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Empréstimo de 380 000 réis para arranjo de sua vida e compra de umas casas, hipotecando sua casa térrea com todas as suas pertenças, sita na estrada nova de Ílhavo, que conduz a Vagos, parte do norte com a rua pública, sul com a mesma estrada nova, nascente com João Francisco Corujo, do poente com José da Silva Peixe, cuja quantia para a casa pediram emprestado ao dito credor; fiadores: Joaquim Marques e sua mulher Ana Joaquina Soares, moradores no Cabecinho da Légua e por segundos fiadores, Manuel Nunes de Ílhavo, todos de maior idade; testemunhas: Albino de Almeida, José Pinto de Sousa, casados, artistas de Ílhavo.
Compra de umas casas térreas, sitas na estrada pública, que vai de Ílhavo para Vagos, que partem do norte com o caminho público, sul com a mesma estrada pública, nascente com eles vendedores, do poente com José da Silva Peixe, pela quantia de 300 000 réis; testemunhas: Joaquim Simões de Oliveira, casado e Joaquim António Bio, solteiro, ambos artistas de maior idade, moradores em Ílhavo.
Compra de uma morada de casas térreas com todas as suas pertenças, sitas na Rua do Adro de Ílhavo, que partem do norte com Manuel Bernardo Bolseiro, sul com Ponche, nascente com José da Silva, poente com o caminho público, pela quantia de 96 000 réis; testemunhas: João Martins, solteiro, marítimo, maior de idade e Albino de Almeida, casado, artista.
Compra de uma parte de uma vessada de terra lavradia sita em Verdemilho, parte do norte com José Gonçalves Bartolomeu, do sul com Manuel Batista Novo, nascente com António Gonçalves Sarrico, do poente com António Tavares de Almeida, pela quantia de 70 000 réis; testemunhas: Luís Francisco da Picada e João Nunes de Castro, casados, lavradores.
Compra de um hiate novo Rasoilo, com todas as suas pertenças, pela quantia de 2 contos e 550 000 réis, pagando logo 500 000 réis em dinheiro de metal, a quantia de 2 contos e 500 000 réis ficam emprestados, vencendo juros de 5 por cento ao ano, hipotecando o seu assento de casas sobradadas, com quintal e mais pertenças sitas na Rua de Alqueidão de Ílhavo, que partem do norte com o padre Manuel Gonçalves da Rocha Ramos, sul com o doutor José António da Rocha, nascente com a rua pública. Poente com a levada que herdaram de seus antepassados, com o valor de 1 conto de réis e rendimento anual de 50 000 réis, mais uma terra lavradia sita na Santa Maria, parte do norte e poente com o caminho de vários consortes, sul com Benjamim Franclelim, nascente com vários consortes, que herdaram de seus antepassados, sendo seu valor 300 000 réis e rendimento anual de 15 000 réis, mais uma vessada de terra lavradia sita na Presa, que parte do norte com vários consortes, sul com António Tavares de Almeida, nascente com a levada de água, poente com o caminho de pé e carro que herdaram de seus antepassados, sendo o seu valor de 300 000 réis e seu rendimento de 15 000 réis, mais um serrado de terra lavradia, sito na Arrota que parte do norte com herdeiros de António da Rocha Leonardo, sul com José Francisco Bartolo, nascente com vários consortes, poente com o caminho de servidões que herdaram de seus antepassados, com o valor de 200 000 réis e rendimento anual de 10 000 réis, mais uma terra lavradia sita na Chousa Nova, que parte do norte com vários consortes, sul com o caminho de vários consortes, nascente com Francisco Nunes Pinguelo, o cavaz, e do poente com Manuel da Rocha Brás, que herdaram de seus antepassados, no valor de 250 000 réis, com rendimento anual de 1 500 réis, cujas propriedades não são hipotecadas; testemunhas: Albino de Almeida, casado, artista e Manuel de PInho, solteiro, proprietário, de maior idade.
Escritura de dinheiro a juro, que faz António Gonçalves Cassola e sua mulher Maria Antónia de Jesus para compra de umas casas, a Manuel Fernandes Parracho, casado de 86 000 réis à razão de juro de 5 por cento, hipotecando umas casas térreas, sitas na Rua do Adro, que partem do norte com Manuel Bernardo Balseiro, sul com o caminho público, nascente com José Silva, do poente com Roque Ponche; testemunhas: Albino de Almeida, casado, artista e João Martins, solteiro, marítimo, maior de idade, de Ílhavo.
