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Escritura de dívida a juros de 5 por cento, realizada na morada de Alberto Ferreira Pinto Basto. Sendo intervenientes Inácio dos Santos Capucho e sua mulher Ana Nunes (devedores) ambos do Vale de Ílhavo de baixo e Alberto Ferreira Pinto Basto (credor), da quantia de 15 480 réis. Dão como segurança de pagamento uma leira de terra cita na Chousa do Vaqueiro que confronta a norte com António Miguéis, do mesmo lugar. Foram testemunhas António José de Sousa, residente na Vista Alegre, João dos Santos Branco, da vila da Ermida e José Correia da Silva da Vista Alegre.
Escritura de compra, sendo intervenientes António Fernandes Teixeira (comprador) do Vale de Ílhavo de Cima e José Nunes vidal o novo (vendedor) do mesmo lugar, de um assento de casas térreas com suas árvores de fruto e laranjeiras e com todos os seus pertences que confronta a norte com José da Silva gordo do Vale de Ílhavo de Cima, a sul com a levada que vai para a azenha de Luís Nunes vidal e a poente com a estrada pública do Vale de Ílhavo de Cima, pela quantia de 40 000 réis. Foram testemunhas presentes Manuel José Gomes Boticário desta vila e João José de Oliveira do Vale de Ílhavo de Cima.
Escritura de fiança que dá António Joaquim de Morais Sarmento da cidade de Aveiro à administração do correio da mesma, realizada na morada de Manuel Daniel Ferreira Félix. Foram intervenientes António Joaquim de Morais Sarmento de Aveiro, Manuel Daniel Ferreira Félix e António Joaquim Dinis Ferreira Félix. Para António Joaquim de Morais Sarmento poder executar o seu cargo nos correios era preciso dar fiança, apresentando por seus fiadores Manuel Daniel Ferreira Félix e António Joaquim Dinis Ferreira Félix do lugar de Alqueidão. Foram testemunhas presentes António Augusto Ferreira Félix e Manuel Nunes da Cruz, ambos do lugar de Alqueidão.
Escritura de compra e firme venda, sendo intervenientes António Tomás Pereira de Mendonça como procurador dos vendedores Eusébio da Fonseca e Sá e sua mulher Júlia Cândida dos Santos da vila de Mira e como compradores Domingos da Rocha Marnoto e sua mulher Joana Maria de São José, um assento de casas com todos os seus pertences citas na Rua de Espinheiro pela quantia de 100 000 réis. Estas confrontam a norte com José André Senos, a sul com a rua pública, a nascente com Agostinho Marques e a poente com Joana da Fartela. Foram testemunhas Manuel José Gomes e Joaquim Inácio ambos desta vila.
Escritura de compra transação de facteusim perpétuo, sendo intervenientes como vendedora, e em nome do senhorio direto José Barreto Ferraz de Vasconcelos, Luísa Gonçalves, viúva de Luís Fernandes Bairros do lugar da Chousa Velha e como compradores e foreiros Manuel José de Sá e Castro e sua mulher Joana Rita, moradores na Vista Alegre. O José Barreto autoriza a que a transação seja feita. Manuel José de Sá e Castro compraram a Luísa Gonçalves as melhores propriedades do prazo, nomeadamente um assento de casas térreas com seus logradouros e mais pertenças, um moinho que em tempos foi azenha chamada Rosmaninhal da Chousa Velha com todas as suas águas e mais pertenças, terras de pão que levaram de semeadura 10 alqueires, que confronta a norte com terras de Domingos Simões Teles, a sul com os herdeiros de Luís do Picarró. Mais uma terra licalizada no Corgo dianteiro que leva de semeadura 2 alqueires de trigo, que confronta a norte com a madriz da azenha do Rosmaninhal e a sul com a terra de Luís António dos Santos. Uma vessada chamada de Rozaima que leva de semeadura 3 alqueires de trigo, que confronta a norte com terra que foi de padre João dos réis do Curtido e a sul com a terra de Domingos Simões Teles. Vessada chamada de Carregal Pequeno que leva de semeadura 1 alqueire de trigo, confronta a norte com a terra que foi de Remígio Fernandes Barros do Espinheiro e a sul com a terra de Manuel dos Santos Picarró. Vessada chamada o Carregal Grande, na Chousa Velha, que leva de semeadura 8 alqueires de trigo, que confronta a norte com terra dos herdeiros de Tomé da Rocha Deus do Curtido, a sul com terras de Remígio Fernandes Bairros de Espinheiro. Vessada chamada a Morteira que consta de uma terra de pão e juncal que levam 30 alqueires de trigo, que confronta a norte com o Esteirinho e a sul com a terra que foi de Sebastião Borges de Almeida de Ílhavo. Os compradores compraram estas propriedades a Luísa Gonçalves com obrigação de pagar ao senhorio o foro de 60 alqueires de milho grosso a cada ano, limpo e seco, sendo o pagamento feito no dia de sao miguel de cada ano. Os foreiros teriam também que trazer sempre a levada de água bem limpa. Os compradores dão ainda como garantia de pagamento do foro as melhores da ditas propriedades, hipotecando-as. A compra foi feita pela quantia de 36 000 réis. Para a venda acontecer os herdeiros, e seu tutor, de Luísa Gonçalves e de seu falecido marido que desistiam totalmente da herança. Foram testemunhas Manuel José Gonçalves Boticário desta vila, Joquim das Neves da Vista Alegre e Luís Simões Maio de Aradas.
Escritura de testamento que faz Lourenço António de Almeida, presbítero senhor natural de Esgueira, e agora assistente na cidade de Aveiro, querendo ser sepultado decente e piedosamente como católico. Como não tinha herdeiros deixava a sua herança, pela gratidão que lhe tinha, a Joana Teresa da Maia, sua criada, assistente na Rua do Bealas. Com obrigação de mandar dizer 400 missas de esmola de 120 réis. Na pessoa de Joana Teresa da Maia nomeava os seus prazos chamados a Ilha Velha e a Ilhada Marciana localizadas no limite da póvoa por serem de livre nomeação. Nomeia para seu testamenteiro José Francisco Quebra da mesma cidade de Aveiro. Foram testemunhas presentes Francisco Simões Ratola, Joana Fernandes, José António de Oliveira, Vicente José da Pina todos assistentes na vila de Ílhavo e Ricardo José Gonçalves do Vale de Ílhavo de Cima.
Escritura de confissão de dívida de dinheiro a juro, sendo intervenientes Manuel Ferreira o novo e sua mulher Teresa Ferreira (devedores) da vila de Aradas e Francisco Joaquim Monteiro (credor), da quantia de 630 000 réis a juros de 5 por cento. O pagamento seria feito anualmente. Dão como segurança de pagamento um assento de casas térreas com seu pátio, aido e todos os seus pertences na Vila de Aradas, que confronta a norte com Joaquim Sarralheiro, a sul com a viúva do Tomé Nunes cabelo, a nascente com a estrada que vai para a Agra e a poente com a estrada real. Hipotecaram ainda uma terra cita nas chãs que leva de semeadura 5 alqueires, que confronta a norte com as fazendas que foram de Luís Pedro Nolasco da cidade de Aveiro, a sul com a parreira da casa, a nascente com os sobrinhos do devedor e a poente com a mesma parreira. Hipotecaram ainda uma terra cita na Agra de Aradas que leva de semeadura 5 alqueires, que confronta a norte com os [Tumudos?] de Aveiro, a sul com Tomé Nunes cabelo, a poente com Leocádia, viúva de Miguel António Labrincha. Hipotecaram outra terra na [Agroeira?] a qual paga 10 tostões de foro, que leva de semeadura 4 alqueires e meio, confronta a norte com Manuel Ferreira Canha, a sul com Luís Nunes galego do lugar de Verdemilho, a nascente com João Nunes cabelo, a poente com a regueira da groeira. Mais outra terra cita na Arrota da vila que leva de semeadura 3 alqueires, confronta a norte com José Gonçalves Neto da vila de Aradas, a sul com Manuel Ferreira Catão o novo, a nascente com José Nunes cabelo e outros e a poente com Bernardo Resende de Verdemilho. Mais uma terra cita na arrota de João Tomé que levara de semeadura 6 alqueires, que confronta a norte com José Francisco de Vilar, a nascente com a Quinta do Ramalho e a poente com a estrada que vai para a costa. Foram testemunhas presentes Manuel José Gomes Boticário, Luís António Ferreira Negociante e Vicente José da Pena.
