo lado sul, a entestar no prédio da viúva de António João da Rosa, 25 m de largura, na direção da curva, onde está o marco, de nascente a poente, medindo 27,60 m, estando esta leira já confrontada; a quarte parte (a primeira do lado norte) da vessada nos Cruzinhos, a confrontar esta parte do norte e poente com a Quinta da Medêla, do sul com a sorte da mesma vessada atribuída ao outorgante João Sarrico Deus e do nascente com o doutor José Tavares, da Quinta do Picado; a quinta parte (a primeira do sul) da praia de junco e estrume, na Lage, Malhada de Ílhavo, a confrontar esta parte do sul e poente com baldio, do norte com a outorgante Maria de Deus, e do nascente com herdeiros de Manuel Parracá, da vila de Ílhavo; a quinta parte do pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, sendo esta a primeira do lado sul, a confrontar pelo norte com a outorgante Joana Rosa e marido, do sul com João Gonçalves Sarrico da Coutada e outro, do nascente com caminho público, e do poente com José Francisco Faúlho Rasoilo, da vila de Ílhavo, estando estas sortes já demarcadas. Joana Rosa de Deus e marido ficavam com: uma sorte de terra lavradia no aido junto às casas de habitação, em Verdemilho, a qual era a última que ficava do lado sul e poente, enconstada à leira do outorgante Manuel, a confrontar do nascente com a sorte deste outorgante, bem como do norte, do sul com viúva de António João da Rosa e outros, e do poente com a estrada distrital, onde media 70 m de largura, e pelo lado sul 63 m de largura, sendo a leira o resto do aido, depois da sorte do outorgante Manuel, estando já confrontada; a quarta parte (a segunda a contar do sul) da vessada, nas Cruzinhas, a confrontar esta quarta parte do norte com o outorgante João Sarrico Deus, do sul com a outorgante Maria de Deus, do nascente com o doutor José Tavares, da Quinta do Picado, e do poente com a Quinta da Medêla, medindo de largura pelo nascente 16,42 m e pelo poente 10 m de largura; a quinta parte (a do meio) da praia de junco e estrume, na Lage (Malhada de Ílhavo), a qual quinta parte ficava entre a Maria, pelo lado sul, e a Conceição, pelo lado norte; a quinta parte do pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, sendo a segunda do lado sul, e confronta pelo norte com a outorgante Conceição de Deus e outros, do sul com a sorte atribuída a Manuel, do nascente com caminho público, e do poente com o referido José Rasoilo, e medindo pelo nascente 22,60 m de largura, e pelo poente 9,40 m de largura, estando já estas sortes confrontadas; a quinta parte que ficou pertencendo neste pinhal ao outorgante Manuel, a qual, já se achava confrontada no seu respetivo quinhão, o antecedente, media pelo nascente 26 m de largura, e pelo poente 22 m de largura. Conceição de Deus, solteira, ficava com: a outra metade da casa, que ficava pelo lado sul, composta, à frente da rua, por um palheiro com adega, e um bocado de muro, excetuando-se o pátio que ficava atribuído nesta escritura à outorgante Maria de Deus, seguindo-se sempre a mesma largura em todo o cumprimento até ao fim do aido, sempre contíguo e em paralelo à sorte da mesma outorgante Maria, ficando desta forma designada a sorte do aido, que fica pertencendo a esta outorgante Conceição, que seguia em linha reta até à estrada distrital, próxima à qual o aido faz curva de cerca de 7,5 m, que acompanha pelo norte, em todo o cumprimento, a da outorgante Maria, já estava demarcada e tinha, como delimitação pelo lado sul, até ao marco que já existia no prédio, uma regueira a qual fica pertencendo até ao mesmo marco à dita Conceição; uma vessada, na Chousinha, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com estrada distrital, do sul com herdeiros de Manuel da Rocha Braz, do nascente com regueira pública e do poente com José Gonçalves Sarrico, de Verdemilho, sendo alodial; a quinta parte (a segunda do lado do norte) da praia de junco e estrume, na Lage (Malhada de Ílhavo) a qual parte confronta do norte com João Sarrico Deus, do sul com a Joana Rosa e marido; a quinta parte restante do pinhal e seu terreno, na Lagoa do Junco, a confrontar do norte (a mesma quinta parte) com reverendo Padre José António Morgado, do sul com as outorgantes Maria e Joana Rosa, do nascente com herdeiros de António da Rocha Deus, e do poente com o mesmo Padre Morgado, sendo esta leira atravessada por um caminho público e media, pelo nascente, 19 m de largura, pelo poente até ao caminho público, 36,80 m, do caminho para o poente ou até ao fim da leira, media pelo nascente, junto ao caminho, 27,5m e pelo poente ou fim da leira 16 m, tudo de largura, estando estas já demarcadas. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, e Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Manuel Luís da Silva Manhã, solteiro, alfaiate, residente em Vale de Ílhavo de Cima, e o devedor Manuel Vieira Resende, viúvo, lavrador, residente nas Ribas Altas da Ermida, ambos da freguesia de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 250.