Maria Rosa de Jesus, viúva de Manuel Nunes de Oliveira Perreira, faz uma doação a António Gonçalves Andril e sua mulher Maria Rosa de Jesus, sua filha, devido a seu avançado estado de idade e doença, não podendo ganhar para seu sustento e vestuário por não ter rendimentos necessários, visto que seus bens são poucos, por isso doa seu assento de casas com todas suas pertenças com seu aido de terra lavradia, sitos na Légua, que parte do norte com José Nunes Vizinho, sul com José Domingues Largo, nascente com os mesmos donatários, do poente também com os mesmos donatários, cujo prédio herdou de seus pais há mais de 30 anos, com a condição de estes a terem na sua companhia e a sustentarem, vestirem, tratarem durante a sua vida, sem que lhe deêm em qualquer tempo motivo de queixa; testemunhas: Manuel de Pinho, Tomé Nunes de Oliveira Alegrete, solteiros, proprietários, de maior idade, de Ílhavo.
Compra de uma morada de casas com seu aido de terra lavradia, sito na Rua da Lagoa de Ílhavo, que partem do norte com o caminho público, sul com os herdeiros de Sebastião Gonçalves Vaz, nascente com Maria Nunes Pinguelo, viúva, do poente com José Maria António Labrador e Luís Francisco Capote, pela quantia de 400 000 réis; testemunhas: Albino de Almeida e António Joaquim de Oliveira, casados, artistas.
Dívida de 144 000 réis à razão de juro de 7 por cento, hipotecando um assento de casas e aido onde vivem, no lugar da Gafanha, que partem do norte com Manuel Branco, sul com Manuel Pata, nascente com João Fresco, poente com João Ribau, sendo o seu valor de 300 000 réis e o rendimento anual de 15 000 réis que herdaram de seus antepassados; fiadores: Manuel Maria Calção e sua mulher Maria Rosa de Jesus, moradores na Gafanha; testemunhas: Francisco Batista, casado, lavrador das Ribas e José Anção Júnior, casado, pescador de Ílhavo.
Empréstimo de 100 000 réis à razão de juro de 5 por cento, para arranjo de sua vida, hipotecando uma morada de casas térreas com seu aido onde vivem, sitas na Viela do Capitão, de Ílhavo, que partem do norte com a viela, sul com outra viela, nascente com João da Rocha, do poente com Luís da [Vanca?], que compraram há muitos anos, sendo o seu valor de 200 000 réis e seu rendimento anual de 10 000 réis; testemunhas: António Nunes Carlos e Albino de Almeida, casados, artistas, de Ílhavo.
Empréstimo de 62 400 réis à razão de juro de 6 por cento, para arranjo de sua vida, hipotecando em especial uma terra lavradia sita no atalho da Légua, que parte do norte com os herdeiros de Sebastião Gonçlaves Vaz, sul com Luís Nunes de Castro Aquilino, nascente com a estrada pública, do poente com a servidão de vários consortes, que herdaram de seus antepassados, sendo o seu valor de 200 000 réis e rendimento anual de 10 000 réis; testemunhas: Albino de Almeida e José Pinto de Sousa, casados, artistas.
Compra de uma terra lavradia sita no Praião da Gafanha, que parte do norte com José da Costa Caçador, sul com Joaquim António Mouro, nascente com o caminho público, do poente com a rua pública, pela quantia de 100 000 réis; testemunhas: Manuel Nunes Pelicas, solteiro, maior e Tomás Figueiredo, casado, pescador.
Compra de uma terra lavradia, onde chamam a Fidalga, no lugar da Gafanha, que parte do norte com eles vendedores, sul com eles compradores, nascente com o mesmo comprador, do poente com José Gago, pelo preço de 96 000 réis; testemunhas: Francisco Batista e Luís Nunes Pinguelo, casados, lavradores, aquele das Ribas e este desta vila.