Escritura de compra e firme venda, realizado no lugar do Bom Sucesso. Sendo intervenientes Rosa Maria, viúva de António Gonçalves Sarradeira (vendedora) e Manuel Gonçalves Andril (comprador), de uma terra lavradia com parreiras, árvores e mais pertenças localizadas no Bonsucesso que leva de semeadura 5 alqueires e meio. Esta terra confronta a norte com José João, a sul com o comprador, a nascente com a rua pública e a poente com a levada. E compra também as costeiras e a vessada que fica para baixo da levada, que tudo em conjunto leva 15 alqueires, que confronta a nascente com a levada do poente com a madriz do concelho, a norte com José Lourenço Pereira Branco e a sul com ele comprador e Francisco José João, a qual costeira e vessada é foreira a dona Maria Benedita de Sousa Pizarro da cidade de Aveiro, a quem paga todos os anos 15 alqueires de milho e 2 de feijão. Todas estas propriedades foram vendidas por 100 000 réis. O comprador tinha como obrigação pagar o foro das costeiras e vessada à dita senhoria. Foram testemunhas presentes Francisco José João do lugar do Bonsucesso, António Marques Moita de Verdemilho e Francisco Simões de Oliveira do lugar de Bonsucesso.
Escritura de compra e firme venda, sendo intervenientes José Maria da Silva Curado e sua mulher Luísa Maria de Jesus (compradores) e Joséfa Maria Faqueira por si e como procuradora de seu marido Joaquim Francisco dos Santos Russo e João Francisco Cireneu e sua mulher Joana dos Santos e António de Pinho Neves e sua mulher Rosa dos Santos (vendedores), todos herdeiros de Manuel Francisco dos Santos Russo e sua mulher. José Maria da Silva Curado e mulher tinham comprado aos restantes intervenientes um assento de casas térreas e altas com seu aido, terra lavradia e parreiras e mais pertenças Poço Carril, com todas as suas serventias e logradouros novos e velhos localizada na rua pública da Vila de Ílhavo que confronta a norte com Manuel Bezurro de Ílhavo, a sul com Manuel Jana da mesma vila, a nascente com José Furalagos e a Gateira e a poente com a rua pública pela quantia de 144 000 réis. Os compradores pagaram 100 800 réis ao dono da hipoteca capitão Pedro Fernandes da Silva e ficaram com uma dívida de 43 200 réis. Esta quantia ficou com uma dívida de juros a 5 por cento. Os compradores apresentaram como garantia da pagamento desta dívida as mesmas casas. Foram testemunhas José Gomes Tamanqueiro e Fernando Ferreira Lopes Lavrador ambos desta vila e António de Oliveira Vidal Boticário.
Escritura de testamento que faz Luísa da Rocha, viúva de Manuel Fragoso de Oliveira do lugar da Coutada, dizendo que o seu corpo deveria ser sepultado na Igreja desta freguesia de São Salvador com um hábito preto. Como não tem herdeiros e por motivos de gratidão deixa a sua herança a Tomé Fragoso da Rocha da Coutada, deixando-lhe todos os seus bens móveis e de raíz, o assento de casas em que vive com seu aido, palheiros, casa da eira e todas as mais pertenças do dito assento, que confronta a norte com os herdeiros de Feliciano Nunes, a sul com o doutor Manuel da Rocha Fradinho. Deixava ainda uma terra cita na Coutada, chamada o corgo, que confronta a norte com o herdeiro de Francisco Nunes, a sul com Manuel José Rodrigues Vidal, a nascente com Manuel da Rocha da Silveira da Coutada. Com a obrigação de mandar dizer 30 missas de esmola de 6 vinténs cada uma. O herdeiro fica ainda obrigado a dar à sobrinha de Luísa da Rocha, chamada Rosa de Verdemilho, a quantia de 4 800 réis. Dará ainda ao sobrinho António Simões Preto a quantia de 4 800 réis. Luísa da Rocha deixava ao seu sobrinho Gabriel Justiça da Quinta do Picado, o seu chão nos aidos com sua parreira e figueira, que confronta a norte com João Pinto Ferraz da Vila de Ílhavo, a sul com os herdeiros de Manuel Francisco da Picada da Alagoa, a nascente com a filha de Feliciano Nunes, com a obrigação dele mandar dizer 12 missas de 120 réis cada uma. Deixava ainda a Teresa de Jesus, filha de Manuel da Rocha de Oliveira, a cama, um botão de ouro e os botões de prata e algum fato melhor de vestir que fiquem da morte da testadora. O herdeiro Tomé Fragoso da Rocha ficava ainda obrigado a dar aos pobres 3 ou 4 alqueires de milho. Foram testemunhas presentes Manuel José Gomes Boticário, José António de Oliveira vidal Boticário, António Fernandes da Silva, João de Azevedo, estes da Vila de Ílhavo, João da Cruz professor da Vista Alegre, e Diogo de Oliveira Vidal, desta vila de Ílhavo mas residente na de Mira.
Escritura de dinheiro a juros de 5 por cento, realizada na morada do doutor Manuel da Rocha Fradinho, actual juíz de paz desta freguesia. Sendo intervenientes o bacharel João Nepomoceno da Silva da cidade de Aveiro como curador dos órfãos filhos de José Ferreira solha e também Manuel Fernandes Alegrete (credores) e da outra parte José Lourenço Catarino (devedores), da quantia de 10 400 réis. Os devedores dão como garantia de pagamento a sua morada de casas em que vive citas na Rua de Espinheiro, que confronta a norte com Joaquim dos Santos Velho e a sul com o carril da Chocha. Dava ainda por seu fiador Vicente José da Pena da vila de Ílhavo. O fiador também hipotecou uma propriedade de casas citas na Rua Direita, que por serem bem conhecidas não São aqui confrontadas. Foram testemunhas João António Rodrigues, desta vila de Ílhavo, Tomé Soares de Alqueidão e o reverendo Manuel da Rocha Ramos.
Escritura de aforamento enfiteuta perpétuo, realizado na morada de António Joaquim Dinis Ferreira Félix. Sendo intervenientes Manuel Francisco Rosa Birra e sua mulher Maria da Silva (foreiros), de nariz, Esgueira, e António Joaquim Dinis Ferreira Félix e sua mulher dona Maria Carlota do lugar de Alqueidão. Manuel Francisco Rosa Birra e sua mulher têm que dar foro aos senhorios de uma terra lavradia de seca e baixa com seu mato cita nos [Almornoveus?] lugar de Nariz pelo foro anual de 2 alqueires de milho e 2 galinhas pagos anualmente no dia de São Miguel. Esta terra confronta a norte com Francisco Marques, da Pedreira, termo de Esgueira, a sul com João Ferreira Zangorrina do lugar de Nariz, a nascente com Manuel Vieira da ortinha, a poente com a viúva do capitão-mor da Palhaça. Dão como garantia de pagamento do foro, o assento de casas em que vivem com quintal com todos os seus pertences em Nariz, que confronta a norte com João Ferreira Zangorrina do mesmo lugar, a sul com os herdeiros de Pedro Vieira Neves do mesmo lugar. Foram testemunhas Francisco Simões Ratola e Domingos Martins ambos assistentes na Vila de Ílhavo e Manuel António Rodrigues desta freguesia.