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. O devedor hipotecava um assento de casas, onde vivia, com seu aido lavradio contíguo e árvores de fruto, nas Ribas Altas da Ermida, da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Nunes Vidal, o Marto, do sul com Domingos Ferreira Jorge, cunhado do devedor, do nascente com rua pública e do poente com levada das azenhas. O prédio pertencia ao devedor por meação por óbito de sua mulher Joana Simões Palhôa, pelo cartório do segundo ofício, era alodial, rendia anualmente 12.000 reis e valia 400.000 reis. Hipotecava também uma terra lavradia, com árvores de fruto e poço, circuitada de [ilegível], pertencente ao prédio do lado norte e poente, que confronta do note com viúva ou herdeiros de Joaquim Marques da Silva Henriques, da Ermida, do sul com Herculano Ferreira de Matos, do nascente com caminho público e do poente com a rua pública do Soalhal, no local denominado “Cabeça do Boi” e ia entestar pelo poente na Rua do Soalhal. O prédio tinha a mesma proveniência do anterior, sendo onerado com o foro anual de 300 reis, pagos à Irmandade do Santíssimo e Almas de Ílhavo, rendia anualmente 6.000 reis e valia 200.000 reis. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, e João Gomes dos Santos Regueira, solteiro, negociante, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador João Reinaldo da Rocha, solteiro, marítimo, e a vendedora Joana Rosa dos Santos Barreto, viúva de Francisco dos Santos Barreto, proprietária, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foi comprada uma casa térrea, com seu pátio e poço, na Viela do Capitão da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Francisco da Madalena, do sul com José da Felícia ou José Corujo, ambos da vila de Ílhavo e do nascente e poente com a Viela do Capitão. O prédio era alodial, rendia anualmente cerca de 4.000 reis, pertencia à vendedora por compra a João da Rocha e mulher, da vila de Ílhavo, por escritura do tabelião de Aveiro Calisto de 1889/06/30, e foi comprado por 90.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Alexandre Cesário Ferreira da Cunha, solteiro, aspirante de farmácia, residente na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, Guilherme Marques, casado, sapateiro, e José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Joaquim Fernandes Batata, casado, piloto, e os devedores Manuel António Santo e mulher Joana dos Santos Capela, lavradores, todos residentes na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 250.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam o seu assento de casas térreas, onde viviam, com seu aido contíguo, eira e poço, na Rua do Casal da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho de consortes, do sul com Manuel da Clara, do nascente com caminho de consortes e do poente com a dita Rua do Casal, foreiro à Fazenda Nacional, por extinção do Convento de Sá de Aveiro, em 700 reis anuais, valia 800.000 reis e rendia anualmente 24.000 reis e pertencia aos devedores parte por herança de seu pai e sogro Tomé António Santo e parte por compra a José Domingues Largo Imaginário Júnior. Foram testemunhas José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, residente na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, e António Nunes, solteiro, piloto, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a credora a Excelentíssima D. Maria Henriqueta Meireles da Gama, viúva de Francisco de Paula Monteiro da Gama, proprietária, residente nas Ribas, freguesia de Ílhavo, e a devedora Rosa Antónia de Jesus, viúva de João Gonçalves Ponche, padeira, residente na vila de ?havo. Foi emprestada a quantia de 150.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. A devedora hipotecava o seu prédio de casas térreas, com seu pátio e poço, onde vivia, na Rua de Alqueidão da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho público, do sul e nascente com José Maria Gateira e do poente com Francisco Gonçalves Andril, irmão da devedora. O prédio era alodial, rendia anualmente cerca de 7.000 reis, valia 250.000 reis e pertencia à devedora parte por legítima de seus pais e parte por compra que fez ao seu cunhado e irmã João Rodrigues Testa e mulher, das Ribas. A devedora obrigava-se, no prazo de 30 dias desde a data da escritura, a segurar a propriedade hipotecada numa seguradora contra incêndios e a pagar pontualmente o prémio. Foram testemunhas Alexandre Cesário Ferreira da Cunha, solteiro, farmacêutico aspirante, residente na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, Manuel Procópio de Carvalho, casado, carteiro, e José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, sendo o testador José Fernandes Grego, casado, seareiro, natural e residente em Vale de Ílhavo de Cima, freguesia de Ílhavo. Desejava o testador que se fizesse o seu funeral conforme o uso da sua freguesia e que se mandassem rezar missas de esmola de 300 reis. O testador foi casado em primeiras núpcias com Rosa Nunes da Rocha, e era casado em segundas núpcias com Maria Manuel de Jesus, tendo 2 filhos do primeiro matrimónio (Maria Nunes da Rocha, casada com Pedro Nunes Sapateiro, de Vale de Ílhavo de Cima, e Manuel Fernandes Grego, solteiro, maior, residente à data da escritura em Lisboa) e 3 filhos do segundo matrimónio (Luís Fernandes Grego, solteiro, maior, residente em Vale de Ílhavo de Cima, Francisco Fernandes Grego, menor pubere, morador à data da escritura em Lisboa, e António Fernandes Grego, solteiro, menor pubere, reisdente com o seu irmão Luís e com o seu pai). Sendo os seus filhos os seus herdeiros, o testador deixava à sua mulher toda a parte que podia deixar por lei. Nomeava como seus testamenteiros, em primeiro lugar a sua mulher Maria Manuel de Jesus, e em segundo lugar João Ferreira Solha o Parola, do lugar das Moitas de Ílhavo. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, João Maria Barreto, solteiro, negociante, Sebastião António da Silva, casado, escrivão de paz deste distrito, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e Manuel da Rocha, viúvo, administrador de cemitério de Ílhavo, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Francisco Pedro, solteiro, marnoto, e a vendedora Maria Beata, viúva de José António Miranda, adeleira, ambos residentes na Rua de Alqueidão da vila de Ílhavo. Foi comprada uma casa térrea, na Rua de Alqueidão, a confrontar do norte e poente com o reverendo Padre Basílio Ribeiro, do sul com o comprador e do nascente com rua pública. A casa era alodial, rendia anualmente cerca de 2.500 reis, pertencia à vendedora por compra e foi comprada por 57.500 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, assinando pelo comprador, e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, assinando pela vendedora, ambos residentes na vila de Ílhavo, José Joaquim Vaz, casado, marítimo, e Manuel da Rocha, viúvo, administrador do cemitério de Ílhavo, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de doação inter vivus, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre os doadores João da Cruz Maia e mulher Maria Nunes, residentes nos Moitinhos, da freguesia da Ílhavo, e os donatários, filhos dos doadores, outra Maria Nunes e João da Cruz Maia Júnior, ambos solteiros, residentes nos Moitinhos. Foi doada uma propriedade de terra lavradia, no Atalho do Passadouro (a maior) próximo aos Moitinhos, que leverá de semeadura cerca de 140 litros de trigo, e confronta do norte com João António Santo Curto, das Moitas, e com o Padre José António Morgado, da vila de Ílhavo, do sul com José Gonçalves dos Anjos, da vila de Ílhavo e outros, do nascente com vala de água das azenhas e do poente com caminho de consortes. A propriedade era alodial, rendia anualmente 15.000 reis, valia cerca de 500.000 reis e pertencia aos doadores por compra a João António Santo, da vila de Ílhavo, e outro. Ao donatário João davam sete décimas partes e à donatária Maria davam três décimas partes da propriedade doada. Além disso, os doadores tinham abonado a donatária sua filha numa escritura de compra deste tabelião de 1893/11/19 ou 17, feita a Tomé Gonçalves Vaz da Vila de Ílhavo, de uma terra lavradia, no Passadouro, por 150.000 reis, onde deram à sua filha esta soma e mais 50.000 reis para a sisa. Além disso haviam comprado à sua filha uma volta com sua medalha de ouro, no valor de 45.000 reis. Haviam pago os doadores ao seu filho donatário a quantia de 50.000 reis, em virtude de uma sociedade particular de beneficência, que permitiu o livramento do mesmo do serviço militar e comprado ao mesmo um relógio de prata e respetiva corrente double de ouro, por 35.000 reis. Foram testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, assinando pela doadora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, assinando pela donatária, e Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, assinando pelo donatário, todos residentes na vila de Ílhavo. Foram mais testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, e Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, sendo o testador António Jorge Paralta, casado, lavrador, natural e residente no Lombomeão, freguesia e concelho de Vagos. Desejava o testador que o seu funeral fosse feito conforme o uso da sua freguesia e que se mandassem dizer missas de esmola ordinária. O testador foi casado em primeiras núpcias com Maria das Neves e era casado em segundas núpcias com Teresa das Neves, não tendo filhos nem herdeiros forçados. Instituiu como sua herdeira universal, no direito de propriedade, a sua sobrinha Maria de Jesus, filha de seu irmão Manuel Jorge Paralta, e casada com Manuel Sarabando, residente no Lombomeão. Foram testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, assinando pelo testador, Manuel Rodrigues Leite, casado, alquilador, João Leite Monica, casado, carpinteiro, Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, Manuel da Rocha, viúvo, administrador do cemitério de Ílhavo, e José Francisco Bichão Júnior, casado, pescador, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre os compradores Manuel Sarabando e mulher Maria de Jesus, e os vendedores António Jorge, ou António Jorge Paralta, e mulher Teresa das Neves, todos lavradores e residentes no Lombomeão, freguesia de Vagos. Foi comprado um prédio de casas com seu quintal de terra lavradia contíguo com árvores de fruto, no Lombomeão, a confrontar do norte com os compradores, do sul com caminho público, do nascente com Francisco Jorge e do poente com caminho público. O prédio era alodial, rendia anualmente cerca de 2.500 reis e foi comprado por 72.000 reis. Os vendedores usufruiriam do prédio vendido até falecerem. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Alexandre Cesário Ferreira da Cunha, solteiro, farmacêutico aspirante, residente na vila de Ílhavo, assinando pelos compradores, Alexandre Maria Neves, casado, pescador, residente na vila de Ílhavo, assinando pelo vendedor, José Francisco Bichão Júnior, casado, [amador], residente na vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, e Manuel da Rocha, viúvo, administrador do cemitério de Ílhavo, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Gonçalves Lopes, casado, tamanqueiro, residente na Quinta do Picado, freguesia de Aradas, e os vendedores Luís Simões Maio e mulher Maria de Jesus, residentes no mesmo lugar, e Francisco Gonçalves Ferreira e mulher Joaquina de Jesus, residentes no lugar de São Pedro das Aradas, todos lavradores. Foi comprado (metade de cada um dos vendedores) um bocado de terra, no Coimbrão, limite da Quinta do Picado, a confrontar do norte com João Simões Morgado, do mesmo lugar, do sul com o comprador, do nascente com estrada pública e do poente com João da Cruz Gaio e com viúva de José Baú, do Bonsucesso. O prédio era alodial, foi comprado por 125.000 reis e pertencia aos vendedores por legítima por óbito do primeiro marido de Maria de Jesus e do pai e sogro dos vendedores Francisco Gonçalves Ferreira e mulher. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, assinando por Luís Simões Maio e mulher, e Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, assinando por Francisco Gonçalves Ferreira e mulhr, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foram mais testemunhas José Maria Cândido da Silva, sapateiro, e José de Oliveira, carpinteiro, ambos casados e residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Sebastião Caçoilo, casado, lavrador, e os vendedores Manuel Sardo, ou Manuel Ferreira Sardo, e mulher Maria Rosa de Jesus, lavradores, todos residentes na Gafanha da Cale da Vila da freguesia de Ílhavo. Foi comprada uma terra lavradia, na Gafanha da Cale da Vila, no local denominado “a Chave”, a confrontar do norte com o comprador, do sul com caminho público, do nascente com Manuel Francisco Bola e do poente com José Russo. A terra era alodial, rendia anualmente 1.500 reis, foi comprada por 60.000 reis e pertencia aos vendedores por legítima de sua mãe e sogra Clara de Jesus, por escritura de partilhas desta tabelião de 1896/01/02. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel José da Fonseca, casado, barbeiro, residente na vila de Ílhavo, assinando pelo comprador, José Pereira Ramalheira, casado, distribuidor postal, residente na vila de Ílhavo, assinando pelos vendedores, Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, e João Pinto de Sousa, solteiro, barbeiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo, Rua de Espinheiro, residência do Excelentíssimo Manuel Tavares de Almeida Maia, entre a compradora Maria Nunes Vidal, solteira, negociante, residente na Rua dos Mercadores, em Aveiro, e os vendedores, o dito Manuel Tavares de Almeida Maia, ou Manuel Tavares, e a sua Excelentíssima esposa D. Joana Vitorina Tavares dos Anjos, proprietários, aqui residentes. Foi comprada uma casa térrea ou armazém, na Viela do Alfena, freguesia da Vera Cruz, da cidade de Aveiro, a confrontar do norte com herdeiros de Domingos dos Santos Barbosa Maia, do sul com António Pereira Júnior, todos da cidade de Aveiro, do nascente com a dita viela, e do poente com herdeiros de João do Correio, da mesma cidade. A propriedade era alodial, foi comprada por 60.000 reis e pertencia aos vendedores por legítima de seu pai e sogro, por escritura de partilhas deste tabelião de 1895/01/30. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, residente na vila de Ílhavo, assinando pela compradora, Ricardo Domingues Magano, casado, alfaiate, residente na vila de Ílhavo, e Manuel Francisco Marcelino, casado, lavrador, residente em Salgueiro, freguesia de Soza.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Alexandre Marques, casado, negociante, e o devedor José Nunes Bastião, solteiro, lavrador, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 100.000 reis, com um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. O devedor hipotecava um prédio de terra e pinhal, nas Moitas, da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com carreiro público, do sul com José Gonçalves dos Anjos e outros, do nascente com Manuel Birro, dos Moitinhos, e do poente com vala de água. O prédio era alodial, rendia anualmente 6.000 reis, valia 200.000 reis e pertencia ao devedor por legítima de sua avó materna Luísa Nunes da Fonseca, da vila de Ílhavo. Foram testemunhas João Ferreira Solha o Parola, casado, proprietário, residente nas Moitas de Ílhavo, assinando pelo devedor, José Mateus dos Santos, casado, proprietário, e José dos Santos Torrão Júnior, solteiro, lavrador, ambos