Empréstimo de 200 000 réis, à razão de juro de 7 por cento, hipotecando o seu assento de casas sobradadas com todas as suas pertenças, sitas na Rua do Rio de Vila, que partem do norte com António Cândido Gomes e do sul com a rua pública, do nascente com José Fernandes Preceito e do poente com Manuel Francisco Machado, que herdou de seus antepassados, pelo valor de 500 000 réis, com rendimento anual de 25 000 réis, cuja casa já se acha hipotecada, mais uma terra lavradia sita na Salvada, que parte do norte com Manuel Francisco Cardoso, sul com José da Costa Carola Júnior, nascente com vários consortes e do poente com vários consortes ou Tomé de Castro que herdaram de seus pais, sendo o valor de 150 000 réis e o seu rendimento anual de 7 500 réis, cuja terra se acha hipotecada ao dito Faneca, sendo porém esta quantia de que se trata para o dito Fonseca; testemunhas: José Ferreira da Cruz e Luís Francisco da Picada, casados, lavradores, da Coutada e este das Ribas.
Compra de uma terra lavradia sita na Quinta de Além, de Ílhavo, que levará de semeadura 70 litros e 5 decilitros (5 alqueires), parte do norte com João Simões Ratola, sul com Manuel Cardoso de Verdemilho, nascente com o caminho da marona, do poente com o caminho de consortes, pela quantia de 208 800 réis; testemunhas: Albino de Almeida e José Pinto de Sousa, casados, artistas.
Testamento de José da Cruz Maior, que deseja que rezem 3 missas, por sua alma, pela alma de sua mulher Joana Gonçalves de Jesus, outras 3 missas, que sejam todas ditas no prazo de um ano, depois do seu falecimento, existindo filhos deste casamento: José da Cruz Maia, ausente no império do Brasil, Ana Gonçalves de Jesus, casada com António Gonçalves da Silva e Luís Gonçalves de Jesus, casada com Francisco dos Santos Vidal; deixando a terça de seus bens às suas filhas Ana Gonçalves de Jesus, casada com António Gomes da Silva de Verdemilho e Luísa Gonçalves de Jesus, casada com Francisco dos Santos Vidal, das Ribas, para dividirem em duas partes iguais, nomeando para seu testamenteiro seu genro António Gomes da Silva; testemunhas: Manuel Francisco Marieiro, José dos Santos Batel das Ribas, José Cónego, Manuel dos Santos Gaio, da Coutada, todos casados, lavradores e José Francisco Neto, solteiro de Verdemilho, lavrador, todos de maior idade.
Empréstimo de 300 000 réis em dinheiro de metal, à razão de juro de 5 por cento, hipotecando um assento de casas térreas com todas as suas pertenças e aido de terra lavradia, sitas em Vale de Ílhavo, que partem do norte com a viúva de Manuel dos Santos Granjeia, sul com João Nunes Sapateiro, nascente com o caminho público, poente com José Fernandes Teixeira, o Morgado que compraram há muitos anos, sendo o seu valor anual 300 000 réis e seu rendimento anual de 15 000 réis, mais uma terra lavradia sita na Quinta do Badalo, que levará de semeadura 42 litros e 2 decilitros (3 alqueires), parte do norte com Maria de Jesus, viúva de Manuel dos Santos Novo, sul com a viúva ou herdeiros de Domingos dos Santos Ribeiro, o Cristo, nascente com o caminho público e do poente com servidões de consortes da Quinta do Badalo, que herdaram de seus antepassados com o valor de 100 000 réis e com rendimento anual de 5 000 réis; testemunhas: Albino de Almeida e Francisco Simões Ramos, casados, artistas de Ílhavo.
Compra de uma morada de casas térreas, sitas na Capela de Ílhavo, que partem do norte com José Domingues Pena, sul com Maria Ganilha, nascente com António Carriço, poente com o caminho público, pela quantia de 91 600 réis; testemunhas: Albino de Almeida e Manuel Marques Carvalho Júnior, casados, artistas.
Compra de uma terra lavradia sita na Coutada, que levará de semeadura 35 litros e 2 decilitros e meio (2 alqueires e meio), que parte do norte com o caminho público, sul com Manuel Nunes Feliciano, nascente com ele comprador, poente com o caminho público, pela quantia de 160 000 réis; testemunhas: Luís Francisco da Picada e Francisco Fernandes Guilha, casados, lavradores, aquele das Ribas, este da Coutada.
