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No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e quatro dias do mês de abril [1805-04-24], compareceram na Vila e Couto da Ermida na morada de Francisco Gonçalves, de uma parte o comprador Domingos de Melo, e bem assim da outra parte irmã e cunhada Joana Nunes Vidal, viúva que ficou de José Nunes Mau, todos da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Domingos de Melo a Joana Nunes Vidal, de umas casas, sita na vila da Ermida que partia do norte e sul com o comprador, pelo preço e quantia de quarenta e oito mil reis, de que pagou de Siza nove mil reis que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Manuel solteiro filho de Paulo Nunes Baroe e Paulo Francisco Bolha da Vila de Ílhavo
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dezanove dias do mês de abril [1805-04-19], compareceram na Vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o comprador Arcebispo André Alão, da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte os vendedores António Nunes Torrão o velho, da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Arcebispo André Alão a António Nunes Torrão, de um pousio e aído no Corgo do Mar, que partia do norte com José de Caleiro e de sul com herdeiros de Manuel António da Conceição, em preço e quantia de dez mil reis, de que pagou de sisa dois mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Manuel Nunes Bastião e Paulo Francisco Bolha, todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dezassete dias do mês de abril [1805-04-17], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o comprador António Pereira da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte os vendedores Domingues Fernandes Bonito e sua mulher Antónia Maria da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito António Pereira a Domingues Fernandes Bonito e sua mulher, de umas casas sita na rua de Espinheiro e Carril, com sala; cama; cozinha e um bocado de aído por detrás da casinha que partia do norte com António Francisco de Grilo e do sul com Joana, viúva que ficou de Manuel André Alão, todos da vila de Ílhavo, pelo preço e quantia de setenta e dois mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Manuel Nunes Pinguelo, da mesma vila, Paulo Francisco Bolha da mesma vila.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos quatro dias do mês de março [1805-03-04], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o senhorio João Nunes Pinguelo da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte o devedor António Manuel Cónego, do lugar da Coutada termo da mesma Vila, pelo quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fez António Manuel Cónego a João Nunes Pinguelo, da quantia de vinte mil reis, e para segurança do pagamento da dita quantia hipotecaram o seu assento de casas onde viviam, sito no lugar da Coutada com todas as suas pertenças com quintal e parreira, que partia do norte com Manuel [Fraujo] de oliveira e do sul com Manuel Francisco da Picada, e para maior segurança apresentaram como seus fiadores e principais pagadores, José Fragoso Bandarra e sua mulher Rosa Maria, que para isso hipotecaram o seu assento de casas onde viviam com todas as suas pertenças, sito no mesmo lugar, e que partia do norte com herdeiros de Antónia Clemente e do sul com Rosa Ferreira Solteira, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes Paulo Francisco Bolha, Gabriel Nunes do couto da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e seis dias do mês de fevereiro [1805-02-26], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte Fernando António Lavrador do lugar de Alqueidão do termo da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte, o irmão do comprador Lourenço António Lavrador e sua mulher Joana de [Oliveira] do mesmo lugar, e por estes foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Fernando António Lavrador a Lourenço António Lavrador e sua mulher, uma casa com eira e parreira e mais pertenças conjuntas, sita em Alqueidão, que partia de norte com João dos Santos Fradinho e de sul com José dos Santos Malaquias, em preço e quantia de vinte mil reis de que pagou de sisa quatro mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Paulo Francisco Bolha e Gabriel Nunes de Couto.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e seis dias do mês de fevereiro [1805-02-26], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte Lourenço António, lavrador do lugar de Alqueidão termo da Vila de Ílhavo e bem assim de outra partia José dos Santos Malaquias e sua filha Rosa Solteira da mesma vila e por estes foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Lourenço António a José dos Santos Malaquias, de umas casas com seu aído sita no Casal, que partia do norte com os herdeiros de Maria de [Oliveira] e do sul com Manuel António [Bilelo] em preço e quantia de quinze mil reis, de que pagou de sisa três mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Paulo Francisco Bolha e Gabriel Solteiro.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos quinze dias do mês de fevereiro [1805-02-15], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, Joana Maria Vieira viúva de Tomé Gonçalves do [Pinto] da Vila de Ílhavo pela qual foi apresentado um bilhete de distribuição em que a mesma alega que por morte de seu marido, lhe haviam ficado três filhos menores de vinte e cinco anos e de seus nomes, João; [Américo] e Maria, e para ser sua tutora tinha alienado a sua Alteza Real ou da Rainha Nossa Senhora, a mesada de [Deumbarge de Passo Precisam] para ser sua tutora e que a cada um menor a dera, e que sendo lhe entregue esses mesmos filhos órfãos com sua Legitima e Rendimento, se obrigara por sua pessoa e bens a doutrina-los; calça-los e sustenta-los à sua custa, não chegando para isso o seu rendimento, no entanto se obrigara a entregar a cada um deles a todo tempo que se casassem ou emancipassem a dita Legitima, e para maior segurança apresentara como fiadores e principais pagadores José Borges de Almeida e sua mulher Josefa Francisca de Almeida da Vila de Ílhavo, que para isso se obrigaram a responder a Mano Juízo da Providencia da Comarca da cidade de Aveiro e ainda na dos órfãos da vila de Ílhavo, e por eles outorgantes foi aceite a escritura de Fiança com todas as suas clausulas e condições postas e declaradas e por todos foi outorgada bem como pelas testemunhas presentes António Joaquim de Almeida, Gabriel Nunes do Couto todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos quinze dias do mês de fevereiro [1805-02-15], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte Luís Nunes da Fonseca e bem assim de outra partia Teresa dos Santos Vieira, viúva que ficou de António Simões [Mauto] e seu filho João Nunes da Graça, e por estes foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Luís Nunes da Fonseca a Teresa dos Santos Vieira, de umas casas com suas pertenças, sita na Vila do Couto da Ermida que partia do norte com o comprador, e do sul com Francisco Gonçalves Capucho, pelo preço e quantia de quinze mil reis, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Paulo Francisco Bolha e António Francisco Verdade, todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e cinco dias do mês de janeiro [1805-01-25], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o credor e senhorio José Francisco Carcereiro e bem assim de outra como devedores Cipriano dos Santos e sua mulher Mariana Francisca da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuídos em que Cipriano dos Santos e sua mulher confessavam que para remir suas vexações se haviam ajustado com José Francisco Carcereiro para lhe emprestar a quantia de quarenta mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, e que para melhor garantia do pagamento da dita quantia, obrigavam suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecavam um assento de casas em que viviam sita na rua de Espinheiro que partia de nascente com João Francisco Ruivinho e de poente com a serventia publica, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes Julião dos Santos Arvelo; Joaquim Solteiro e filho do mesmo Julião, ambos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dezassete dias do mês de janeiro [1805-01-17], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte José Pereira Ralo e sua mulher Joana Pereira da Vila de Ílhavo, e bem assim de outra a João Francisco Grilo o Beu da mesma Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuídos em que José Pereira Ralo e sua mulher, confessavam que para remir suas vexações se haviam ajustado com João Francisco Grilo o Beu para lhe emprestar a quantia de quarenta e nove mil reis, ao qual os ditos devedores se obrigavam a pagar de juros a quantia de dez mil quatrocentos e cinquenta reis em cada um ano, e para melhor garantia da dita quantia hipotecavam todos os seus bens em geral e em especial um assento de casas em que viviam com todas as suas pertenças sita no Carril do [Ralo] que partia do norte com a serventia do mesmo Carril e do sul com herdeiros de José António Moreno da mesma vila, e por uns e outros foi aceite a escritura de Confissão de Divida com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, António Joaquim de almeida, Paulo Francisco bola, da vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos quatro dias do mês de dezembro [1805-12-04], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Paulo Francisco Bolha e bem assim da outra parte como vendedores Domingos Nunes Ramos e sua mulher Maria Nunes da Fonseca, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura que fez Paulo Francisco Bolha a Domingos Nunes Ramos e sua mulher, uma terra sita no Serrado do Pinhal, que partia de norte com ele comparador e do sul com Manuel António Facão, Capitão da Vila da Ermida, e mais outra terra no mesmo sitio que partia de norte com o Capitão Manuel António Facão e do sul com prado que ia para Ermida, em preço e quantia de trinta mil reis de que pagou de sisa seis mil reis que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Francisco Gonçalves Capucho e Joaquim André Facão, e a rogo da vendedora, Manuel Nunes Pinguelo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dois dias do mês de dezembro [1805-12-02], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte José da Rocha, viúvo e morador na Vila de Ílhavo, e bem assim de outra parte Bernardo Fernandes Matias Facão e sua mulher Maria de Oliveira da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Aforamento Fatiozim Perpetuo, que fez José da Rocha de Ílhavo a Bernardo Fernandes Matias e sua mulher, de uma terra e mais pertenças que tinha no Muro Gordo da mesma Vila, que levaria de semeadura três alqueires de pão, e que partia de norte com Luís da Rocha, Couto de Alqueidão e do poente com Manuel Pereira Branco de Espinheiro pelo foro certo e sabido em cada um ano de uma quarta de trigo galego pago pelo dia de São Miguel, e por uns e outros foi aceite a escritura de Aforamento Fatiozim Perpetuo com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel da Rocha e Paulo Francisco Bolha da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos trinta e um dias do mês de outubro [1805-10-31], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Luís Ferreira Silva de Vale de Ílhavo, e bem assim de outra como vendedor Roque Francisco Esmerado e sua mulher [Zélia] Bera do mesmo lugar, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Luís Ferreira Silva a Roque Francisco Esmerado e sua mulher, de uma terra sita na Quinta do Badalo que parte de norte com Joaquim de Resende e do sul com vendedor, pelo preço e quantia de vinte mil reis de que pagou de sisa quatro mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Inácio António Facão e Manuel Nunes Pinguelo e a rogo das mulheres Luís Ferreira Silva, todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos trinta dias do mês de outubro [1805-10-30], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Nunes Pinguelo de Ílhavo e bem assim de outra como devedores Luís Ferreira Silva e sua mulher Maria Simões do lugar de Vale de Ílhavo, termo da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez Luís Ferreira Silva a Manuel Nunes Pinguelo, referente à quantia de vinte e quatro mil reis, da qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro em cada um ano, a quantia de mil e duzentos reis, e para segurança do pagamento da dita quantia e seu juro, obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram uma terra lavradia no Campo Largo, que levaria de semeadura quatro alqueires de pão, que partia de norte com Manuel Simões Morgado e de sul com Manuel Nunes da [Sapateira], e que para maior segurança apresentaram como fiador e principal pagador Luís Pereira Silva e sua mulher Maria Simões do mesmo lugar, que para segurança do dito pagamento, hipotecaram uma terra lavradia a onde chamavam a Quinta do Badalo, que levaria de semeadura cinco alqueires de pão, e que partia de norte com Joaquim José de Resende e do Sul com Roque Francisco Esmerado, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas Ingracio António Facão; Paulo Francisco Bolha e Roque Francisco Esmerado, ambos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos seis dias do mês de dezembro [1805-12-06], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Domingos Nunes Ramos e bem assim de outra Leonarda Nunes de Oliveira viúva de Manuel Fernandes, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Domingos Nunes Ramos a Leonarda Nunes de Oliveira, de umas casas e leira e sitio de logradouro, sito em Alqueidão que partia de norte com fazenda que ficaram de seu sogro António Borges da Conceição e de sul com Luiza de Oliveira filha de Manuel Genealus Farelo e poente com ele comprador, pelo preço e quantia de quarenta mil reis de que pagou de sisa oito mil reis que recebeu o depositário dos bens Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e António Joaquim de Almeida e a rogo da vendedora Manuel Nunes Pinguelo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos treze dias do mês de outubro [1805-10-13], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Manuel Martins do lugar de Vale de Ílhavo, e bem assim de outra parte como vendedores Filipe João do lugar da Costa do Valado, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Manuel Martins a Filipe João, de uma terra sita na [Piedade], que partia do norte com seus pais André Martins e sul com luís Nunes Timóteo, pela quantia e preço de vinte e oito mil setecentos reis, que pagou de sisa cinco mil e setecentos e setenta reis, que recebeu o depositário dos bens Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, António Joaquim de Almeida e Paulo Francisco Bolha da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e nove dias do mês de outubro [1805-10-29], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte Bernardo Fernandes Mateus e sua mulher Maria da Silveira da Vila de Ílhavo, e bem assim da outra parte José da Rocha da [Micaela], pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Aforamento Fatiozim Perpetuo, que faz Bernardo Fernandes Matias e sua mulher Maria da Silveira de Ílhavo a José da Rocha da [Micaela] da mesma Vila, de uma terra lavradia sita na Fontoura limite da Vila de Ílhavo, que levaria de semeadura dois alqueires de pão, e que partia da nascente com Alferes João Nunes Pinguelo e do poente com Clara a viúva de Pedro da Rocha de Leonardo da mesma Vila, pelo foro de cada um ano de uma quarta parte de trigo galego, em que o pagamento de cada ano se efectuaria em dia de são Miguel, e por uns e outros foi aceite a escritura de Aforamento Fatiozim Perpetuo com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel da Rocha o novo e Paulo Francisco Bolha da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e seis dias do mês de outubro [1805-10-26], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador João Gonçalves da Rocha da Légua de Alqueidão termo de Ílhavo e bem assim de outra como vendedor Manuel Francisco Carrapichosa do mesmo lugar, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez João Gonçalves da Rocha do lugar de Alqueidão termo da Vila de Ílhavo a Manuel Francisco Carrapichosa do mesmo lugar por umas casas sita na rua direita de Alqueidão que partia do norte com o comprador, e do sul com a viúva de Manuel Francisco Capote pela quantia de quarenta mil reis, de que pagou de sisa oito mil reis que recebeu o depositário dos bens Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Joaquim dos Santos Arvelo e Manuel da Silva da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e um dias do mês de outubro [1805-10-21], compareceram na Vila e Couto da Ermida, na morada do Alferes António Joaquim de Almeida, como senhorio e representante de uma parte, e bem assim de outra parte como devedores José Fernando Grego, maior de vinte e cinco anos do lugar dos Moitinhos, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez José Fernandes Grego ao alferes António Joaquim de Almeida da Vila de Ílhavo, da quantia de quarenta mil reis, à razão de Juro de cinco porcento ao ano, para o que se obrigou o sobre dito devedor a pagar ao ano pelos sobre ditos juros a quantia de dois mil reis, e para segurança do dito pagamento hipotecou ele devedor, uma terra lavradia na Chousa Nova que levaria de semeadura dois alqueires e meio de pão, e que partia do norte com António Simões Morgado e do sul com Teodoro Francisco da Silveira da Vila de Ílhavo e mais outra leira de terra lavradia onde chamavam as Leiras que levaria de semeadura dois alqueires, e que partia do norte com António Simões Morgado, e do sul com Paulo Francisco Morgado da Vila de Ílhavo, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas Paulo Francisco Bolha e Vicente José de Pina, todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos catorze dias do mês de outubro [1805-10-14], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Bernardo José Calado como tutor do órfão Pedro filho que ficou de João Nunes Calado do lugar da Lavandeira termo de Sosa, e bem assim da outra parte como devedores José Nunes Vidal e sua mulher Joana da Seleca e Luiza Nunes viúva que ficou de Manuel [Ribeiro] do mesmo lugar, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez José Nunes Vidal e sua mulher Joana da Silva e Luísa Nunes viúva de Manuel [Ribeiro] a Bernardo José Calado, filho que ficou de José Nunes Calado, da quantia de sessenta mil reis, à razão de Juro de cinco porcento, para o que se obrigaram a pagar de Juros a quantia de três mil reis, e o sobre dito José Nunes Vidal e sua mulher, a quantia de dois mil reis e Luísa Nunes a quantia de mil reis, dando os sobre ditos devedores, José Nunes Vidal e sua mulher, como garantia do pagamento a hipoteca de um terra; vinha e mais pertences a onde chamavam o serrado e que partia do norte com Luís Francisco e de sul com a estrada publica, e a devedora Luísa Nunes, para garantia do pagamento hipotecou, um serrado de terra lavradia na Gândara, que partia do norte com Francisco Nunes e do sul com a estrada publica, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Luís Ribeiro da Lavandeira termo de Sosa, e Manuel André Facão da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dezanove dias do mês de agosto [1805-08-19], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o senhorio Fernando dos Santos Marenoto, da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte a devedora Maria dos Santos viúva que ficou de Manuel João [Menecio] o novo, da mesma Vila, pelo quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez Maria dos Santos a Fernando dos Santos Marenoto, da quantia de doze mil reis, à razão de Juro de cinco por cento ao ano, ficando assim os ditos devedores a pagar de Juro a quantia de seiscentos reis por ano, e para segurança do pagamento da dita quantia hipotecaram eles devedores, as suas casas térreas sita na rua de Espinheiro do Carril que partiam do norte com João Francisco Reis e do sul com António dos Santos Marenoto da mesma Vila, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes Inácio da Silveira e Eusébio da Fonseca e Sá, da mesma vila.