Escritura de dinheiro a juros de 5 por cento, realizada na morada de José Gilberto Ferreira Félix. Sendo intervenientes José Gilberto Ferreira Félix (credor), Manuel Batista (devedor) e António Batista dos Santos e mulher (fiadores do devedor), da quantia de 70 000 réis. Como garantia dada então por fiadores António Batista dos Santos e mulher e hipotecava ainda um assento de casa em que vivia citas no lugar de Alqueidão, assim como uma casa pequena ao pé da mesma com seu quintal e todas as suas pertenças, que confronta a norte com a estrada que vai para Aveiro e a sul com Manuel Nunes [Gueira?] e a cazinha separada confronta com a viúva de Tomé Fernandes Bizarro de Alqueidão. Hipotecava ainda a sua meação que ainda se acha por partir que lhe ficou por morte de seus pais, que consta de umas casas na rua de Alqueidão e outra caseta separada com todos os seus pertences. O fiador hipotecava a sua menção que lhe ficara por morte de seus pais. Foram testemunhas Francisco Martins e António Augusto Ferreira Félix ambos do lugar de Alqueidão e Manuel Nunes da Cruz, criado de Manuel Daniel Ferreira Félix.
Escritura de dinheiro a juro de 5 por cento, realizada no aido do Coelho em frente das casas dos herdeiros do ex-capitão António Joaquim de Almeida. Sendo intervenientes Alberto Ferreira Pinto Basto (credor) da Vista Alegre e o reverendo Manuel Pedro de Almeida (devedor), da quantia de 19 200 réis. O pagamento deveria ser feito anualmente. Dá como garantia de pagamento uma terra chamada a Costeira da Vessada que confronta a norte com o credor, a sul com Marcelino Nunes Pinguelo da vila da Ermida. Foram testemunhas Manuel Francisco Verdade da vila da Ermida e João dos Santos Branco também da Ermida.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, realizada na Vista Alegre. Sendo intervenientes Maria Clara de Assumção (devedora), viúva de João José Ribeiro da vila de Ílhavo e Alberto Ferreira Pinto Basto (credor) e administrador da Fábrica da Vista Alegre, da quantia de 8 235 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dá como garantia de pagamento um assento de casas como todos os seus pertences, citas na Rua Nova, perto da Igreja que confronta a norte com Manuel Nunes Ramos o novo, a sul com o mesmo, a nascente com [devedora?]. Foram testemunhas João dos Santos Branco da vila Ermida e José Correia da Silva, empregado na Fábrica da Vista Alegre.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, sendo intervenientes José Nunes Branco e sua mulher Joana Ferreira de Assunção (devedores), da vila da Ermida, residente na Rua do Soalhal, e Alberto Ferreira Pinto Basto (credor) da Vista Alegre, da quantia de 13 390 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dão como garantia de pagamento o seu assento de casas e aido com todos os seus pertences citas no Soalhal, que confronta a norte com os herdeiros de Manuel de Oliveira Facão do dito lugar do Soalhal, a sul com os herdeiros de Manuel Vieira da Trindade o Monge do Soalhal. Foram testemunhas Manuel José Gomes Boticário e João dos Santos Branco da vila da Ermida e Luís António Ferreira negociante desta vila.
Escritura de compra e firme venda, sendo intervenientes Alberto Ferreira Pinto Basto (comprador) e Maria Nunes Pinguela (vendedora), viúva de Tomé Simões Machola, um juncal cito no Esteirinho. Este confronta a norte com as vessadas da vendedora e a sul com o esteirinho, pela quantia de 20 000 réis. Foram testemunhas presentes Manuel da Rocha da Alagoa e Manuel José Gomes Boticário da vila de Ílhavo e Luís António Ferreira de Ílhavo.
Escritura de dinheiro a juro de 5 por cento, realizada na morada de Manuel Daniel Ferreira Félix. Sendo intervenientes Manuel Daniel Ferreira Félix (credor) de Alqueidão e Manuel de Almeida (devedor), solteiro do lugar de [Ouca?]. Termo da cidade de Aveiro, da quantia de 68 000 réis. Dá como garantia de pagamento o seu assento de casas e aido em que vive no lugar de Ouca, que confronta a norte com a rua pública, a nascente com os herdeiros de Luís Pata e outros e a sul e poente com os herdeiros do capitão José Pedro de Almeida Barreto. Para maior segurança apresentava ainda como seu fiador Manuel Nunes [Tanoeiro?] e sua mulher Maria de Almeida que hipotecam a sua terra lavradia no sítio das pedras, limite de Ouca, que confronta a norte com Manuel Cipriano e a sul com o caminho que vai para o vale de linhares, a nascente com Tomé Perdigão e a poente com Manuel dos Santos de Oliveira. Foram testemunhas Manuel Nunes da Cruz do lugar dos Caniçais e assistente no lugar de Alqueidão e António Augusto Ferreira Félix.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, sendo intervenientes António José Fernandes de Oliveira (devedor) da cidade do Porto e Manuel Daniel Ferreira Félix (procurador) e Joaquim Pereira Coelho (credor) da cidade de Coimbra da quantia de 163 775 réis. O pagamento seria feito anualmente por 4 vezes, sendo que cada pagamento seria da quantia de 40 993 réis. O devedor ficou como tal uma vez que o seu tio José Fernandes Guimarães, tesoureiro menor da bula, devia essa quantia ao tesoureiro geral da mesma bula, herdando a dívida de seu tio. Dá como garantia de pagamento um assento de casas na vila de Ílhavo que por serem bem conhecida não se encontram aqui confrontadas. Foram testemunhas Vicente José da Pena e José António de Oliveira, ambos desta vila.
Escritura de dívida a juros de 5 por cento, realizada na Vista Alegre. Sendo intervenientes Alberto Ferreira Pinto Basto (credor) e Manuel João Rua e sua mulher Joana Martins dos carris de Oiã (devedores) da quanti de 53 400 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dão como segurança de pagamento o seu assento de casas em que vivem citas no carril de Oiã, o qual tem terra lavradia, parreira, vinha e árvores de fruto com todos os seus pertences, que confronta a nascente com Manuel Filipe Cardoso de Oiã e a poente com António Ferreira Viegas do mesmo sítio. Apresentaram ainda como seus fiadores Manuel José de Carvalho do lugar da Silveira de Oiã, ferreiro de Aveiro. Hipotecava uma terra cita nos castanheiros da Silveira que confronta a nascente com Manuel Simões Areias e a sul e norte com Manuel Caetano de Oliveira ambos do Malhapão, termo de Esgueira. Foram testemunhas presentes José Correia da Silva morador na Vista Alegre e Cosme de Almeida morador na vila da Ermida.
Escritura de compra, sendo intervenientes José Guedes Paixão Nuno, Luís Francisco Carrapicho e sua mulher Joana Maria de Jesus, João André Janeiro como procurador de Francisco Simões Guedes e sua mulher da vila de Quiaios (vendedores) e António de Oliveira Pinto (comprador). Este comprou uma terra lavradia como todas as suas serventias novas e velhas e com todos os seus pertences, localizada no Corgo Comum, que confronta a norte com os herdeiros da mulher de João José Bolais e a sul com António da Rocha Deus pela quantia de 24 000 réis. Foram testemunhas Julião Marques de Carvalho, António da Rocha do Leonardo e Domingos da Rocha do Leonardo, todos desta vila.