Escritura em que João Simões Ratola, como herdeiro de Francisco José de Oliveira trespassava a Augusto de Oliveira e sua mulher e José Simões Ratola e mulher todo o direito e ação e bens que lhe competem na sucessão de Francisco José de Oliveira, correndo os segundos outorgantes todas as despesas judiciais e extra judiciais feitas e que se venham a fazer necessárias para João Simões Ratola ser habilitado herdeiro do referido Francisco José de Oliveira e a arrecadar a sua herança e entregavam-lhe a quantia de 900 réis depois de arrecadar a herança; o primeiro outorgante João Simões Ratola diz mais que o segundos outorgantes podiam figurar no processo judicial como compradores e cessionários do primeiro outorgante e que enquanto o não fizerem, o primeiro outorgante se obriga a dar-lhes as procurações necessárias para o seguimento do processo judicial pendente para qualquer outro processo ou diligência judicial ou extra juducial; testemunhas: José Nunes de Castro Aquelino e Manuel Francisco Damas Júnior, casados, lavradores, das Ribas, de maior idade.
Arrendamento que fazem Alberto Freire de Almeida Barreto e Manuel Domingues Grego ao doutor Manuel da Maia Alcoforado, de uma praia e uma leira que António Páscoa agricultava, que o doutor Manuel da Maia Alcoforado possui no Ribeiro de Soza, com as seguintes condições: passarem aos segundos outorgantes a renda anual de 280 800 réis, pelo São Miguel de cada ano; esta renda é livre para o senhorio de qualquer contribuição, exceto a predial direta que pagar esta propriedade; se obrigarem a todas as despesas de cultura tais como casas, mondas, águas, inclusivamente a água da Azenha de Fareja de que é direto senhorio; cobrarem os dois ditos arrendatários pelos [arrosais?] interessados a renda de uma Azenha do Boco, renda que o primeiro outorgante paga ao reverendo José Martins de Vagos; sustentarem os segundos outorgantes arrendatários este arrendamento com todas as suas condições, nos espaço de 15 anos, vindo só a terminar no São Miguel de 1892; obrigam-se eles arrendatários à renda já declarada quer cultivem todos, quer só parte da referida praia, hipotecando por segurança os arrendatários uma terra lavradia sita no Boco, chamada o Bravo, que parte do norte e poente com o casal do Duque de Lafões, sul com o caminho de servidões, nascente com a terra do Almeida, que herdou de seus pais, sendo o valor de 300 000 réis e o rendimento anual de 15 000 réis; testemunhas: João Fernandes da Silva, solteiro, artista e Manuel António Paradela, o Catralva, viúvo, pescador, ambos de Ílhavo, de maior idade.
Escritura de 100 000 réis à razão de juro de 5 por cento, hipotecando um assento de casas térreas sito na Viela do Salvador de Ílhavo, que parte do norte com o carril, sul com José Fernandes Bonito, nascente com Angélica, viúva de Inácio António Bio e do poente com Remígio Cageira, que herdou de seus antepassados, valendo 50 000 réis e tendo de rendimento anual 2 500 réis, não se achando hipotecadas; testemunhas: António Nunes Carlos, casado e Albino de almeida, casado, ambos artistas, de Ílhavo.