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dez dias do mês de agosto [1805-08-10], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o senhorio José Pereira Real e bem assim da outra parte a devedora Brizida Solteira, filha que ficou de Luís Pereira da Vila de Ílhavo, pelo quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez José Pereira Real a Brizida Solteira, da quantia de vinte mil reis, à razão de Juro de cinco por cento ao ano, ficando assim os ditos devedores a pagar de Juro a quantia de mil reis por ano, e para segurança do pagamento da dita quantia hipotecaram eles devedores, um palheiro de tábuas que bem é possuidora sita no Carril que fica junto de uma propriedade de António Nunes Pinguelo e que partia do norte e sul com a serventia publica do mesmo Carril da Vila do Capitão, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes António Joaquim de Almeida e Paulo Francisco Bolha da mesma Vila.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos seis dias do mês de setembro [1805-09-06], compareceram na Vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte, Alexandre Lourenço Catarino, Arrais da rede chamada Cageiras, e Manuel Simões Malaca, procurador da mesma companha da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Composição e Obrigação que fizeram Alexandre Lourenço Catarino e Manuel Simões Malaco, arrais e procurador da companha chamada de Cageiras, com seus companheiros da mesma companha, sendo eles, Manuel Ferreira Gordinho, Feliciano Francisco Ferreira e seu filho Alexandre Solteiro, e Inácio Fernandes da Magra, Manuel Francisco Faulhe, Luís Simões Peixe, José Baptista, José Francisco Ganilho, António Gonçalves Sarrães, Luís Francisco Capote, Manuel Fernandes Barreto, Filipe Solteiro e filho do mesmo Manuel Nunes de Castro, Manuel Pereira Gordo, Manuel Pereira Sarrico, Paulo dos Santos da Verga, que confessaram pertencer à mesma rede e obrigando-se a cada um a seguir e a estarem unidos em qualquer situação relativa à sua companha, e por uns e outros foi aceite a escritura de Composição e Obrigação com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel Nunes Pinguelo; Manuel Ferreira Branco e Maximino Pereira, todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e um dias do mês de agosto [1805-08-21], compareceram na Vila e Couto da Ermida na morada do Capitão Manuel António Facão, de uma parte, o próprio Capitão e bem assim da outra parte o Manuel da Silva e sua mulher Ana Nunes, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Manuel António Facão a Manuel da Silva e sua mulher, de um serrado sito em Vale da mesma Vila de Ílhavo, com suas oliveiras e parreiras com uma vessada pegada dentro do mesmo serrado que confrontava a norte com pinhal deles vendedores e a sul com Lis Nunes da Fonseca, a nascente com António Nunes Vidal e a poente com o comprador pela quantia e preço de trinta e nove mil e duzentos reis, de que pagou de sisa sete mil e setecentos e quarenta reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel da Silveira e Manuel Francisco Verdade da mesma Vila.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos sete dias do mês de outubro [1805-10-07], compareceram na Vila e Couto da Ermida, na morada de Paulo Francisco Bolha, de uma parte o senhorio Manuel Nunes Pinguelo e bem assim de outra como devedores António Fernandes Temido e sua mulher Maria Pereira da Trindade, todos da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro, que fez António Fernandes temido e sua mulher Maria Pereira da Trindade da vila de Ílhavo a Manuel Nunes Pinguelo da mesma, da quantia de catorze mil e quatrocentos reis à razão de Juro de cinco porcento ao ano, e para segurança do pagamento da dita quantia, hipotecaram eles devedores, o seu assento de casas que emanciparam, sito na rua de Espinheiro da mesma Vila, que partia do norte com Joana de Saramago, e do sul com a rua publica, e para maior segurança de seu pagamento apresentaram como seu fiador e principal pagador, Manuel Ferreira Branco, viúvo e da rua de Espinheiro, que hipotecou uma terra lavradia sita na Cruz, limite de Ílhavo, e que partia do norte com o mesmo senhorio e sul com a viúva de Tomé Francisco da Picada da Chousa Velha, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, João António Balau, Joaquim ferreira de Borges, todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos quatro dias do mês de outubro [1805-10-04], compareceram na Vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador, Manuel Nunes Mourão da Vila de Ílhavo e bem assim de outra como vendedora Maria Inês, da mesma Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Manuel Nunes Mourão a Maria Inês, de um assento de casas sito ao pé da cadeia da Ermida que partia do sul com a Igreja do Paço e do norte com o caminho público, quem ia para a Malhada pela quantia de quarenta mil reis. e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, António Francisco Verdade, Paulo Nunes [Baroe] da mesma vila.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dois dias do mês de maio [1805-05-02], compareceram na Vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o comprador Agostinho André Alão, da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte os vendedores Manuel Francisco Carrapichosa, do lugar de Alqueidão termo da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Agostinho André Alão a Manuel Francisco Carrapichosa, de uma terra sita no Rabaçal, que partia do norte com quem ia para a Capela, e do sul com ele comprador, em preço e quantia de quarenta mil reis, de que pagou de sisa oito mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Vicente José de Pina da mesma vila e João saraiva do lugar de Alqueidão da mesma vila.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e nove dias do mês de abril [1805-04-29], compareceram na vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o senhorio Domingues de Melo e bem assim da outra partia o devedor João Fernandes Borrelho e sua mulher Maria Nunes do lugar da Quinta termo da vila de Ílhavo, pelo quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez João Fernandes Borrelho e sua mulher a Domingues de Melo, da quantia de sessenta mil reis, à razão de Juro de cinco por cento ao ano, ficando assim os ditos devedores a pagar de Juro a quantia de tês mil reis por ano, e para segurança do pagamento da dita quantia hipotecaram, eles devedores, uma terra sita no limite de Ílhavo, que levaria de semeadura dezasseis alqueires, que partia do norte com António Fernandes Barros e de sul com Manuel da Graça e sua mulher do lugar da Chousa Velha e aqueles de Ílhavo, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes testemunhas João dos Santos Jorge e António Gonçalves da silveira todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos vinte e sete dias do mês de junho [1805-06-27], compareceram na Vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião, de uma parte o comprador Luís José Pimentel, da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte os vendedores Paulo Fernandes Barros e sua mulher Antónia Ferreira da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de Compra que fez o sobre dito Luís José Pimentel a Paulo Fernandes Barros e sua mulher, umas casas com suas serventias, sita na rua de Espinheiro, que partia de norte com Rosa viúva de Jerónimo Simões Calhao e de sul com António Francisco Grilo em preço e quantia de noventa e um mil reis, de que pagou de sisa dezoito mil e duzentos reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, Manuel Nunes Pinguelo e Caetano dos Santos da mesma vila.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos trinta dias do mês de maio [1805-05-30], compareceram na Vila e Couto da Ermida no escritório do Tabelião de uma parte como bastante procurador (*) do Excelentíssimo Duque de Lafões o Capitão-mor Manuel da Maia Vieira de Alqueidão, e bem assim de outra parte como arrendatário Capitão José Ferreira Félix do mesmo lugar, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de arrendamento que fez Capitão José Ferreira Félix ao Capitão-mor Manuel da Maia Vieira como procurador bastante do Excelentíssimo Duque de Lafões, da renda do prazo da Aguada de Cima e ramo de [Aguim] com suas pertenças na Comarca de Aveiro por tempo de quatro anos que haveriam de principiar em dia de São João de cada um ano pela quantia de quatrocentos e vinte mil reis, e por uns e outros foi aceite a escritura de Arrendamento com todas as suas clausulas condições de aforamentos postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas presentes, António Joaquim de Almeida e Paulo Francisco Bolha da mesma vila.