Escritura de troca de bens de raiz que fazem entre si João dos Santos Neves e sua mulher Joana dos Santos do lugar da Coutada e Joana Rosa de Jesus, viúva de António Soares Estevão. João dos Santos Neves disse que trocara uma terra lavradia cita no Corgo Comum, que levará de semeadura 3 alqueires de pão, que confronta a norte com Manuel António Carrancho do lugar de Alqueidão e a sul com Luísa Trinpeira Vieira do Corgo Comum, e que Joana Rosa de Jesus lhe dera em troca um aido com casas, parreiras e árvores de fruto, e todos os seus [pertences?], que levava de semeadura 3 alqueires de pão, que confronta a norte, poente e nascente com João dos Santos Neves e sua mulher, tendo estes que darem ainda a Joana a quantia de 10 000 réis. Foram testemunhas presentes António Gonçalves Andril, do Bonsucesso, Manuel Simões e José Lourenço Catarino desta vila.
Escritura de dinheiro a juro de 5 por cento, na morada de Manuel Ferreira Félix. Sendo intervenientes João José Malaquias e sua mulher Maria Angélica (devedores) e Manuel Ferreira Félix (credor), da quantia de 400 000 réis. O pagamento seria feito anualmente. Os devedores comprometeram-se a fazer pagamentos que nunca fossem menores de 50 000 réis. Dão como garantia de pagamento um assento de casas com todos os seus logradouros citas no Adro, que confronta a norte com a rua pública e a sul com a viúva de Alexandre Fernandes Camarão. Davam ainda mais como garantia metade de uma terra cita na Moita de Baixo, mais uma terra localizada no Corgo Comum, mais uma terra na Agra de Baixo que levará de semeadura 8 alqueires de trigo. Foram testemunhas Manuel dos Santos vidal de Alqueidão, Domingos Martins, criado de António Joaquim Dinis Ferreira Félix e Inácio Manuel Nunes da Cruz, do lugar de Caniçais, Esgueira, e criado do credor.
Escritura de dinheiro a juro de 5 por cento, realizada na morada de Manuel Danirl Ferreira Félix. Sendo intervenientes Manuel Nunes da gorda e sua mulher Rosa Pereira (devedores) e Manuel Daniel Ferreira Félix (credor), da quantia de 38 000 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dão como segurança de pagamento um assento de casas em que vivem localizados na Fonte de Alqueidão que confronta a norte com Isabel do Rapagote, irmã do devedor, a sul com os herdeiros de dona Maria da Nazaré, a nascente com os mesmos, e a poente com a rua pública. Foram testemunhas presentes João de Azevedo, Joaquim de Oliveira, ambos desta vila e Domingos Martins, criado de António Joaquim Dinis.
Escritura de fiança que dá Manuel António Rodrigues ao oficio de escrivão da paz e orfãos desta mesma vila, realizada na morada de Clemente Ferreira Ré. Para desempenhar o dito ofício era preciso prestar fiança, tendo como seu fiador Clemente Ferreira Ré. Foram testemunhas presentes José António da Silva Curado desta vila e Manuel Ferreira da Cunha e Sousa.
Escritura de testamento e disposição de última vontade que faz João Marques, viúvo, desta vila. Este disse que se morresse ao lado de seus herdeiros, ou sua herdeira, seria sepultado com a pompa que a ela lhe parecesse. Disse ainda que sendo viúvo e não tendo herdeiros os seus bens iriam para que lhe fosse mais grato, sua tia Rosa Maria, casada com João Panela pescador e caso esta falecesse ficaria a filha de sua tia Joaquina, solteira, como herdeira. Foram testemunhas presentes Luís dos Santos Barreto, Manuel António Rodrigues, João dos Santos Malaquias, Manuel José Rodrigues e João José da Conceição.
Escritura de dinheiro a juro a 5 por cento, sendo intervenientes Ricardo José Gonçalves e sua mulher Joana Rita (devedores) ambos do Vales de Ílhavo de Cima, e o doutor Rodrigo Xavier da Maia (credor) do lugar de Alqueidão, da quantia de 24 600 réis. Dão como segurança de pagamento uma vessada cita no Pessegal, limite de Ílhavo, que leva 3 alqueires de semeadura, que confronta a norte com Inácio Lau, a sul com Luís Ferreira Solha, a nascente com João Miguéis e a poente com a viúva de Inácio Bodas. Foram testemunhas Luís Domingos Largo, José António de Oliveira desta vila e Manuel Gomes [Boticario?] desta vila.
Escritura de ratificação de compra, sendo intervenientes Joséfa Maria de Jesus, viúva de Alexandre Francisco Camarão (compradora) e Paulo Fernandes Bairros e sua mulher Maria da Rocha Bastos e José Fernandes Bairros do lugar de Alqueidão, uma casas térreas e logradouro e um poço localizadas na Rua do Adro, que confrontam a norte com Maria Bernarda, a peixa, a sul com Manuel Simões Erveiro desra vila e a nascente com a rua pública, pela quantia de 76 800 réis. Foram testemunhas João Fernandes Patrão do lugar de Alqueidão, José da Barbeira e João António desta vila.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, realizada na morada de José Gonçalves Furão. Sendo intervenientes Francisco Joaquim Monteiro (credor) e José Gonçalves Furão e sua mulher Angélica da Maia (devedores), da quantia de 48 000 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dão como segurança de pagamento o assento de casas em que vivem com seu aido e todos mais pertences no lugar de Verdemilho, que confronta a norte com seu irmão e cunhado João dos Santos Furão, a sul com Bertelo Gonçalves e a nascente com a estrada pública. Foram testemunhas presentes Bertelos Gonçalves do lugar de Verdemilho, André dos Santos e Inocêncio Lourenço de Almeida do lugar das Ribas.
Escritura de ratificação de confissão de dívida, sendo intervenientes Manuel António do padre (credor) e António Bernardo Grilo e sua mulher Rosa Maria (devedores), da quantia de 24 000 réis. Dá como garantia de pagamento um assento de casas térreas, que consta de sala, cozinha, quartos, uma casa de despejo, com seu quintal e mais pertences localizadas na Rua de Espinheiro e carril de Marieiro, que confronta a norte com Luís de São Marcos desta vila, a sul com os herdeiros de António do Vale, a nascente com a viúva de Roque Pereira Cajeira desta vila. Foram testemunhas Domingos Raimundo Amtónio dos réis e Silva e Domingos António Sarra desta vila.
Escritura de doação entre vivos, sendo intervenientes António Fernandes da Silva e sua mulher Isabel Maria (doantes) e Manuel, solteiro (doado). António Fernandes da Silva e mulher doaram ao seu filho uma égua castanha, que tem de valor 28 800 réis e para tomar conta dela da data de celebração da escritura em diante. E quando os seus pais morrerem será obrigado a entregar para o monte a quantia que a égua vale, no caso de querer herdar com os demais irmãos. Foram testemunhas José Nunes Ramos do lugar do Casal, Silvestre Ferreira Solha desta vila e Joaquim dos Santos Vieira do lugar de Alqueidão.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, sendo intervenientes Roque Pereira Armanha e sua mulher Rosália Maria (devedores) e Luís dos Santos Barreto (credor), da quantia de 36 000 réis. O pagamento seria realizado anualmente. Dão como segurança de pagamento um assento de casas com todos os seus pertences no Pedaço desta vila, que confronta a nascente com Manuel Ferreira gordo desta vila e a poente com Bento Luís [Velero?]. Foram testemunhas presentes João Francisco Carrapichano desta vila, Julião Maques de Carvalho e António Bernardo Grilo.
