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Escritura de arrendamento, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua de Alqueidão e casas de residência da [Excelentíssma] D. Maria José Alcoforado da Maia, viúva, [onde] foram pessoalmente presentes como primeiros outorgantes senhorios aquela [Excelentíssima] D. Maria José Alcoforado da Maia, viúva do [Excelentíssimo] doutor Manuel da Maia Alcoforado e seus [Excelentíssimos] genro e filha, doutor António Frederico de Morais Cerveira e esposa D. Maria Henriqueta da Maia Alcoforado, todos proprietários, aqui residentes, e da outra parte como segundos outorgantes arrendatários António Domingues Caetano e mulher Rita Domingues Louro, lavradores, residentes no lugar da Presa, freguesia e concelho de Mira, [camara] de Cantanhede. [Foi arrendada] uma praia de cultura de arroz e estrumes denominada “do [Modarno] ou Molaleira[”], sita no Ribeiro de Soza, concelho de Vagos, a qual, por bem conhecida se não confronta. [O] arrendamento [durava desde a data da escritura] até ao dia de S. Miguel (vinte e nove de setembro) de mil oitocentos e noventa e três, [podendo a renda ser paga no dia de todos os santos, a 10 de novembro do mesmo ano]. [A] renda [era] a quantia de duzentos e setenta mil reis, [paga] em casa dos [Excelentíssimos] senhorios. Os estrumes só [poderiam] ser levantados até ao dia de S. Miguel [e] o arroz só [poderia ser] colhido quando esteja em condições disso e sem prejuízo para os arrendatários. Os [Excelentíssimos] senhorios [obrigavam-se] a mandar limpar as valas [para que] por elas [passassem] as águas até à praia e os arrendatários [responsabilizavam-se] pelas sua conservação e reparos. [Sobre] as águas que vão irrigar a mencionada praia, que os [Excelentíssimos] senhorios [possuíam] por título de aquisição, denominadas da azenha de Fareja, e [sobre] as águas que os mesmos [possuíam] por escritura de arrendamento, conhecidas pelas águas da azenha do Boco, convencionavam o seguite: quanto às primeiras, os arrendatários [receberiam] as águas que não fossem necessárias para cumprir os contratos que os [Excelentíssimos] senhorios tenham feito [ou fizessem]; quanto às segundas, durante a irrigação, [poderiam os Excelentíssimos] senhorios usar do direito de poder arrendar as águas nos primeiros três dias de cada sete, [desde o] primeiro de março próximo, e [poderiam os] arrendatários receber as águas nos quatros dias restantes […]. [Os] arrendatários [hipotecavam] umas casas térreas, onde eles [habitavam] com seu quintal pegado, árvores de fruto [e] poço, sitas no lugar da Presa, freguesia de Mira, a confrontar do norte e poente com eles arrendatários, do sul com estrada pública [e] do nascente com António Miranda Balseiro. [Era um prédio] alodial, [podia] render anualmente dezoito mil reis e [calculavam] o seu valor venal em seiscentos mil reis. [Foram] testemunhas José Francisco Magano, casado, proprietário, residente na Rua de Alqueidão desta vila, que assinou a rogo do arrendatário, José Maria Malaquias, casado, carpinteiro, residente também em Alqueidão desta vila, que assina a rogo da arrendatária, João Fernandes da Silva, casado, ferreiro, e Manuel da Silva Malaquias, casado, carpinteiro, ambos residentes nesta mesma vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante credor António de Pinho, casado, proprietário, residente nesta vila de Ílhavo, da outra parte como segundos outorgantes devedores, Jerónimo Ferreira Neto e mulher Joana Rosa Nunes Vidal, lavradores, residentes no lugar dos Moitinhos, desta freguesia de Ílhavo, e da outra parte ainda, como terceiros outorgantes fiadores António da Rocha Troloró e mulher Rosa Nunes, também lavradores, residentes no mesmo lugar dos Moitinhos. [Foi emprestada] a quantia de cem mil reis, [a um] juro anual na razão de seis porcento. [Os devedores hipotecavam] um aido de terra lavradia, atravessado por uma levada de água, sito no lugar dos Moitinhos, limite desta freguesia, a confrontar do norte com João da Rocha Troloró, do sul com Jaime Marques, do nascente com levada de água e do poente com caminho público, [era] alodial, [podia] render anualmentle seis mil reis e [calculavam] o seu valor venal em duzentos mil reis. [Foram nomeados] fiadores António da Rocha Troloró e mulher. [Foram] testemunhas Albino de Oliveira Pinto, casado, proprietário[, que assinou a rogo do credor], João [Aleu] Francisco Ferreira, casado, sapateiro[, que assinou a rogo da devedora], Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador, que assinou a rogo do fiador], todos residentes nesta vila, Manuel da Rocha Serradeira[, que assinou a rogo da fiadora], casado, lavrador, residente no lugar da Légua, desta freguesia, José António de Magalhães, casado, negociante, e Joaquim Simões Ramos, casado, também negociante, ambos igualmente residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante comprador José Francisco Neto, casado, lavrador, residente em Verdemilho, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores António Francisco Neto e mulher Rosa de Jesus Padeira, lavradores, residentes no lugar da Quinta do Picado. [Foi comprada] uma leira de terra lavradia, sita no lugar de Verdemilho no local denominado o Serrado, limite da freguesia de S. Pedro de Aradas, a confrontar do norte com Maria Furôa Neta, do sul com o comprador, do nascente com Manuel Francisco Neto, todos de Verdemilho, e do poente com caminho de consortes. [A] leira de terra [podia] render anualmente mil e quinhentos reis [e era comprada] pelo preço de cinquenta mil reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Albino de Oliveira Pinto, casado, negociante[, assinando pelo comprador], João Maria de S. Pedro, casado, empregado da alfândega aposentado[, assinando pelo vendedor], e Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador, assinando pela vendedora], todos residentes nesta vila de Ílhavo, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta mesma vila, e Manuel da Rocha Serradeira, casado, lavrador, residente no lugar da Légua, desta freguesia.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante credor João dos Santos Marnoto o Toninha, casado, proprietário, residente [à data da escritura] nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segundo outorgante devedor, o [Excelentíssimo] Padre João Manuel da Rocha Senos, solteiro, presbítero, residente nesta mesma vila. [Foi emprestada] a quantia de quatrocentos mil reis, [a um] juro anual na razão de sete porcento, [vencido desde a data da escritura]. [O devedor hipotecava] uma terra lavradia, sita no Muro Gordo, ao pé da ponte da Malhada, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Luís Francisco Marieiro, do sul com caminhos de vários consortes, do nascente com herdeiros de Tomé Batista Madaíl e do poente com António, filho de Manuel José Rigueira, todos desta vila, [era] alodial, [podia] render anualmente doze mil reis, e [calculavam] o seu valor venal em quatrocentos mil reis e uma terra lavradia, sita na Agra da Coutada, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Francisco Nunes Feliciano Camponês, do sul Manuel Simões Preto, do nascente com a rua pública da Coutada e do poente com caminho de vários consortes, [era] alodial, [podia] render anualmente quarenta e cinco mil reis e [calculava-se] o seu valor venal em um conto e quinhentos mil reis. Este segundo prédio [estava] sujeito a hipoteca como garantia de seiscentos mil reis, por escritura com data de vinte e nove de janeiro de mil oitocentos e noventa e um, lavrada na nota do tabelião interino da cidade de Aveiro, Dias da Silva, a favor de Maria dos Anjos Marcela, mulher de José Fernandes Preceito, desta vila. [Foram] testemunhas Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate e José Teiga Júnior, casado, marnoto, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de partilhas amigáveis, [feita] neste lugar das Quintãs desta freguesia e concelho de Ílhavo e casas pertencentes a Manuel Simões da Rocha, [onde] foram pessoalmente presentes Maria da Rocha, viúva de Luís da Cruz Paiva, residente neste lugar das Quintãs, freguesia de Ílhavo, e seus filhos, nora e genros a saber: António da Cruz Paiva e mulher Maria de Jesus, residentes neste lugar das Quintãs, freguesia de Ílhavo, Mariana da Rocha e marido Luís Lopes Neto, residentes nas Quintãs, freguesia de Oliveirinha, Rosa da Rocha e marido Joaquim Mendes de Queirós, residentes no mesmo lugar das Quintãs, freguesia de Oliveirinha, e Maria da Rocha e marido Domingos Fernandes da Rocha, residentes no lugar da Presa, freguesia de Ílhavo, todos lavradores. Luís da Cruz Paiva [que faleceu a 1892/10/29, era marido, pai, sogro e genro dos outorgantes, pelo que os outorgantes decidiram fazer a partilha dos bens do casal]. A meação da outorgante viúva Maria da Rocha, [compunha-se em] duas terças partes do prédio de casas de habitação, com seu pátio, aido [e] poço, sito neste lugar das Quintãs, freguesia de Ílhavo, sendo essas duas terças partes as que ficam do lado norte, medindo, no que respeita à parte urbana, onze metros e meio de largura pelo lado da frente e os fundos correspondentes a esta medição até ao fim do aido. Estas duas terças partes [confrontavam-se] do norte com a viúva de Manuel Lopes da Conceição, do sul com António da Cruz e com a terça parte restante do prédio, do nascente com o [doutor] Manuel Nunes de Oliveira Sobreiro e do poente com estrada distrital de Aveiro à Palhaça [e era] alodial. António da Cruz Paiva e mulher [ficavam com] uma décima segunda parte do supradito prédio de casas de habitação, sito naquele lugar das Quintãs, freguesia de Ílhavo e uma terça parte de uma terra lavradia, sita no Chão do Raposo, limite da freguesia de Soza, sendo esta terça parte a que fica do lado poente e confronta deste lado com vários inquilinos e do nascente com a terça parte do mesmo prédio [atribuído] à coherdeira Maria da Rocha, [sendo] também alodial. Mariana da Rocha e marido [ficavam com] uma décima segunda parte do supradito prédio de casas de habitação e um terreno de mato e pinheiros, sito no Barro, limite da freguesia de Soza, a confrontar do norte com Cândido Lopes da Conceição e do sul com José Nunes da Costa, do nascente e poente com António da Cruz, [e era] alodial. Rosa da Rocha e marido [ficavam com] uma décima segunda parte do referido prédio de casas de habitação, e uma terça parte da terra lavradia no Chão do Raposo, freguesia de Soza, sendo esta terça parte a que fica do lado do nascente e confronta do norte com viela de consortes, do sul com José da Rocha, deste lugar, do nascente com António Carrancho, deste mesmo lugar, e do poente com a coherdeira Maria da Rocha. Maria da Rocha e marido [ficavam com] uma décima segunda parte do referido prédio de casas de habitação e a terça parte restante (a do meio) da terra lavradia no Chão do Raposo, freguesia de Soza, a partir do norte com a vila de consortes, do sul com José da Rocha, do nascente com a outorgante Rosa da Rocha e do poente com o outorgante António da Cruz Paiva. [Os quatro herdeiros que receberam as décimas partes remeteram para o futuro a] demarcação dessas mesmas partes. [Foram] testemunhas Alberto Mendes Pinho de Queirós, solteiro, alfaiate, residente neste lugar das Quintãs de Ílhavo, que assina a rogo da outorgante viúva, Manuel Nunes Génio, casado, lavrador, residente neste mesmo lugar, que assina a rogo da outorgante Maria de Jesus, António da Cruz, casado, lavrador, residente neste mesmo lugar, que assina a rogo da outorgante Mariana da Rocha, Elias Marques da Cruz, casado, lavrador, residentes nas Quintãs da Oliveirinha, que assina a rogo da outorgante Rosa da Rocha, Joaquim João Anastácio, casado, lavrador, residente no lugar de Vila Nova da Palhaça, que assina a rogo dos outorgantes Maria da Rocha e marido, Jerónimo da Cruz, casado, jornaleiro, residente neste lugar das Quintãs de Ílhavo e Joaquim Simões Martinho, casado, lavrador, residente nas Quintãs de Oliveirinha.
Escritura de doação inter vivus com imediata transferência de domínio e posse, [feita] neste lugar das Quintãs desta freguesia e concelho de Ílhavo e casas pertencentes a Manuel Simões da Rocha, [onde] foram pessoalmente presentes como primeira outorgante doadora Maria da Rocha, viúva de Luís da Cruz Paiva, residente neste lugar das Quintãs, freguesia de Ílhavo, e da outra parte como segundos outorgantes donatários seus filhos, nora e genros a saber: António da Cruz Paiva e mulher Maria de Jesus, residentes neste lugar das Quintãs de Ílhavo, Mariana da Rocha e marido Luís Lopes Neto, residentes no lugar das Quintãs da Oliveirinha, Rosa da Rocha e marido Joaquim Mendes de Queirós, residentes no mesmo lugar das Quintãs da Oliveirinha, e Maria da Rocha e marido Domingos Fernandes da Rocha, residentes no lugar da Presa, freguesia de Ílhavo, todos lavradores. [A] primeira outorgante [doava] aos segundos outorgantes, em partes iguais, as duas terças parte de um prédio de casas de habitação cm seu pátio, aido [e] poço, neste lugar das Quintãs, freguesia de Ílhavo, sendo essas duas terças partes as que ficam do lado norte do prédio medindo, no que respeita à parte urbana, onze metros e meio de largura pelo lado da frente, e os fundos correspondentes a esta medição em todo o comprimento até ao fim do aido. As duas terças partes que se [achavam] divididas e demarcadas, confrontam do norte com a viúva de Manuel Lopes da Conceição, do sul com António da Cruz e com a terça parte restante do prédio, do nascente com o doutor Manuel Nunes de Oliveira Sobreiro, da Costa do Valado, e do poente com a estrada distrital de Aveiro à Palhaça, [eram] alodiais, [podiam] render anualmente cinco mil e duzentos reis e [calculava-se] o seu valor venal em cento e setenta e cinco mil reis. As duas terças partes [foram o resultado da meação da primeira outorgante sobre a herança de seu falecido marido, atribuída na escritura de partilhas anterior]. [A doação era feita] com as seguintes condições: [a] doadora [revervava] para si, enquanto viva, o usufruto das partes doadas; [os segundos outorgantes seriam] obrigados a tratar [bem da primeira outorgante ...]. [Os segundos outorgantes hipotecavam propriedades para garantir o cumprimento das suas obrigações]. António da Cruz Paiva e mulher [hipotecavam] uma terra lavradia sita no Ribeiro limite de Oliveirinha, a partir do norte com Joaquim Nunes Paula e do sul com Manuel Marques Cadengo, do nascente com [Crejos] e do poente com servidão de vários, [podia] render anualmente mil e quinhentos reis e [calculavam] o valor venal em cinquenta mil reis. Mariana da Rocha e marido [hipotecavam] um prédio que se [compunha] de marinha, mato e alguns pinhais, sito na [Horta], limite da freguesia de Oliveirinha, a partir do norte com Loureiro Lopes e outros, do sul com Manuel Nunes de Almeida, do nascente com servidão particular e do poente com João Fernandes, [era] alodial, tinha] o mesmo valor venal de cinquenta mil reis e o mesmo rendimento anual de mil e quinhentos reis. Rosa da Rocha e marido [hipotecavam] um assento de casas e aido, nas Figueiras, limite das Quintãs da Oliveirinha, a partir do norte com Luís Lopes Neto, do sul com viúva de João de Matos, do nascente com Loureiro Lopes Neto e do poente com estrada pública, [era] alodial, [tinha] o mesmo rendimento anual e o mesmo valor anual. Maria da Rocha e marido [hipotecavam] uma terra lavradia bas Corgas da Rainha, limite de Ílhavo, a partir do norte com herdeiros de Manuel Fernandes da Rocha Novo, do sul com caminho de consortes, do nascente com o [Reverendo] Domingos Ferreira Jorge e do poente com caminho de consortes, [era] alodial e [tinha] o mesmo rendimento e valor venal. [Foram] testemunhas Alberto Mendes Pinho de Queirós, solteiro, alfaiate, residente nas Quintãs de Ílhavo, que assina a rogo da doadora, Manuel Nunes [Gueiro], casado, lavrador, residente no mesmo lugar, que assina a rogo da outorgante Maria de Jesus, António da Cruz, casado, lavrador, residente no mesmo lugar, que assina a rogo da donatária Mariana da Rocha, José Rodrigues de Oliveira, solteiro, lavrador, residente nas Quintãs de Oliveirinha, que assina a rogo da donatária Rosa da Rocha, Francisco Rodrigues de Oliveira, casado, lavrador, residentes nas Quintãs da Oliveirinha, que assina a rogo dos donatários Maria da Rocha e marido, Joaquim Simões Martinho, casado, lavrador, residente neste lugar das Quintãs da Oliveirinha e Jerónimo da Cruz, casado, lavrador, residente neste lugar das Quintãs de Ílhavo.
Escritura de quitação e destrate, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante Francisco Simões Ratola, casado, proprietário, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de S. Pedro das Aradas, e da outra parte como segundo outorgante o [Excelentíssimo] Padre João Manuel da Rocha Senos, solteiro, presbítero, residente nesta vila de Ílhavo. [O segundo outorgante era devedor do primeiro outorgante] por escritura na nota do falecido tabelião Loureiro, desta vila [há cerca de vinte anos antes da data da escritura] da quantia de quinhentos mil reis, [tendo] o segundo outorgante hipotecado os seguintes prédios: uma casa térrea com seu quintal [e] poço, sitas na Rua de Espinheiro, desta vila, a confrontar do norte com rua pública, e do sul com prédio que foi do doutor Calisto Inácio de Almeida Ferraz, casa que [à data da escritura] pertencia, por compra, a Manuel Tavares de Almeida Maia, desta mesma vila, e uma terra lavradia, sita no Muro Gordo, limite desta freguesia, a partir do norte com Luís Francisco Marieiro e do sul com caminho de vários consortes, terra que [à data da escritura e mesmo à data da contração da dívida pertencia] ao segundo outorgante [tendo os] prédios [sido] registados na conservatória desta câmara. [Como o segundo outorgante tinha pago ao primeiro a quantia devida procedia-se ao] cancelamento do registo hipotecário para todos os efeitos da lei. [Foram] testemunhas Júlio Alfredo Lourenço [Catarino], casado, professor régio de ensino primário, residente em Verdemilho, freguesia de S. Pedro de Aradas, e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta vila de Ílhavo.
[Escritura de] testamento, [feita] nesta vila de Ílhavo (comarca de Aveiro) e cartório [do tabelião], [onde] foi pessoalmente presente [o testador] José Lopes Serrano, casado, lavrador, natural de Vale de Ílhavo de Cima e lá residente, desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [O testador desejava que se fizesse] o seu enterro ou funeral conforme o uso desta sua freguesia, que dentro do prazo de seis meses [depois do seu falecimento] se [mandassem] rezar quinze missas de esmola ordinária, por [sua] alma, ditas por uma só vez. [O testador era] casado com Maria Simões [e não tinha filhos nem] herdeiros forçados. [Deixava] todos os [seus] bens, direitos e ações à dita sua mulher Maria Simões, com quem [vivia] no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, [a qual também nomeava] para sua testamenteira. [Foram] testemunhas Manuel Nunes Vidal Marto, casado, lavrador, Manuel Ferreira Jorge, solteiro, lavrador, ambos residentes no lugar da Ermida, José Fernandes Nuno, solteiro, lavrador, residente no Soalhal da Ermida, José Nunes Agras, casado, lavrador, residente no lugar da Apeada, todos [os] quatro desta freguesia de Ílhavo, e José dos Santos Bizarro, casado, marítimo, residente nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante comprador Luís Francisco Capote o Teiga, casado, marnoto, residente na Rua da Lagoa desta vila, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores Manuel Fernandes Rato, marnoto e mulher Conceição Simões Pereira, governante de sua casa, residentes nesta mesma vila. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita no Casal, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Gomes dos Santos Rigueira, do sul com caminho de vários consortes, do nascente com ele comprador e do poente com herdeiros de António da Rocha Deus, todos desta vila. [A terra era] alodial, [podia] render anualmente três mil reis [e era comprada] pelo preço de cem mil reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate, residente nesta vila, que assina a rogo do comprador, Manuel de Oliveira da Velha, casado, marítimo, que assina a rogo do vendedor, Joaquim de Oliveira Rolo, casado, marítimo, residente também nesta vila, que assina a rogo da vendedora, João Fernandes Carrapichano, casado, alfaiate e João dos Santos Marnoto o [Sónincha], casado, proprietário, ambos residentes também nesta vila.