residentes em Vale de Ílhavo de Cima da freguesia de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, sendo a testadora Teresa das Neves, casada, lavradora, natural e residente no Lombomeão, freguesia e concelho de Vagos. Desejava a testadora que o seu funeral fosse feito conforme o uso da sua freguesia e que se mandassem dizer missas de esmola ordinária. A testadora foi casada com António Jorge Paralta, não tendo filhos nem herdeiros forçados. Instituiu como seus herdeiros, no direito de propriedade, a sua irmã Joana das Neves, casada com José Raimundo, residentes em Vagos, a seus sobrinhos António, menor pubere, e Manuel, menor impubere, filhos de sua falecida irmã Joaquina das Neves, e de Joaquim Sarabando, do Lombomeão, e a sua sobrinha afim, Maria de Jesus, casada com Manuel Sarabando, do mesmo mesmo. Dividia a herança em 4 partes iguais, uma destas seria para a sua sobrinha afim Maria de Jesus, e as 3 restantes seriam subdivididas em 2 quinhões iguais, sendo 1 para a sua irmã Joana das Neves, e o outro para os seus 2 sobrinhos António e Manuel, em partes iguais. O direito de usufruto recaía para seu marido, o qual nomeava como seu testamenteiro. Foram testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, assinando pela testadora, Manuel Rodrigues Leite, casado, alquilador, João Leite Monica, casado, carpinteiro, Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, Manuel da Rocha, viúvo, administrador do cemitério de Ílhavo, e José Francisco Bichão Júnior, casado, pescador, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, sendo o testador João Augusto Marques, casado, marítimo, natural e residente na vila de Ílhavo. Desejava o testador que o seu funeral e mais sufragios fossem feitos conforme o uso da sua freguesia. O testador foi casado em primeiras núpcias com Rosa Celestina Lebre, e era casado em segundas núpcias com Emília dos Anjos Marcela, tendo tido 3 filhos do primeiro matrimónio (Sabina Marques, casada com Manuel dos Santos Marnoto, Manuel Marques, casado com Maria da Conceição Vagueira, e Vitorina Marques, solteira, todos da vila de Ílhavo) e 1 filho do segundo matrimónio (Carlos, de 17 meses incompletos). Sendo os seus filhos os seus herdeiros, deixava à sua mulher toda a parte que por lei poderia deixar (segundo o artigo 1235 e outros do Código Civil), nomeando-a também como sua testamenteira. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, José dos Santos Barreto, solteiro, armador de igrejas, Manuel de Oliveira Vidal, viúvo, soldado reformado da guarda fiscal, Manuel Nunes da Cruz, casado, marítimo, e João Francisco Corujo, casado, marítimo, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Francisco Gonçalves Ferreira, casado, lavrador, e os vendedores José Gonçalves Couteiro, guarda-fios telegráficos, e mulher Margarida Rodrigues de Jesus, governanta de casa, todos residentes no lugar e freguesia de São Pedro das Aradas, concelho de Aveiro. Foi comprado um prédio de casas térreas, com aido contíguo e árvores de fruto, em Arada, no local denominado “Rua Cega”, freguesia de São Pedro das Aradas, a confrontar todo do norte com António Gonçalves Neto, residente no Porto, do sul com herdeiros de Luís Gonçalves Neto, do nascente com a dita Rua Cega ou ccaminho público, e do poente com João Gonçalves Gamelas, de Arada. O prédio pertencia aos vendedores por herança de seus pais e sogros, era onerado com o foro anul de 82 litros de trigo galego, pago a Maria dos Anjos Neto, solteiro, de São Pedro das Aradas, com laudémio de quarentena e foi comprado por 150.000 reis. A senhoria foi presente ao ato da escritura e prescindiu do direito de opção. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Marques Machado, solteiro, amanuense de cartório [forense], em Aveiro, assinando pelo comprador, e Manuel Ferreira da Cunham solteiro, farmacêutico, assinando pela vendedora, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foram mais testemunhas Manuel Gonçalves Lopes, casado, tamanqueiro, residente na Quinta do Picado, freguesia das Aradas, e António Nunes, solteiro, marítimo, residente na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Sardo Novo, casado, lavrador, e os vendedores Francisco Carlos e mulher Emília de Jesus Vergas, lavradores, todos residentes na Gafanha (Cale da Vila) da freguesia de Ílhavo. Foram compradas: uma terra lavradia, na Gafanha, à Cale da Vila, a confrontar do norte e nascente com o comprador, do sul e poente com a estrada que vai para a barra, sendo alodial; e uma leira de terra lavradia, no mesmo lugar, a confrontar do norte com os vendedores e do sul, nascente e poente com o comprador, sendo alodial. Os prédios foram comprados por 100.000 reis e rendiam anualmente cerca de 3.