Diz Francisco Fernandes Grego do lugar de Vale de Ílhavo [texto ilegível]
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e cinco dias do mês de outubro [1806-10-25], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Nunes Pinguelo da Vila de Ílhavo, e bem assim de outra parte como devedores Joaquim André Facão da mesma Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fez Joaquim André Facão a Manuel Nunes Pinguelo, referente à quantia de quarenta mil reis, à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia de dez mil reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que viviam sito no lugar de Vale de Ílhavo de Baixo que partia de norte com rua publica e de sul com levada de água, e para maior segurança do próprio juro apresentaram por seu fiador e principal pagador Manuel Nunes Ferreira, o qual aceitou ficar por principal pagador do original devedor, para o que obrigou sua pessoa e bens em geral e em especial hipotecou o seu assento de casas em que vivia sito na Vila de Ílhavo, que partia de nascente com herdeiros de Manuel dos Santos e do poente com Domingos Alves, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e Gabriel Nunes do Couto.
No ano de mil oitocentos e seis, aos quinze dias do mês de outubro [1806-10-15], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Rodrigues da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte como seus sócios Manuel Simões [Erveiro] o velho e Manuel Simões [Erveiro] o novo e José Fernandes Geraldo todos da Vila de Ílhavo e bem assim José Batista e Tomé Fernandes de Oliveira do lugar de Alqueidão, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de contrato de sociedade que entre si fizeram Manuel Simões [Erveiro] o velho e Manuel Simões [Erveiro] o novo e outros com Manuel Rodrigues, para tomar de sua mão contrato de sal a quantia de duzentos e quatro mil e oitocentos reis com interesse pela terça parte tanto do ganho como da perda que Deus desse a qual quantia foi empregada no dito género de sal na Vila da Figueira transportado para a ria da Cidade de Aveiro e ainda que a tal embarcação tenha dado […] com o dito sal com tudo se tinha salvado quantidade dele que esperavam não haver perda porem pelo que respeitava a este interessa estavam seguintes assinados da dita escritura e como se acharam no entanto ajustados com ele senhorio a lhe dar mais para o mesmo contrato a quantia de cento e setenta mil reis para desse contrato pertencer a ele dito senhorio livre de pouco ou muito ganho que Deus desse a terça parte por […] e sal que compravam não tinha […] por ser comprado em terra por isso seria de suas vontades e interesse que ele senhorio entrasse pela terça parte do lucro, porque quando houvesse perda tinham a esperança de que nada faria sua pertença ele senhorio, e por uns e outros foi aceite a escritura de sociedade e dinheiro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel Nunes Pinguelo e Jerónimo Rodrigues Lopes.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e dois dias do mês de novembro [1806-11-22], compareceram na Vila e Couto da Ermida, e na morada de Alferes António Joaquim de Almeida e sua mulher Maria Antónia da Costa, e também presentes como vendedores e representantes de uma das partes João Saraiva e sua mulher Joana Borges de Almeida do lugar de Alqueidão, e bem assim de outra parte como comprador Capitão Manuel António Facão, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Capitão Manuel António Facão a Alferes António Joaquim de Almeida e sua mulher, as suas […] que tinham em uma morada de casas que lhes havia deixado sua tia Maria Simões da Ermida, sita na rua Direita que ia para a Igreja, que partiam de norte com Manuel Rodrigues e de sul com rua publica chamada de Espinheiro, pelo preço e quantia de trezentos e trinta e três mil trezentos e trinta e dois reis, de que pagou de sisa setenta e seis mil e seiscentos e sessenta e cinco reis que recebeu o depositário dos bens de raiz António da Rocha Deus, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, José dos Santos Ribeiro e seu filho Manuel Solteiro e a rogo das mulheres Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e seis, aos quinze dias do mês de novembro [1806-11-15], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Domingos Ferreira de Oliveira do lugar de Alqueidão, e bem assim de outra parte como devedores António dos Santos Branco e sua mulher Isabel Nunes da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fez António dos Santos Branco e sua mulher a Domingos Ferreira de Oliveira, referente à quantia de vinte e cinco mil reis, à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia de mil e sessenta reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que viviam sito na Vila de Ílhavo que partiam de norte com serventia publica e do sul com Domingues Nunes, e para maior segurança do pagamento do dito juro apresentaram como fiador e principal pagador Paulo Francisco Bolha e sua mulher Maria Nunes de Crasto, os quais aceitaram ficar por principais pagadores do original devedor, para o que se obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que vivia sito na Vila de Ílhavo, que partia de nascente com estrada publica e do poente com levada de Azenhas, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Domingues Nunes de Crasto e Manuel Nunes Calado e a rogo das mulheres Manuel António Facão.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dois dias do mês de dezembro [1806-12-02], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Manuel dos Santos Batel do lugar da Coutada termo da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor Josefa Gonçalves Rocha, mulher de António Saraiva de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Manuel dos Santos Batel a Josefa Gonçalves Rocha, um foro completo na quinta do [Eiró] que partia do norte com Luísa Francisca e do sul com Filipe António Malheiro em preço e quantia de quarenta e cinco mil reis de que pagou de sisa nove mil reis que recebeu o depositário dos bens de raiz José António Ribeiro, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel Nunes Pinguelo e Paulo Francisco Bolha e a rogo das mulheres Tomé João Janardo.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e quatro dias do mês de novembro [1806-11-24], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Manuel António de Padre da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor Maria Nunes de Barros, viúva, e Félix da Silva Catre e sua mulher Engrácia Maria da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Manuel António de Padre a Maria Nunes de Barros, viúva que ficou de António da Silva Gaspar, e Félix da Silva Catre e sua mulher, de umas casas com suas pertenças sito na mesma Vila que partiam de nascente com João António dos Reis e do poente com João Ferreira Pimentel, pelo preço e quantia de cinquenta e sete mil e seiscentos reis, de que pagou de sisa onze mil e quinhentos reis que recebeu o depositário dos bens de raiz António da Rocha Deus, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Gabriel Nunes do Couto e António Joaquim de Almeida e a rogo das mulheres Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dezassete dias do mês de julho [1806-07-17], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Sebastião José de Sousa Pizarro do lugar de Alqueidão e bem assim da outra parte João Baptista Russo e sua mulher Rosa Maria Rebela da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Aforamento Fatiozim Perpétuo que fez João Baptista Russo e sua mulher a José de Sousa Pizarro de umas casas em seu quintal com suas pertenças, serventias e logradouro, sita rua da Fontoura, que partia de norte com Tomé Fernandes Matias e do sul com Bernardo Fernandes Matias em preço certo e sabido de foro anual de seiscentos reis, e que o primeiro foro seria em dia de São Miguel do mesmo ano e mais sucessivamente por outro tal dia em tempo de cada ano, e para segurança do dito foro obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram um assento de casas em que viviam sito na mesma rua da Fontoura, que partia de norte com Pedro Fernandes Morgado e do sul com Jerónimo de Sebastião, e por uns e outros foi aceite a escritura de Aforamento Fatiozim Perpétuo com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e António Joaquim de Almeida e a rogo das mulheres António de Almeida Vidal.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dezanove dias do mês de setembro [1806-09-19], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Rodrigues, da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte como seus sócios, Manuel Simões [Erveiro] o velho e sua mulher o velho e sua mulher Luísa Maria e José Fernandes Geraldo e sua mulher Maria Gomes dos Santos da mesma Vila de Ílhavo, e José Batista e sua mulher Joana Jacinta e Tomé Fernandes de Oliveira e sua mulher Maria Fernandes do lugar de Alqueidão, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura, em que houvera uma de contrato assinado que entre si fizeram Manuel Simões [Erveiro] o velho e Manuel Simões [[Erveiro] o novo e sua mulher e outros com o senhorio Manuel Rodrigues, a lhe levarem o risco para o contrato de sal na Vila da Figueira para o transportarem para a Cidade de Aveiro em sal e quantia de duzentos e quatro mil e setecentos reis, e para repartir o ganho que houvesse entre partes, a saber, a terça parte desse ganho pertencia ao senhorio e as outras duas partes seria para eles ditos sócios, Manuel Simões o velho e Manuel Simões o novo e outros, e por uns e outros foi aceite a escritura de sociedade e dinheiro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel Ferreira Branco e João Ferreira Branco e a rogo das mulheres Luís José Soares.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dezasseis dias do mês de junho [1806-06-16], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador João Francisco Paixão da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor Joana Maria, mulher e procuradora bastante de António Pereira Cajeira do lugar de Alqueidão, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Joana Maria, mulher e procuradora bastante de António Pereira Cajeira a António Pereira Cajeira e sua mulher, de uma terra sita no passadouro que partia de norte com Luiza Nunes do Couto viúva de Manuel da Rocha Fradinho e do sul com ele comprador em preço e quantia de trinta mil reis, de que pagou de sisa seis mil reis que recebeu o depositário dos bens de raiz António da Rocha Deus, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e Gabriel Nunes do Couto e a rogo das mulheres Manuel António Pereira.