[Escritura de] testamento, [feita] nesta vila de Ílhavo (comarca de Aveiro) e cartório [do tabelião], [onde] foi pessoalmente presente [a testadora] Maria Simões, casada, lavradora, natural de Vale de Ílhavo de Cima e lá residente, desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [A testadora desejava que se fizesse] o seu enterro ou funeral conforme o uso desta sua freguesia, que dentro do prazo de seis meses [depois do seu falecimento] se [mandassem] rezar quinze missas de esmola ordinária, por [sua] alma, ditas por uma só vez. [A testadora era] casada com José Lopes Serrano [e não tinha filhos nem] herdeiros forçados. [Deixava] todos os [seus] bens, direitos e ações ao dito seu marido José Lopes Serrano, [o qual também nomeava] para seu testamenteiro. [Foram] testemunhas Tomé Piorro, casado, marítimo, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da testadora, Manuel Nunes Vidal Marto, casado, lavrador, residente no lugar da Ermida desta freguesia de Ílhavo, Manuel Ferreira Jorge, solteiro, lavrador, também residente na Ermida desta freguesia, José Fernandes Nuno, solteiro, lavrador, residente no Soalhal da Ermida, desta mesma freguesia, José Nunes Agras, casado, lavrador, residente no lugar da Apeada, desta mesma freguesia e José dos Santos Bizarro, casado, marítimo, residente nesta vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita nesta vila de Ílhavo, Largo da Senhora do Pranto e residência de Luís Ferreira Morgado, sendo o testador Luís Ferreira Morgado, casado, proprietário, natural da vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. No prazo de 18 meses depois do seu falecimento, o testador desejava que mandassem dizer as seguintes missas, de esmola ordinária: 60 por sua alma, 60 por seu pai, 60 por sua mãe, 60 por seu padrinho e irmão João Ferreira Morgado, 60 por sua madrinha e irmã Joana do Pedro e 60 pelas pessoas que tenha ofendido ou cometido qualquer falta. Desejava ser enterrado conforme o uso da sua freguesia e que se distribuíssem 280 litros de milho bom (medida de Ílhavo) pelos pobres mais necessitados, ou o seu valor em dinheiro. O testador era casado com Joana Nunes do Couto, não tem filhos nem herdeiros forçados. Deixava à sua mulher metade de todos os bens, direitos e ações, e o usufruto de toda a sua herança. Instituía como herdeiros, em partes iguais, somente no direito de propriedade, da outra metade da herança o seu amigo José Ferreira Jorge, casado, lavrador, desta vila, e o seu afilhado Luís, menor, filho de Luís Nunes Pinguelo o Capela, desta vila. Desejava que a parte do herdeiro seu afilhado Luís fosse preenchida com o assento de casas, onde vivia o testador. Tais disposições eram feitas na condição de que a sua prima Anacleta, viúva de José da Rita, da Ermida, recebesse 14.400 reis, que os seus dois afilhados (Luís, filho de Joaquim dos Santos Bodas e Joana Machada, filha de Manuel Fernandes Matias, casada com António Ferreira, todos residentes nesta vila) recebessem cada um 4.800 reis e que Joana Solha, viúva de José Simões Chuva o Anjo, também desta vila, recebesse 12.000 reis. Nomeava para seu testamenteiro João Ferreira da Rocha Couto, casado, lavrador, desta vila, que receberia 100.000 reis como remuneração dessa função. Foram testemunhas Francisco Simões Chuva o Anjo, casado, marítimo, Manuel Roque Topete, casado, marítimo, Manuel da Silva Peixe, casado, marítimo, António da Silva Bento, casado, negociante, e Manuel Fernandes da Silva, solteiro, proprietário, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita nesta vila de Ílhavo, Largo da Senhora do Pranto e residência de Luís Ferreira Morgado, sendo a testadora Joana Nunes do Couto, casada, proprietária, natural da vila de S. Salvador de Ílhavo. No prazo de 2 anos depois do seu falecimento, a testadora desejava que mandassem dizer as seguintes missas, de esmola ordinária: 180 por sua alma, 30 por seu pai, 30 por sua mãe, 30 por sua madrinha e irmã Angélica e 30 por seu irmão Manuel. Desejava ser enterrado conforme o uso da sua freguesia e que se distribuíssem 338 litros de milho pelos pobres mais necessitados. A testadora era casado com Luís Ferreira Morgado, não tinha filhos nem herdeiros forçados. Deixava a seu sobrinho Luís Nunes Pinguelo o Capela, casado, lavrador, ou, na sua falta, a seus filhos sobreviventes, o aido de terra lavradia, em Cimo de Vila, limite desta freguesia, a partir do norte com Manuel Simões Teles, do sul com Maria Custódia do Arrais e do poente com a viúva de João Nunes Torrão, isto no caso do prédio ficar na meação da testadora, caso contrário, deixaria o valor do aido. Deixava à sua sobrinha Maria Rosa Nunes do Couto, casada com Luís Nunes Bastião, ou a seus filhos sobreviventes na sua falta, uma terra lavradia, no Outeiro, conhecida pela “Leira Pequena” desta freguesia, a partir do norte com herdeiros de Domingos Nunes Alegrete o Massa e do sul com caminho público, no caso da terra ficar na meação da testadora, caso contrário, deixava o seu valor. Deixava à sua irmã Rosa Nunes do Couto, casada com João André Patoilo, desta vila, ou a seus legítimos representantes, em caso de falecimento desta, 250.000 reis. Deixava ao seu afilhado Luís, filho daquele seu sobrinho Luís Nunes Pinguelo o Capela, 300.000 reis, valor que seria preenchido na parte do assento de casas e aido, onde a testadora vivia, caso o mesmo pertença à testadora, caso contrário seria entregue em dinheiro. Na restante herança instituía como seus herdeiros os seus sobrinhos Maria Nunes do Couto, viúva de António Francisco dos Santos, Maria Rosa Nunes do Couto, casada com Luís Nunes Bastião, e Luís Nunes Pinguelo o Capela, casado com Teresa de Oliveira Vidal, todos desta vila, que herdavam o restante em partes iguais. Caso a herdeira sua sobrinha Maria Nunes do Couto passasse a segundas núpcias e falecesse sem deixar filhos, a sua parte reverteria para os outros dois herdeiros. O usufruto de todos os seus bens era atribuído ao seu marido Luís Ferreira Morgado, sendo todas as outras disposições relativas ao direito de propriedade. Nomeava como seu testamenteiro o seu sobrinho e herdeiro Luís Nunes Pinguelo o Capela, e em sua falta, o seu filho Jo?e Nunes Pinguelo o Capela, solteiro, lavrador, desta mesma vila, que seria remunerado na quantia de 50.000 reis pela sua função. Foram testemunhas Manuel Fernandes da Silva, solteiro, lavrador, residente nesta vila de Ílhavo, assinando pela testadora, Manuel da Silva Peixe, casado, marítimo, Manuel Roque Topete, casado, marítimo, Francisco Simões Chuva o Anjo, casado, marítimo, António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate e José Ançã Sénior, casado, pescador, estes 5 também residentes nesta vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador Manuel António da Silva, casado, marítimo, residente [à data da escritura] nesta vila de Ílhavo, e da outra parte, como segundos outorgantes vendedores aquele dito Cipriano Mendes e mulher Inocência Pereira de [Águeda], negociantes, aqui residentes. [Foi comprada] uma morada de casas altas de habitação, sitas nesta Rua do Espinheiro, desta vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com Luís Pereira da Bela, do sul com servidão de consortes, do nascente com Maria Vitória, viúva de João Fernandes Pereira e do poente com eles vendedores. [A morada era] alodial, [podia] render anualmente dois mil e quinhentos reis e [era comprada] pelo preço de setenta mil reis. Entre a casa vendida e a casa pertencente a Maria Vitória, viúva de João Fernandes Pereira e herdeiros de Rosa Maria de Jesus, existia uma viela, que era servidão da mesma casa [vendida]. [Os vendedores adquiriam] este prédio vendido por compra que fizeram a Eduardo Catarino e mulher, residentes [à data da escritura] em Viseu, [por] escritura feita na nota do tabelião Fortuna da cidade de Aveiro, em vinte e [dois] de junho de mil oitocentos e noventa, [onde constava] que os mesmos Eduardo Catarino e mulher haviam concedido a Rosa Maria de Jesus, falecida [à data da escritura] e representada por aquela Maria Vitória de outros, permissão para ela edificar uma pequena casa com telhado na referida viela e de introduzir alguns barrotes na dita pequena casa na parede do mesmo prédio [vendido], com a condição porém dos segundos outorgantes não perderem o direito de servidão da mesma viela, para [reparar] quando preciso for, as beiras da casa vendida e a sua parece, e fazerem na mesma casa os reparos e concertos que ela precisar, [direitos que passaram para os compradores]. [Foram pagas as despesas inerentes à oporação]. [Foram] testemunhas Joaquim Domingues Magano Jerovia, casado, marítimo, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da vendedora, João Francisco da Rocha, casado, serralheiro, e José Simões Teles, casado, marítimo, ambos também residentes nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Manuel Gonçalves Andril, casado, proprietário, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de São Pedro das Aradas, e o devedor Albino de Oliveira Pinto, casado, proprietário, residente nesta mesma vila, por si e como procurador de sua esposa a Excelentíssima Dona Maria Teresa de Oliveira Pinto, proprietária, residente à data da escritura no lugar e freguesia do Bôlho, concelho de Cantanhede. Foram emprestados 900.000 reis, a juros anuais de 6%, vencidos desde a data da escritura. O devedor hipotecava o seu prédio, denominado Quinta da Manga com casa em construção, terra lavradia, árvores de fruto e poços, na Rua de Camões desta vila de Ílhavo, delimitada a norte com Manuel Tavares de Almeida Maia e vários inquilinos, do sul com a estrada distrital, denominada Rua de Camões, do nascente com Domingos Pereira Ramalheira e do poente com a Viela da Manga, era alodial, podia render anualmente 60.000 reis e tinha o valor venal de 2.000.000 reis. Foram testemunhas José António de Magalhães, proprietário e Domingos Pereira Ramalheira, distribuidor postal, ambos casados e residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor João dos Santos Marnoto o Toninha, casado, proprietário, residente [à data da escritura] nesta vila de Ílhavo, e da outra parte, como segundos outorgantes devedores Joaquim Fernandes Mano Agualusa e mulher Teresa Nunes, pescadores, residentes também nesta mesma vila. [Foi emprestada] a quantia de duzentos mil reis, [a um] juro anual na razão de sete porcento, [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] o assento de casas térreas, onde [viviam], com seu quintal, árvores de fruto [e] poço, sito na Praça do Peixe, desta vila de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Luísa, viúva de João Nunes [Lilau], do sul com João Francisco dos Santos o Ricóca, do nascente com a mesma Praça do Peixe e do poente com a mesma viúva de João Nunes [Lilau], [era] alodial, [podia] render anualmente quinze mil reis, e [calculava-se] o seu valor venal em quinhentos mil reis. [Os] devedores [continuavam] a pagar o prémio anual à companhia de seguros contra incêndios, denominada “Probidade[”], aonde o referido prédio, aqui hipotecado, [estava] seguro. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Rasoilo de Carvalho, casado, distribuidor postal, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da devedora, Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate, e Custódio Rodrigues da Preta, casado, marítimo, ambos também residentes nesta vila.
Escritura de contrato ante-nupcial, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua do Adro, e casas de residência de Domingos António Magano, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante José Mateus dos Santos, solteiro, maior, proprietário, residente em Vale de Ílhavo de Cima, filho legítimo de João dos Santos Vaqueiro e de Joana Nunes de Oliveira, e da outra parte, como segunda outorgante Maria Nunes de Castro, viúva de Paulo Nunes do Couto, maior, proprietária, residente em Vale de Ílhavo de Baixo, filha legítima de José Pedro Ribas e de Maria Rosa Nunes de Castro, ambos desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo, deste concelho de Ílhavo, comarca de Aveiro. [Os outorgantes acordaram em celebrar o] matrimónio em face da igreja e na forma do sagrado concílio tridentino. [O] casamento [era] contraído com simples comunhão dos adquiridos, nos termos dos artigos mil cento e trinta a mil cento e trinta e três do Código Civil portugues [e] mil duzentos e trinta e cinco do [mesmo]. [A segunda outorgante era] viúva e [tinha] um filho do matrimónio anterior. Para os efeitos do artigo mil centro e trinta e um do mesmo Código [o primeiro outorgante trazia] para o casal uma terra lavradia, sita na Quina do Simão Martins, em Vale de Ílhavo de Cima, a confrontar do norte com António Maltês, do sul com Luís Simões Diogo, do nascente com Pedro Couceiro da Costa e do poente com vários inquilinos [e era] alodial, uma terra lavradia nas Barreiras do Militar, a confrontar do norte com João Ferreira Solha, do sul com José António Torrão, do nascente com prédio dele mesmo outorgante e do poente com caminho público, outra terra lavradia na Cova da Quinta, a confrontar do norte com caminho público, do sul com João Gomes da Silva Valente, do nascente com João da Silva Branco e do poente com Luís Rodrigues Valente, uma terra lavradia nas leiras, a partir do norte com José Fernandes Teixeira, do sul com João Nunes Morgado, da Quinta do Picado, do nascente e poente com caminhos públicos, um pinhal e seu terreno na Cova do Colaço, a confrontar do norte com José Vieira Resende Novo, do sul com Dionísio da Silva da Lavradora dos Moitinhos, do nascente e poente com servidões públicas, um assento de casas térreas, com seu pequeno quintal [e] poço, sito em Vale de Ílhavo de Cima, a partir do norte com Joaquim Rodrigues Valente, do sul com Manuel dos Santos Vaqueiro, do nascente com caminho público, e do poente com Maria Teresa de Jesus, todos os prédios [eram] alodiais e sitos no limite de Vale de Ílhavo de Cima desta freguesia. [Trazia também] o domínio direto com o foro de novecentos e oitenta e sete litros de trigo galego (medida de Ílhavo) imposto em uma azenha, sitas em Vale de Ílhavo de Cima, a partir do norte com Manuel Nunes Vidal o Maneta e do sul com Francisco Vieira Resende, do Albergue da Palhaça, de que é enfiteuta João dos Santos Zina, viúvo, mestre de farinha, de Vale de Ílhavo de Cima, a quantia de quarenta e oito mil reis, [devida] por título particular António de Abreu [Barro] e mulher, de Vale de Ílhavo de Cima, a quantia de cinquenta mil reis, [devida] por título particular a Rita da Silva, viúva, da Rua do Espinheiro, desta vila, a quantia de trinta e oito mil reis, [devida] por título particular lhe [devia] Maria dos Santos Cabreira, viúva de Tomé António Torrão, de Vale de Ílhavo de Cima, a quantia de quarenta e oito mil reis, [devidos] por título particular [por] Luísa dos Santos Cabedelo, viúva, da Pedricosa, a quantia de quarenta e três mil reis, [devida] por título particular [por] Joana Mestra, viúva de Manuel de Abreu Mestre, de Vale de Ílhavo de Cima, a quantia de duzente e trinta e cinco mil reis, [devida] por cinco títulos particulares [por] João Migueis Dono e mulher do mesmo lugar, a quantia de cento e sessenta e sete mil reis, [devida] por quatro títulos particulares [por] Francisco de Oliveira Vidal e mulher, desta vila, a quantia de trinta e um mil reis [devida] por título particular [por] António dos Santos Capucho, de Vale de Ílhavo de Cima, a quantia de cem mil reis [devida] por dois títulos particulares [por] Gil Nunes Gordo e mulher, de aí, a quantia de sessenta e dois mil reis [devida] por dois títulos particulares [por] Joaquim João Grave, da Pedricosa, a quantia de trinta e oito mil reis [devida] por título particular [por] António Nunes de Castro Júnior e mulher, de Vale de Ílhavo de Cima e a quantia de quarenta e três mil reis [devida] por título particular [por] Francisco Fernandes Samagaio e mulher, do mesmo lugar de Vale de Ílhavo, dinheiro em giro, em negócio de gado bovino [no total de] seiscentos mil reis, e a quantia de duzentos mil reis. A segunda outorgante [trazia para o casal] os bens que [possuía à data da escritura] que [eram] os que lhe pertenceram na sua meação no inventário por óbito do seu marido Paulo Nunes do Couto, [feito no] cartório do quarto ofício. [Declaravam] ambos os outorgantes que os bens que durante a constância deste matrimónio [adquirissem seriam] comuns. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Domingos Pereira Ramalheira, casado, distribuidor postal, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da [segunda outorgante], António Pereira Ramalheira, casado, sacristão desta freguesia, residente nesta vila de Ílhavo e Henrique Vieira da Trindade, viúvo, proprietário, residente nas Ribas Altas da Ermida, desta freguesia.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor o [Ilustríssimo] João António da Graça, casado, proprietário e negociante, e da outra parte, como segunda outorgante devedora, Maria de Jesus, viúva de Joaquim de Castro Paradela, lavradora, ambos residentes nesta vila de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de trezentos mil reis, [a um] juro anual na razão de seis porcento, [vencido desde a data da escritura]. [A devedora hipotecava] uma terra lavradia, sita no Bolho, ao pé da Malhada desta vila, limite desta freguesia, a confrontar do norte com Francisco Fava, do sul com José Gonçalves dos Anjos, do nascente com José dos Santos Batel e do poente com caminho de carro e a [ria] pública, [era] de natureza de prazo, foreira à Confraria do Santíssimo desta freguesia, à qual, se [pagava] o foro anual de setecentos reis, [podia] render anualmente doze mil reis, e [calculava] o seu valor venal em quatrocentos mil reis, e uma terra lavradia, sita na Chousa Nova de Cima, limite desta mesma freguesia, a confrontar do norte com servidões de consortes, do sul com João António Cartaxo, do nascente com João [Coitada] da Lagoa e do poente com João [Beláz], do lugar da Légua, [era] alodial, [podia] render anualmente quatro mil e quinhentos reis e [calculava] o seu valor venal em cento e cinquenta mil reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, residente nesta vila, que assina a rogo da devedora, João Maria Barreto, solteiro, negociante, e Alexandre de Oliveira, casado, sapateiro, ambos também residentes nesta vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador Manuel da Rocha Braz, casado, lavrador, e da outra parte, como segunda outorgante vendedora, Rosa Nunes do Couto, viúva de Manuel Fernandes Borrelho, lavradora, ambos residentes nesta vila de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita no Cemitério ou Agra do Cemitério, próximo ao cemitério público desta vila, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Tavares de Almeida Maia, do sul com João Simões Preto, do nascente com Luísa, viúva de João Nunes Mau e do poente com João Augusto Marques e outro, todos desta vila, [era] alodial, [podia] render anualmente seis mil reis [e era comprada] pelo preço de duzentos e cinco mil reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel de Oliveira Rasoilo, casado, negociante, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da vendedora, António Sebastião Malta, viúvo, lavrador e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, ambos residentes nesta vila.