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas João Menício Tróia, casado, marítimo, assinando pelo comprador, e José Manuel Rodrigues, solteiro, negociante, assinando pela vendedora, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foram mais testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, e Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor José Domingues Largo Imaginário Sénior, casado, proprietário, e a devedora Rosa da Silva Faca, solteira, negociante, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 300.000 reis, com um juro anual de 7%, vencido desde a data da escritura. A devedora hipotecava o prédio, na Rua Direita da vila de Ílhavo, composto por casas térreas de habitação com seus pátios, poços, quintal e árvores de fruto, a confrontar todo do norte com a Rua Direita, do sul com Manuel Russo da Alegria, do nascente com caminho de consortes e do poente com Maria Emília Barreto, viúva, sendo alodial, rendia anualmente 30.000 reis, valia 1.000.000 reis e pertencia à devedora, parte por compra feita a Manuel Nunes Pinugelo o Nina, e parte por compra a Manuel Pereira Rato. O prédio já estava hipotecado a Francisco da Rocha, da cidade de Aveiro, à garantia de 150.000 reis. Foram testemunhas Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate, residente na vila de Ílhavo, assinando pelo credor, Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, residente na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, Calisto do Bem Barroca, solteiro, tamanqueiro, e Manuel de Oliveira Rasoilo, casado negociante, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de partilhas amigáveis, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre os herdeiros de João dos Santos, morador que foi na Quinta do Picado, freguesia das Aradas: Joaquim dos Santos e mulher Francisca Marques, residentes em São Bernardo, freguesia da Senhora da Glória, de Aveiro, e Manuel dos Santos e mulher Brites de Jesus, residentes na Quinta do Picado, todos lavradores. Foram feitas as partilhas dado o óbito de João dos Santos a 1895/12/28, dividindo-se os bens em 2 quinhões iguais. Joaquim dos Santos e mulher ficavam com: uma terra lavradia, no local denominado “A Quinta”, próxima à Gândara da Oliveirinha, a confrontar do norte com Daniel Fernandes, de São Bento, do sul com João Simões Maio o Estudante, de São Bernardo, do nascente com servidão de consortes e do poente com caminho público, sendo alodial; duas terças partes de um prédio composto por terra e pinhal e seu terreno, na Ucha, limite da Quinta do Picado, as quais duas terças partiam do norte com Manuel dos Santos, filho de José dos Santos (primo dos outorgantes), do sul com a terça parte restante, atribuída nesta escritura a Manuel dos Santos e mulher, do nascente com José dos Santos, também primo dos outorgantes, e do poente com caminho público, sendo alodial. Manuel dos Santos e mulher ficavam com: um assento de casas térreas, em fraco estado, com seu aido contíguo, poço, eira e sua casa e árvores de fruto, no mesmo local da Ucha, a confrontar tudo do norte com os mesmos Manuel dos Santos e mulher, do sul com Joaquim dos Santos, tio dos outorgantes, do nascente com viela pública e do poente com pinhal de Manuel dos Santos Capela, de Verdemilho, sendo alodial; e a terça parte restante, do lado sul, do prédio de terra e pinhal e seu terreno, na Ucha, que parte do norte com os dois terços, atribuídos nesta escritura a Joaquim dos Santos e mulher, do sul com outro Joaqauim dos Santos (tio dos outorgantes), do nascente com José dos Santos (primo dos outorgantes) e do poente com caminho público, sendo alodial. Foram testemunhas José dos Santos Barreto, solteiro, artista, residente na vila de Ílhavo, assinando por Francisca Marques, Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, residente em Ílhavo, assinando por Manuel dos Santos e mulher, Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, e João Francisco Corujo, casado, marítimo, ambos residentes em Ílhavo.
Escritura de doação e partilha amigável, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a doadora Rosa Gonçalves de Jesus, viúva de Joaquim da Cruz, seareira, residente em Verdemilho, freguesia de São Pedro das Aradas, e os donatários, filhos, genros e noras do falecido: Isabel Gonçalves de Jesus, solteira, Francisco da Cruz e mulher Maria Martins, Teresa Gonçalves de Jesus e marido José Carvalho, todos residentes em Verdemilho, Joaquim da Cruz e mulher Francisca Simões, residentes em Aguada de Baixo, concelho de Águeda, e Manuel da Cruz e mulher Margarida de Jesus, residentes em São Bernardo, freguesia da Glória, cidade de Aveiro, todos seareiros. Os donatários obrigavam-se a receber a doadora, dando-lhe casa e agasalho, tratando-a bem, e dando-lhe anualmente no dia de São Miguel 200 reis cada um. Os bens doados eram todos os que pertenciam à doadora por meação por óbito de seu marido, por escritura de 1894/03/05 deste tabelião, exceto uma terra lavradia, na Pilota, em Verdemilho, próxima à Quinta da Medêla, vendida. Os bens doados eram: um assento de casas térreas, com seu pequeno pátio, em Verdemilho, a confrontar do norte e nascente com a viela de consortes, do sul e poente com [Manuel] Filipe Neto, sendo alodial, no valor de 60.000 reis; um bocado de terra, no Eiro, limite de Verdemilho, a confrontar do norte com Manuel Bartolomeu, do sul com o donatário Francisco da Cruz, do nascente com Manuel Tavares de Almeida Maia e do poente com caminho de consortes, sendo alodial, no vaor de 