Escritura de testamento, realizada na morada de Maria Batista viúva de João dos Santos Carrancho, dizendo que queria ser sepultada na Igreja desta freguesia e que lhe digam por sua alma 30 missas e mais 30 pelas almas de seu pai e de sua mãe de esmola. Disse ainda que deixava a seu sobrinho e afilhado Francisco António Santo, do lugar de Moitinhos, a sua terra lavradia na Chousa Nova, que leva de semeadura 5 ou 6 alqueires, que confronta a sul com ele seu sobrinho e a norte e mais com quem iria partir. Deixa-lhe mais outra terra lavradia na Gândara que leva de semeadura 3 alqueires de pão e que confronta a norte com a viúva de José rainha da Rua Nova e a sil com a viúva de Manuel Martins do Casal, tendo como obrigação mandar dizer as 30 missas por alma da testamenteira, no caso de ele morrer antes dela estes bans passarão para os seus herdeiros. Deixa a seu irmão Luís dos Santos Regateiro as casas e aida em que ela vive com todos os seus pertences, que não São confrontadas por serem conhecidas, assim como também lhe deixa todos os móveis que por sua morte se acharem, à excepção das [imagens?] que as deixa às suas sobrinhas, filhas de sua irmã Rosária com a obrigação do seu irmão Luís dizer as 30 missas por alma de seus pais. Deixa à sua sobrinha Joséfa, solteira, e sua irmã Joana casada com João Nunes Pinguelo e a sua irmã Rosa casada com João Nunes de Oliveira as suas terras lavradias, uma localizada na agra da Coutada logo por baixo da capela de Santo António, que traz de renda Manuel António dos Santos Carrancho de Alqueidão, e outras duas leiras de terra na Agra da Coutada para cá da dita capela para elas três sobrinhas partirem por igual. Foram testemunhas António Francisco do Bem do lugar de Alqueidão, Manuel de Oliveira Barroca, António Nunes Branco e Francisco, solteiro, filho de Manuel de Oliveira Barroca e seu irmão Manuel, solteiro, todos do lugar de Alqueidão.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, sendo intervenientes Manuel Francisco Faulho (credor) e Rosa Maria, viúva de Domingos Rasoilo (devedora), da quantia de 96 000 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dá como garantia de pagamento um assento de casas térreas em que vivia, com seu quintal e poço localizado na boca da Fontoura, que confronta a norte com Manuel Ferreira gordo e a sul com o reverendo padre Dionísio Simões Teles. Foram testemunhas Manuel Fernandes da Silva desta vila, José André Senos e José António Ribeiro todos desta vila.
Escritura de testamento de mão comum, realizada na morada de Manuel André do Mateiro e sua mulher Maria Joana de Jesus, sendo estes os próprios intervenientes. Referem no seu testamento que querem ser sepultados na Igreja desta freguesia caso hajo sepultura na mesma e que o seu enterro deveria ser feito conforme era hábito fazer a pessoas de sua qualidade, e que se digam por sua alma (do marido) 10 missas, 5 por seu pai e 5 por sua mãe, mais 5 pela alma de sua antiga mulher e mais 5 pela alma de sua mulher e mais 5 para todas as pessoas com que tido contrato. A mulher disse que queria que se dissessem por sua alma 15 missas e mais 15 pela alma de seu pai e mãe e deixava mais 4 missas para todas as pessoas com quem tido contrato. Disseram os dois que no dia de seus enterros todos uma missa por sua alma, isto é cada um a sua de esmola de 150 réis. Disseram ainda que por lhes ter morrido a filha deixam todos os seus bens um a outro e aquele que ficar por último e quando o último morrer passará o resto, metade para cada um dos seus herdeiros. Caso morra ela por último se dêm ao seu irmão Tomé Soares 14 600 réis, assim como ele se morrer por último deixa a sua irmã Teresa Maria de Jesus a mesma quantia. O herdeiro que não quiser cumprir o testamento ficará deserdado. Foram testemunhas o doutor António José da Rocha do lugar de Alqueidão, Francisco Martins, Fernando Francisco Camarão, António Batista dos Santos do lugar de Alqueidão e Joaquim José Soares do lugar do Casal.
Escritura de compra, realizada na morada de Maria Rosa de Jesus, mulher de António Nunes Ramos, nas Ribas. Sendo intervenientes Maria Rosa de Jesus (compradora) e Alexandre dos Santos Vidal, por si e como procurador de sua mulher Maria Ribeira (vendedores), de uma propriedade de casa com todos os seus pertences, com aido, parreiras e árvores localizada nas Ribas, que confronta a nascente com a estrada pública e a sul com ela compradora, pela quantia de 33 600 réis. Foram testemunhas presentes António da Silva Branco do lugar das Ribas, António Gonçalves do lugar de Fermelã e José, solteiro, criado da compradora.
Escritura de dinheiro a juros de 5 por cento, realizada na morada de António Tavares de Almeida, alferes de melícia do Regimento de Aveiro. Sendo intervenientes Manuel Simões de Pinho e sua mulher Maria Rosa (devedore) do lugar de Verdemilho e António Tavares de Almeida e sua mãe Maria Inácia (credores), da quantia de 50 000 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dão como segurança de pagamento um assento de casas no lugar de Verdemilho, com todos os seus pertences, aido, leira e árvores de fruto, que confronta a norte com António Marques Moita e a sul com o assento em que vivem. Tinham ainda por seus fiadores João dos Santos do Geraldo e sua mulher. Foram testemunhas Miguel Batista do lugar de Verdemilho, António dos Santos padeiro e Manuel Francisco Carrapichosa.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, sendo intervenientes João Francisco Carrapichano (devedor), desta vila, e João Fernandes Mano (credor), da quanto de 48 000 réis. O pagamente é feito anualmente. Dá como segurança de pagamento um assento de casas térreas localizadas no carril do Salvador com todos os seus pertences, que confronta a norte com um carril que corre entre Maria Bernarda, a sil com a viúva de João Fernandes Bras e a poente com a rua pública. Foram testemunhas presentes José Maria Barreirinha, desta vila e Eusébio Ferreira de Bastos da mesma vila.
Escritura de fiança que dá o doutor Joaquim José Rodrigues dos Anjos a serventia do ofício dos juíz dos orfãos desta vila, sendo interveniente o doutor Joaquim José Rodrigues dos Anjos, dando fiança a José dos Santos Patoilo da mesma vila. Foram testemunhas Julião Marques de Carvalho e João Marques de Carvalho ambos desta vila.