Escritura de testamento, feita nesta vila de Ílhavo, Rua de Camões e cartório do tabelião, sendo o testador Manuel dos Santos Martinho, casado, lavrador, natural do Seixo de Mira, freguesia e concelho de Mira, e residente, à data da escritura, na Gafanha (Juncalancho), desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. Desejava o testador que se realizasse o seu enterro conforme o uso desta freguesia. Desejava que se distribuíssem 6.000 reis pelos pobres mais necessitados desta freguesia. O testador tinha sido casado em primeiras núpcias com Teresa de Jesus, tendo tido 4 filhos deste matrimónio (Manuel dos Santos Martinho Novo, casado com Maria de Jesus, Maria de Jesus, casada com José Maria dos Santos Gregório, Rosa de Jesus, e António, ambos menores, todos residentes no referido lugar da Gafanha), e em segundas núpcias tinha contraído matrimónio que durou até, pelo menos, à data da escritura, com Maria de Jesus Carlos, tendo 1 filha deste matrimónio, chamada Emília, menor, que vivia com o testador. Legava à sua filha Emília a terça parte dos seus bens, direitos e ações, somente no direito de propriedade, sendo o usufruto da sua mulher. Nomeava como sua testamenteira a sua mulher Maria de Jesus Carlos. Foram testemunhas Bento Pereira Gateira, casado, lavrador, residente nesta vila de Ílhavo, assinando pelo testador, Manuel Bernardo da Perpétua, casado, alfaiate, Manuel Soares da Silva, solteiro, cocheiro, Tomé Francisco Malha, casado, ferreiro, João Pinto de Sousa, solteiro, barbeiro, e João Gomes dos Santos Rigueira, solteiro, negociante, estes 5 também residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita nesta vila de Ílhavo, Travessa da Manga e residência de Manuel Nunes Ferreira Gordo, sendo a testadora Maria Rosa Nunes do Couto, solteira, proprietária, maior, natural da vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo. No prazo de 2 anos depois do seu falecimento, a testadora desejava que mandassem dizer as seguintes missas, de esmola ordinária: 120 por sua alma, 30 por seu pai, 30 por sua mãe, 30 por sua madrinha e irmã Angélica, 30 por seu irmão Manuel e 30 por seus sobrinhos João e Joana, maiores, filhos de sua irmã Rosa Nunes do Couto. Desejava que se distribuíssem 423 litros de milho (medida de Ílhavo) pelos pobres mais necessitados desta freguesia. A testadora era solteira e não tinha herdeiros forçados. Legava à sua irmã Rosa Nunes do Couto, ou a seus legítimos representantes: um pinhal e seu terreno, em Salgueiro, freguesia de Soza, concelho de Vagos, entre pinhais já pertencentes à sua irmã Rosa, a confrontar do norte e sul com a mesma sua irmã e do nascente com a outra sua irmã Luísa Nunes do Couto; um pinhal e seu terreno, nos Moitinhos desta freguesia, a confrontar do norte com Manuel Nunes Pinguelo o Roldão, do nascente com Luís Francisco Morgado e do poente com a mesma sua irmã Rosa; uma terra lavradia, na Chousa da Ermida, desta freguesia, a partir do norte com vários entestes, do sul com a sua irmã Rosa, do nascente com João Resende e do poente com João Gonçalves Bilelo; e uma terra lavradia, no Outeiro, ou Agra de Baixo, desta freguesia, a partir do norte com a viúva de Domingos Nunes Alegrete o Massa, do sul com caminho público e do nascente com José Ferreira Bigas. Legava à sua sobrinha e afilhada Maria Rosa Nunes do Couto, casada com Luís Nunes Bastião, desta vila, ou a seus filhos: uma terra nas Chousas, limite desta freguesia, a partir do norte e sul com vários entestes, do nascente com José Simões Chuva e do poente com este mesmo Chuva; uma vessada denominada a do Estevão, limite desta freguesia, nos Corgos, a partir do norte com vários, do sul com António dos Santos Zorra, do nascente com levada de água e do poente com caminho de consortes. Legava a seu sobrinho Luís Nunes Pinguelo o Capela, desta vila, o assento de casas térreas, onde vivia, com seu aido pegado, árvores de fruto e poço, nas Cancelas, desta vila, a confrontar do norte com Luís Francisco Morgado, do sul, nascente e poente com caminho público; e mais uma vessada (terra baixa), nos Corgos, limite desta freguesia, a partir do norte com levada de água, do sul com a vessada denominada do Estevão, acima legada à sua sobrinha Maria Rosa Nunes do Couto, do nascente com herdeiros de João Simões Teles e do poente com Luís Ferreira Morgado. A dita vessada do Estevão era legada com a obrigação de se dar água para outra vessada legada ao sobrinho da testadora Luís Nunes Pinguelo o Capela. Legava à sua sobrinha Maria Nunes do Couto, viúva de António Francisco dos Santos, desta vila, uma terra lavradia nas Cavadas, limite desta freguesia, a partir do norte com Manuel Nunes de Castro o Guelino, do sul com a viúva de Domingos Nunes Alegrete o Massa, do nascente e poente com caminho de consortes. Legava ao seu afilhado Luís, filho daquele Luís Nunes Pinguelo o Capela, a quantia de 12.200 reis. Legava à sua afilhada Maria Rosa, filha de Joaquim Paradela, falecido à data da escritura, 4.800 reis. Nomeava como seus herdeiros, no resto da sua herança, Luís Nunes Pinguelo o Capela, Maria Rosa Nunes do Couto, casada com Luís Nunes Bastião e Maria Nunes do Couto, viúva de António Francisco dos Santos. No caso desta legatária Maria Nunes do Couto, viúva, passasse a segundas núpcias e falecer sem deixar filhos, a sua parte reverteria para os outros herdeiros, caso deixasse filhos, a sua parte reverteria para seus filhos. Foram testemunhas José Ançã Sénior, casado, pescador, residente nesta vila de Ílhavo, assinando da testadora, Manuel Roque Topete, casado, marítimo, Manuel da Silva Peixe, casado, marítimo, Francisco Simões Chuva o Anjo, casado, marítimo, António Simões Chuva o Anjo, casado, alfaiate, e Manuel Fernandes da Silva, solteiro, lavrador, estes 5 também residentes nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor João dos Santos Marnoto o Toninha, casado, proprietário, residente nesta vila de Ílhavo, e as devedoras Maria do Céu Caiada e irmã Rosa de Jesus Caiada, ambas solteiras, costureiras, residentes nesta mesma vila. Foi emprestada a quantia de 175.000 reis, a juros anuais de 7%, vencidos desde a data da escritura e pagos anualmente no mesmo dia da escritura, a começar um ano depois da data da escritura. Caso não fosse pago o juro num prazo de 30 dias depois do estipulado, acrescia um juro adicional de 3% sobre a quantia emprestada. As devedoras hipotecavam um prédio de casas térreas com seu pátio, na Praça do Pão desta vila de Ílhavo, a partir do norte com Manuel Bernardo da Perpétua, do sul com Manuel Tavares de Almeida Maia, do nascente com a praça pública e do poente com viela de vários consortes, era alodial, podia render anualmente 10.000 reis e calculava-se o seu valor venal em 350.000 reis. O dito prédio foi adquirido pelas devedoras por legítimas de seus pais e por compra que fizeram ao seu irmão e cunhada José Maria Salgado e mulher desta vila. Foram testemunhas Alexandre Gomes dos Santos, solteiro, carpinteiro, residente nesta vila, assinando a rogo da devedora Maria do Céu, João Maria da Cruz, casado, sapateiro, residente nesta mesma vila, assinando pela devedora Rosa de Jesus, Manuel Maria da Rocha e Alfredo José dos Santos, ambos casados, alfaiates, residente nesta mesma vila.
Escritura de doação inter vivus com imediata transferência de domínio e posse, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o doador José da Silva do Inácio, viúvo, e os donatários Francisco da Silva Novo, filho do doador, e sua mulher Luísa dos Santos, todos lavradores e residentes no lugar da Lavandeira, freguesia de Soza, comarca de Vagos. Foi doado a terça parte de um prédio, composto por um aido de terra lavradia e casas, na Lavandeira, no casal denominado “Boa Vista”, limite da freguesia e Soza, que pertencia ao doador por meação por óbito da sua mulher Joana Nunes, que fica do lado sul, a partir do norte com o donatário e mulher, do sul com António da Silva Novo, do nascente com caminho público e do poente com João Ribeiro, da Lavandeira, era alodial, podia render anualmente 2.400 reis e o seu valor venal era de 80.000 reis. A doação era feita dentro das forças da terça dos bens do doador, pelo que os donatários não seriam obrigados à colação por óbito do doador. A doação era feita com a condição do doador viver em sua casa e na companhia dos donatários, que seriam obrigados a tratar bem do doador. Foram testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, residente nesta vila de Ílhavo, assinando pelo doador, Francisco Fernandes Maurício, casado, marítimo, residente nesta vila, assinando pela donatária, Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo, Rua do Espinheiro e residência do Excelentíssimo Manuel Tavares de Almeida da Maia, entre este comprador, casado, proprietário, aqui residente, e a vendedora Conceição de Deus, solteira, lavradora, residente no lugar de Verdemilho, freguesia de S. Pedro das Aradas. Foi comprado um prédio de terra lavradia, no Urjal, limite da vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com a estrada distrital número 72 de Aveiro à Figueira da Foz, do sul com João Maria Cavaz, do nascente com caminho público e do poente terminava em bico, confrontando com a mesma estrada. A terra tinha sido herdade por óbito de Joana de Deus, mãe da vendedora, por inventário do quinto ofício do escrivão Ferreira, da cidade de Aveiro, com o número 17. A terra era de natureza de prazo, foreira à Irmandade do Santíssimo e Almas da freguesia de Ílhavo, pagando um foro anual de 600 reis, não se sabendo se o foro estava ou não sujeito a laudémio de quarentena. A terra foi comprada por 190.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel Fernandes Matias o Raleito, casado, marítimo, e João Francisco da Rocha, casado, serralheiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Bernardo Balseiro, casado, proprietário, residente nesta vila de Ílhavo, e a vendedora Rosa Nunes do Couto, viúva de Manuel Fernandes Borrelho, lavradora, residente na vila de Ílhavo. Foi comprada uma terra lavradia, no Curtido de Baixo, limite da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com João Simões Preto, da Coutada, do sul com o comprador, do nascente com D. Maria José Alcoforado da Maia, viúva, e do poente com caminho que vai para o dito Curtido, era alodial, podia render anualmente 2.000 reis, por 65.000 reis. A terra estava hipotecada ao Reverendo Padre José Nunes Valente, da vila de Ílhavo, à segurança da quantia emprestada de 36.000 reis, por título particular de 1892/03/26, tendo sido aquela quantia paga, e a terra libertada de qualquer hipoteca. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, residente nesta vila de Ílhavo, assinando pela vendedora, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e Francisco Rodrigues Beato, casado, marítimo, ambos residentes nesta vila.
Escritura de sociedade de uma campanha de pesca denominada Nossa Senhora da Saúde, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o Excelentíssimo Manuel Marques de Almeida Bastos, Joaquim Fernandes Agualusa, Bernardo dos Santos Camarão e Remígio do Sacramento, todos casados, proprietários e residentes na vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. O Excelentíssimo Manuql Marques de Almeida Bastos e Joaquim Fernandes Agualusa eram donos da campanha de pesca nomeada Nossa Senhora da Saúde, a operar na Costa Nova do Prado, deste concelho, por escritura lavrada na nota deste tabelião a 1893-01-02. A sociedade foi alargada para os restantes outorgantes desta escritura. O nome e local de operação continuava a ser o mesmo, salvo decisão dos sócios. O capital social era de 5.000.000 reis, onde cada sócio detinha 25%, e onde se incluía palheiros, abegoarias, barcos, redes, caldeiras, cordas, bois e outros bens de uma campanha de pesca. A firma da sociedade nomeava-se de “Bastos, Agualusa, Camarão & Sacramento”, usando o sócio gerente da caixa tal designação para os negócios da sociedade, não podendo qualquer sócio usar a firma para outros negócios, nem conduzir os negócios da sociedade se não fosse o sócio gerente da mesma. No fim de cada ano civil procedia-se a um balanço da sociedade. A sociedade teria um tempo indefinido, iniciava-se na data da escritura, e poderia ser dissolvida no final de cada ano por vontade de qualquer sócio, tendo este que participar aos outros sócios tal intenção 3 meses antes. Os lucros seriam divididos em partes iguais. No caso de haver prejuízos ou necessidade de aumento de capital, os sócios resolveriam o assunto numa reunião. Proibia-se os sócios de fazer negócio em pescarias ou noutro caso que diga respeito à sociedade, se tal não revertesse em benefício da mesma. Os sócios eram obrigados, caso quisessem desfazer-se da sua parte na sociedade, a dar preferência de compra aos outros sócios em igualdade de preço. As disputas entre sócios seriam resolvidas por árbitros, um nomeado por cada sócio e outro tirado à sorte, que decidiriam sem fórmula judicial. Nenhum dos sócios poderia comprar bens para a sociedade sem a decisão favorável da maioria dos sócios. Todas as restantes convenções respeitantes a sociedade de campanha de pesca seriam reguladas pelo Código Comercial português. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Procópio José de Carvalho, viúvo, empregado da Câmara Municipal deste concelho, e Manuel António Ferreira, viúvo, empregado da mesma Câmara, aposentado, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor João dos Santos Marnoto o Toninha, casado, proprietário, residente à data da escritura na vila de Ílhavo, e os devedores Joana Rosa da Conceição, casada, costureira, residente nesta mesma vila, e seu marido António Pereira Ramalheira Júnior, marítimo, ausente, representado este último pelo Ilustríssimo João da Rocha Carola, casado, oficial de diligências do juízo de direito da comarca de Aveiro. Foi emprestada a quantia de 200.000 reis, a juros anuais de 7%, vencidos desde a data da escritura e começados a pagar um ano depois desse dia, com periodicidade anual. Caso não fosse cumprido este pagamento num prazo de trinta dias depois do estipulado, acrescia um juro de 3% ao capital em dívida. Os devedores hipotecavam um prédio, com casas altas e baixas e um logradouro, na Rua de Camões da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com a mesma rua, do sul com herdeiros do Reverendo Padre António Rodrigues de Campos, do nascente com a Viela da Manga e do poente com a viúva de José Ferreira Saraiva o Passinha, era alodial, podia render anualmente 9.000 reis e tinha o valor venal de 300.000 reis. Foram testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, residente na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate, e José Rodrigues da Graça, casado, pescador, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre a compradora Joana de Jesus Lela, solteira, proprietária, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de S. Pedro das Aradas, e a vendedora Teresa de Jesus, viúva de Francisco António Couto, lavradora, residente em Salgueiro, representada pelo seu procurador Manuel da Rocha Couto, casado, lavrador, residente no lugar de Salgueiro, freguesia de Soza, comarca de Vagos. Foi comprado um prédio, com pinhal, seu terreno e vinha, sito nos Fontões, limite do Fontão, freguesia de Soza, a confrontar do norte com herdeiros de Manuel da Rocha Guerra, do sul com caminho público, do nascente com José Samagaio, e do poente com João Ermida. O prédio era alodial, podia render anualmente 4.800 reis e era comprado por 160.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Abel Rodrigues Marques, solteiro, criado de servir, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de São Pedro de Aradas, assinando pela compradora, Manuel de Oliveira Vidal, viúvo, guarda fiscal, residente na vila de Ílhavo, assinando pelo procurador, Herculano Ferreira de Matos, casado, barbeiro, e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, ambos residentes nesta vila.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo, Rua do Espinheiro e residência de Sebastião António da Silva, entre a compradora Rita Crespa Borges, casada com João Domingues Magano, ausente à data da escritura, padeira, residente nesta Rua do Espinheiro, desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, e os vendedores Gabriel Pereira da Bela Júnior, marítimo, e mulher Maria Patrocínio da Silva, costureira, aqui residentes. Foi comprada uma casa térrea, com seu pátio, sita nesta Rua do Espinheiro, desta vila de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Joana Laranja, viúva, do sul com a dita rua, do nascente com carril de consortes e do poente com Júlio António da Silva, era alodial, podia render anualmente 6.000 reis e era comprado por 200.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas João Francisco da Rocha, casado, serralheiro, residente na vila de Ílhavo, assinando pela compradora, José Cândido do Bem, casado, proprietário, residente nesta vila, assinando pela vendedora, Manuel Fernandes Matias Cajeira, casado, pescador, e Joaquim José da Silva, solteiro, tamanqueiro, ambos residentes nesta vila.
Escritura de destrate e desobrigação de hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeiro outorgante José Francisco Faúlho o Rasoilo, casado, proprietário, e o segundo outorgante António de Oliveira da Velha o Benedito, casado, proprietário, ambos residentes nesta vila e freguesia de Ílhavo. Foi feita uma escritura de empréstimo de dinheiro a 1842/03/20, feita nas notas do falecido tabelião desta vila Francisco José de Oliveira Mourão, entre o credor, pai do primeiro outorgante e os devedores, os pais do segundo outorgante (António de Oliveira da Velha e mulher Rosa da Conceição), onde foi emprestada a quantia de 247.200 reis, tendo hipotecado os devedores uma casa térrea, na Rua da Fontoura, desta vila, com aido junto e currais, a partir do norte com um casarão pertencente aos herdeiros de Ricardo Luís Beleza, do sul com a rua pública e do poente com viela de consortes e um palheiro, na Costa Nova do Prado, que à data da escritura de destrate parte do norte com Francisco Fragata e do sul com Joana Paroleira, viúva de Custódio dos Santos Lé o Calão. Os prédios pertenciam à data da escritura de destrate ao segundo outorgante. Tendo declarado o primeiro outorgante já ter recebido a quantia devida de 247.200 reis, cancelou-se a hipoteca dos prédios e destratou-se a escritura de empréstimo. Foram testemunhas Manuel Barreirinha, casado, marítimo, e José Francisco Bichão Júnior, casado, pescador, ambos residentes nesta vila.