No ano de mil oitocentos e seis, aos oito dias do mês de julho [1806-07-08], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Manuel Nunes Mourão da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor Sebastião José de Sousa Pizarro de Alqueidão, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Manuel Nunes Mourão a Sebastião José de Sousa Pizarro, de uma leira de terra sita no lugar da Ermida dentro do aído e assento que fez de Doutor Manuel Tavares e que partia de norte com ele comprador e do sul com leira de prazo, pelo preço e quantia de mil reis, de que pagou de sisa três mil reis que recebeu o depositário dos bens de raiz António da Rocha Deus, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e Francisco Nunes de Oliveira.
No ano de mil oitocentos e seis, aos catorze dias do mês de outubro [1806-10-14], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio João Nunes Pinguelo da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte como sócios António Francisco Macário; José Fernandes Pata Teles da Silva Anamaio; João Domingues Gago; Domingos Pereira; Manuel Fernandes Mano; Manuel Domingues Pina; Joaquim Lopes; Nuno José da Graça; Manuel José da Graça, todos da mesma Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de contrato e sociedade que entre si fizeram António Francisco Macário e outros com João Nunes Pinguelo, da quantia de quarenta e três mil e duzentos reis para com esta quantia fazerem seu aparelho de rede para pescarem no alto, com a condição de que enquanto durasse o serviço da pesca fazerem a ele senhorio para satisfação da dita quantia, quinhões semelhantes a cada um ou de qualquer companheiro e do lucro da referida quantia se desse meio quinhão enquanto não se satisfizesse a dita quantia do capital a qual quantia, e para segurança do pagamento da dita quantia se obrigaram suas pessoas e bens em geral e o mais bem parado deles e se obrigaram um por todos e todos por um, e por quanto ele senhorio lhe fez pertencendo no dito aparelho de redes dez quinhões e o meio quinhão pelo interesse da mesma quantia, e por uns e outros foi aceite a escritura de sociedade e dinheiro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Joaquim Ferreira de [Bóias] e Manuel Ferreira Branco.
No ano de mil oitocentos e seis, aos cinco dias do mês de abril [1806-04-05], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Nunes Pinguelo da Vila de Ílhavo, e bem assim de outra parte como devedores João dos Santos Malaquias e sua mulher Joana Maria da mesma Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fez João dos Santos Malaquias a Manuel Nunes Pinguelo, referente à quantia de trinta mil reis, à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia mil e quinhentos reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que viviam sita na mesma Vila com todas as suas pertenças no Carril de Sobreiro que partia de norte com serventia publica e dos sul com Alferes Francisco José de Pina, e para maior segurança do pagamento do dito juro apresentaram como seus fiadores e principais pagadores Manuel José Malaquias e sua mulher Aurélia Maria, os quais aceitaram ficar por principais pagadores dos originais devedores, para o que obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o assento de casas e mais pertenças que possuíam na mesma Vila, que partiam de norte com José Luís da Fonseca e Sacramento e do sul com serventia publica, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Caetano dos Santos e Paulo Francisco Bolha e a rogo das mulheres Domingos dos Santos Malaquias.
No ano de mil oitocentos e seis, aos trinta dias do mês de maio [1806-05-30], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Tomé Francisco Morgado da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor Luís Nunes da Fonseca e Sá e sua mulher Josefa Simões Morgado da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Tomé Francisco Morgado a Luís Nunes da Fonseca e Sá e sua mulher, de uma terra sita na Lagoinha que partia de norte com ele comprador e do sul com terra de João André Rosa, em preço e quantia de duzentos mil reis de que pagou de sisa três mil reis que recebeu o depositário dos bens de raiz Luís António, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e José de Oliveira Facão e a rogo das mulheres Francisco Gonçalves Capucho.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e oito dias do mês de maio [1806-05-28], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Joana Maria de Jesus mulher e procuradora bastante de seu marido Bernardo António da Silva da Vila de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor Tomé Simões Corujo e sua mulher Maria Francisca da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Bernardo António da Silva a Tomé Simões Corujo e sua mulher, de uma terra sita na [Saludeira] que partia de norte com José Fernandes Borrelho e do sul com viúva de [Vitorino da Fastelha] em preço e quantia de vinte mil reis de que pagou de sisa quatro mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz António da Rocha Deus, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel André Facão e Paulo Francisco Bolha e a rogo das mulheres Manuel Ferreira Branco.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte dias do mês de maio [1806-05-23], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio José Francisco Carcereiro da Vila de Ílhavo, e bem assim de outra parte como devedores Manuel Lourenço Catrino e sua mulher Luiza Maria da mesma Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fez Manuel Lourenço Catrino a José Francisco Carcereiro, referente à quantia de trinta mil reis, à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia de mil setecentos reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que viviam que partiam de norte com António Lourenço Craveiro e do sul com Manuel Pereira Rui, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Bernardo Lourenço e Paulo Francisco Bolha e a rogo das mulheres Manuel dos Santos Marenoto.
No ano de mil oitocentos e seis, aos doze dias do mês de maio [1806-05-12], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Manuel Francisco Caramonete de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor José Francisco da Bóia e sua mulher Brites da Silva Catre da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Manuel Francisco Caramonete a José Francisco da Bóia e sua mulher, de uma terra sita na [Saludeira] que partia de norte com José Fernandes Borrelho e do sul com viúva de [Vitorino da Fastelha] em preço e quantia de vinte mil reis de que pagou de sisa quatro mil reis, que recebeu o depositário dos bens de raiz António da Rocha Deus, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel André Facão e Paulo Francisco Bolha e a rogo das mulheres Manuel Ferreira Branco.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e nove dias do mês de março [1806-03-29], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Joaquim de Sousa Firmeza de Ílhavo e bem assim da outra parte como vendedor Pedro Ferreira Morgado e sua mulher, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Joaquim de Sousa Firmeza a Pedro Ferreira Morgado e sua mulher, de uma casinha com sua aba e logradouro e um palheiro com logradouro que partia de norte com herdeiros de Padre João dos Reis e do sul com Maria Bragalha, tudo em preço e quantia de dezoito mil reis, de que pagou de sisa três mil e seiscentos reis que recebeu o depositário dos bens Remígio Pereira Lebre de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Joaquim dos Santos Arvelo e Manuel Ferreira Branco, e a rogo das mulheres Manuel Nunes Pinguelo.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dois dias do mês de abril [1806-04-02], compareceram na Vila e Couto da Ermida, e na morada de Alferes António Joaquim de Almeida, como representante de uma das partes juntamente com sua mulher Maria Antónia da Costa, e bem assim de outra parte Alexandre André Curto e sua mulher, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de aforamento fatiozim perpetuo, que fez Alexandre André Curto a Alferes António Joaquim de Almeida, de uma leira de terra com seu sitio de casas e parte de uma aba e mais pertenças sito na [Corredoura] da Vila de Ílhavo que partia de nascente com Manuel da Silva e do poente com Joana […], em preço certo e sabido em cada um ano de oitocentos reis, seria então o primeiro pagamento feito em dia de São Miguel desse mesmo ano e os seguintes por outro tal dia por tempo de cada ano, e por uns e outros foi aceite a escritura de aforamento fatiozim perpetuo com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e Luís Francisco Jorge e a rogo das mulheres Manuel António Ribeiro.