30.000 reis; e a quantia de 210.000 reis, sendo o total destes bens o de 300.000 reis. Partindo os bens doados em partes iguais, cada um dos donatários receberia o valor de 60.000 reis. Isabel Gonçalves de Jesus ficava com o assento de casas térreas, com seu pequeno pátio, em Verdemilho, já confrontado, no valor de 60.000 reis. Francisco da Cruz e mulher ficavam com um bocado de terra, no Eiro, já confrontado, no valor de 30.000 reis e mais a quantia de 30.000 reis. Teresa Gonçalves de Jesus e marido ficavam com a quantia de 60.000 reis. Joaquim da Cruz e mulher ficavam com a quantia de 60.000 reis. Manuel da Cruz e mulher ficavam com a quantia de 60.000 reis. Foram testemunhas João dos Santos Marnoto, casado, pescador, assinando pela doadora, José Simões Chuva Ferreiro, solteiro, marítimo, assinando por Isabel Gonçalves de Jesus, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, assinando por Francisco da Cruz e mulher, Duarte Lourenço Catarino, casado, marítimo, assinando por Teresa Gonçalves de Jesus e marido, Agostinho Dias Pereira, casado, marítimo, assinando por Francisca Simões, João Pinto de Sousa, solteiro, barbeiro, assinando por Manuel da Cruz e mulher, todos residentes na vila de Ílhavo. Foram mais testemunhas Henrique António de [Abreu], casado, carpinteiro, e José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de contrato ante-nupcial, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeiro outorgante José Nunes Morgado, viúvo de Rosa dos Santos, lavrador, residente no lugar do Moitinhos, e a segunda outorgante Maria da Conceição dos Santos, viúva de João Francisco Esmerado, lavradora, residente no lugar das Moitas, ambos da freguesia de Ílhavo. O primeiro outorgante era filho de Manuel Nunes Morgado, falecido à data da escritura, e de Luísa dos Santos, e a segunda outorgante era filha de Manuel Francisco da Silveira e de Joana dos Santos, falecidos à data da escritura. O casamento seria regido pela inteira separação de bens presentes e dos que de futuro adquirissem por sucessão ou por qualquer título fortuito (comunhão de bens adquiridos por título oneroso durante a constância do matrimónio). Caso houvesse filhos que não sobrevivessem aos outorgantes os bens seriam da mesma forma [incomunicáveis]. O primeiro outorgante trazia para os bens do casal todos os seus bens que lhe foram atribuídos por meação no inventário de menores, feito no juízo de direito e comarca de Aveiro e cartório do quinto ofício, por óbito de sua mulher Rosa dos Santos, à exceção de um bocado de terra lavradia, na Legua de Ílhavo, vendida a Gabriel Nunes de Oliveira Pio, da Legua, por escritura de 1894/01/25 deste tabelião. A segunda outorgante trazia para o casal todos os bens que lhe pertenciam por meação por óbito de seu marido João Francisco Esmerado, e aqueles que lhe pertenciam em legítima por óbito de seu pai Manuel Francisco da Silveira, constantes dos inventários de menores no juízo de direito da comarca de Aveiro e cartório do quarto ofício, exceto uma terra lavradia, pertencente à legítima paterna, que foi vendida a Domingos Simões Morgado, do Bonsucesso, por escritura de 1895/06/19 deste tabelião. Foram testemunhas Manuel Ferreira da Cunha, solteiro, farmacêutico, residente na vila de Ílhavo, assinando pela segunda outorgante, Luís dos Santos Arvelo, marítimo, e Joaquim Fernandes Mano, pescador, ambos casados, residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de caução, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre os primeiros outorgantes João da Rocha Deus e mulher Maria Chuva, lavradores, residentes na vila de Ílhavo, e os segundos outorgantes, João Sarrico Deus e seu irmão Manuel Sarrico Deus, lavradores, residentes em Verdemilho, freguesia das Aradas, solteiros. Os primeiros outorgantes eram devedores à Caixa Económica da cidade de Aveiro da quantia de 700.000 reis, por uma letra de terra, que tinha sido assinada por João da Rocha Deus e João Sarrico Deus, como sacadores, e por Manuel Sarrico Deus, como endossante, e que vencia a 1896/03/16. Face à responsabilidade assumida pelos segundos outorgantes em relação à letra de terra, os primeiros outorgantes garantiam essa responsabilidade, obrigando-se a pagar aos segundos outorgantes a quantia da letra de terra e eventuais juros de 6,5%, vencidos desde a data prevista de pagamento da letra, assim como todas as despesas inerentes ao pagamento da letra. Os primeiros outorgantes davam como caução, hipotecando: uma terra lavradia chamada “O Selão”, que era alodial, na Rua Nova da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Luís Ferreira Solha, do sul com herdeiros de João Nunes Mau, do nascente com herdeiros de Manuel Nunes Ramos, e do poente com propriedade pertencente à família Alcoforado Cerveira de Alqueidão, valia 450.000 reis e rendia anualmente 13.500 reis; um pinhal e mato, chamado “As Ervosas”, na Presa, limite da vila de Ílhavo, sendo alodial, a confrontar do norte com herdeiros de António Rato, do sul com herdeiros de António João Carrancho, do nascente com Manuel da Rocha Braz, da Lagoa, e do poente com servidão de vários consortes, que valia 