Escritura de caução por meio de hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e secretaria da administração deste concelho, entre o primeiro outorgante o Excelentíssimo Augusto do Carmo Cardoso Figueira, solteiro, farmacêutico, na qualidade de administrador substituto deste concelho, e os segundos outorgantes António de Oliveira da Velha o Benedito e mulher Rosa de Oliveira da Silva, proprietários, todos residentes na vila de Ílhavo. Os segundos outorgantes ao desejarem que o seu filho António de Oliveira da Velha, solteiro, de 18 anos de idade, fosse em viagem a bordo de qualquer navio, como marítimo, apresentaram, como legítimos administradores do mesmo, a competente caução, que produzia efeitos enquanto durasse o tempo de serviço e recrutamento militar. Para tal hipotecavam um prédio, com uma casa térrea, onde os segundos outorgantes viviam, com seu aido contíguo e currais, na Rua da Fontoura, desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com [ilegível] pertencente aos herdeiros de Ricardo Luís Beleza, do sul com rua pública, do nascente com Joaquim Domingues Magano e do poente com viela de consortes. O prédio confrontado era alodial, podia render anualmente 18.000 reis, tendo o valor venal de 600.000 reis. O primeiro outorgante aceitou a caução, por meio de hipoteca, a favor da Fazenda Nacional. Foram testemunhas Manuel Simões Bixirão, casado, negociante, residente nesta vila, assinando pela segunda outorgante, Francisco da Rocha e João Rodrigues Bartolo, ambos casados, marítimos, residente na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador António Egídio Cândido da Silva, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente no lugar da Ermida, e os vendedores Domingos Ferreira Branco o Fartelo e mulher Maria de Jesus, lavradores, residentes no lugar da Chousa Velha, todos desta freguesia de São Salvador de Ílhavo. Foi comprada uma terra lavradia, no Rio do Pereira, próxima à Chousa Velha, limite desta freguesia, a confrontar do norte com propriedade pertencente à casa dos Excelentíssimos Conselheiros Rochas Fradinhos, do sul com levada de água, pertencente ao Excelentíssimo Alberto Ferreira Pinto Basto, do nascente com a estrada distrital de Aveiro a Vagos e do poente com antigo caminho público. A terra confrontada era alodial, podia render anualmente 2.400 reis e era comprada por 80.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. O prédio vendido estava hipotecado a favor de António Francisco Morgado o Rão, do lugar da Apeada, como garantia à importância de 100.000 reis, por escritura de 1889/02/19, do tabelião Gualdino Calisto de Aveiro. Tal quantia já tinha sido recebida pelo credor, pelo que se procedeu ao destrate da mesma escritura e ao cancelamento da hipoteca. Foram testemunhas Camilo António Ferreira, casado, sapateiro, residente no Corgo Comum desta freguesia, assinando pelo vendedor, Henrique António de Abreu, viúvo, carpinteiro, residente nesta vila, assinando pela vendedora, Albino de Oliveira Pinto, casado, proprietário, e o Ilustríssimo Augusto do Carmo Cardoso Figueira, solteiro, farmacêutico, ambos residentes nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor António Francisco Morgado o Rão, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente no lugar da Apeada, e os devedores António Egídio do Cândido da Silva, empregado na mesma fábrica, e mulher Luísa Nunes Moreira, governanta de casa, residente no lugar da Ermida, todos da freguesia de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 100.000 reis, a juros anuais de 6%, vencidos desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam uma terra lavradia, no Rio do Pereira, próximo à Chousa Velha desta freguesia, a confrontar do norte com propriedade pertencente à casa dos Excelentíssimos Conselheiros Rochas Fradinhos, do sul com levada de água pertencente ao Excelentíssimo Alberto Ferreira Pinto Basto, do nascente com a estrada distrital de Aveiro a Vagos, e do poente com antigo caminho público, sendo o prédio alodial, podia render anualmente 3.600 reis e tinha o valor venal de 120.000 reis. O prédio tinha provido de compra feita a Domingos Ferreira Branco o Fartelo e mulher, da Chousa Velha. Foram testemunhas Onofre Maria de Brito, viúvo, pescador, residente nesta vila, assinando pela devedora, António dos Santos Rato, casado, e Henrique António de Abreu, viúvo, ambos carpinteiros, residentes nesta vila.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo, Rua de Camões e cartório do tabelião, sendo a testadora Antónia Nunes de Castro, casada, proprietária, natural de Vale de Ílhavo de Cima, residente no lugar dos Moitinhos desta freguesia de São Salvador de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita na vila de Ílhavo, Rua de Camões e cartório do tabelião, sendo a testadora Antónia Nunes de Castro, casada, proprietária, natural de Vale de Ílhavo de Cima, residente no lugar dos Moitinhos desta freguesia de São Salvador de Ílhavo. Desejava a testadora ser enterrada segundo o uso da sua freguesia, e que no prazo de um ano após o seu falecimento se mandassem dizer, com esmola ordinária, 60 missas por sua alma, dos seus pais e irmãos e que se distribuísse pelos mais pobres da sua freguesia, no prazo de 8 dias depois do seu falecimento, 141 litros de milho. A testadora era casada em primeiras núpcias com Manuel Francisco da Silveira e não tinha filhos nem herdeiros forçados. O seu marido, que receberia metade dos bens da testadora, nos termos da lei civil, por meação, tinha filhos do seu anterior matrimónio. Legava ao seu marido o usufruto de todos os seus bens, direitos e ações, enquanto fosse vivo. A herança restante, no direito de propriedade, era entregue aos seus herdeiros, em 2 partes iguais, a saber, a primeira parte à sua enteada Maria da Conceição dos Santos, viúva de João Francisco Esmerado, residente no lugar das Moitas desta freguesia, e a segunda parte aos menores Rosa, Manuel, João, José e Maria, filhos da falecida sua enteada Rosa dos Santos, que foi casada com José Nunes Morgado, residente nos Moitinhos, com reserva do usufruto para o pai dos ditos menores José Nunes Morgado, enquanto fosse vivo. Deixava a cada um dos seus sobrinhos Manuel Maria, Antónia e Maria Rosa, filhos do falecido seu irmão Manuel de Oliveira Vidal, 9.600 reis. Caso a sua herdeira e enteada Maria da Conceição dos Santos falecesse antes da testadora, a sua parte reverteria para os filhos que a mesma enteada deixar de seu falecido marido João Francisco Esmerado. Nomeava para seu testamenteiro o seu marido, ou na falta deste José Nuno Morgado, viúvo da enteada da testadora Rosa dos Santos. Foram testemunhas Manuel de Oliveira Rasoilo, casado, negociante, residente nesta vila de Ílhavo, assinando pela testadora, João António Cartaxo, solteiro, proprietário, José Joaquim Vaz, casado, marítimo, Manuel António de Carvalho, casado, carpinteiro, Manuel Simões Teles, casado, negociante, estes quatro também residentes nesta vila de Ílhavo, e Manuel dos Santos Patoilo, solteiro, lavrador, residentes nos Moitinhos.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador João dos Santos Rocha, casado, marnoto, e a vendedora, irmã do comprador, Maria Rosa de Oliveira, viúva de José Gonçalves Galante, governanta de casa, ambos residentes na Rua de Alqueidão desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. Foi comprada metade de um prédio de casas térreas, na mesma Rua de Alqueidão, a confrontar todo o prédio do norte com Manuel de Castro Paradela, do sul com Manuel António Paradela, do nascente com rua pública e do poente com a vendedora. O prédio era alodial, era da vendedora por legítima de sua mãe e foi comprado por 80.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Albino de Oliveira Pinto, casado, proprietário, residente nesta vila, assinando pelo comprador, João Maria de São Pedro, casado, empregado da alfândega, aposentado, residente nesta vila, assinando pela vendedora, José Maria da Silva, casado, e João Gomes dos Santos Regueira, solteiro, ambos negociantes, residentes nesta vila.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Nunes Abade, casado, marítimo, e o vendedor Manuel Gonçalves Galante, viúvo, pescador, ambos residentes na vila de Ílhavo. Foi comprada uma casa térrea, na Rua Serpa Pinto, da vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com os herdeiros de Maria Piôrra, do sul com Manuel Maria de Castro, do nascente com Maria Rosa Catarino a Farela, e do poente com João Correia, todos desta vila. A casa era alodial, podia render anualmente 4.000 reis e foi comprada por 135.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Albino de Oliveira Pinto e José Maria da Silva, ambos casados, negociantes, residentes nesta vila.
Escritura de partilhas amigáveis, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o primeira outorgante Maria de Jesus, viúva de António de Oliveira, criada de servir, residente na Chousa Velha desta freguesia de Ílhavo e os segundos outorgantes Manuel de Oliveira e mulher Teresa Rosa, lavradores, residentes em Mataduços, freguesia de Esgueira, concelho de Aveiro. Foram feitas as partilhas por falecimento de António de Oliveira, morador que foi na Chousa Velha da freguesia de Ílhavo, irmão, cunhado e marido dos outorgantes, seus únicos herdeiros. Foram constituídas 2 meações iguais, uma da primeira outorgante e outra dos segundos outorgantes. À meação da primeira outorgante pertencia: uma terra lavradia, na Quinta da Coutada, limite desta freguesia, a partir do norte com António Cerca e do sul com Luís Francisco da Picada, sendo alodial; metade de uma terra lavradia, na Barreirinha de Bustos, limite da freguesia de Mamarrosa, a partir todo o prédio do norte com Manuel Cura, do sul com herdeiros de Manuel dos Santos Carriço e do nascente e poente com caminho público, sendo alodial; e um bocado de terreno de mato, no casal denominado Cabecinha Verda, na Gândara de Bustos, freguesia de Mamarrosa, concelho de Oliveira do Bairro, a confrontar do nascente com António Cangueiras, de Azurbeira, daquela freguesia, e do poente com herdeiros de António Alexandre, da Barreira da mesma freguesia, sendo alodial. À quota hereditária dos segundos outorgantes pertencia uma casa térrea com seu pequeno pátio, na Rua do Pecheleiro, em Esgueira, a partir do norte com Luísa Poitena, do sul com Joaquim Fartura, do nascente com Leonor de Jesus e do poente com caminho público, sendo alodial. O falecido era credor de Inácio Peixinho, da Quinta do Loureiro, na quantia de 15.300 reis, que se encontrava já paga. Esta quantia foi dividida em partes iguais entre a primeira e os segundos outorgantes. Foram testemunhas Manuel Luís Bernardo, casado, negociante, residente em Aveiro, assinando pela primeira outorgante, José da Silva Brilhante, casado, lavrador, residente em Aveiro, assinando pelos segundos outorgantes, José Maria da Silva, casado, negociante, residente na vila de Ílhavo, e Francisco Gonçalves Bilelo, casado, carpinteiro, residente na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor José Fernandes Preceito, casado, negociante, os devedores António dos Reis Papoulo e mulher Luísa de Jesus, marnotos, e os fiadores Manuel Francisco dos Reis Papoulo Velho, marnoto, e mulher Vitória de Jesus, governanta de casa, todos residentes na vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 175.000 reis, a um juro anual de 7%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam uma casa térrea, onde viviam, com seu pequeno pátio, na Rua de Alqueidão, da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Joana Rita de Jesus, do sul com José da Rocha Poço, do nascente com Manuel Pascoal e do poente com a rua pública, era alodial, podia render anualmente 4.500 reis e tinha um valor venal de 141.000 reis. Foram nomeados fiadores os terceiros outorgantes, que hipotecavam uma casa térrea, onde viviam, com seu pátio, na mesma rua, a partir do norte com pátio de consortes, do sul com servidão de consortes, do nascente com rua pública e do poente com quintal dos fiadores, sendo alodial, podia render anualmente 6.000 reis e tinha um valor venal de 200.000 reis. Foram testemunhas João da Rocha Carola, casado, oficial de diligências do juízo de direito, residente em Aveiro, assinando pela devedora, José Maria da Silva, casado, negociante, residente na vila de Ílhavo, assinando pelos fiadores, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo, Rua de Serpa Pinto e residência de José Francisco Faúlho Rasoilo, entre este comprador, casado, proprietário, aqui residente, e os vendedores João da Rocha Deus e mulher Maria Chuva, lavradores, residentes na Rua Nova, desta vila de Ílhavo. Foi comprada uma vessada, no Carregal, na Chousa Velha, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com prédio de João Nunes Mau o Lilau, do sul com propriedade dos Excelentíssimos Ferreiras Pintos Bastos, do nascente com João Nunes Pinguelo o Manica e do poente com várias consortes. O prédio era alodial, podia render anualmente 6.000 reis e foi comprado por 200.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. O prédio estava hipotecado pelos vendedores e outros, ao Excelentíssimo Francisco António Marques de Moura desta vila, como garantia à importância de 400.000 reis, por escritura de 1891/01/14 do tabelião Fortuna de Aveiro. A quantia devida foi paga, pelo que a escritura respetiva foi destratada e cancelou-se o registo da hipoteca. Foram testemunhas Joaquim Carlos Bingre, casado, tamanqueiro, e João Alem Francisco Ferreira, casado, sapateiro, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Francisco Simões Ratola, casado, proprietário, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de São Pedro das Aradas, e os devedores Maria Joana de Oliveira da Velha, casada, costureira, residente nesta vila de Ílhavo e seu marido Joana de Oliveira da Velha, à data da escritura residente em Viana do Castelo, representado pelo seu procurador o Ilustríssimo Bernardo Francisco Faúlho, casado, negociante, residente nesta mesma vila. Foi emprestada a quantia de 500.000 reis, a juros anuais de 5%, vencidos desde a data da escritura e começados a pagar um ano depois dessa data, numa periodicidade anual. Se este pagamento não fosse feito até 8 dias depois do estipulado, acrescia um juro de 5% ao capital. Os devedores hipotecavam uma casa de um andar, na Rua do Espinheiro, da vila de Ílhavo, a partir do norte e sul com caminhos públicos, do nascente com a dita rua e do poente com Joaquim Saltão, era alodial, podia render anualmente 30.000 reis e tinha um valor venal de 1.000.000 reis. Os devedores continuavam a pagar um prémio anual à companhia de seguros “Tagus”, referente ao prédio hipotecado. Foram testemunhas António Augusto Afonso, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente no Bonsucesso, assinando pela devedora, Domingos Pereira Ramalheira, casado, distribuidor postal e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de doação inter vivus com imediata transferência de domínio e posse e reserva do usufruto, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua da Fontoura e casas da residência de António de Oliveira, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiros outorgantes doadores aquele dito António de Oliveira e mulher Josefa Maria de Jesus, proprietários, aqui residentes, e da outra parte, como segundos outorgantes donatários sua filha e genro Maria de Jesus e marido Manuel Nunes de Castro Sarrico, lavradores, residentes na Rua do Casal desta vila de Ílhavo. [Os primeiros outorgantes doavam aos segundos outorgantes] um assento de casas térreas, metade de um palheiro, e um bocado de aido ou terreno lavradio a correr com o mesmo assento de poente a nascente, compreendendo esse bocado de terreno, pelo lado do nascente a [entestar] no caminho público, novecentos e vinte centímetros de largura, e pelo poente lado das casas, dezoito metros e quarenta centímetros de largura, sendo o seu comprimento de nascente a poente cento e sessenta e cinco metros e trinta e cinco centímetros, tudo sito no lugar da Légua desta freguesia e confronta tudo, casas, metade do palheiro e bocado de terreno, do norte com João Simões da Silva, do dito lugar da Légua, do sul com eles doadores, do poente e nascente com caminhos públicos. [As propriedades eram] de natureza alodial, [podiam] render anualmente quatro mil e quinhentos [4.500] reis, e [calculavam] o seu valor venal em cento e cinquenta mil [150.000] reis. [A doação fazia-se nas condições dos] doadores [reservarem] para si, enquanto vivos, o usufruto do prédio doado [e dos] donatários [tratarem bem dos] doadores. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, barbeiro residente nesta vila, que assina a rogo do doador, Manuel Nunes Pinguelo, solteiro, lavrador, residente nesta mesma vila, que assina a rogo da doadora, Manuel Nunes Pinguelo Júnior, solteiro, lavrador, também residente nesta vila, que assina a rogo da donatária, Luís Cândido da Silva, casado, sapateiro, e Jerónimo António, casado, jornaleiro, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de quitação e destrate, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiros outorgantes Manuel Gonçalves Andril, casado, proprietário, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de São Pedro das Aradas, e Maria Gonçalves de Jesus, negociante e Manuel Simões [Teles], residente nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segundo outorgante António Gomes de Pinho, casado, carpinteiro, residente nesta mesma vila. [O segundo outorgante e sua mulher eram devedores na quantia de 100.000 reis do primeiro outorgante Manuel Gonçalves Andril, por escritura de 1891/12/30 das notas do tabelião Fortuna de Aveiro, hipotecando] um prédio de casas altas onde [viviam o segundo outorgante e sua mulher], sito na Praça do Pão, desta vila. [Os mesmos constituíram-se devedores da primeira outorgante Maria Gonçalves de Jesus na quantia de 100.000 reis, por escritura de 1888/01/01, na nota do tabelião Gualdino Calisto de Aveiro,] tendo hipotecado metade daquele dito prédio de casas altas, sito na Praça do Pão desta vila. [Os primeiros outorgantes ex-credores receberam, à data da escritura, a quantia em dívida do segundo outorgante, pelo que davam] por destratadas aquelas escrituras [de empréstimo supracitadas]. [Foram] testemunhas Joaquim Marques Machado, casado, negociante, residente nesta vila, que assina a rogo da ex-credora, António Nunes Carlos, casado, oficial da administração deste concelho e Manuel da Rocha Lavadinho, casado, guarda da alfândega aposentado, ambos residentes nesta mesma vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor Manuel Luís da Silva Manhã, solteiro, alfaiate, e da outra parte, como segundos outorgantes devedores José dos Santos Vaqueiro e mulher Joana Nunes Vidal, seareiro, todos residentes no lugar de Vale de Ílhavo de Cima desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de cem mil reis, [a um] juro anual na razão de sete e meio porcento, [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] uma vessada de terra lavradia, com árvores de fruto e poços, sita em Vale de Ílhavo de Cima, no local denominado Vale do Espírito Santo, limite desta freguesia, a confrontar do norte com Maria, viúva de José dos Santos Romão, do sul com António Eduardo da Silva Valente e Luísa, viúva de Manuel Nunes Sapateiro, do nascente com servidão de vários consortes e do poente com eles devedores e com a viúva de António Gonçalves Marques, [era] alodial, [podia] render anualmente doze mil reis, e [calculavam] o seu valor venal em quatrocentos mil reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da devedora, Camilo António Ferreira, casado, sapateiro, e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, ambos residentes também nesta vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeira outorgante compradora Maria da Ascensão Ramos, casada, costureira, residente nesta vila de Ílhavo, por si e como procuradora de seu marido João Maria Bizarro dos Santos, morador [à data da escritura] em Sesimbra, e da outra parte, como segunda outorgante devedora Rosa de Jesus [Vilela], casada, costureira, residentes nesta mesma vila, por si e como procuradora de seu marido António Ferreira Serrão, marítimo, morador [à data da escritura] em Lisboa, na freguesia de São Paulo. [Foi comprada] metade de uma casa térrea, sita na Rua Direita, Viela do Panasco, desta vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo, a confrontar essa mesma metade do norte com Luísa Fragata viúva de José dos Santos Louro, do sul com Maria Rosa Fragata, solteira do nascente com a dita Viela do Panasco e do poente com herdeiros de Bernardo Francisco Faúlho o Rasoilo. [A metade da propriedade era] alodial, [podia] render anualmente mil e quinhentos [1.500] reis e [foi comprada] pelo preço de cinquenta mil [50.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas [Manuel] Maria da Rocha, casado, alfaiate, e José dos Santos Marnoto o Praia, casado, marítimo, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor António de Pinho, casado, proprietário, residente na Rua de Espinheiro desta vila, e da outra parte, como segundos outorgantes devedores João Nunes Bastião, casado, lavrador e mulher Maria Nunes, [governanta de sua casa], [à data da escritura] residentes na Rua do Curtido desta mesma vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de cento e cinquenta mil [150.000] reis [a um] juro anual na razão de seis e meio porcento [6,5%], [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] uma terra lavradia e suas pertenças, sita na Chousa do Agostinho, próximas das Ribas, limite desta freguesia, a confrontar do norte com Maria Serradeira, filha de António Rato, do sul com Rosa Nunes, solteira, do nascente com vários consortes, e do poente com caminho público, [era] alodial, [podia] render anualmente seis mil [6.000] reis e [calculavam] o seu valor venal em duzentos mil [200.000] reis, e outra terra lavradia, sita na Mata de Baixo, próximo à Vista Alegre, a confrontar do norte com Tomé Francisco Marieiro, do sul com Fernando Francisco Marieiro, do nascente com João Maria de São Pedro e [do] poente com caminho público, [era] de natureza de prazo, foreiro ao [Excelentíssimo] Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, a quem se paga o foro anual de cinco litros de trigo e milho, [podia] render anualmente três mil [3.000] reis, e [calculavam] o seu valor venal em cem mil [100.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Soares da Silva, solteiro, cocheiro, residente nesta vila, que assina a rogo do credor, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta mesma vila, que assina a rogo da devedora, Henrique António de Abreu, viúvo, carpinteiro, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, ambos residentes nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor o [Excelentíssimo] Luís Estevão Couceiro da Costa, casado, proprietário, residente [à data da escritura] na cidade de Aveiro, e da outra parte, como segundo outorgante devedor António Marques, viúvo, lavrador, residente no lugar da Vessada, freguesia de Nariz. [Foi emprestada] a quantia de oitenta e sete mil e seiscentos [87.600] reis, [a um] juro anual na razão de seis porcento [6%]. [O devedor hipotecava] uma terra lavradia, sita no referido lugar da Vessada, freguesia de Nariz, a confrontar do norte com Serafim Vieira, do sul com o [Excelentíssimo] Pedro Couceiro da Costa, do nascente com vários inquilinos e do poente com caminho público, [era] alodial, [podia] render anualmente mil e duzentos [1.200] reis, e [calculava] o seu valor venal em quarenta mil [40.000] reis, e outra terra lavradia com um bocado de vinha, sita no mesmo lugar da Vessada e no Casal denominado Barreiro, limite da mesma freguesia a partir do norte com Serafim Vieira, do sul e nascente com o [Excelentíssimo] Pedro Couceiro da Costa e do poente com caminha da fonte pública, [era] alodial, [podia] render anualmente mil e duzentos [1.200] reis e [calculava] o seu valor venal com quarenta mil [40.000] reis, e uma leira de terra lavradia, sita no Cabeço, limite da mesma freguesia a confrontar do norte com João Domingues Ramalheiro, do sul com o [Excelentíssimo] Pedro Couceiro da Costa, do nascente com Daniel Fernandes, da Povoa do Valado, e do poente com caminho de servidão, [era] alodial, [podia] render anualmente mil e quinhentos [1.500] reis e [calculava-se] o seu valor venal em cinquenta mil [50.000] reis. [Foram] testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, [alfaiate], residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo do devedor, o [Ilustríssimo] Joaquim Marques Machado, casado, negociante, e Tomé Francisco Malha, casado, serralheiro, ambos também residentes nesta vila.