No ano de mil oitocentos e seis, ao primeiro dia do mês de março [1806-03-01], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador António Peixe da Vila de Ílhavo e bem assim de outra como vendedores António Fernandes Cardoso e sua mulher Luísa Francisca do lugar da Gafanha termo da Vila de Vagos, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Francisco António Peixe a António Fernandes Cardoso, de umas casas sita na rua de Espinheiro que partia de norte com Manuel Gonçalves Bilhano e de poente com Luiza viúva de Tomé Ramos em preço e quantia de quarenta mil reis de que pagou de sisa oito mil reis que recebeu o depositário dos bens Remígio Pereira Lebre de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, António Joaquim de Almeida e Paulo Francisco Bolha e a rogo das mulheres Pedro Nunes Marieiro.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dois dias do mês de março [1806-03-02], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como arrendatário Francisco Alves da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte Doutor Manuel Nunes […] da mesma Vila, procurador bastante de Dona Ana Teresa Luiza de Sousa e substituído pelo doutor desembargador Francisco Sabino Alem da Costa Pinto, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de arrendamento, que fez Francisco Alves, da Capela de Nossa Senhora de Penha de França da Vista Alegre a Dona Ana Teresa Luiza de Sousa, pelo tempo de quatro anos, que teve seu principio em janeiro de mil oitocentos e seis e haveria de findar pelo mesmo tempo do ano seguinte, pelo preço e quantia de cento e setenta mil reis em cada ano, pagos em dois iguais pagamentos na forma da lei, sendo o primeiro no fim do mês de junho e segundo no fim do mês de dezembro de cada ano do dito contrato, pagos na Cidade de Lisboa em casa da dita senhoria, ficando excluído deste arrendamento as casas da Quinta da Vista Alegra e a vinha ali pegada e as casa da Chousa Velha por se acharem estas propriedades arruinadas e prejudicadas de modo que senão pediam convénios por estado em que se achavam e nem se viam delas utilidade alguma, e para segurança dos referidos pagamentos apresentaram como seus fiadores e principais pagadores Alferes António Joaquim de Almeida, que por ficar fiador do dito arrendatário obrigou sua pessoa e bens em geral e em especial hipotecou a sua Quinta em que vivia sita na mesma vila, com assento de casas e parreiras; pomar; vinhas e terras lavradias e todas as suas pertenças, que por bem conhecidas se não confrontaram, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e José Nunes Vidal.
No ano de mil oitocentos e seis, aos cinco dias do mês de março [1806-03-05], compareceram na Vila e Couto da Ermida, na morada de Alferes António Joaquim de Almeida, o mesmo como representante de uma das partes e como senhorio juntamente com sua mulher Maria Antónia da Costa, e bem assim de outra parte como devedor João Nunes Pinguelo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fez Alferes António Joaquim de Almeida a João Nunes Pinguelo, referente à quantia de mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia dez mil reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram uma terra lavradia sita na Lagoa que levaria de semeadura doze alqueires de pão e que partia de nascente com Capitão Manual António Facão e do poente com Luís Nepomuceno, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, José Nunes Vidal e Bento André Antão e a rogo da mulher devedora Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e seis, aos quinze dias do mês de março [1806-03-15], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio António de Almeida Vidal e bem assim de outra parte como devedores Manuel dos Santos Bizarro e sua mulher Francisca Maria da Luz da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que Manuel dos Santos Bizarro a António de Almeida Vidal, referente à quantia de quarenta e um mil e quatrocentos reis, à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia dez mil reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que viviam sito na Vila de Ílhavo no Carril, com todas as suas pertenças, e que partia de norte com Inácio da [Pafernilha] e do sul com senhorio, e para maior segurança do pagamento do dito juro apresentaram como seus fiadores e principais pagadores João Luís Francisco e sua mulher Joana Maria Bezerra da mesma Vila de Ílhavo, os quais aceitaram ficar por principais pagadores dos originais devedores, para o que obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o assento de casas em que viviam sita na Vila de Ílhavo no Carril, que partia de norte com viúva de Manuel André Mau e do poente com Brizida de Oliveira filha de Luís Pereira da mesma Vila, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel Gonçalves Vilão e Luís Gonçalves Vilão.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e cinco dias do mês de fevereiro [1806-02-25], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio João Nunes Pinguelo da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte José Pereira Lebre e sua mulher Maria Nunes de Pranto da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez José Pereira Lebre e sua mulher a João Nunes Pinguelo referente à quantia de cem mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia cinco mil reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram um assento de casa de sobrado que tinham na rua de Espinheiro, que partiam de norte com rua publica e de sul com viúva de Jerónimo Simões Calhau, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel dos Santos Vidal e António Joaquim de Almeida e a rogo da mulher Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro [1806-02-24], compareceram na Vila e Couto da Ermida, na morada de Alferes António Joaquim de Almeida, de uma parte Francisco Alves da Vila de Ílhavo e bem assim de outra doutor Manuel Nunes da mesma Vila, procurador da parte de doutor desembargador Francisco [Alvares] da Costa Pinho da cidade do Porto, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de arrendamento que fez Francisco Alves da Silva da Capela da Senhora da Penha de França da Igreja da Vista Alegre. E pelo doutor Manuel Nunes Rocha, procurador bastante de Dona Ana Teresa Luísa de Sousa e substituído pelo doutor desembargador Francisco Sabino [Alvares] da Costa Pinho, que em nome dos seus constituintes como […] teria por mercê régia da Capela da Nossa Senhora da Penha de França da Vista Alegre, foi dito que ele se achava ajustado e contratado com o dito Francisco Alves de lhe arrendar pelo tempo de quatro anos a dita Capela pelo preço de cento e cinquenta mil reis em cada ano pagos em dez pagamentos feitos em casa da senhoria na cidade de Lisboa, e para maior segurança dos pagamentos da dita renda apresentou como seu fiador e principal pagador Alferes António Joaquim de Almeida e sua mulher Maria Antónia, que para isso obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram a sua quinta em que viviam sita Vila e que por bem conhecida se não confrontou, e por uns e outros foi aceite a escritura de arrendamento com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Bento André Antão e José Nunes Vidal e a rogo da mulher Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e seis dias do mês de fevereiro [1806-02-26], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador António Pereira de Alqueidão e bem assim de outra como vendedores Manuel Francisco Carrapichosa do mesmo lugar, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez António Pereira a Manuel Francisco Carrapichosa, de uma casa com suas pertenças sita em Alqueidão e que partia de norte com João Gonçalves da Rocha e do sul com viúva de Manuel Francisco, pelo preço e quantia de vinte mil reis de pagou de sisa seis mil reis que recebeu o depositário dos bens Remígio Pereira Lebre de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, João Nunes Pinguelo e Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e seis, aos vinte e cinco dias do mês de fevereiro [1806-02-25], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Nunes Pinguelo da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte José Pereira Lebre e sua mulher Maria Nunes de Pranto da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez José Pereira Lebre e sua mulher a João Nunes Pinguelo, referente à quantia de setenta e sete mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia três mil setecentos e cinquenta reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram um assento de casas em que viviam sito na Rua de Espinheiro que partia de norte com rua publica e do sul com viúva de Jerónimo Simões Calhau, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, António Joaquim de Almeida e Gabriel Nunes do Couto e a rogo da mulher Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dezassete dias do mês de fevereiro [1806-02-17], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como comprador Manuel da Rocha da Silveira do lugar da Coutada e bem assim de outra como vendedores António de Oliveira Barroca e sua mulher Luísa Nunes do Couto de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Compra que fez Manuel da Rocha da Silveira a António de Oliveira Barroca e sua mulher, de uma vinha junto com um bocado de vessada sito nas canadas que partia do norte com Bernardo Ferreira e do sul com ele comprador em preço e quantia de vinte mil reis de que pagou de sisa dois mil reis que recebeu o depositário dos bens Alferes Francisco José de Pina, e por uns e outros foi aceite a escritura de Compra com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e António Joaquim de Almeida e a rogo da vendedora Gabriel Nunes do Couto.