150.000 reis e rendia anualmente 4.500 reis; um pinhal e seu termo, na Lagoa do Junco (Gândara de Ílhavo), a confrontar do norte com José Maria Gonçalves Fernandes Anchão, do sul com Luís Francisco da Picada, do nascente com herdeiros de António da Rocha Deus, e do poente com caminho público, sendo alodial, valia 100.000 reis e rendia anualmente 3.000 reis; e o seu assento de casas térreas, com seu pátio, aido lavradio contíguo, vessada, eira e poço, onde vivia, na Rua Nova da vila de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com herdeiros de João Nunes Mau, do sul com Manuel Fernandes Agualusa, do nascente com Manuel Nunes Pinguelo o Roldão, e do poente com rua pública, sendo alodial, valia 1.000.000 reis e rendia anualmente 30.000 reis. Este último prédio achava-se hipotecado a João António da Graça, da vila de Ílhavo, como garantia de 400.000 reis, por escritura deste tabelião. Foram testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de revogação de doação, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeiro outorgante José António Morgado, presbítero, residente na vila de Ílhavo, e o segundo outorgante o Reverendo Manuel Fernandes Barros, presbítero, natural da freguesia de Ílhavo, coadjutor da freguesia de São João Batista de Lumiar, residente na Travessa do Prior, no Lumiar, cidade de Lisboa, representado pelo seu procurador Domingos Ferreira Jorge, presbítero, residente na vila de Ílhavo. O primeiro outorgante tinha doado ao segundo outorgante, por escritura deste tabelião de 1894/05/11, o usufruto de uma propriedade composta de casa e terra lavradia contígua e poços, na Cancela do Espinheiro, da vila de Ílhavo, avaliada em 1.600.000 reis, rendia anualmente 80.000 reis. A doação tinha sido feita para complemento do património do segundo outorgante, segundo as leis eclesiásticas do Bispado de Rodrigo (Espanha) onde o segundo outorgante tinha completado o seu curso. A doação foi feita com a condição do usufruto ser vitalício até à época em que o donatário obtivesse património próprio ou conseguisse qualquer benefício eclesiástico. Como tal já acontecera, nomeadamente por escritura deste tabelião de 1894/01/08, onde se constituíram como bens do donatário bens no valor de 400.000 reis, revogava-se a doação anterior por já não se cumprir as condições inerentes à escritura respetiva. Foram testemunhas António Pereira Ramalheira, proprietário, e José Maria Cândido da Silva, sapateiro, ambos casados, residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador João Lopes, casado, lavrador, residente na Gafanha (aos Caseiros) da freguesia de Ílhavo, e os vendedores Albino de Oliveira Pinto, casado, proprietário, residente à data da escritura nas Ribas da Picheleira, da freguesia de Ílhavo, por si e como procurador da sua esposa D. Maria Teresa de Oliveira Pinto, proprietária, residente à data da escritura nas Ribas da Picheleira, e seu pai e sogro Augusto de Oliveira Pinto, viúvo, proprietário, residente na vila de Ílhavo. Foi comprada metade, do lado sul, da leira de terra lavradia conhecia pelo “prazo número doze”, na Gafanha de Vagos, que confronta a metade do norte com a outra metade (dois terços de Albino e esposa e um terço de Augusto de Oliveira Pinto), já vendida a Manuel Lopes, dos Caseiros, do sul com António Julião Novo, do nascente com caminho público de carro e do poente com terrenos aforados à Câmara de Vagos, por 100.000 reis. A propriedade vendida pertencia aos vendedores por compra feita ao Excelentíssimo Henrique Ferreira Pinto Basto, das Águas Boas (Oliveira do Bairro). Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas José Nunes Ribau, casado, lavrador, residente na Gafanha (Gramata) e Domingos dos Santos Neves, viúvo, lavrador, residente na Coutada, ambos da freguesia de Ílhavo.
Escritura de compra, feita na vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel dos Santos da Labrincha Júnior, casado, pescador, e os vendedores, pai, irmã e cunhado do comprador, a saber: Manuel dos Santos da Labrincha, viúvo, pescador, Joana Rosa dos Santos, costureira, e marido Augusto dos Santos Parracho, marítimo, e Joana dos Santos, solteira, costureira, todos residentes na vila de Ílhavo. Foram compradas cinco sextas partes (3 sextas do viúvo e as outras 3 de cada um dos outros vendedores) de um prédio composto por casa alta com saguão, na Rua do Espinheiro, da vila de Ílhavo, a confrontar todo do norte com Manuel José de São Marcos o Caminhada, da vila de Ílhavo, do sul com viela de consortes, do nascente com António de Sousa Firmeza, da vila de Ílhavo e do poente com a Rua do Espinheiro. O prédio era alodial, foi comprado por 125.000 reis. Ao comprador pertencia a outra sexta parte do mesmo prédio. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas João da Banca, solteiro, marítimo, residente na vila de Ílhavo, assinando pelo vendedor viúvo, José Nunes Morgado, viúvo, lavrador, residente nos Moitinhos, freguesia de Ílhavo, assinando pela vendedora Joana dos Santos, solteira, Cipriano Mendes, casado, negociante, e Paulo Gonçalves Vilão, solteiro, marítimo, ambos residentes na vila de Ílhavo.