Escritura de compra, [feita] neste lugar das Ribas da Picheleira desta freguesia e concelho de Ílhavo e casas de residência de José Maria da Silva, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador António Simões Sarrico, solteiro, lavrador, e da outra parte, como segundos outorgantes vendedores João Pereira Novo e mulher Rosa de Jesus, também lavradores, todos residentes no lugar de Verdemilho, freguesia de S. Pedro das Aradas. [Foi comprada] uma leira de terra lavradia, sita nas Tecelôas, limite de Verdemilho, freguesia de S. Pedro das Aradas, a confrontar do norte com caminho de vários consortes, do sul com José Manuel Branco ou José Ferreiro, do nascente com Maria Gonçalves Sarrica, viúva de Manuel Dias Henriques, e do poente com António da Graça. [A propriedade era] alodial, [podia] render anualmente mil e oitocentos reis [e foi comprada] pelo preço de sessenta mil reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Daniel Gonçalves Sarrico, solteiro, proprietário, residente no dito lugar de Verdemilho, freguesia de S. Pedro das Aradas, que assina a rogo do vendedor, António Gonçalves Ferreira Ramos, solteiro, também proprietário e residente no mesmo lugar, que assina rogo da vendedora, Manuel Gonçalves Bartolomeu, e João Gonçalves Bartolomeu, ambos casados, lavradores, residentes no mesmo lugar de Verdemilho.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor Manuel Gonçalves Andril, casado, proprietário, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de S. Pedro das Aradas, e da outra parte, como segundos outorgantes devedores Francisco Fernandes Maurício, marítimo e mulher Jacinta Rosa dos Santos Vidal, padeira, moradores na Rua de Camões desta vila. [Foi emprestada] a quantia de cento cinquenta mil reis, [a um] juro anual de seis porcento, [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] o seu assento de casas térreas aido contíguo, poço [e] árvores de fruto, sito na Rua de Camões desta vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel José de Pinho, do sul com José Vaz, do nascente com caminho público e do poente com a dita Rua de Camões, [era] alodial, [podia] render anualmente nove mil reis e [calculavam] o seu valor venal em trezentos mil reis. [Foram] testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, empregado do correio, que assina a rogo da devedora, Albino de Oliveira Pinto, casado, proprietário e Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador], todos residentes nesta vila.
Escritura de troca, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua do Casal e casas de residência de João Nunes da Fonseca, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiros outorgantes José Domingues Largo o Imaginário Júnior e mulher Henriqueta Chocha Nunes do Couto, proprietários, residentes na Rua da Lagoa desta vila de Ílhavo, e da outra parte, como segundos outorgantes aquele dito João Nunes da Fonseca, também conhecido por João Catão, carpinteiro, e mulher Joana de Jesus, [governanta] de sua casa, aqui residentes. [Os] primeiros outorgantes [davam à troca] uma terra lavradia, sita no Arieiro, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Vitória Barbosa da Natividade, do sul com caminho de consortes, do nascente com Tomé Simões de Alqueidão e do poente com Lu?ia Chocha, também de Alqueidão. [O prédio era] alodial, [podia] render anualmente mil e quinhentos reis e [tinha] o valor venal de cinquenta mil reis. [Os] segundos outorgantes [davam à troca] uma terra lavradia, sita no lugar da Coutada, limite desta mesma freguesia, a confrontar do norte com Tomé Nunes Torrão, do sul com João Ferreira Campanhã, do nascente com servidão de águas e do poente com rua pública. [O prédio era] alodial, [podia] render anualmente mil e quinhentos reis e [tinha] o valor venal de cinquenta mil reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel de Sousa Firmesa, solteiro, carpinteiro, residente nesta vila, que assina a rogo da [primeira outorgante], João Fernandes Carrapichano, casado, alfaiate, residente também nesta vila, que assina a rogo da [segunda outorgante], Manuel Simões Teles, casado, e João dos Santos Neves, também casados, ambos lavradores, residentes na mesma vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor João dos Santos Marnoto o [Toninha], casado, proprietário, residente [à data da escritura] nesta vila de Ílhavo, e da outra parte, como segunda outorgante devedora Maria da Ascensão [Ramas], casada, costureira, residente nesta vila, por si e como procuradora de seu marido João Maria Bizarro dos Santos, [marítimo], residente em Sesimbra. [Foi emprestada] a quantia de cento e trinta mil reis, [a um] juro anual na razão de sete porcento, [vencido desde a data da escritura]. [A devedora hipotecava] metade de uma casa térrea, sita na Rua Direita, Viela do Panasco desta vila e freguesia de Ílhavo, a confrontar essa metade do norte com Luísa Fragata, viúva de José dos Santos Louro, do sul com Maria Rosa Fragata, solteira, do nascente com a dita Viela do Panasco e do poente com herdeiros de Bernardo Francisco Faúlho Rasoilo. [Era uma propriedade] alodial, [podia] render anualmente quatro mil e quinhentos reis e [calculava] o seu valor venal em cento e cinquenta mil reis. [A devedora obrigava-se] a segurar o prédio hipotecado numa das melhores companhias contra incêndios e a mantê-lo no mesmo seguro [até um valor de] trezentos mil reis. [Foram] testemunhas Manuel Maria da Rocha e Alfredo José dos Santos, ambos [ilegível] alfaiates, residentes nesta vila.
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo e cartório da tabelião, entre o comprador Francisco dos Santos Batel, solteiro, lavrador, residente no Corgo Comum da freguesia de Ílhavo, e os vendedores Manuel Nunes de Castro Sarrico e mulher Maria de Jesus, lavradores, residentes na vila de Ílhavo. Foi comprada uma terra lavradia, na Coutada, ou Covada da Coutada, limite da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com José Russo Bandarra, do sul com José Nunes de Castro o Sarrico, do nascente com Domingos dos Santos Neves e do poente com caminho de consortes. A terra era alodial, podia render anualmente 4.500 reis e era comprada por 151.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. Foram testemunhas Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, assinanfo pela vendedora, Manuel Pereira Júnior, casado, marítimo, e Joaquim Fernandes Agualusa, casado, proprietário, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de testamento, feita nesta vila de Ílhavo, Rua do Espinheiro e residência de Manuel Serrano o Mangueiro, sendo o testador Joaquim António da Madalena, viúvo, pescador e jornaleiro, natural desta vila de Ílhavo e aqui nesta casa residente. Desejava que se mandassem dizer as missas seguintes: 1 por sua alma, 1 por de seus pais e 1 por suas mulheres Maria dos Santos e Joana Nunes Morgado. O testador não tinha herdeiros forçados. Deixava todos os seus bens à sua sobrinha Maria da Conceição da Graça e marido Manuel Serrano o Mangueiro, ela, costureira, aqui residente, e ele maritímo, à data da escritura ausente, que também os nomeava como seus testamenteiros. Este testamento revogava a escritura de testamento anterior feita no tabelião de Aveiro Gualdino Calisto de Aveiro a 1884/12/08. Foram testemunhas Bernardo Francisco Faúlho, casado, negociante, assinando pelo testador, Joaquim Carlos Bingre, casado, tamanqueiro, José Francisco Faúlho Rasoilo, casado, proprietário, Francisco Fernandes Batata, casado, marítimo, Manuel Bernardo da Perpétua, casado, alfaiate, e Manuel da Silva, casado, marítimo, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório da tabelião, entre o credor António de Pinho, casado, proprietário, e o devedor João António da Silva, viúvo, carpinteiro, ambos de maior de idade, residentes na Rua do Espinheiro da vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 100.000 reis, a um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura. O devedor hipotecava uma terra lavradia, nas Ramalhôas, ao sul da ponte da Malhada, limite da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com caminho de consortes, do sul com António Neto, filho de Domingos Neto, do nascente com Manuel Rasoilo e do poente com a ria pública, era alodial, podia render anualmente 6.000 reis e tinha o valor venal de 200.000 reis.
Escritura de compra, feita neste lugar da Vista Alegre da freguesia e concelho de Ílhavo e residência das Excelentíssimas D. Maria Joaquina Rissoto e irmã D. Emília, entre o comprador António Gomes de Pinho, casado, carpinteiro, residente na vila de Ílhavo, Rua de Camões, e aquelas vendedoras, ambas solteiras, proprietárias, aqui residentes, todos maior de idade. Foi comprado um bocado de terreno lavradio, com poço empedrado, na Rua de Camões, no local denominado “Quinta do Chouso”, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com estrada pública ou Rua de Camões, do sul e poente com caminhos públicos e do nascente com as vendedoras. O bocado de terreno tinha cerca de 22 metros de comprimento, pelo lado norte, e cerca de 21 metros de comprimento, pelo lado sul, tirados do lado do nascente, pela extrema norte junto à estrada, 200 palmos, a contar da estaca de madeira próxima ao poste telegráfico, e tirados igualmente do lado oposto (extremidade sul) pelo lado de João Gonçalves Bilelo e Fernando Cassola, 125 palmos de comprimento, a contar de uma outra estaca cravada no prédio da Capelôa e tirada depois uma linha reta de estaca a estaca, a restante parte do prédio, a qual fica do lado poente, a entestar no caminho público. O bocado de terreno era alodial, podia render anualmente 4.000 reis e era comprado por 130.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. A propriedade comprada estava hipotecada às Excelentíssimas D. Beatriz Amélia da Conceição Ferreira e irmã D. Raquel, solteiras, maiores, proprietárias, da mesma vila de Ílhavo, por escritura de 1892/03/14, feita pelo tabelião Fortuna, à garantia da importância de 500.000 reis. Foi cancelado o registo de hipoteca desta propriedade porque encontravam-se outras propriedades hipotecadas, com valor suficiente, na mesma escritura. Foram testemunhas Duarte José de Magalhães, solteiro, empregado na fábrica da Vista Alegre, onde residia, e Luís Carlos Bingre, casado, barbeiro, residente em Ílhavo.
Escritura de caução por meio de hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e secretaria da administração do concelho de Ílhavo, entre o primeiro outorgante o Excelentíssimo doutor Bernardo Faria de Magalhães, casado, à data da escritura administrador do concelho de Ílhavo, e os segundos outorgantes José Francisco Capote, pescador, e mulher Luísa de Jesus Bilela, padeira, todos residentes na vila de Ílhavo. O filho dos segundos outorgantes, Artur Francisco Capote, solteiro, carpinteiro, maior de idade, residente na vila de Ílhavo, tencionava ir para o Rio de Janeiro, Brasil, mas encontrava-se sujeito ao serviço militar, fazendo parte do contingente do ano de 1887 pela freguesia de Ílhavo, não podendo, por isso, sair do reino sem a devida caução, para garantia da Fazenda Nacional. Prestavam, os segundos outorgantes, a dita caução, por meio de hipoteca de um prédio de casas baixas, com quintal, na Rua Direita da vila de Ílhavo, delimitadas a norte com propriedade de Bernardo Rasoilo, da vila de Ílhavo, do sul com Vicência de Jesus, professora particular, do nascente com José Nunes da Fonseca e do poente com carril de consortes, era alodial, podia render anualmente 18.000 reis e tinha um valor venal de 600.000 reis, valor muito superior à obrigação. O primeiro outorgante aceitava a caução por meio de hipoteca. Foram testemunhas os Ilustríssimos Joaquim Augusto Novais, viúvo, secretário da administração do concelho de Ílhavo, assinando pelo segundo outorgante, e Manuel Francisco Gomes Vilar, casado, escrivão da Fazenda do concelho de Ílhavo, assinando pela segunda outorgante, António Nunes Carlos, casado, oficial desta administração, e João Fernandes Pereira, casado, marítimo, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura para constituição de património, feita nesta vila de Ílhavo e cartório da tabelião, entre o primeiro outorgante Ilustríssimo Manuel Maria Vieira de Resende, solteiro, estudante de teologia, natural de Vale de Ílhavo de Cima, da freguesia de Ílhavo, maior de idade, e residente à data da escritura no seminário de Coimbra, filho legítimo de João José Vieira de Resende, falecido à data da escritura, e de Joana Nunes da Cruz Abreu, de Vale de Ílhavo de Cima, e os segundos outorgantes, louvados abonadores, José António Torrão, João Gomes da Silva Valente, ambos casados, proprietários, residente em Vale de Ílhavo de Cima, e José Nunes de Bastos Júnior, casado, proprietário, residente na Quinta do Picado, freguesia de São Pedro de Aradas. O primeiro outorgante desejava seguir a vida eclesiástica, estando no segundo ano teológico do seminário episcopal de Coimbra. Necessitando de formar seu património para poder tomar ordens sacras, fazia-o com as seguintes propriedades: uma terra lavradia, no local denominado “A Chousa”, próximo de Vale de Ílhavo de Cima, porém no limite da freguesia de Soza, a confrontar a norte com João Francisco Simões de Vale de Ílhavo de Cima, do sul com prédio de José Nunes de Bastos Júnior, do nascente com vários consortes e do poente com caminho de consortes, era alodial, podia render anualmente 8.400 reis e tinha o valor venal de 280.000 reis; um pinhal e seu terreno, no local denominado “O Forno”, limite de Salgueiro, freguesia de Soza, a confrontar do norte com Francisco José Resende, de Vale de Ílhavo, do sul com António José Resende do mesmo lugar, do nascente com caminho público e do poente com vários consortes, era alodial, podia render anualmente 2.250 reis e tinha o valor venal de 75.000 reis; e um pinhal e seu terreno, no local onde chamam o Serrado, próximo à Ermida, limite da freguesia de Ílhavo, a partir do norte com José Vieira Resende de Vale de Ílhavo, do sul com Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, do nascente e poente com caminhos públicos, era alodial, podia render anualmente 2.700 reis e tinha o valor venal de 90.000 reis. O valor total dos prédios era de 445.000 reis, provenientes das suas legítima paterna, por inventário no juízo da comarca de Aveiro e cartório do quarto ofício, na ocasião do falecimento de seu pai João José Vieira de Resende. Os segundos outorgantes confirmaram a existência, o valor e o domínio da propriedade do património do primeiro outorgante. Foram testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e Henrique António de Abreu, viúvo, carpinteiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório da tabelião, entre o credor Alexandre Marques, casado, negociante, e os devedores Manuel dos Santos Bodas, carpinteiro, e mulher Ana da Conceição Pata, governanta de sua casa, todos residentes nesta vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 150.000 reis, a um juro anual de 6,5%, vencido desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam um assento de casas térreas com seu aido de terra lavradia, contíguo às mesmas casas, onde viviam, com árvores de fruto e poços, na Rua Direita da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Joaquim dos Santos Grangeia, do sul com Maria Emília Barreto, viúva, do nascente com a dita rua e do poente com caminho de consortes, era alodial, podia render anualmente 30.000 reis e tinha o valor venal de 1.000.000 reis. O prédio hipotecado já o tinha sido a Manuel Gonçalves Andril, do Bonsucesso, como segurança da quantia de 300.000 reis, por escritura de cerca de um ano antes da data da escritura agora descrita, sendo o valor do prédio suficiente para garantir ambos os credores. Foram testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, assinando pela devedora, Henrique António de Abreu, viúvo, carpinteiro, e Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório da tabelião, entre o credor António Francisco da Silva, solteiro, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente nas Ribas Altas da Ermida, e os devedores José António Ribeiro Neves, mestre de farinha, e mulher Rosa de Jesus, governanta de casa, residentes em Vale de Ílhavo de Baixo, todos da freguesia de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 160.000 reis, a um juro anual de 7%, vencidos desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam uma terra lavradia, nas Ribas Altas da Ermida, limite desta freguesia, a confrontar do norte com Inácio Taboleiro, da Lavandeira de Soza, do sul com José Nunes Pinguelo o Peralta, do nascente com caminho de consortes e do poente com os devedores, era alodial, podia render anualmente 9.000 reis e tinha um valor venal de 300.000 reis. Foram testemunhas Manuel Nunes Adão, casado, lavrador, residente na Carvalheira, da freguesia de Ílhavo, assinando pela devedora, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e Manuel da Silva, casado, marítimo, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor o Ilustríssimo Manuel Germano Simões Ratola, casado, proprietário, residente no Bonsucesso, os devedores José Nunes de Azevedo e mulher Maria de Jesus, lavradores, residentes no lugar da Quinta do Picado, e os fiadores António Luís Carapichoso e mulher Rosa de Jesus, lavradores, residentes na Quinta do Picado, todos da freguesia de São Pedro das Aradas. Foi emprestada a quantia de 224.800 reis, a um juro anual de 6,75%, vencido desde a data da escritura e pago um ano depois dessa data, numa periodicidade anual. Caso não fosse feito esse pagamento num prazo de 30 dias depois do estipulado, acrescia um juro de 6,75% sobre o capital. Os devedores hipotecavam umas casas térreas, onde viviam, com seu aido contíguo, poço e árvores de fruto, na Quinta do Picado, próximo à Capela, a confrontar todo o prédio do norte com a estrada distrital, do sul com viela ou carreiro da Capela, do nascente com Manuel Nunes de Azevedo e do poente com Rosa Bernardina, viúva, era alodial, podia render anualmente 15.000 reis e tinha um valor venal de 500.000 reis. Foram testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, assinando pelo devedor, Sebastião António da Silva, casado, escrivão do juízo de paz deste distrito, assinando pela devedora, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, assinando pela fiadora, Henrique António de Abreu, viúvo, carpinteiro, e José de Oliveira, casado, carpinteiro, todos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor o Reverendo Padre José António Morgado, solteiro, presbítero, residente na vila de Ílhavo, e os devedores António Simões da Rocha e mulher Maria de Jesus, lavradores, residentes no lugar da Légua de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 100.000 reis, a juros anuais de 7%, vencidos desde a data da escritura. Os devedores hipotecavam um aido de terra lavradia, poço e árvores de fruto, na Rua da Alagôa, da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Maria Rosa Nogueira de Moura, solteira, do sul com D. Vitória Barbosa da Natividade, do nascente com caminhos de vários consortes e do poente com Sebastião Cova, era alodial, podia render anualmente 6.000 reis e tinha um valor venal de 200.000 reis. Foram testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente na vila de Ílhavo, assinando pela devedora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro e Alexandre Maria Neves, casado, ferrador, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o credor Augusto Gonçalves Andril, solteiro, proprietário, residente no lugar do Bonsucesso, freguesia de São Pedro das Aradas, e os devedores José Gonçalves Bilelo, carpinteiro, e mulher Luísa de Jesus, governanta de casa, residentes nesta vila de Ílhavo. Foi emprestada a quantia de 126.000 reis, a um juro anual de 6%, vencido desde a data da escritura e pago um ano depois desta, numa periodicidade anual. Caso não se pagasse tal pagamento num prazo de 8 dias depois do estipulado, acrescia um juro de 2% sobre o capital. Os devedores hipotecavam uma casa alta com seu pequeno pátio, onde estava, à data da escritura, instalada a repartição telegráfico-postal da vila de Ílhavo, e um pequeno palheiro contíguo à mesma casa, na Rua de Camões da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com carril de consortes, do sul com João Francisco Pimentel, do nascente com a dita Rua de Camões e do poente também com carril de consortes, era alodial, podia render anualmente 18.000 reis e tinha o valor venal de 600.000 reis, e uma terra lavradia, nas Cancelas, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com Manuel Nunes Ferreira Gordo, do sul com Bento Pereira Gateira, do nascente com rua pública que vai para a Chousa Velha e do poente com o Reverendo José António Morgado, era alodial, podia render anualmente 4.500 reis, e tinha um valor venal de 150.000 reis. Obrigavam-se também os devedores, no prazo de 6 meses, a segurar o prédio de casas hipotecado numa companhia de seguros contra incêndios e a pagar o respetivo prémio. Os 2 prédios hipotecados estavam já hipotecados a Manuel Gonçalves Andril, casado, proprietário, do Bonsucesso, pai do credor, para a segurança da quantia de 300.000 reis. Foram testemunhas João Gomes da Silva Valente, casado, proprietário, residente em Vale de Ílhavo de Cima desta freguesia, assinando pela devedora, João Pereira Ramalheira, casado, marítimo, e Manuel dos Santos Malaquias, casado, carpinteiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador José de Oliveira Pio, solteiro, lavrador, residente nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores Evaristo Nunes Pinguelo e mulher Maria Alves, lavradores, residentes na Chousa Velha, desta freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita nas Chousas, Cimo de vila, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Maria Rosa Capela, do sul com Manuel Nunes Pinguelo o Campina, do nascente com Manuel Moço, e do poente com o comprador, [sendo um prédio] alodial, pode render anualmente [encontra-se três escrito a lápis] cem mil [100.000] reis, pelo preço de cem mil [100.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, residente nesta vila , que assinou a rogo da vendedora, José Gonçalves Sarrico, solteiro, lavrador, e João Reinaldo Cesar Ferreira, casado, proprietário, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador Manuel Fernandes Bio, casado, marítimo, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores José Simões Chuva Redondo, alfaiate, e mulher Maria Assunção Moça, costureira, todos residentes nesta vila de Ílhavo, freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Foi comprada] uma casa térrea com seu quintal pegado, sita na Rua da Capela desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com prédio de Manuel Domingues Pena, do sul com carril público, do nascente com José Fernandes Preceito, e do poente com João Pereira Rojada, [sendo um prédio] alodial, pode render anualmente mil e quinhentos [1.500] reis, pelo preço de cinquenta mil [50.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta vila, que assinou a rogo do comprador, Alexandre Maria Neves, casado, pescador, residente nesta mesma vila, que assinou a rogo da vendedora, Alexandre Gomes dos Santos, solteiro, carpinteiro, e Manuel Simões Bixirão, casado, negociante, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador o [Excelentíssimo] Padre João Manuel da Rocha Senos, solteiro, presbítero, residente nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segunda outorgante vendedora Luísa Teodora Rainha, viúva de João António Ruivo, ocupa-se no governo de sua casa, residente nesta mesma vila. [Foi comprado] um prédio que se compõe de casa térrea, com seu aido contíguo á mesma casa, poço, árvores de fruto, sito no Curtido do Espinheiro desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Joaquim Quintelas e outros, do sul com Luís Francisco Marieiro, do nascente com caminho público, e do poente com Tomé Simões Machola e outro, [sendo o prédio] de natureza de prazo, foreiro a José João da Rosa, casado, proprietário, do lugar das Ribas, ao qual se paga o foro anual de setenta litros e cinco decilitros de milho, medida de Ílhavo, sem laudémio de natureza alguma, pode render anualmente nove mil [9.000] reis, pelo preço de trezentos mil [300.000] reis. […] [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas João Ferreira da Rocha Couto, solteiro, lavrador, residente nesta vila, que assinou a rogo da vendedora, José Candido do Bem, casado, marnoto, e Joaquim Marques da Margarida, viúvo, empregado na fábrica da Vista Alegre, ambos residentes também nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, e da outra parte como segundos outorgante vendedor José de Oliveira Pio, solteiro, lavrador, ambos residentes nesta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia com seu poço e mais pertenças, sita nos Corgos da Chousa da Ermida, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte e sul com o comprador, do nascente por onde tem servidão de pé e carro com caminho de consortes e do poente com Manuel Francisco Faúlho o Rasoilo, [sendo um prédio] alodial, pode render anualmente mil e novecentos [1.900] reis, pelo preço de sessenta e quatro mil [64.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas José Gonçalves Sarrico, solteiro, e Evaristo Nunes Pinguelo, casado, ambos lavradores, aquele residente nesta vila de Ílhavo, e esta na Chousa Velha desta freguesia.