O casamento é feito segundo o regime do tal, com separação de bens, havendo apenas a comunhão nos adquiridos por título oneroso; o noivo José Domingos Largo pelo gosto que tem pelo casamento e em atenção às qualidades da noiva a dota com a terça de todos os bens que atualmente tem e com a terça dos que de futuro adquirir por herança de seus pais, no caso que a dotada faleça sem filhos antes dele doador reverterá metade dos bens para ele mesmo doador, sendo os bens atuais os seguintes: uma terra sita na Quinta do Simão Martins, que parte do norte com Manuel Gonçalves Bilelo, sul com José da Mona, nascente com vários consortes, do poente com vários consortes, cujo valor será de 100 000 réis e rendimento anual de 5 000 réis, mais uma leira de terra lavradia, sita no Corgo da Rainha, parte do norte com Joana dos Santos, solteira, sul com Manuel Díonisio, alfaiate, nascente e poente com o caminho público, sendo o valor de 1 000 réis e rendimento anual de 2 000 réis, mais uma vessada de terra, sita nos chães da Légua, parte do norte com a viúva de Tomé Batista Madail, sul com vários consorte, nascente com Joana dos Santos, solteira e do poente com Manuel Maio, sendo o valor de 40 000 réis e rendimento anual de 1 000 réis, mais uma leira de pinhal sita na Castelhana, que parte do norte com Rosa dos Santos, solteira, sul com José Resende, nascente e poente com vários consortes, sendo o seu valor de 24 000 réis e rendimento anual de 1 200 réis, mais a quarta parte de um assento de casas e aido, na Légua, que tudo parte do norte com António Gonçalves Andril, sul com Manuel Maio, nascente e poente com caminhos públicos, sendo o seu valor de 100 000 réis e rendimento anual de 5 000 réis; estes bens serão especificados competentemente dentro de 6 meses e se for dinheiro será empregado em bens de raiz, ou inscrições ou dado a juro com hipoteca dentro de 3 meses e mesmo que não se faça assim, nem por isso os bens em dinheiro ficarão comuns, mas sim da dotada; a dotada tem atualmente os seguintes bens: dois cordões de ouro, um par de brincos das orelhas, tudo no valor de 50 000 réis, mais a quarta parte do assento e aido, sito em Verdemilho, que parte do norte com João da Rocha Martins, sul com Manuel Gafanhão, nascente com os herdeiros de António Piricão e do poente com a entrada pública, sendo de valor de 30 000 réis e com o rendimento anual de 1 500 réis e bem assim com os bens que de futuro adquirir por herança de seus pais; os bens de qualquer um deles que não estiverem compreendidos na cláusula do tal e que não forem adquirídos por título oneroso, por conseguinte sujeitos à comunhão na forma de cláusula primeira serão proferidos de cada um deles; testemunhas: Francisco Batista, casado e João Simões da Rocha, viúvo, lavradores, das Ribas.
Empréstimo de 100 000 réis, à razão de juro de 6 por cento, hipotecando uma morada de casas térreas com todas as suas pertenças, sita na Rua de Espinheiro, que partem do norte com a rua pública, sul com Ana Salça, nascente e poente com o carril de consortes, sendo o seu valor de 100 000 réis e o seu rendimento anual de 5 000 réis; testemunhas: José António Magalhães, solteiro, proprietário, maior de idade e Joaquim António Mastrago, casado, lavrador.
Compra de uma terra lavradia sita no Lago da Gafanha, que parte do norte com o caminho de carro, sul com Maria de Jesus Guerrelhas, viúva, nascente com o carreiro público de passagem e do poente com a rua pública, pela quantia de 120 000 réis; testemunhas: António Nunes Carlos, casado, artista e Manuel da Rocha, casado, de Ílhavo.
Compra de uma morada de casas térreas e seu pátio, sitos na Rua de Alqueidão de Ílhavo, com metade de um poço e com uma casinha do lado poente, que tudo parte do norte, sul com o doutor Manuel da Maia Alcoforado, nascente com a rua pública de Alquidão e poente com o mesmo doutor Maia e sul com eles vendedores, pela quantia 34 400 réis; testemunhas: Manuel dos Santos da Rocha e Manuel Francisco dos Reis, marnotos, solteiros de maior idade.
Compra de umas casas térreas com seu sótão, sito na Rua de Espinheiro, que parte do norte com a rua pública, sul com Ana Salça, nascente e poente com o carril de consortes, pela quantia de 91 200 réis; testemunhas: Joaquim António Mastrago, casado e Dionísio da Rocha Brás, casado, ambos lavradores, de Ílhavo.
Compra de um serrado de terra lavradia, sita na Arrota, lugar da Légua, que levará de semeadura 141 litros (10 alqueires), que parte do norte com José de Oliveira da Velha, sul com herdeiros de Gabriel Nunes Torrão, nascente com vários consortes, do poente com o caminho de consortes, pela quantia de 300 000 réis em dinheiro de metal; testemunhas: Luís Simões da Rocha e José Ferreira Passinha, casados, artistas.
Empréstimo de 100 000 réis à razão de juro de 6 e meio por cento, hipotecando uma terra lavradia sita na Gafanha, onde eles devedores moram do lado norte, que levará de semeadura 141 litros (10 alqueires), que parte do norte com Manuel Ribeiro, sul com os devedores, nascente com Manuel Bernardo Balseiro e do poente com Tomé dos Santos Clemente, no valor de 150 000 réis e rendimento anual de 7 500 réis; testemunhas: Albino Almeida e António Nunes Carlos, casados, artistas de Ílhavo.