Escritura de testamento de derradeira e última vontade de Luísa, solteira, filha que ficou de Manuel João Salgado, em que a mesma disse que morrendo dentro dos limites da sua freguesia queria ser enterrada dentro da igreja e que o seu enterro seja feja feito conforme hábito e costume da sua freguesia, que podendo ser seja acompanhada por todos os padres da freguesia. Disse ainda que era de sua vontade que por sua alma digam 200 missas de esmola, pela de sua mãe 25 missas, pela de seu pai 25 missas, por seu tio António João Salgado 25 missas, pela alma da tia Maria 10 missas, pela alma dos avós 10 missas e à Senhora da Guia 3 missas, à Senhora da Boa Morte 3 missas. Mais 6 missas pelas faltas das ruas de suas obrigações, mais 3 pelas almas do fogo do purgatório. Sendo solteiro e por isso não tendo herdeiros directos, deixava os seus bens aos sobrinhos, filhos de Manuel Salgado. Deixa á sua sobrinha Rosa o seu assento de casas em que vive com todos os seus pertences, em que destes deixa à sua sobrinha Maria uma videira ou videiras qie estão enconstadas às casas em que ela vive, cuja casa também lhe deixa assim como o corredor de baixo e tudo os mais do assento ficará para Rosa. Deixa ainda a Rosa uma terra da longa, assim como a terra da [silha?], uma colcha de serra, uma caldeira grande e uma bacia de roupa, cujos bens lhe deixa tendo esta a obrigaçãp de pagar os demais ofícios que se costumam fazer às pessoas de sua esfera. Deixa ao sobrinho João a metade da Chousa da Balça partida ao comprido, ficando ele para a parte da valça, deixa-lhe mais na vinha do Lameiro 45 varas craveiras ficando ele para a parte do lameiro e mais lhe deixo a sexta parte do pinhal que corre com a dita vinha. Deixa a sua sobrinha Ana e a Margarida a metade da Chousa, ficando a Ana para a parte do Grovil do Pascoal e a Margarida logo encostada e mais deixo a Margarida 10 varas craveiras na vinha do Lameiro encostada ao João. E tudo o de mais vai para a Ana à excepção da casa e vinha e algumas Oliveiras que também ficará a Margarida. E mais deixo às minhas sobrinhas Ana, Maria e Margarida a Quinta Nova que partiram por igual ficando a Maria para a parte de sua terra que dá e mais deixo a Maria tudo quanto lhe dei enquanto se casou, mais deixou a meus sobrinhos Maria e Rosa e Ana e Margarida e José um pinhal localizado na aiRosa que corre com o caminho que vai para a azenha de baixo e isto tirando o João a sexta parte tudo o demais partiram por igual. Mais deixo a minha afilhada Rosa a minha terra de toijo localizada no campo de toijo. E melhor deixo à minha sobrinha Ana o melhor lençol e o segundo a Margarida e todos os mais móveis que se achar pela morte da testamenteira ficaram para os irmãos Manuel e José. Deixa para os pobres 4 alqueires de milho ou o valor deles em dinheiro e quatro à senhora da graça e quatro ao santissimo sacramento. Todos os sobrinhos pagarão por igual as despesas com o enterro da testamenteira. Foram testemunhas o padre Francisco José de Figueiredo e Silva, António Nunes vidal e João da Silva Catre desta vila, Manuel de Oliveira do lugar da Légua e Manuel Francisco Marieiro do Corgo Comum.
Escritura de fiança, realizada na morada de Maria Luísa, viúva de Sebastião Gonçalves dos Santos. Os intervenientes são a Maria Luísa, os seus filhos menores José e António e fiador. Para segurança de todos os bens apresenta como fiador o seu cunhado António Gonçalves Tabuleiro até os seus filhos se emanciparem. Foram testemunhas o doutor José Gonçalves dos Santos desta vila e o bacharel Joaquim José Rodrigues e Remígio António Bilhano.
Escritura de contrato e obrigação ou consagração, sendo intervenientes Clemente da Silva das Ribas e seu genro João Francisco da Ana do mesmo lugar. Clemente da Silva obriga-se a fardar o seu genro, que ficou como soldado miliciano no Regimento em Aveiro, e dar-lhe todos os mais necessários conforme os mais soldados e dar-lhe que fosse necessário e mandar-lhe o dinheiro para a praça. Foram testemunhas Manuel da Rocha e Manuel Francisco da Ana, ambos da Alagoa.
Escritura de perdão gratuito e pelo amor de Deus, realizada nos cadeços de [Ílhavo?]. Sendo intervenientes António Lourenço [Catreno?], o Cassana e Francisco Maria e João Nunes de Oliveira em que o António Lourenço perdoa toda a injúria e ofensa que os outros lhe tinham feito. Foram testemunhas José Maria da Silva Curado e Miguel Batista do lugar de Verdemilho.
Escritura de confissão de dívida sem juros, realizada na morada de João Rodrigues da Graça. Foram intervenientes João Rodrigues da Graça (credor) e Francisco José de Oliveira Gomes e sua mulher Maria dos Santos (devedores), da quantia de 169 200 réis. Dão como garantia de pagamento uma morada de casas, terras com seu armazém pegado, quintal, com todos os seus pertences localizada na Rua das Fegurras, Ovar, que confronta a norte com José dos Santos Coia e a sul com Maria, viúva, filha do Rafael todos desta vila de Ovar. Foram testemunhas Julião Marques de Carvalho desta vila e Sebastião José Lopes de Alqueidão e Domingos Gomes dos Santos do sítio do furral, terma da Feira.
Escritura de partilhas e composição amigável, sendo intervenientes Dionísio dos Santos Furão e bens que lhe forão de sua mulher Maria Nunes de Oliveira, José Fernandes Samagaio e sua mulher Francisca Maria e Joaquim de São Marcos e sua mulher Joséfa Maria. Todos os intervenientes se comprometiam a partir todos os bens móveis e de raiz que ficaram por morte de Maria Nunes de Oliveira. Dionísio dos Santos Furão ficou com os bens que já tinha antes e depois de casar com a dita falecida, cujos bens são um assento de casas, com todos os seus pertences e aido no lugar de Alqueidão, que consta de sala camarinha, cozinha, contra casa, que confronta a norte com Domingos Ramos do lugar de Alqueidão, a sul com o alferes Luís Gonçalves da Rocha de Alqueidão. Ficou ainda com uma terra nas [covadas?] de Ílhavo, que confronta a norte com os herdeiros do padre Manuel [?] e a sul com João Nunes Alegrete de Espinheiro. Ficou ainda com outra terra quase pegada para a parte norte, que confronta a norte com Manuel Nunes das Cancelas e a sul com João do Inácio de Maria Teresa, mais uma terra localizada nas Moitas de baixo, que confronta a norte com António Nunes Furão e a sul com o capitão Luís da Rocha Couto ambos desta vila, com a condição dele pagar as dívidas que o casal deve que vem a ser metade de 14 120 réis ao alferes Luís Gonçalves da Rocha de Alqueidão e 2 400 réis que se devem na botica de José António de Oliveira vidal e ainda a quantia 500 réis que devem a Fernando António Lavrador. Pagar a quantia de 7 300 réis que devem a João António do Vale e metade de 240 réis que deve a Manuel Francisco do Vale de Ílhavo de Cima e metade de 140 réis que deve a Tomé Nunes Vizinho da Lagoa e ainda metade do que se deve a Caetano José Ferreira do Amaral de Aradas. De todas estas dívidas paga o Dionísio metade e José e Joaquim a outra metade. Ficaram José e Joaquim com as casa nesta vila onde viveu Maria Nunes de Oliveira com todos os seus pertences, que confronta a norte com casas de João António do Vale desta vila, e a sul com a serventia de varias consortes. Ficaram ainda com um quintal localizado no corgo com suas parreiras e árvores de fruto e [semella?] que confronta a norte com a Corga, e a sul com os herdeiros de José Correia. Foram testemunhas José dos Santos Patoilo e Luís dos Santos Furão e a mulher do herdeiro Joaquim de São Marcos.
Escritura de testamento que faz Joséfa Francisca, mulher de Luís Nunes do Pranto (testamentário). No testamento Joséfa Francisca diz que quando falecer o seu enterro deve ser feito conforme hábito e costume da sua freguesia e que mandassem fazer por sua alma 20 missas e pela alma de seu pai 10 e mãe 10. Como não tinha filhos, deixava ao seu marido os seus bens tanto móveis como de raiz. No caso do seu marido morrer fica o assento de casas com todos os seus pertences a seu irmão Pedro André Estrela e que todos os mais bens passarão para todos os seus herdeiros. Foram testemunhas Joaquim Ferreira de Jesus do lugar de Bustos, Inácio de Almeida, Bernardo Luís sapateiro, António Martins sapateiro e Luís de Sousa Carvalho desta vila e Luís Lopes do lugar das Quintãs.
Escritura de compra, sendo intervenientes Francisco Ferraz (vendedor) e Filipe da Cruz Gaio (comprador), em que este comprou um pomar de laranjeiras, com 20 pés de laranjeira e mais árvores de fruto, no lugar de Verdemilho ao pé da fonte chamado a Quinta do Serrado pela quantia de 19 000 réis. Este pomar confronta a norte com dona Ana Ferraz, a nascente com Pedro Gonçalves Sarrico de Verdemilho e a sul com a vessada que foi do doutor Queirós de Verdemilho, a poente com a mesma vessada. Foram testemunhas João José Rodrigues do Vale de Ílhavo de Baixo e José Maria de Albuquerque desta vila.
