“Missa por minha alma de esmola de 240 réis, deixo 12 missas pela alma da minha tia Margarida, 4 trincarmos de missas, um pela alma de meu pai, outro pela alma de minha mãe, terceiro pela minha alma e quarto pelas almas daquelas pessoas a quem em terra tenha prejudicado com os meus contratos. Deixo a minha sobrinha Maria filha de meu irmão Alão desta vila, uma volta de ouro de pescoço de peso de 5 500 réis e á sua mãe um capote de cor de pinhão. Deixo a minha sobrinha Luísa, filha de Miguel André Alão, da Chousa Velha um cordão de ouro o mais grosso de peso de 26 000 réis. Deixo a minha sobrinha Joana filha de meu irmão Jerónimo um cordão de ouro de peso de 10 000 réis. Deixo a meu irmão Constantino o meu assentamento de casas em que eu vivo com o seu quintal, com condição por em que não entrará na posse destes bens senão pela morte de meu marido, pois este será usufrutuário até à sua morte, com declaração porém deste meu irmão entrar depois com os outros co-herdeiros nos outros bens com igualmente, não lhe fazendo carga com a dita propriedade, com condição por que à sua conta quanto aos meus bens de raiz, bens móveis, dívidas ativas que à minha menção me pertece ficará meu marido usufrutuário até à sua morte, não podendo vender empenhar, ou por algum modo alienar, nem estragar e logo depois de sua morte passarão livres e desembargados para os meus únicos herdeiros que eu nomeio que são meus irmãos Miguel Jerónimo e Constantino, os quais três repartirão entre si todos os bens, fora o assentamento de casas e quintal onde vivo que deixo a meu irmão Constantino em particular. Deixo doze alqueires de milho a minha cunhada Maria Sarroa, seis alqueires de milho a Joséfa Grila, e o mais milho que à minha menção pertencer se dará aos pobres Ílhavo, 27 de Agosto de 1835”; testemunhas: José António de Magalhães, assistente na vila de Ermida, Tomé António Sarra de Ílhavo, Clemente Ferreira Ré Lebre, Manuel Fernandes Alegrete, José António Deus e Joaquim Nunes Caramonete ambos de Ílhavo.