Escritura de contrato ante-nupcial, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante José António Pinheiro Novo, viúvo, lavrador, residente no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, e da outra parte como segunda outorgante Rosária de Jesus, solteira, padeira, residente no lugar da Carvalheira, ambos desta freguesia e concelho de São Salvador de Ílhavo. [Acordando com o seu matrimónio, os outorgantes] convencionam o seguinte: que o seu casamento é com inteira separação de bens presentes e dos que de futuro [obtenham], [sendo] apenas comunhão com relação aos [bens] que fazem adquiridos por titulo oneroso durante a constância do matrimónio. [O primeiro outorgante declarava] que é filho de José António Pinheiro e de Maria de Oliveira, e que os bens que [possuía na altura da data da escritura] e leva para o casal são todos os que constituem a sua meação, e todos os que herdou de seu filho Manuel, menor [ilegível] […]. [A segunda outorgante declarava] que é filha de Manuel Nunes Gordo e de Rosa de Jesus, ambos falecidos, e que os bens que [possuía na altura da data da escritura] e leva para o casal, são apenas um prédio de casas térreas com seu aido contíguo, com árvores de fruto, poço, eira e mais pertenças, sito no lugar da Carvalheira, desta freguesia, a confrontar do norte e nascente com Teodoro de Oliveira, do sul com a levada da azenha de vários consortes, e do poente com caminho que vai para a mesma azenha; foreiro em dois litros e cinquenta centilitros de trigo galego, pagos anualmente ao direto senhorio o [Excelentíssimo] Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, prédio que lhe proveio por compra que fez a seus irmãos e cunhados Maria de Jesus e marido António Gomes da Silva Valente, e Gil Nunes Gordo e mulher [feita na escritura anterior] […]. [Foram] testemunhas José Simões Chuva Redondo, casado, alfaiate, residente nesta vila, que assinou a rogo do [primeiro outorgante], Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta mesma vila, que assinou a rogo da [segunda outorgante], João [Reinaldo Cequer] Ferreira, casado, proprietário, e Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador], ambos também residentes nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor Manuel Luís da Silva Manhã, solteiro, alfaiate, e da outra parte como segundos outorgantes devedores José Maria Nunes da Cruz, jornaleiro, e mulher Rosa dos Santos Santana, padeira, todos residentes no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, desta freguesia de Ílhavo. [Foi emprestado] a quantia de setenta e seis mil e oitocentos [76.800] reis, [a um] juro anual na razão de sete e meio porcento [7,5%], [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores] hipotecam um prédio que se compõe de casas térreas, onde eles devedores [habitavam], com seu aido de terra lavradia, pátio e poço, sito em Vale de Ílhavo de Cima, no casal denominado Cabeço do Nuno, desta freguesia de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Joaquim Nunes de Oliveira, viúva de João Nunes de Castro, do sul e nascente com Joana Rosa Nunes de Oliveira, viúva de Manuel Nunes de Castro, e do poente com caminho público, é alodial, pode render anualmente seis mil [6.000] reis e calculam o seu valor venal em duzentos mil [200.000] reis. [Foram] testemunhas António de Oliveira da Velha Júnior, casado, marítimo, residente nesta vila de Ílhavo, que assinou a rogo da devedora, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e João Reinaldo César Ferreira, casado, proprietário, ambos residente também nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor Manuel António da Madalena o Bonsucesso, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, e da outra parte como segundo outorgante devedor o [Excelentíssimo] Padre João Manuel da Rocha Senos, solteiro, presbítero, ambos residentes nesta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Foi emprestado] a quantia de quatro centos mil [400.000] reis, [a um] juro anual na razão de seis porcento [6%], [vencido a partir da data da escritura]. [O devedor] hipoteca um prédio que se compõe de casa térrea, com seu aido de terra lavradia contíguo à mesma casa, poço, árvores de fruto, sito no Curtido do Espinheiro desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com Joaquim Quintelas e outros, do sul com Luís Francisco Marieiro, do nascente com caminho público e do poente com Tomé Simões Cachola e outro, [sendo o prédio] de natureza de prazo, foreiro a José João da Rosa, do lugar das Ribas, a quem se paga o foro anual de setenta litros e cinco decilitros de milho, medida de Ílhavo, sem laudémio, pode render anualmente doze mil [12.000] reis, e calculam o seu valor em quatrocentos mil [400.000] reis, que este prédio lhe [ilegível] por compra que [à data da escritura] fez a Luísa Teodora Rainha, viúva de João António Ruivo desta vila. [Foram] testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador], residente nesta vila que assinou a rogo do credor, Joaquim Marques da Margarida, viúvo, empregado na fábrica da Vista Alegre, e José Cândido do Bem, casado, marnoto, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de contrato ante-nupcial, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante João Rodrigues Bartolo, viúvo, marítimo, e da outra parte como segundos outorgantes Maria Emília Tourega, viúvo de João António Moço, padeira, ambos residentes nesta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Os outorgantes acordaram em se unir em matrimónio, decidindo] que o seu casamento é com inteira separação de bens presentes e dos que de futuro haverem, pois querem que haja apenas comunhão com relação aos [bens] que fazem adquiridos por título oneroso durante a constância do matrimónio. [O primeiro outorgante declarava que era] filho de Rodrigo Francisco Bartolo e de Joana Rosa de Jesus, aquele falecido [à data da escritura], [e que não tinha bens alguns para levar para o casal]. [A segunda outorgante declarava que era] filha de António Pereira Gateira, já falecido e de Rosa de Jesus Tourega, desta vila [e] que os bens [que levava] para o casal [eram] todos os que lhe pertenceram em meação no inventário orfanológico a que no juízo de direito desta Comarca e cartório do quinto ofício se procedeu por óbito de seu marido João António Moço, reservando o direito de dispor livremente de seus bens. [Foram] testemunhas Tomé Antunes, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, e aí residente, freguesia de Ílhavo, que assinou a rogo da [segunda outorgante], Manuel Simões Bixirão, casado, negociante, e João Gomes dos Santos [Regueira], solteiro, negociante, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador António de Oliveira da Velha Júnior, casado, marítimo, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores Luís Nunes Pinguelo Capela e mulher Teresa de Oliveira Vidal, lavradores, todos residentes nesta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita nas Ramalhôas, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com prédio pertencente à Confraria do Santíssimo desta freguesia, do sul com Tomé Simões Machola, do nascente com vala pública [e] do poente com terra da viuva de António Lebre da Coutada, [sendo a terra] alodial, pode render anualmente quatro mil e quinhentos [4.500] reis, pelo preço certo de cento e cinquenta mil [150.000] reis. Esta terra [tinha] direito a receber servidão de pé e carro, pelo prédio de Tomé Simões Machola, que fica do lado sul da mesma terra [vendida]. [Foram feitas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas António Gomes de Pinho, casado, carpinteiro, residente nesta vila, que assinou a rogo do vendedor, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta mesma vila, que assinou a rogo da vendedora, Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador], e António de Sousa Firmeza, casado, marítimo, ambos também residentes nesta vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeira outorgante compradora Rosária de Jesus, solteira, padeira, residente no lugar da Carvalheira, e da outra parte, como segundos outrogantes vendedores seus irmãos e cunhados a saber: Maria de Jesus e marido António Gomes da Silva Valente, lavradores, residente no lugar de Vale de Ílhavo de Baixo, e Gil Nunes Gordo e mulher outra Maria de Jesus, lavradores, residentes no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, todos desta freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Foi comprado] um prédio de casas térreas, com seu aido, contíguo às mesmas casas, com árvores de fruto, poço, eira, sito no lugar da Carvalheira desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Teodoro de Oliveira, do sul com a levada de água de vários consortes, do nascente com o mesmo Teodoro de Oliveira, e do poente com caminho que vai para a azenha. [O] prédio é onerado com o foro anual de dois litros e cinquenta centilitros de trigo galego, pagos ao direto senhorio o [Excelentíssimo] Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, pode render anualmente qautro mil e oitocentos [4.800] reis e [foi vendido] pelo preço de cento sessenta e três mil e duzentos [163.200] reis. [O montante foi dividido em partes iguais pelos casais vendedores]. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel António Ferreira Gordo, casado, proprietário, residente em Ílhavo, que assinou a rogo da compradora, Alexandre Maria Neves, casado, pescador, residente em Ílhavo que assinou a rogo da vendedora Maria de Jesus mulher de Silva Valente, José Simões Chuva o Redondo, casado, alfaiate, residente em Ílhavo, que assinou a rogo do vendedor Gil Gordo, João da Silva Paroleiro, solteiro, marítimo, residente em Ílhavo, que assinou a rogo da vendedora Maria de Jesus mulher de Gil Gordo, José Fernandes Preceito, casado, [negociante], e João Sacramento, solteiro, marítimo, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, [feita] neste lugar das Ribas, freguesia e concelho de Ílhavo, e residência de José Nunes Rafeiro, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como outorgante credor António Simões Maio do Miguel, viúvo, proprietário, residente no lugar do Bonsucesso, da outra parte como segundo outorgantes devedores José Rodrigues Duarte e mulher Antónia de Jesus, padeiros, residentes no lugar de Verdemilho e da parte ainda como terceiros outorgantes fiadores João Pereira Novo e mulher Rosa de Jesus, residentes no lugar de Verdemilho, lavradores, todos da freguesia de São Pedro das Aradas. [Foi emprestado] a quantia de duzentos mil [200.000] reis, [a um] juro anual na razão de seis e meio porcento [6,5%]. [Os devedores] hipotecaram um prédio de casas térreas e aido com seu poço, sito na Rua do Poço, no lugar de Verdemilho, freguesia de São Pedro de Aradas, as quais todas confrontam do norte com Rosa de Jesus Cassola, do sul com João Nunes de Oliveira, do nascente com a mesma rua do Poço e do poente com os fiadores. Duas destas [sortes] já está hipotecada por eles devedores a João dos Santos Bizarro Chuva de Ílhavo, cunhado deles devedores, a garantia de cento e cinquenta mil [150.000] reis, que ele lhes havia emprestado por escritura lavrada na minha nota em vinte e sete de outubro [de 1892], e a restante sorte foi por ele hoje comprada a Ezequiel Correia e mulher, da Vista Alegre [tal como na escritura anterior]. Todas as sortes [pagavam um] foro anual de mil novecentos e vinte [1.920] reis, pagos ao direto senhorio dito João Pereira Novo, de Verdemilho. Podem render anualmente sete mil e quinhentos [7.500] reis, e calculam o seu valor em duzentos e cinquenta mil [250.000] reis. [Foram nomeados fiadores] João Pereira Novo e mulher, [que] hipotecaram um aido de terra lavradia e mais [ilegível] sito em Verdemilho, próximo áquelas sortes acima hipotecadas, a confrontar do norte com a referida Rosa de Jesus Cassola, do sul com eles fiadores, do nascente com eles devedores e outros, e do poente com Manuel da Rocha Serradeira. É alodial, pode render anualmente três mil [3.000] reis, e calculam o seu valor em cem mil [100.000] reis. [Foram pagos as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Maria Valente de Almeida, solteiro, carpinteiro, residente neste lugar das Ribas, que assinou a rogo da devedora, Manuel Ferreira Solha, solteiro, lavrador, residente neste mesmo lugar das Ribas, que assinou a rogo do fiador, Rui António da Madalena, solteiro, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente em Ílhavo, que assinou a rogo da [fiadora], Luís dos Santos Chanças, solteiro, lavrador, residente neste mesmo lugar das Ribas, e Manuel Pereira Bixirão, casado, jornaleiro, ambos residentes neste mesmo lugar das Ribas, freguesia de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] neste lugar das Ribas, freguesia e concelho de Ílhavo, e casas de residência de José Nunes Rafeiro, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como comprador José Rodrigues Duarte, casado, padeiro, residente no lugar de Verdemilho, freguesia de S. Pedro de Aradas, e da outra parte, como vendedores Ezequiel Correia, empregado na fábrica da Vista Alegre e sua mulher Rosa de Jesus, ocupa-se no governo de sua casa, residentes no lugar da Vista Alegre desta freguesia e concelho de Ílhavo. [Foi comprado] toda a parte [de] um prédio de casas térreas com seu aido pegado, sito na Rua do Poço, em Verdemilho freguesia de São Pedro de Aradas, [que] consta de casa térrea, um bocado de pátio, aido e poço, [confrontado] do norte com ele comprador, do sul com João Nunes de Oliveira, do nascente com rua pública e do poente com João Pereira Novo, casado, lavrador, do mesmo lugar de Verdemilho, [prédio que pagava um foro de] seiscentos e quarenta [640] reis ao dito Pereira Novo, [e que era] sujeito ao laudémio de quarentena, pelo preço certo cinquenta e um mil [51.000] reis. [O prédio] existe um poço, a cuja água têm direito os demais [compastes] do prédio para seu uso doméstico […]. [Foram pagos os impostos e outras despesas inerentes à transação]. [Foram] testemunhas Manuel Maria Valente de Almeida, solteiro, carpinteiro, residente neste lugar das Ribas, que assinou a rogo do vendedor, Manuel Ferreira Solha, solteiro, lavrador, residente neste mesmo lugar, que assinou a rogo da vendedora, Rui António da Madalena, solteiro, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente em Ílhavo, que assinou a rogo do direto senhorio e mulher, Manuel Pereira Bixirão, casado, jornaleiro e Luís dos Santos Chanças, solteiro, jornaleiro, ambos também residentes neste lugar das Ribas.