No ano de mil oitocentos e seis, aos cinco dias do mês de fevereiro [1806-02-05], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Reverendo Padre João Borges de Almeida de Ílhavo e bem assim de outra parte como devedor António da Silva Ribeiro e sua mulher, do lugar de Silhó de Albergaria termo da Cidade de Aveiro, e bem assim José António Ribeiro da vila de Ílhavo, como procurador da parte de Maria Marques dos Santos mulher do dito António da Silva Ribeiro, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fizera António da Silva Ribeiro e sua mulher a Reverendo Padre João Borges de Almeida, referente à quantia de cinquenta mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia dez mil e quinhentos reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que viviam no dito lugar de Silhó com todas as suas pertenças e terra lavradia, arvores, parreiras, poço e leira, que partia do norte com caminho que ia para a Capela de São José e do poente com viúva de José Francisco, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e Francisco Gonçalves Capucho.
No ano de mil oitocentos e seis, aos dezasseis dias do mês de fevereiro [1806-02-16], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio João Nunes Pinguelo da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte como devedores Jerónimo da Rocha e sua mulher Maria dos Santos da mesma Vila, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fizera Jerónimo da Rocha e sua mulher a João Nunes Pinguelo, referente à quantia de vinte e cinco mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, que importava na quantia de mil duzentos e cinquenta reis, que obrigaram eles devedores a pagar em cada ano ao dito senhorio, sendo o pagamento da primeira fatura feito no dia da escritura do ano seguinte e assim sucessivamente, e para segurança do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram um pomar de laranjeiras sito na [Patela] limite da Vila e que partia do norte com Manuel Nunes Ferreira e do sul com terra deles vendedores mais uma terra lavradia sita no mesmo sitio que tem serventia e partia do norte com fazenda do pároco da dita Vila e do sul com Ventura de Oliveira e para maior segurança do pagamento do dito juro apresentaram como seu fiador e principal pagador Domingos Além, viúvo e morador na mesma Vila, o qual aceitou ficar por principal pagador dos originais devedores, para o que obrigou sua pessoa e bens em geral e em especial hipotecou um leira de terra lavradia sita de trás dos louros limite da Vila de Ílhavo, que levaria de semeadura dois alqueires, e mais um pinhal que partia do norte com herdeiros de Maria Simões e do sul com António Simões Morgado, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Eusébio da Fonseca e Sá; António Francisco Verdade e Luís Ferreira.
No ano de mil oitocentos e seis, aos quinze dias do mês de janeiro [1806-01-15], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio João Nunes Pinguelo e bem assim de outra parte como devedor António Nunes Vidal e sua mulher Maria Rosa de Jesus, da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fizera António Nunes Vidal e sua mulher a João Nunes Pinguelo, referente à quantia de dezanove mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia novecentos reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram uma terra sita no Cabeço de Boi que levaria de semeadura três alqueires e meio de pão e que partia do norte com Tomé Nunes Bastião de Ílhavo e do sul com fazenda da Capela de Nossa Senhora da Vista Alegre, e para maior segurança do pagamento do dito juro apresentaram como fiadores e principais pagadores Inácio António Facão e sua mulher Ana dos Santos, os quais aceitaram ficar por principais pagadores dos originais devedores, para o que obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram uma terra sita no Chousinha limite de Ílhavo que levaria de semeadura cinco alqueires de pão, e que partia do norte com Francisco de Oliveira e do poente com terra de Prazo da Vila de Ílhavo, a qual era sua própria livre e desembargada, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Manuel Nunes Baroé e Paulo Nunes Baroé e a rogo das mulheres Manuel Pires
No ano de mil oitocentos e seis, aos quinze dias do mês de janeiro [1806-01-15], Maria Simões Solteira, maior de vinte e cinco anos filha de António Nunes moradora na Vila da Ermida, temendo a sua morte e estando em seu perfeito juízo fez seu testamento da seguinte forma. Primeiro professou a sua fé na religião católica e pediu que fossem realizadas as indulgências depois do seu falecimento, deixou à Capela de Santiago da Vila de ermida mil e seiscentos reis de esmola por uma só vez, deixou aos criados que serviram a sua casa, a cada um mil e quinhentos reis, pediu que as dividas que houvessem por tempo da sua morte as pagassem a sua sobrinha Maria Antónia da Costa casada com António Joaquim, e que Ana Borges casada com Capitão Manuel António Facão e Joana de Oliveira, filha de seu irmão Manuel Nunes da Costa e de sua primeira mulher Maria Antónia, seriam suas únicas e universais herdeiras mas que não teriam embaraço algum nas partilhas, dividindo esses bens da forma seguinte, tanto por elas como por seu sobrinho Francisco, deixou à sua sobrinha Maria Antónia da Costa a sua Quinta com assento de casas sobradas e vinha e pomar e vessada de terra que por bem conhecida se não confrontara, e lhe deixou todos os moveis de casa e serventes e direitos de receber todas as dividas, ficando sua sobrinha Joana de Oliveira com a obrigação de pagar as esmolas que deixara e lhe deixou o aído da parte de Ílhavo chamado aído e que partia do poente com estrada publica mais lhe deixou o chão de [Broeiro] e mais o Chão da Lagoa que levaria de semeadura doze a treze alqueires de pão e mais pinhal que comprou a Dona Angélica e mais uma leirinha de terra no Carril, mais um pinhal e mais a leira de carvalho com a obrigação de mandar rezar pela sua alma trezentas missas, deixando para isso vinte reis para cada uma e mais cinquenta ditas em altar privilegiado também pela sua alma de esmola de cento e cinquenta reis cada uma, e se morresse depois de recolhida a fruta da fazenda que possuía ficaria a metade para a sobrinha Maria Antónia da Costa e a outra metade se partiria igualmente pelos seus sobrinhos, Joana e Francisco, ambos filhos de seu irmão Manuel Nunes da Costa e se morresse em tempo que fruta houvesse pendente nas terras as deixariam todas suas sobrinhas a sobrinho Francisco, e a sua sobrinha Ana Borges casada com Capitão Manuel António Facão deixou a sua vessada de terra baixa na Lagoa de Grou que partia com ela e mais outra terra no mesmo sitio que estava perto de uma terra de Padre João Borges mais uma vessada no sitio de Soalhal e mais um chão chamado de Manuel João e a leira do Cego e a leira de Soalhal que fazia Inácio do Miguel e a leira de terra de Mano do Couto de Benelo e parte do poente com ela e outra leira de terra ali ao pé que trazia arrendada o Jerónimo, com a obrigação de mandar dizer cem missas pela alma de seus pais e irmão e mais cento e cinquenta pela sua alma, deixou a sua sobrinha Joana o seu chão de caniço e o chão de feijão e a vessada de leiras que trazia arrendada António Malheiro e o aído da Ana e a quinta que fez de Isabel Pereira e outra terra lavradia e pinhal e chão de vinha chamado a Chousa do Roque e um pinhal na Gândara de Sosa e lhe deixou tudo com satisfação, e deixou a suas sobre ditas sobrinhas as suas casas e eiras na rua da Igreja de Ílhavo, deixou a seu sobrinho Francisco filho de seu irmão Manuel Nunes da Costa, no Soalhal o assento de casas e terra lavradia na rua das Ribas e mais leiras de terra que trazia de renda Jerónimo e mais um chão no Vale de Ílhavo que trazia arrendado a viúva do ferreiro e mais uma terra no Carril novo e se o sobre dito sobrinho Francisco morrer sem ter filhos, passariam para as suas sobre ditas sobrinhas Maria; Ana e Joana, e assim o declarou aceitou e outorgou na presença das testemunhas Reverendo Padre António Domingues capelão de Nossa Senhora da Penha de França.