Escritura de compra, realizada na morada de Pedro Corubua. Sendo intervenientes José Joaquim Mendes e sua mulher (vendedores) e Paulo Nunes (comprador). Este comprou uma terra com 19 pés de Oliveira no sítio da Cavadas, que confronta a norte com o capitão-mor Francisco Rodrigues de Figueiredo, a sul com a viúva de Manuel dos Santos Camarneira das quintas pela quantia de 60 000 réis. Foram testemunhas o alferes Manuel Francisco Dias deste lugar das Quintãs, Luís da Cruz e Francisco Fragoso, todos do lugar das Quintãs.
Escritura de partilhas e composição amigável, sendo intervenientes Rafael Francisco Ruivinho e sua mulher Rosa Maria, Manuel José da Crua e sua mulher Luísa Maria desta vila e Maria e Joana, solteiras do lugar de Alqueidão, todos filhos e genros de Apolinário de Bastos e sua mulher Maria Jacinta do lugar de Alqueidão, que já falecidos iam agora partir os seus bens móveis e um assento de casas térreas com seu aido ou quintal citas no lugar de Alqueidão, que confronta a norte com dona Rosa Cândida da Silveira da cidade de Aveiro, e a sul com Dionísio André Malaquias de Alqueidão. Ficaram a Maria e Joana, solteira, com o assento das casas sobreditas, cada uma delas com sua metade, tendo que dar de torna ao seu cunhado Rafael Francisco Ruivinho a quantia de 21 mil 190 réis e para seu cunhado Manuel José da Crua e sua mulher 27 000 réis. Foram testemunhas João Borges Cardoso desta vila, Manuel Pereira Lebre e José António Ribeiro também desta vila.
Escritura de aforamento enfiteuta perpétuo, sendo intervenientes Pedro Nunes Moreiro como procurador de José Barreto Ferraz de Vasconcelos da Quinta da Mouta (senhorio) e Luís Fernandes Barros e sua mulher Luísa Gonçalves do lugar de Chousa Velha (foreiros), de um assento de casas térreas com seus logradouros mais pertenças e um moinho que em tempos foi azenha, no sítio da Chousa Velha cortadas as suas águas mais pertenças terra de pão que levarão de semeadura 10 alqueires. Esta confronta a norte com terras de Domingos Simões Teles da Chousa Velha, a sul com os herdeiros de Luís picaró do mesmo lugar, a nascente com a estrada que vai para o esteirinho e a poente com do Arata do Rosmaninhal. Aforou mais uma terra que se localiza no Corgo dianteiro, limite da Chousa Velha e que leva de semeadura 2 alqueires de trigo, que confronta a norte com Madriz da azenha do Rosmaninhal, a sul com terra que foi de Luís António dos Santos, a poente com terra que foi de Manuel Fernandes Bacalhau. Aforou ainda mais uma vessada chamada a [Roraima?] da Chousa Velha que leva de semeadura 3 alqueires de trigo, que confronta com terra que foi do padre João dos réis do Cortido e a sul com terra de Domingos Simões Teles da Chousa Velha, a nascente com terra de Manuel Ferreira Jorge do Vale de Ílhavo e a poente com a levada de água que vem da Azenha dos [Marinhal?]. Aforou mais uma vessada chamada o Carregal Pequeno, que levará de semeadura 1 alqueire de trigo, que confronta a norte com terra que foi de Romerio Fernandes Barros da Rua de Espinheiro, a sul com a terra de Manuel dos Santos Picaró, a nascente com a estrada que vai para o esteirinho e a poente com a levada de água que vem da azenha do Rosmaninhal. Aforou mais outra vessada chamada Carregal Grande que levará de semeadura 8 alqueires de trigo que confronta a norte com os herdeiros de Tomé da Rocha Deus do lugar do Cortido e a Sul com terra de Ramiro Fernandes Barros e a nascente com a estrada que vai para o esteirinho, a poente com a água da alagoa. Mais outra vessada chamada a [Mosteira?], que consta de terra de pão e juncal que levará de semeadura 30 alqueires de pão, que confronta a norte com o esteirinho, a sul com o que foi de Sebastião Borges de Almeida desta vila, a nascente com a estrada que vai para o esteirinho e a poente com a estrada que vai para a ponte da Murteira. Todas estas propriedades têm o foro certo de 160 alqueires de milho grosso em cada ano no dia de São Miguel. Foram testemunhas José Simões natural do sargento-mor Coimbra e assistenta na Fábrica da Vista Alegre, Pedro dos Santos de Ribas, Julião Marques de Carvalho desta vila.
Escritura de arrendamento e obrigação de obra, realizada na morada do advogado Manuel Ferreira da Cunha e Sousa. Sendo intervenientes Manuel Ferreira da Cunha e Sousa procurador da locadora dona Maria Benedita de Sousa quevedo [perana?] e os arrendatários Manuel João Frade e sua mulher do lugar de Alqueidão. O arrendamento foi feito por tempo de 5 anos de graça até se concluir os trabalhos na terra de marinha demolida de que pertence à dona Maria Benedita no esteiro dos frades, que confronta a norte com a mesma [ilha?] e a sul com o mesmo esteiro dos frades, a nascente com [vueiro?] das mesmas marinhas e de minha tia, a poente com o mesmo esteiro para o arrendatário fazer uma marinha nova, pronta e acabada toda às suas custas e amanhada a ponto de dar sal e entregá-la no fim dos ditos 5 anos. O arrendatário tem que dar no final de cada ano a quantia de 1 200 réis. Caso os arredantários não pagassem a senhoria poderia tomar conta da marinha. Foram testemunhas Bernardo Celestino de Carvalho desta vila, Manuel José Malaquias desta vila e João dos Santos Branco da vila da Ermida.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, sendo intervenientes José Nunes Branco e sua mulher Joana Ferreira de Assunção, da vila da Ermida, residente na Rua do Soalhal, e Alberto Ferreira Pinto Basto (credor) da Vista Alegre, da quantia de 8 500 réis. O pagamento seria feito anualmentel. Dão como segurança de pagamento o seu assento de casas e aido e todos os mais pertences no soalhal, em que eles vivem, que confronta a norte com os herdeiros de Manuel de Oliveira Facão do lugar do Soalhal e a sul com os herdeiros Manuel Vieira da Trindade o Monge. Foram testemunhas Manuel João Frade do lugar de Alqueidão, João dos Santos Branco da vila da Ermida e Luís de Sousa Carvalho desta vila.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, realizada na morada de Francisco dos Santos Jorge, lugar do Soalhal. Foram intervenientes Teresa da Rocha, viúva de Alexandre Nunes Vieira do lugar da Pedricosa (devedora) e Alberto Ferreira Pinto Basto (credor) da Vista Alegre, da quantia de 9 200 réis. O pagamento seria feito ao ano. Dá como garantia de pagamento uma terra cita na terra velha limite da Pedricosa com seu bocado de pinhal, que confronta a norte com Domingos Simões Morgado da Ermida e a sul com António Fernandes Teixeira do Vale de Ílhavo. Hipoteca ainda mais um bocado de vessada cita na Barca de Vagos, que confronta a norte com João Miguéis do Vale de Ílhavo e a sul com o caminho que vai para a mesma barca. Foram testemunhas João dos Santos Branco da Vila da Ermida, Domingos da Rocha Loureiro da mesma vila e Alexandre Ferreira Alves do Vale de Ílhavo.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, realizada na morada de Francisco dos Santos Jorge, lugar do Soalhal. Foram intervenientes Domingos da Rocha Loureiro e sua mulher (devedores) da vila da Ermida e Alberto Ferreira Pinto Basto (credor), a quantia de 24 000 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dão como segurança de pagamento um assento de casas com sala, cozinha, camarinha, currais e palheiros, citas na vila da Ermida, que confronta a norte com Manuel dos Santos Ribeiro e a sul com o credor. Deram ainda como garantia uma terra lavradia cita ba coba do padre Manuel que confronta a norte com Manuel Nunes Mourão e a sul com o caminho que vai para o pinhal do Paço. Foram testemunhas João dos Santos Branco da vila da Ermida, Alexandre Ferreira Alves, do Vale de Ílhavo de Cima e Francisco Alves de Oliveira do Soalhal.