Escritura de partilhas amigáveis, [feita] nesta vila de Ílhavo e escritório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiros outorgantes António Pereira Ramalheira Sénior e sua terceira mulher Maria de Jesus [Capelôa], proprietários, e da outra parte como segundo outorgante seu filho e enteado António Pereira Ramalheira Júnior, solteiro, marítimo, maior de dezoito e menor de vinte e um anos, legalmente emancipado, todos residentes nesta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Faleceu] sem testamento a segunda mulher [do] primeiro outorgante e mãe do segudo, de nome Maria Frutuosa e tendo depois também falecido sem testamento seus dois filhos e irmãos José Pereira Ramalheira e João Pereira Ramalheira. [O] segundo outorgante, irmão germano [destes], [era] herdeiro no direito de propriedade, pertencendo o usofruto dos bens [dos] falecidos [ao] primeiro outorgante. [Sendo os outorgantes os] únicos herdeiros [decidiram] fazer amigavelmente a partilha dos respetivos bens, [que eram] uma casa alta e baixa e um logradouro, sita na Rua de Camões desta vila, a confrontar do norte com a mesma rua, do sul e poente com herdeiros do reverendo António Rodrigues de Campos e do nascente com viúva de José Ferreira Saraiva, o Pacinha. [A herança pertencia em posse alodial a] metade ao primeiro outorgante, como [meeiro] do casal, uma sexta parte ao segundo outorgante e as duas sextas partes restantes ao mesmo segundo outorgante, pela herança de aqueles seus irmãos germanos da qual é proprietário o primeiro outorgante seu pai. [A herança foi avaliada em] cento e vinte mil [120.000] reis, [que divididos segundo os direitos dos herdeiros daria] sessenta mil [60.000] reis ao primeiro outorgante, vinte mil [20.000] reis ao segundo, de sua legítima materna, e quarenta mil [40.000] reis ao mesmo segundo, da herança de seus falecidos irmãos germanos, da qual [tinha o usufruto] o primeiro outorgante. [Os herdeiros decidiram] que a dita casa, único prédio da herança, fique desde já encabeçado no segundo outorgante, com a obrigação de dar as tornas respetivas ao primeiro outorgante, na importância de cem mil [100.000] reis, pelo que respeita à meação do primeiro outorgante [60.000 reis] e pelo que respeita ao usufruto dos bens dos falecidos filhos e irmãos, de que o segundo outorgante tem direito de propriedade [40.000 reis]. [… Foram pagos os impostos devidos da transação]. [Foram] testemunhas João da Rocha Carola, casado, oficial de diligências do juízo de direito residente em Aveiro, que assina a rogo da [primeira] outorgante, João Reinaldo [César] Ferreira, casado, proprietário e Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, ambos [estes últimos] residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador o [Ilustríssimo] João Procópio de Carvalho, solteiro, farmacêutico, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores António Gomes de Pinho, carpinteiro, e mulher Inocência Rosa de Jesus Peixa, costureira, todos residentes nesta vila de Ílhavo. [Foi comprada] metade [de um] prédio de casas altas, sitas na Praça do Pão desta vila de Ílhavo, sendo essa metade a que fica do lado do poente, junto ao prédio de D. Crisanta da Conceição e compreendia: no andar [rés-do-chão], a casa onde [à data da escritura] se [achava] a farmácia pertencente ao comprador, cozinha, saguão e viela, que dá servidão para a casa, e no andar superior a sala grande, quartos contíguos e bem assim a escada com mais as seguintes [ile?ivel]: [tirada] uma linha reta a partir do patamar da [ilegível] ao peão da chaminé, aí junto ao [mesmo] peão, [havia] um espaço de um metro e quarenta centímetros, a contar da parede mestra-[frente] ao [mesmo] peão, e dois metros e oitenta e seis centímetros a contar da parede mestra transversal ao mesmo peão. No andar inferior [tinha] as mesma dimensões. [A] metade vendida compreendia as três portas e três janelas que se [viam] externamente e confronta do norte e nascente com a outra metade do prédio, que [à data da escritura ia] ser vendida a Casimirio Ferreira da Cunha, do sul com a praça pública e do poente com D. Crisanta da Conceição Gomes Madaíl. [A metade da casa] era alodial, [podia] render anualmente doze mil [12.000] reis [e foi vendida] pelo preço de quatrocentos mil [400.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel da Rocha Lavadinho, casado, empregado da alfândega reformado, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da vendedora, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e António Nunes Carlos, casado, empregado público, ambos residentes nesta mesma vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador o [Ilustríssimo] Casimiro Ferreira da Cunha, casado, escriturário de fazenda deste concelho, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores António Gomes de Pinho, carpinteiro, e mulher Inocência Rosa de Jesus Peixa, costureira, todos residentes nesta vila e freguesia de Ílhavo. [Foi comprada] metade [de um] prédio de casas altas, sitas na Praça do Pão desta vila de Ílhavo, sendo essa metade a que fica do lado do nascente, e [constava] do espaço compreendido das duas portas e janelas em todo o seu comprimento, e de todo o pátio contíguo à mesma casa, do lado do nascente dela. [A metade da casa] era alodial, [podia] render anualmente nove mil [9.000] reis, [confrontava] do norte com D. Crisanta da Conceição Gomes Madaíl, do sul com a praça pública, do nascente com servidão de consortes e do poente com a outra metade do prédio vendida [à data da escritura] a João Procópio de Carvalho, farmacêutico, desta mesma vila. [A metade do prédio vendida] pelo preço de trezentos mil [300.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel da Rocha Lavadinho, casado, empregado da alfândega reformado, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da vendedora, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, e António Nunes Carlos, casado, oficial da administração deste concelho, ambos residentes nesta mesma vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador Luís António Torrão, casado, lavrador, residente em Vale de Ílhavo de Cima, e de outra parte como segundos outorgantes vendedores António dos Santos Ribeiro e mulher Rosa dos Santos, lavradores, residentes no lugar da Ermida, todos desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita na Chousinha, próximo a Vale de Ílhavo de Cima, limite desta freguesia, a confrontar do norte com ele comprador, do sul com José Pedro Ribas, do nascente por onde [era] a servidão do prédio com caminho público e do poente com uma levada de água. [A terra] era alodial, [podia] render anualmente três mil [3.000] reis [e foi comprada] pelo preço de cem mil [100.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta vila, que assina a rogo do vendedor, Alexandre Gonçalves Bilelo, casado, carpinteiro, residente nesta mesma vila, que assina a rogo da vendedora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, e João Gomes Vieira, solteiro, carpinteiro, ambos residentes também nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiros outorgantes compradores o [Excelentíssimo] Manuel arques de Almeida Bastos, casado, proprietário, e Joaquim Fernandes Agualusa, casado, pescador, ambos residentes nesta vila e freguesia de Ílhavo, e de outra parte como segundo outorgante vendedor Manuel de Pinho, solteiro, proprietário, residente nesta mesma vila. [Os outorgantes eram sócios] da companha de pesca denominada “Nossa Senhora da Saúde”, que [exercia] sua indústria na Costa Nova do Prado desta freguesia. [Foi comprada] toda a parte que [o comprador tinha] como sócio, nos barcos, redes, [cardeame], palheiros, caldeiras e todos os utensílios e acessórios pertencente à companha de pesca, pelo preço de um conto quatrocentos e quarenta mil [1.440.000] reis, sendo um conto e quatrocentos mil [1.400.000] reis [referente] à venda da parte dos [aprestes] e acessórios e quarenta mil [40.000] reis da parte dos cinco pequenos palheiros (casas de tábuas). [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Bernardo dos Santos Camarão e João Reinaldo César Ferreira, ambos casados, proprietários, residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador João José Santo, viúvo, lavrador, residente no Vale de Ílhavo de Cima, e de outra parte como segundos outorgantes vendedores Jerónimo Ferreira Neto e mulher Joana Rosa Nunes Vidal, lavradores e residentes no lugar dos Moitinhos, todos desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [Foi comprada] metade (do lado nascente) de um quintal de terra lavradia, sito em Vale de Ílhavo de Cima desta freguesia, a confrontar esta mesma metade do norte com servidão pública, que vai para o Pessegal, do sul com rua pública, do nascente com Luís dos Santos Vaqueiro e do poente com a outra metade pertencentes a eles vendedores, [era a metade comprada] alodial, [podia] render anualmente mil e quinhentos [1.500] reis, pelo preço de quarenta e nove mil [49.000]. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas José Maria Gonçalves Fernandes Anchão, casado, proprietário, residente nesta vila, que assina a rogo da vendedora, Alfedo José dos Santos, casado, alfaiate, e João Francisco da Rocha, casado, serralheiro, ambos residentes nesta mesma vila de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua de Espinheiro e casa de residência de José António de Magalhães, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor António de Pinho, casado, proprietário, residente nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segundos outorgantes devedores Dionísio da Silva da Lavradora e mulher Rita de Freitas, lavradores, residentes no lugar dos Moitinhos desta freguesia de Ílhavo e da outra parte como terceiros outorgantes fiadores aquele dito José António de Magalhães e mulher Maria Vicência, negociantes, aqui residentes. [Foi emprestada] a quantia de cento e setenta e cinco mil [175.000] reis, [a um] juro anual na razão de seis porcento [6%], [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] uma terra lavradia e suas pertenças, sita na Quinta da Maia, ao pé dos Moitinhos, limite desta freguesia, a confrontar do norte com José Pequeno Curto, do sul com João Curto, do nascente com uma levada de água e do poente com caminho público que vai para as [Moitas], [era] alodial, [podia] render anualmente nove mil [9.000] reis e [calculavam] o seu valor venal em trezentos mil [300.000] reis. [Foram nomeados] fiadores José António de Magalhães e mulher Maria Vicência. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas José Francisco Faúlho Rasoilo, casado, proprietário, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo do credor, José Leopoldino da Silva, casado, sapateiro, residente nesta mesma vila, que assina a rogo do devedor, António Nunes, solteiro, marítimo, também residente nesta vila, que assina a rogo da devedora, Manuel Simões Bixirão, casado, negociante, residente nesta mesma vila, que assina a rogo da mulher do fiador, Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, e Alexandre de Oliveira, casado, sapateiro, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador Manuel Marques da Silva, casado, proprietário, de Vale de Ílhavo de Baixo, desta freguesia de Ílhavo, mas residente no lugar da Lavandeira, freguesia de Soza, e de outra parte como segundos outorgantes vendedores Manuel Ferreira Gordo e mulher Joana dos Santos [Pedaça], lavradores, residentes no lugar da Chousa Velha, desta freguesia de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita no local denominado Quinta do Badalo, limite de Vale de Ílhavo desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com João André Patoilo, do sul com herdeiros de João André Alão o Crespo do nascente com caminho de consortes, e do poente com vários consortes, [era] alodial, [podia] render anualmente dois mil e cem [2.100] reis, pelo preço de setenta mil [70.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador], residente nesta vila, que assina a rogo do vendedor, o [Excelentíssimo] Padre José Augusto da Rocha, solteiro, pároco encomendado da freguesia de Tamengos, concelho de Anadia, residente em Tamengos, que assina a rogo da vendedora, João Reinaldo César Ferreira e Albino de Oliveira Pinto, ambos casados, proprietários, residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante comprador José Maria Gonçalves Fernandes Anchão, casado, proprietário, e de outra parte como segundos outorgantes vendedores Manuel Nunes Ferreira Gordo e esposa Maria da Anunciação de Bastos, proprietários, todos residentes nesta vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita no Dianteiro, denominada o dianteiro grande, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Bárbara do Nero, casada com João António [Souto], do sul com caminho de consortes, do nascente com Maria Nunes do Couto e do poente com eles vendedores e outros, [era] alodial, [podia] render anualmente quatro mil e quinhentos [4.500] reis, pelo preço de cento e cinquenta mil [150.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas José Francisco [Santo], casado, e João José [Santo], viúvo, ambos lavradores, residentes em Vale de Ílhavo de Cima.
Escritura de compra, [feita] neste lugar da Gafanha (Senhora da Encarnação) desta freguesia de Ílhavo e casas de residência de José Maria Vieira, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeira outorgante compradora Maria Rosa de Jesus, [governanta de sua casa], residente na Rua de Alqueidão da vila de Ílhavo, casada com António André dos Santos, pescador, ausente [à data da escritura] para os lados de Lisboa, e de outra parte como segundos outorgantes vendedores aquele dito José Maria Vieira e mulher Maria Teresa, pescadores aqui residentes nesta casa. [Foi comprada] uma casa térrea, sita na Rua de Alqueidão, da vila e freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com viela de consortes, do sul com Alberto Marques de Carvalho, do nascente com Maria Joaquina Airosa, viúva de José Nunes Branco e do poente com rua pública, [era] de natureza de prazo, foreiro a Joaquina Maria dos Reis Santo Tirso, da cidade de Aveiro, a quem se [pagava] o foro anual de centro e sessenta [160] reis, sujeito além disso ao laudémio de quarentena, [podia] render anualmente dois mil e oitocentos [2.800] reis, pelo preço de noventa e seis mil [96.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, residente em Ílhavo, que assina a rogo da compradora, Germano Augusto Esteves, casado, jornaleiro, residente neste lugar da Gafanha, freguesia de Ílhavo, que assina a rogo do vendedor marido [ausente], José António Alves, casado, barbeiro, neste mesmo lugar da Gafanha, que assina a rogo da vendedora, Manuel Joaquim Ferreira, casado, lavrador, e João Cardoso Rio Tinto, casado, lavrador, ambos também residentes neste lugar da Gafanha, da mesma freguesia.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante credor José Francisco da Silveira, casado, proprietário, residente no lugar dos Moitinhos, e de outra parte como segundos outorgantes devedores José Fernandes Grego e mulher Maria Manuel de Jesus, seareiros, residentes no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, todos desta freguesia de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de noventa e dois mil [92.000] reis, [a um] juro anual na razão de cinco porcento [5%], [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] o assento de casas térreas onde [viviam], com seu aido de terra lavradia contíguo ás mesmas casas, poço, árvores de fruto, eira [e] abegoaria, sito em Vale de Ílhavo de Cima desta freguesia, a confrontar do norte com caminho público que vai para as Moitas, do sul com levada de água dos moleiros, do nascente com Josefa Nunes de Oliveira e do poente com João Nunes Vidal, [era] alodial, [podia] render anualmente nove mil [9.000] reis e [calculavam] o seu valor venal em trezentos mil [300.000] reis. [Foram]testemunhas Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente nesta vila, que assina a rogo da devedora, José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, e João Maria Barreto, solteiro, negociante, ambos também residentes nesta vila.
Escritura de doação entre vivus com imediata transferência de domínio e posse e [reserva] de usufruto, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua Direita, e casas de residência de Luísa Benedita da Conceição, solteira, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte, como primeira outorgante doadora, aquela Luísa Benedita da Conceição, solteira, costureira, e da outra parte, como segunda outorgante donatária, sua segunda prima e afilhada Maria da Conceição Benedita, também solteira, costureira, ambas maior de idade, residentes nesta casa. [A segunda outorgante era] filha [da] prima [da primeira outorgante] outra Luísa Benedita da Conceição, falecida [à data da escritura]. [A primeira outorgante doava] irrevogavelmente, com imediata transferência de domínio e posse à [segunda outorgante] este assento de casas térreas, onde [a] doadora [vivia] em companhia da [segunda outorgante], com seu pátio e mais pertenças, sito nesta Rua Direita, desta vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com Joana Vitorina da Conceição, do sul com Joana Vitorina Bocaca, do nascente vila de consortes, e do poente com a dita Rua Direita, [era] alodial, [podia] render anualmente quatro mil e quinhentos [4.500] reis, e [calculava-se] o seu valor venal em cento e cinquenta mil [150.000] reis. [A doação era feita com a condição da] doadora [reservar] para si [durante a sua vida] o usufruto do prédio doado, que [a segunda outorgante continuar] a viver em companhia [da doadora, tratando-a bem]. [Foram] testemunhas João Gomes dos Santos Regueira, solteiro, negociante, residente em Ílhavo, que assina a rogo da doadora, João Rodrigues Bartolo e José Alípio Barreto, ambos casados, marítimos, residente também nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua Direita, e casas de residência de Luísa Benedita da Conceição, solteira, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte, como primeiro outorgante credor Manuel Gonçalves Andril, casado, proprietário, residente no Bonsucesso, freguesia de S. Pedro das Aradas, e de outra parte, como segundos outorgantes devedores Joana Maria de Jesus, viúva de Manuel Pereira Remalheira, ocupa-se no governo de sua casa, e seus filhos João Pereira Ramalheira, solteiro, marítimo, e Joana de Jesus Ramalheira, solteira, costureira, todos três residentes nesta vila de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de duzentos mil reis, [a um] juro anual na razão de seis porcento [6%], [vencidos desde a data da escritura e pagos anualmente na data da escritura, iniciando-se este pagamento um ano depois dessa data]. [Caso não se cumprisse o pagamento do juro, acrescia um juro de 3%]. [Os devedores hipotecavam, a] devedora metade e cada um dos outros devedores seus filhos uma oitava parte de um prédio de casas altas com seu quintal, árvores de fruto [e] poço, sito na Rua de Espinheiro desta vila de Ílhavo, a confrontar todo o prédio do norte com Maria do Beato, viúva de António Ferreira, do sul com Rosa de Jesus, viúva de Manuel Rodrigues [Lima], do nascente com António Simões Nina, todos desta vila, e do poente com caminho público, [era] alodial, [podia] render anualmente dez mil [10.000] reis e [calculavam] o seu valor venal em trezentos e oitenta e cinco mil [385.000] reis. [A] devedora viúva Joana Maria de Jesus hipotecava mais metade de uma terra lavradia com água de rega, sita nas Ramalhôas, limite de Ílhavo, a confrontar todo o prédio do norte com herdeiros de Tomé Batista, do sul com Luísa do Cura, viúva, do nascente com caminhos de vários consortes, e do poente com Luís Francisco Marieiro, [era] alodial, [podia] render anualmente três mil [3.000] reis e [calculavam] o seu valor venal em cem mil [100.000] reis. [Os] devedores [continuavam] a pagar o prémio anual à companhia de seguros de incêndios “Portugal” [referente] ao prédio hipotecado. [Os] prédios hipotecados já o estavam também a favor de José de Oliveira da Velha (filho de António de Oliveira da Velha, já falecido) desta vila de Ílhavo, como segurança à quantia de trezentos e cinquenta mil [350.000] reis, [por] escritura com data de cinco de dezembro de mil oitocentos e oitenta e nove, lavrada na nota do tabelião Fortuna, da cidade de Aveiro, quantia esta que [à data da escritura] foi paga ao ditor credor José de Oliveira da Velha [pelo que foi cancelada a hipoteca relacionada com a dita dídiva paga]. [Foram] testemunhas Manuel de Oliveira Vidal, viúvo, soldado da guarda fiscal, residente nesta vila, que assina a rogo da devedora viúva, João Reinaldo da Cruz e Albino de Oliveira Pinto, ambos casados, proprietários, residentes nesta mesma vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua de Espinheiro, e casas de residência de Maria Joana de Jesus, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeira outorgante compradora aquela dita Maria Joana de Jesus, também conhecida por Maria Ricóca, casada com José dos Santos Labrincha, marítimo, ausente [à data da escritura] para Vila do Conde, e ela negociante e residente nesta casa, e de outra parte como segundos outorgantes vendedores António Francisco dos Santos, marítimo e sua mulher Maria Antónia, ocupa-se no governo de sua casa, ambos residentes nesta mesma vila. [Foi comprada] uma casa térrea com seu pequeno quintal, árvores de fruto [e] poço, sita na Rua Nova desta vila e freguesia de S. Salvador de Ílhavo, a confrontar todo o prédio do norte com Domingos Marques, do sul com Joana Pernica, solteira, do nascente com Manuel Balseiro e do poente com a dita Rua Nova, [era] de natureza de prazo, foreiro em quatorze litros e um decilitro de trigo, pago anualmente ao Reverendo Prior desta freguesia, sem laudémio de natureza alguma, [podia] render anualmente três mil e seiscentos [3.600] reis, pelo preço de cento e vinte mil [120.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Francisco de Assis, solteiro, aspirante de farmácia, residente nesta vila de Ílhavo, que assina a rogo da compradora, João Crua Branco, casado, marítimo, residente também em Ílhavo, que assina rogo do vendedor, Álvaro Marcos Quaresma, solteiro, artista na fábrica da Fonte Nova em [Louro], residente nesta mesma vila, que assina a rogo da vendedora, Berardo da Rocha Carola, solteiro, carpinteiro, e António Nunes, solteiro, marítimo, ambos também residentes nesta vila.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua Nova e casas de residência de José Simões Chuva, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como outorgante credor o [Ilustríssimo] Joaquim Maria dos Reis Santo Tirso, casado, negociante, residente na cidade de Aveiro, da outra parte como segundos outorgantes devedores aquele dito José Simões Chuva e mulher Maria Assunção de Jesus, lavradores, aqui residentes, e da outra parte ainda como terceiro outorgante fiador, José Mateus dos Santos, solteiro, proprietário, residente em Vale de Ílhavo de Cima, desta freguesia de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de quatrocentos mil [400.000] reis, [a um] juro anual na razão de sete porcento [7%], [vencidos desde a data da escritura], sendo a importância respetiva do juro paga adiantadamente, sendo o primeiro pagamento feito no dia [da escritura, e sucessivamente no mesmo dia nos próximos anos]. [Caso o credor tivesse de receber a dívida] por meio de inventário, ação ou execução, os respetivos juros [seriam] além daqueles sete porcento [6%], mais na razão de vinte porcento [20%] a contar da data [do dito inventário, ação ou execução]. [Os devedores hipotecavam] o assento de casas em que [vivam], com seu pátio, eira, aido de terra lavradia [e] vessada, sito nesta Rua Nova de Ílhavo, a confrontar tudo do norte com Firmino Nunes Ramos e João da Rocha Deus, do sul com João Francisco [Cabelho] e outros, do nascente com Manuel de Almeida Bastos e do poente com rua pública, [era] alodial, [podia] render anualmente trinta mil [30.000] reis e [calculavam] o seu valor venal em um conto de [1.000.000] reis. [Foi nomeado fiador] José Mateus dos Santos, solteiro, [que] hipotecou uma terra lavradia sita nas Leias de Ílhavo desta freguesia, a confrontar do norte com José Fernandes Teixeira, do sul com João Nunes Morgado, do nascente e poente com caminho público, [era] alodial, [podia] render anualmente doze mil [12.000] reis, e [calculavam] o seu valor venal em quatrocentos mil [400.000] reis. [Foram] testemunhas João Maria da Cruz, casado, sapateiro, e Dionísio da Rocha Braz, casado, lavrador, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo, Viela da Manga e casas de residência de Manuel Nunes Ferreira Gordo, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como comprador Manuel Nunes Ferreira Gordo, casado, proprietário, aqui residente, e da outra parte, como vendedores João Nunes Pinguelo Manica Júnior e mulher Maria de Jesus, lavradores, residente nesta vila de Ílhavo. [Foi comprada] uma terra lavradia, sita no Outeiro do Juncalancho, ou Barca, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com o comprador, do sul e nascente com o caminho público e do poente com Paulo Borges Malta, [era] alodial, [podia] render anualmente mil e quinhentos [1.500] reis, pelo preço de cinquenta mil [50.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Manuel António Santo, casado, lavrador, residente na Rua do Casal desta vila, que assina a rogo da vendedora, Sebastião António da Silva, casado, alfaiate, e José Ferreira Saraiva [Bigões], casado, marnoto, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
[Escritura de] testamento, [feita] neste lugar da Apeada, desta freguesia e concelho de Ílhavo e casas de residência de João Martins, [onde] foi pessoalmente presente [o testador] aquele João Martins, viúvo, empregado na fábrica da Vista Alegre, aqui residente. [Desejava o testador] que o seu funeral se [fizesse] conforme o uso desta sua freguesia, que dentro do prazo de um ano [depois do seu falecimento] se [mandassem] rezar, por [sua] alma, vinte e cinco missas [e outras] vinte e cinco [por alma de suas mulheres falecidas], todas de esmola ordinária e ditas de uma só vez. [O testador] foi casado duas vezes, em primeiras núpcias com Maria da Conceição, e em segundad com Ana Joaquina [e ambos os matrimónios não deram quaisquer filhos, nem o testador tinha outros herdeiros naturais]. [Deixava] a sua cunhada Quitéria Rosa, viúva, irmã da segunda mulher dele testador, a qual tem vivido em companhia dele testador, o assento de casas e aido em que ele testador [vivia], com seu pátio, poço, currais [e abegoarias], sito neste lugar da Apeada, freguesia de Ílhavo, a confrontar do nascente com a estrada [distrital], do poente com Luís Francisco da Picada, do norte com José Nunes [Agras] e do sul com António Francisco Morgado, e todos os [bens] móveis [que estiverem dentro do mesmo assento, na data do seu falecimento]. [Instituía como herdeiros no resto dos seus bens] os seus irmãos Joaquim Martins, Maria de Jesus, Mariana de Jesus, residentes no Lombomeão, freguesia de Vagos, a sua sobrinha Teresa de Jesus, solteira, maior, filha de sua irmã Feliciana, já falecida, residente no lugar da Ermida desta freguesia de Ílhavo. [Foram] testemunhas José António Angeja, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, onde [residia], que assina a rogo do testador, [Henriques] André Gomes, solteiro, carpinteiro, residente nesta vila de Ílhavo, António Maria Morgado, casado, empregado na mesma fábrica, residente na Ermida, José Nunes [Agras], casado, seareiro, Manuel Simões Ruivo, casado, lavrador, residentes neste lugar da Apeada e António Francisco Morgado, casado, também empregado na fábrica da Vista Alegre, residentes neste mesmo lugar da Apeada.