Compra de uma terra lavradia que sita na Pedra Moura, que parte do norte com António Gonçalves Andril, sul com António de Oliveira, nascente e poente com caminhos público e lhe vendem pelo preço e quantia de 72 000 réis; testemunhas: Luís Francisco da Picada e João Simões Ratola, casados, lavradores, aquele das Ribas e este da Lagoa.
Compra de umas casas térreas ainda com paredes e telhadas sitas na Rua Direita de Ílhavo, que partem do norte com Luís Ferreira Solha, o parola, sul com António Simões Ruivo, o larico, nascente com a rua pública, do poente com José dos Santos Embonado, pela quantia de 1 000 réis; testemunhas: Luís Francisco da Picada e José Rodrigues Lourenço, casados, lavradores, das Ribas.
Empréstimo de 200 000 réis à razão de juro de 5 por cento, hipotecando um assento de casas onde vivem, sito na Ermida, com todas as suas pertenças e aido de terra lavradia junto, que parte do norte com Joaquim Marques da Silva Henriques, sul com Maria Rosa da Rocha, viúva, nascente e poente com caminhos públicos, com o valor de 500 000 réis e rendimento anual de 25 000 réis; testemunhas: Luís Francisco da Picada e José Nunes de Castro Aquilino, casados, lavradores.

Arrendamento por 3 anos, até setembro de 1880, de todas as marinhas de sal que possui na Ria de Aveiro, pela renda anual de 330 000 réis, até ao último dia de dezembro de cada ano, com as seguintes condições: a de os segundos outorgantes arrendatários desfrutarem de todo o seu rendimento que as marinhas produzissem em sal, moliço e erva, não podendo eles arrendatários dispor do moliço que o vento encosta à parte exterior dos muros; não podem os ditos arrendatários despedir as marnotas, arrendatários de viveiros com o pretexto de ser baixa a renda ou com outro qualquer, nem admitir novos marnotos e arrendatários sem aprovação do senhorio que reserva para si a faculdade de escolher os marnotos arrendatários; os arrendatários obrigam-se a tapar todos os muros das ditas marinhas arrendadas com torrão e lavra como as de uso, ficando bem tratadas, obrigam-se a levantar pedra caída com os temporais de inverno repondo no começo da primavera os muros no estado em que os receberam; o senhorio manda depois de por ele tapadas as marinhas em abril do corrente ano 4 ou 5 pessoas de sua confiança observarem o estado em que ficam tapadas para que os arrendatários as entreguem, findo o prazo deste contrato, não só quanto ao revestimento do torrão e pedra, mas ainda quanto à altura e largura das mesmas; os arrendatários ficam obrigados a todos os anos, quando começarem os trabalhos de marnotagem em abril, a chamar o primeiro outorgante, para apresentar os muros e se no começo dos trabalhos de qualquer de 3 anos que dura o arrendamento, o senhorio entender.

Arrendamento por 3 anos, até setembro de 1880, de todas as marinhas de sal que possui na Ria de Aveiro, pela renda anual de 330 000 réis, até ao último dia de dezembro de cada ano, com as seguintes condições: a de os segundos outorgantes arrendatários desfrutarem de todo o seu rendimento que as marinhas produzissem em sal, moliço e erva, não podendo eles arrendatários dispor do moliço que o vento encosta à parte exterior dos muros; não podem os ditos arrendatários despedir as marnotas, arrendatários de viveiros com o pretexto de ser baixa a renda ou com outro qualquer, nem admitir novos marnotos e arrendatários sem aprovação do senhorio que reserva para si a faculdade de escolher os marnotos arrendatários; os arrendatários obrigam-se a tapar todos os muros das ditas marinhas arrendadas com torrão e lavra como as de uso, ficando bem tratadas, obrigam-se a levantar pedra caída com os temporais de inverno repondo no começo da primavera os muros no estado em que os receberam; o senhorio manda depois de por ele tapadas as marinhas em abril do corrente ano quatro ou cinco pessoas de sua confiança observarem o estado em que ficam tapadas para que os arrendatários as entreguem, findo o prazo deste contrato, não só quanto ao revestimento do torrão e pedra, mas ainda quanto à altura e largura das mesmas; os arrendatários ficam obrigados a