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos dezassete dias do mês de dezembro [1805-12-17], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte Manuel António Pereira e sua mulher Josefa Luísa da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte Luísa Josefa casada com Agostinho Fernandes Parracho, estes filha e genro dos ditos dotadores, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de dote casamento que fez Manuel António Pereira e sua mulher à sua filha Luísa Josefa e a seu genro Agostinho Fernandes Parracho, a quem deram e doaram para melhor suprimirem os encargos do matrimónio, um assento de casas com suas pertenças e logradouro sita na rua direita da mesma Vila que partia de norte com eles e do sul com Lúcia Solteira filha que […] a qual propriedade lhe doaram por ser sua própria livre e desembargada, e por uns e outros foi aceite a escritura de dote casamento com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e Gabriel Nunes do Couto e a rogo da mulheres Eusébio da Fonseca.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos tinta dias do mês de dezembro [1805-12-30], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Nunes Pinguelo e bem assim de outra parte como devedor José Nunes de Couto e sua mulher Brazia Nunes, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de juro que fizera José Nunes de Couto a Manuel Nunes Pinguelo, referente à quantia de dezasseis mil reis à razão de juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia oitocentos reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram uma terra lavradia sita na Agra da Vila de Ílhavo, que levaria de semeadura três alqueires e meio e que partia do norte com Capitão Manuel António Facão e do sul com Manuel Nunes, e para maior segurança do dito juro apresentaram como fiadores e principais pagadores Pedro Fernandes e sua mulher Maria Nunes da Graça, os quais aceitaram ficar por principais pagadores dos originais devedores, para o que obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram um assento de casas em que viviam com seu aído e suas pertenças, que por bem conhecidas se não confrontaram, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, António Manuel Torrão e José Batista de Castro e a rogo das mulheres Paulo Francisco Bolha.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos catorze dias do mês de dezembro [1805-12-14], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio João Nunes Pinguelo e bem assim da outra parte como aforado Manuel Francisco Verdade e sua mulher Maria Nunes da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Aforamento de fatiozim Perpétuo em que Manuel Francisco Verdade e sua mulher Maria Nunes deram de foro a João Nunes Pinguelo uma terra e pinhal sito na Lagoa limite da Vila de Ílhavo que levaria de semeadura dez alqueires de pão e que partia do norte com pinhal de […] da Vila de Ílhavo e do sul com António Nunes Vidal e do nascente com estrada publica e do poente com António dos Santos Barros, com preço certo em cada um ano de setecentos reis forros e livres para ele senhorio de todos e quaisquer encargo que pudesse ter a dita propriedade e ainda doutro qualquer que lhe pudesse crer pelo tempo futuro, que a traria sempre bem cultivada e amanhada de forma que nela estivesse sempre seguro o dito foro, e que o primeiro pagamento se faria em dia de São Miguel do ano seguinte durante os três anos seguintes, e por uns e outros foi aceite a escritura de Fiança com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Domingues André Mourão e Paulo Nunes Baroé e a rogo das mulheres António Francisco Verdade.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos catorze dias do mês de dezembro [1805-12-14], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, Francisco Alem da Vila de Ílhavo pelo qual foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Fiança, em que ele havia arrendado pelo juízo […] do Bispado de Aveiro a renda de Decima da Vila e freguesia de Ílhavo por tempo de um ano que teria seu principio em dia de São João e seu fim em outro tal dia do ano seguinte, com sua pertenças pessoais e foros da mesma freguesia, pela quantia de um cento quatrocentos e setenta e dois mil reis [100,472], feitos entre iguais pagamentos a saber o primeiro pagamento pelo dia de Natal, o segundo em dia de Pascoa e o terceiro a ser feito por dia de São João, feito cada um na forma da lei que havia já feito na escritura de arrematação e para maior segurança do pagamento da dita quantia, se obrigara ele arrematante, sua pessoa e bens em geral, e em especial apresentara como seus fiadores e principais pagadores Alferes António Joaquim de Almeida e sua mulher Maria Antónia Borges de Almeida, que apresentaram como garantia da dita renda, a hipoteca de um terra lavradia no sitio do Brejo limite da Vila de Ílhavo, que levaria de semeadura treze alqueires de pão, e que partia de norte com Manuel Simões, mais uma terra lavradia sita no Cabeço de Boi que levaria de semeadura três alqueires de pão e que partia de norte com Manuel Alem Russo e do sul com estrada pública, mais um assento de casas com aído e mais pertenças, sito na Vila de Ílhavo a onde chamavam o Barreiro, que partia de norte com Joana Simões e do sul com estrada publica, mais uma enseada de terra lavradia a onde chamavam a Bispa, limite da Vila de Ílhavo, que levaria de semeadura quatro alqueires de pão e que partia de nascente com a matriz e do poente com Manuel Nunes Mourão, mais uma terra lavradia sita no lugar de Sapo limite da Vila de Ílhavo, que levaria de semeadura cinco alqueires, e que partia de nascente com estrada pública e do poente com mais consortes, também como fiadores do dito arrematante, João Saraiva e sua mulher Joana Borges de Almeida do lugar de Alqueidão termo da Vila de Ílhavo, que apresentaram como garantia do pagamento da dita renda, a hipoteca de sua quinta a onde chamavam a [Salua] do limite de Ílhavo que partia de nascente com Alexandre António dos Santos Carrancho de Alqueidão e do poente com o Rio, mais o seu assento de casas em que viviam sito no lugar de Alqueidão que partiam de nascente com rua publica e do poente com Capela das Almas, mais uma terra sita na Agra de Alqueidão que levaria de semeadura sete alqueires de pão e que partia do norte com a viúva de Manuel da Rocha Fradinho de Alqueidão e do sul com Luís Nunes de [Crasto] do mesmo lugar, outra terra no mesmo sitio que levaria de semeadura cinco alqueires de pão, e que partia de norte com Luís da Rocha e do sul com a viúva de Manuel da Rocha Fradinho de Alqueidão, mais uma outra leira de terra no mesmo sitio que levaria de semeadura quatro alqueires e que partia do norte com viúva de Manuel da Rocha Fradinho e do sul com serventias dos mesmos, e por uns e outros foi aceite a escritura de Fiança com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, Paulo Francisco Bolha e Gabriel Nunes do Couto e a rogo da mulher do primeiro fiador Manuel dos Santos Vidal, todos da Vila de Ílhavo.
No ano de mil oitocentos e cinco, aos doze dias do mês de dezembro [1805-12-12], compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, de uma parte como senhorio Manuel Rodrigues, da Vila de Ílhavo e bem assim de outra parte como devedor José Fragoso Bandarra e sua mulher Rosa Maria do lugar da Coutada termo da Vila de Ílhavo, pelos quais foi apresentado um bilhete de distribuição de escritura de Juro que fez José Fragoso Bandarra e sua mulher a Manuel Rodrigues, referente à quantia de setenta mil reis à razão de Juro de cinco porcento ao ano, sobre a qual se obrigaram eles devedores a pagar de Juro ao sobredito senhorio em cada um ano a quantia de três mil reis, e para garantia do pagamento da dita quantia obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o assento de casas em que viviam com seu aído e toadas as suas pertenças, sito no mesmo lugar da Coutada, que partia de norte e sul com Luísa Francisca, viúva que ficou de João dos Santos Nunes, e mais uma vinha na Coutada conjunta ao mesmo assento, que partia de norte com mesmo senhorio e do sul com José da Silva do mesmo lugar, para maior segurança do pagamento do dito juro, apresentaram como fiadores e principais pagadores Manuel dos Santos Rocha e sua mulher Maria Antónia de Oliveira do mesmo lugar da Coutada, os quais aceitaram ficar por principais pagadores dos originais devedores, para o que obrigaram suas pessoas e bens em geral e em especial hipotecaram o seu assento de casas em que viviam sito no mesmo lugar da Coutada com seu grande aído de terra lavradia e mais pertenças, que por bem conhecida se não confrontara, e por uns e outros foi aceite a escritura de Juro com todas as suas clausulas condições postas e declaradas e por todos outorgada bem como pelas testemunhas, José de Oliveira [Caraeinha] e Manuel António Vidal, todos da mesma Vila.