Escritura de contrato, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes João Ferreira Laranjeira e mulher Angélica Rosa, lavradores, residentes no Roque de Nariz, e Rosa Maria, viúva de António da Costa, lavradores, residente no lugar de Verba, todos da freguesia de Nariz. [O casal e a viúva outorgantes tinham, cada um, um filho, de nome, respetivamente, Manuel e Martinho, que seriam chamados para o serviço militar no ano da data da escritura]. [No caso de qualquer um assentar praça por obrigação], eles outorgantes [obrigavam-se] a concorrer e [cotejar-se] em partes iguais para darem áquele de seus filhos [que fosse obrigado a assentar praça] a quantia de noventa mil [90.000] reis […]. [Caso for dada a hipótese dos seus filhos mancebos poderem substituir o assentamento de praça por outra forma dentro da lei] eles outorgantes seus pais se [obrigavam] a concorrer da mesma forma e [cotejar-se] em partes iguais para pagarem o preço devido [dessa forma legal de substituição do assentamento de praça]. [Caso qualquer dos mancebos falecesse antes da atribuição do assentamento de praça o outorgante] pai ou mãe do mancebo falecido [ficaria] isento de qualquer pagamento [estabelecido nesta escritura]. [Os outorgantes hipotecavam os seus bens para cumprimento desta escritura]. [Foram] testemunhas Manuel Procópio de Carvalho, casado, distribuidor postal, residente em Ílhavo, que assina a rogo do outorgante Laranjeira, Alexandre Maria Neves, casado, [pescador], residente em Ílhavo, que assina a rogo da outorgante Angélica Rosa, Alfredo José dos Santos, casado, alfaiate, residente em Ílhavo, que assina a rogo da outorgante Rosa Maria, viúva, Domingos Pereira Ramalheira, casado, distribuidor postal, e José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, ambos também residentes nesta vila de Ílhavo.
[Escritura de] testamento, [feita] nesta vila de Ílhavo, comarca de Aveiro e cartório [do tabelião], [onde] foi pessoalmente presente [o testador] Gil Nunes Gordo, casado, lavrador, natural de Vale de Ílhavo de Baixo e residente no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [Desejava o testador] que se [fizesse] o seu enterro ou funeral conforme o uso desta sua freguesia, que dentro do prazo de um ano [desde o seu falecimento] se mandassem rezar as seguintes missas, todas de esmola ordinária e ditas de uma só vez, a saber: sessenta por [sua] alma, dez por alma de seu pai, dez por sua mãe [e] dez por [seu] irmão de nome José Nunes Gordo. [O testador era] casado, segundo o costume do reino, com Maria de Jesus, [não tendo filhos deste matrimónio, nem quaisquer herdeiros naturais]. [Deixava] todos os [seus] bens, direitos e ações à dita sua mulher Maria de Jesus. [Nomeava] para seus testamenteiros a dita sua mulher e José Migueis Ferreiro, casado, lavrador, residente em Vale de Ílhavo de Cima, [deixando] a este seu testamenteiro, como recompensa, a quantia de quatorze mil e quatrocentos [14.400] reis. [Foram testemunhas] João Ferreira Solha o Parola, casado, proprietário, residente no lugar das Moitas, desta freguesia, que assina a rogo do testador, José dos Santos Vidal, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente no dito lugar de Vale de Ílhavo de Cima, desta mesma freguesia, João Francisco Corujo, casado, marítimo, José Ferreira Solha, casado, lavrador, Francisco Ferreira Moura, viúvo, lavrador, e Manuel Simões Teles, casado, negociante, estes quatro residentes nesta vila de Ílhavo.
[Escritura de] testamento, [feita] nesta vila de Ílhavo, comarca de Aveiro e cartório [do tabelião], [onde] foi pessoalmente presente [a testadora] Maria de Jesus, casada, lavradora, natural do Vale de Ílhavo de Cima, residente neste mesmo lugar do Vale de Ílhavo de Cima, desta freguesia e concelho de Ílhavo. [Desejava a testadora] que se [fizesse] o seu enterro ou funeral conforme o uso desta sua freguesia, que dentro do prazo de um ano [desde o seu falecimento] se mandassem rezar as seguintes missas, todas de esmola ordinária e ditas de uma só vez, a saber: sessenta por [sua] alma, vinte por alma de seus pais, e mais dez por [seu] irmão Manuel. [A testadora era] casada, segundo o costume do reino, com Gil Nunes Gordo, [não tendo filhos deste matrimónio, nem quaisquer herdeiros naturais]. [Deixava] todos os [seus] bens, direitos e ações ao seu dito marido Gil Nunes Gordo, ao qual [nomeava] para seu testamenteiro. [Foram] testemunhas João Ferreira Solha o Parola, casado, proprietário, residente no lugar das Moitas desta freguesia, que assina a rogo da testadora, José dos Santos Vidal, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente em Vale de Ílhavo de Cima desta mesma freguesia, João Francisco Corujo, casado, marítimo, José Ferreira Solha, casado, lavrador, Francisco Ferreira [Mouro], viúvo, lavrador, e Manuel Simões Teles, casado, negociante, estes quatro residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de doação entre vivus com imediata transferência de domínio e posse e [reserva] de usufruto, [feita] neste lugar de Vale de Ílhavo de Cima desta freguesia e concelho de Ílhavo e casas de residência de José Pedro Ribas, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeira outorgante doadora Maria Nunes de Castro, viúva de Manuel Nunes Torrão, propriretária, e de outra parte como segundos outorgantes donatários sua irmã e cunhado Maria Rosa Nunes de Castro e marido dito José Pedro Ribas, lavradores, aqui residentes nesta casa deste lugar de Vale de Ílhavo de Cima, freguesia de Ílhavo. [A] primeira outorgante [doou] irrevogavelmente, com imediata transferência [aos segundos outorgantes] o seguinte prédio: uma terra lavradia, denomiada “o Aido do Campo”, sita em Vale de Ílhavo de Baixo desta freguesia, a confrontar do norte com caminho público, do sul com herdeiros de Joaquim Gomes da Silva Valente, do nascente com José Migueis e do poente com levada de água e caminho público, [sendo] este prédio [era] de natureza de prazo, foreiro a Alberto Ferreira Pinto Basto, do Paço da Ermida, ao qual se paga o foro anual de trezentos [300] reis, [podia] render anualmente seis mil [6.000] reis, e [tinha] o valor venal de duzentos mil [200.000] reis. [A doação fazia-se, desde que a] doadora [reservasse] para si, enquanto [fosse] viva o usufruto do prédio [e] que [os] segundo outorgantes [fossem] obrigados a tratar [da] doadora. Se o rendimento do prédio doado não [fosse] suficiente [os segundos outorgantes seriam] obrigados a prover sustento [à primeira outorgante]. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas José Ferreira Solha, casado, lavrador, residente em Ílhavo, que assina a rogo da doadora, Manuel Marques da Silva, casado, proprietário, residente na Lavandeira, freguesia de Soza, que assina a rogo da donatária, Francisco Ferreira [Moura], viúvo, lavrador, residente em Ílhavo, e Manuel Fernandes Teixeira, casado, lavrador, residente neste lugar de Vale de Ílhavo de Cima, freguesia de Ílhavo.
Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como outorgante credor José Domingues Largo o Imaginário Sénior, casado, proprietário, residente nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segunda outorgante devedora Joana Rita de Jesus, viúva de João Nunes Vizinho, lavradora, residente no lugar da Légua, desta freguesia de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de cem mil [100.000] reis, [a um] juro anual na razão de sete porcento [7%], [vencido desde a data da escritura]. [A devedora hipotecava] um assento de casas térreas, onde [vivia], com seu quintal pegado, árvores de fruto [e] poço, sitas no referido lugar da Légua desta freguesia, a confrontar do norte com Joaquim Lopes da Conceição, do sul com prédio pertencente aos filhos órfãos [dela] devedora, do nascente com a rua pública e do poente com Fernando da Costa da Légua, [era] alodial, [podia] render anualmente nove mil [9.000] reis, e [calculava-se] o seu valor venal em trezentos mil [300.000] reis. [Foram] testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador], residente nesta vila, que assina a rogo do credor, Procópio José de Carvalho, viúvo, empregado da Câmara Municipal deste concelho, residente também nesta vila, que assina a rogo da devedora, Manuel dos Santos [Capado], casado, jornaleiro, residente no lugar e freguesia de S. Pedro das Aradas, e Francisco António da Assunção, casado, [funileiro], residente nesta vila.
Escritura de quitação e destrate, [feita] nesta vila de Ílhavo, Rua Nova e casas de residência de José Simões Chuva, [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeira outorgante Maria de Jesus, viúva de Manuel Gonçalves Marques, proprietária, residente no lugar e freguesia de Oliveirinha, e da outra parte como segundo outorgante João Nunes Pinguelo o Manica, viúvo, lavrador, aqui residente. [Foi feita uma escritura de dinheiro a juros] de um de agosto de mil oitocentos e setenta e oito, lavrada na nota do tabelião que foi desta vila, Ramos de Loureiro, [na qual os segundo outorgante e a sua falecida mulher se constituíram como devedores do marido falecido da primeira outorgante na] quantia de um conto de [1.000.000] reis, mediante o juro de seis porcento [6%], tendo hipotecado [o segundo outorgante e sua falecida mulher] assentos de casas e aidos. [A condição de credor passou para a primeira outorgante nas partilhas feitas depois do falecimento do seu marido]. [O segundo outorgante pagou a quantia devida à primeira outorgante, pelo que esta escritura procedia ao destrate da escritura de dinheiro a juro, procedendo também ao] cancelamento do registo hipotecário. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas o [Ilustríssimo] António da Rocha Martins, casado, professor do ensino primário, residente nesta vila, que assinou a rogo da ex-credora, Manuel de Oliveira Vidal, viúvo, soldado da guarda fiscal, residente também nesta vila, que assinou a rogo do ex-devedor, João Borges Cardoso, casado, alfaiate, e Manuel da Rocha Facão, casado, jornaleiro, ambos residentes também nesta vila de Ílhavo.
Escritura de quitação e desoneração de hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes José Fernandes Preceito e mulher Maria dos Anjos Marcela, negociantes, residentes nesta vila de Ílhavo. Fernando Eduardo Pereira e mulher Ana Pereira da Luzia, desta mesma vila, [à data da escritura] ausentes, construíram-se devedores à outorgantes Maria dos Anjos Marcela [numa escritura de 1879/08/10 do Tabelião da vila de Ílhavo Manuel António Ramos de Loureiro] da quantia de cento e cinquenta mil [150.000] reis, mediante o juro anual de seis porcento [6%] e hipotecaram o prédio número quatro mil oitocentos setenta e oito, descrito a folhas sessenta e cinco do livro B, dezassete, tendo ficado por fiadores José dos Santos Calhão, o Rão, e mulher Ana Pereira da Luzia, também desta vila, que por sua parte hipotecaram o prédio número quatro mil oitocentos setenta e nove descrito a folhas sessenta e cinco verso do mesmo livro, [sendo] esta hipoteca registada em vinte e quatro de outubro de mil oitocentos e setenta e nove a folhas cento setenta e três do livro C, quatro, sob o número mil quatrocentos e oito. Pela escritura de quatro de junho de mil oitocentos e oitenta e dois, lavrada a folhas trinta e uma verso do livro sessenta e seis das notas do Tabelião Loureiro, os referidos Fernando Eduardo Pereira e mulher se constituíram devedores a eles outorgantes Preceito e mulher, da quantia de cento e vinte e sete mil [127.000] reis, a juro de seis porcento [6%] ao ano, dando por hipoteca o prédio número seis mil quinhentos e oitenta e três, descrito a folhas cento e vinte verso do livro B, vinte e um, [sendo] a hipoteca regista em dezassete de junho de mil oitocentos e oitenta e dois, a folhas trinta e oito verso do livro C, [com] o número dois mil e três. [Os] outorgantes [declararam] que ambas as mencionadas quantias já foram integralmente pagas, [pelo que davam como cancelados os] registos hipotecários. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Alexandre Maria Neves, casado, [ferrador], e Henrique António de Abreu, casado, carpinteiro, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.
Escritura de compra e remissão de foro, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes de uma parte como primeiro outorgante o [Excelentíssimo] Duarte Ferreira Pinto Basto, casado, proprietário, residente na Vista Alegre, desta freguesia e concelho de S. Salvador de Ílhavo, na qualidade de procurador substabelecido da compradora, a [Excelentíssima] D. Joaquina d'Avillez Teixeira Pinto Basto, solteira, maior, proprietária, residente na Rua da Rainha da cidade do Porto, e da outra parte como segundos outorgantes vendedores Manuel José de Oliveira Pio e mulher Joana Rosa Nunes da Fonseca e sua cunhada e irmã Maria Nunes da Fonseca, viúva de Manuel Nunes Pinguelo Manco, lavradores, residentes nesta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo. [Os segundos outorgantes eram] senhores de um domínio direto com o foro de sessenta e seis litros e dois decilitros de trigo [galego], imposto numa praia e pousio sitos na Gafanha ou Gafanha de Aquém, limite desta freguesia, a confrontar do norte com Manuel Alves Russo, do sul com propriedade pertencente à fábrica da Vista Alegre, do nascente com a Cale da Ria e do poente com o areal da Gafanha. [O] prédio [pertencia] à [Excelentíssima] compradora, representada pelo [Excelentíssimo] primeiro outorgante, [que tinha cumprido o seu papel de enfiteuta, pagando] o mencionado foro. [Por esta escritura os segundos outorgantes vinham] vender e remir o foro [ao primeiro outorgante] pelo preço de sessenta mil [60.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas Rui António da Madalena, solteiro, e Tomé Antunes, casado, ambos empregados na fábrica da Vista Alegre, o primeiro residente nesta vila, assina a rogo da vendedora Joana Rosa Nunes da Fonseca, e o segundo residente no lugar da Vista Alegre desta freguesia, assina a rogo da vendedora Maria Nunes da Fonseca, viúva, Francisco Ferreira [Mouro], viúvo, lavrador, e João Simões Morgado Júnior, casado, lavrador, aquele residente nesta vila, e este na Quinta do Picado, freguesia de S. Pedro das Aradas.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante comprador João dos Santos [Sovela], casado, marítimo, residente nesta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, e da outra como segunda outorgante vendedora Luísa Jerovia Nova, casada, negociante, residente nesta mesma vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, por si e como procuradora de seu marido Joaquim André Senos, pescador, residente [à data da escritura] em Sesimbra. [Foi comprada] uma casa térrea, com um pequeno [saguão], sita na Rua Direita (Viela do Capitão) desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com Ana [Rapacho], solteira, do sul com prédio dela vendedora, do nascente com Manuel Pereira [Samarão], e do poente com a Viela do Capitão, [sendo a propriedade] alodial, [fazia] parte dos bens do casal comum dela vendedora e marido, pelo preço de cinquenta mil [50.000] reis. [Foram pagas as despesas inerentes à operação]. [Foram] testemunhas José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, residente nesta vila, que assinou a rogo da vendedora [e] procuradora, João Rodrigues Bartolo, viúvo, marítimo, e Domingos Fernandes Mano, casado, marítimo, ambos residentes também nesta vila.
Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeira outorgante credora Luísa Jerovia Nova, casada, negociante, residente nesta vila de Ílhavo, por si e como procuradora de seu marido Joaquim André Senos, pescador, residente em Sesimbra, e da outra parte como segundos outorgantes devedores João dos Santos [Sobelo] e mulher Maria Joana [Brinca], ele marítimo e ela [governanta] de sua casa, ambos residentes também nesta vila de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de cem mil [100.000] reis, [a um] juro anual na razão de seis porcento [6%], [vencidos a partir da data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] uma casa térrea com seu pequeno [saguão], sita na Rua Direita (Viela do Capitão) desta vila e freguesia de São Salvador de Ílhavo, a confrontar do norte com Ana [Rapacho], solteira, do sul com prédio dela credora, do nascente com Manuel Pereira [Samarão] e do poente com a dita Viela do Capitão, [era] alodial, [podia] render anualmente três mil e novecentos [3.900] reis, e calculam o seu valor venal em cento e trinta mil [130.000] reis. [Foram] testemunhas José Maria Cândido da Silva, casado, sapateiro, residente nesta vila, que assina a rogo da credora, João Rodrigues Bartolo, viúvo, marítimo, residente nesta mesma vila, que assina a rogo da devedora, Domingos Fernandes Mano, casado, marítimo, e Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, ambos também residentes nesta vila.