todos os anos, quando começarem os trabalhos de marnotagem em abril, a chamar o primeiro outorgante, para apresentar os muros e se no começo dos trabalhos de qualquer de 3 anos que dura o arrendamento, o senhorio entender que as tapagens não estão como os arrendatários as receberam, poderá dar por concluído o contrato, obrigando os arrendatários por perdas e danos, resultantes da má compostura dada aos muros; obrigam-se os arrendatários a compor as traves das marinhas, abrir as valas de esgoto que existem nas marinhas da borda, entregando tudo ao senhorio no fim do contrato, no estado em que receberam; obriga-se o senhorio a dar torrão para o conserto dos muros e traves; quando as marinhas precisarem de bombas ou bombinhas, o senhorio obriga-se a dar a madeira, pregos, e os arrendatários o resto dos serviços de carpintaria e montagem; no caso dos arrendatários, por falta de cumprimento deste contrato, as despesas que o senhorio fizer com advogados, procuradores, tribunais, serão pagas pelos arrendatários; obrigam-se ainda os arrendatários solidariamente à hipoteca do sal que produzirem, António Nunes Branco e sua mulher um assento de casas onde residem com seu quintal, sito na Rua de Alqueidão, que parte do norte com a Rua de Alqueidão, sul com a levada pertencente à Azenha do [Franclin?], nascente com o padre Manuel Gonçalves da Rocha Ramos, do poente com António Simões Picado, o Bravo, sendo o seu valor de 200 000 réis e o seu rendimento anual de 10 000 réis, que compraram há muitos anos; António Simões Picado, o bravo, e mulher hipotecam a sua morada de casas e aido, onde residem na Rua de Alqueidão, número 91, que partem do norte com a Rua de Alqueidão, sul com a levada, pertencente à Azenha do [Franclin?], nascente com António Nunes Branco, o gueixa, do poente com o doutor José da Rocha, com o valor de 200 000 réis e rendimento de 10 000 réis; Luís dos Santos Malaquias e mulher, hipotecam um assento de casas e aido junto, onde residem na Rua de Alqueidão, que parte do norte com o caminho público, sul com Maria Imaginária, nascente com Rosa Marta e do poente com o cabeço público, que compraram há anos, com o valor de 300 000 réis e com rendimento anual de 10 000 réis; João Fernandes Bizarro, o viola, e sua mulher hipotecam um assento de casas com aido, sito na Alagoa, que tudo parte do norte com a rua pública, sul com Maria de Jesus [Roca?], nascente com a rua pública e do poente com José Maria Fernandes Anchão, que compraram há anos, sendo o valor de 200 000 réis e rendimento anual de 10 000 réis; testemunhas: Albino de Almeida e António Nunes Carlos, casados, artistas.
Empréstimo de 100 000 réis à razão de juro 6 por cento, hipotecando um assento de casas térreas sitas na Rua de Espinheiro, que partem do norte com o carril público, sul com o doutor António Tomás de Mendonça, nascente com o carril público e do poente com Domingos Batateiro, com o valor de 100 000 réis e redimento anual de 5 000 réis; testemunhas: Albino Almeida e António Nunes Carlos, casados, artistas.
Dívida de 100 000 réis à razão de juro de 6 por cento, hipotecando uma terra lavradia sita no Chão das Fontes, que levará de semeadura 30 litros e 2 decilitros (2 alqueires e quarta), limite de [Sarrozo?], que parte do norte com Ricardo da Silva, sul com Jacinto Ramalho, nascente com a entrada pública, do poente com Manuel Ramalho, sendo o valor de 200 000 réis e rendimento anual de 10 000 réis, que herdaram de seus antepassados e não se acha hipotecado; testemunhas: Manuel Francisco Marieiro e António Francisco Marieiro, casados, lavradores do Corgo Comum.
Empréstimo de 134 400 réis à razão de juro de 6 por cento, para arranjo de sua vida, hipotecando um aido de terra lavradia com todas as suas pertenças, sito no Cimo de Vila, que parte do norte com João Fernandes Grego, do sul com Luísa de Jesus, solteira, irmã e cunhada deles devedores, nascente com eles devedores e outros e do poente com o caminho de consortes, que herdaram de seus antepassados, sendo o seu valor de 200 000 réis; testemunhas: Albino Almeida e Francisco Luís da Silva, casados, artistas.