Escritura de compra, sendo intervenientes Maria Gonçalves Gorreda (vendedora) e António da Rocha do Leonardo (comprador), este comprou um assento de casas térreas com seu aido e todos os mais pertences localizado no Cimo de Vila, que confronta a norte com o comprador e a sul com a vendedora pela quantia de 48 000 réis. A vendedora tinha como condição dele comprador não abrir em tempo algum para a parte das casas que ainda lhe ficaram e com a condição mais dele comprador se servir pelo meu carril de servidão com bois e como para o aido que lhe vendeu, cujas casas e quintal lhe vende por 48 000 réis. Foram testemunhas José Nunes Ramos do lugar do Casal, José Maria de Albuquerque e Julião Marques de Carvalho ambos desta vila.
Escritura de compra, realizada na morada de Maria Nunes de Almeida, viúva de Manuel da Rocha Bastos. Sendo intervenientes Maria Nunes de Almeida (vendedora) e Maria Jacinta (compradora) uma casa no lugar de Alqueidão, que confronta a norte com a compradora e a sul com a vendedora, pela quantia de 20 400 réis. Foram testemunhas Julião Marques de Carvalho, da vila de Ílhavo e Manuel Batista do lugar de Alqueidão.
Escritura de perdão gratuito e pelo amor de Deus, sendo intervenientes Remígios Fernandes Camarão e o alferes Manuel da Rocha Couto. Sendo Remígio Fernandes Camarão enganado por sua mulher passou-lhe uma procuração que esta utilizou para querelar o alferes Manuel da Rocha Couto, onde era acusado de ter tirado a virgindade à filha de Remígio Fernandes Camarão, Emília, solteira. Como tal Remígio Fernandes Camarão faz esta escritura onde perdoa o dito querelado. Foram testemunhas José Ferreira Jorge e António Pereira São Pedro novo ambos desta vila.
Escritura de casamento, sendo intervenientes José António Caramonete, viúvo de 48 anos, filho de Tomé António Caramonete e Rosária Francisca e a outra parte é Maria Tavares de Almeida, solteira, de 43 anos, filha de José Gregório e sua mulher Joana Tavares de Almeida, de Roque, Viseu. Ficou dito pelos dois intervenientes que ambos estavam comprometidos um com o outro para se casarem, que não partilhavam entre si os bens que cada um tivesse antes do casamento e os adquiridos após o mesmo. Caso o marido morresse ela não teria direito a pedir metade dos bens, no entanto, poderia pedir alimentos aos herdeiros de seu marido enquanto fosse viva. Foram testemunhas Francisco Assis Marinho e Moura da Quinta do Crestelo, Viseu, Manuel Ferreira Branco desta vila e João Ferreira Branco do lugar da Chousa Velha.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, sendo intervenientes Luís Pereira Lebre (credor) e Maria Nunes do Pranto (devedora) a quantia de 62 400 réis, e como ela pagou as despesas do enterro de seu marido, quando era o credor que o devia ter feito ela só lhe deve a quantia de 6 695 réis a juros de 5 por cento. O pagamento seria feito anualmente. Dá como garantia de pagamento uma propriedade no Arnal, chamada o estaleiro, com todos os seus pertences, entradas e saídas, tojada sobre si com muro pela parte da rua e mais tapada de [rede?]. Foram testemunhas Luís da Costa, desta vila, José Fernandes Parraxo e José de Almeida Pimentel ambos de Ílhavo.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, realizada na Fábrica da Vista Alegre, sendo intervenientes Francisco Alves e sua mulher Ana Clara de Jesus (devedores) e Alberto Ferreira Pinto Basto como procurador de seu pai José Ferreira Pinto Basto (credor), da quantia de 87 200 réis. O pagamento seria feito anualmente. Dão como garantia de pagamento o seu assento de casas sobradas localizadas na vila com todos os seus pertences, que confronta a norte com os herdeiros de Pedro Henriques de Ílhavo e a sul com a viela da Manga, a nascente com a rua pública. Foram testemunhas presentes José de Almeida Martins, residente na Vista Alegre, José Correia da Silva e António José de Sousa, ambos empregados da fábrica.
Escritura de confissão de dívida a juros de 5 por cento, realizada na morada de Maria Nunes de Almeida, viúva de Manuel da Rocha Bastos. Sendo intervenientes Maria Nunes de Almeida (devedora) e Dionísio André de Malaquias (credor), a quantia de 20 000 réis. O pagamento seria realizado anualmente. Dá como garantia de pagamento um armazém na Rua de Alqueidão, aonda chamam o carvalho, cuja casa é térrea com sua parreira, com todas as entradas e saídas, que confronta a serventia dos ribeiros da [laje?], a norte com o credor, a poente com a leira e aido da devedora. Foram testemunhas Julião Marques de Carvalho, Manuel dos Santos Malaquias da vila de Ílhavo e Manuel Batista [?] do lugar de Alqueidão.
Escritura de fiança, realizada na quinta de dona Maria Amália, viúvo de Filipe António Monteiro. Sendo intervenientes a dona Maria Amália, fiador e seus filhos. Por morte de seu marido, dona Maria Amália ficando como tutora de seus filhos Francisco de Paulo e dona Maria do Carmo de 12 e 14 anos e que para maior segurança dos seus bens teve por ser fiador o seu primo Luís António de Figueiredo, da cidade de Aveiro. Este no entanto querendo isentar-se desta fiança, dona Maria Amália tomou como seu novo fiador António dos Santos Padeiro, de Verdemilho, até que seus filhos se emancipem. Foram testemunhas o padre José Valente Figueira e Joaquim Dias Nunes, criado da outorgante.
Escritura de ratificação de emancipação e doação para casamento, realizada na morada de Manuel Ferreira da Cunha e Sousa desta vila de Ílhavo. Foram intervenientes Manuel Simões Lopes e sua mulher de Sosa e sua filha Mariana, solteira, maior de 25 anos. Esta escritura serve para ratificar a emancipação a dita Mariana que tem vivido debaixo do poder de seus pais e em Abril de Maio do presente ano foi emancipada. Como já tinha acontecido com seus irmãos João Simões Lopes e José Simões Lopes em que para o casamento dos mesmos os pais doaram vários bens móveis, também vão doar à Mariana pelo seu casamento dão um assento de casas térreas com todos os seus pertences, sem o quintal conjuntos às casas por ser foreiro, que confronta a norte com a rua pública e a sul com o casal da comenda. Doaram ainda uma terra na Quinta Nova, que levava de semeadura 2 alqueires e meio de pão, que confronta a norte com José Nunes Moreira da Madalena e a sul com vários consortes e a sul com os herdeiros de Manuel João do Fontão. Doaram uma terra lavradia na Chousa com 4 pés de Oliveira e que levava de semeadura alqueire e meio de pão, que confronta a norte com os herdeiros de Francisco José Fernanades Guimarães da vila de Ílhavo e a sul com Alexandre que está casado com Clara Carvalha. Doaram uma leira de vinha no Loural com seu tocado de vessada conjunto, confronta a nascente com José António Dias dos Santos e a poente com Manuel Nunes Pedro da vila de Sousa, e finalmente uma vinha no chafariz, que confronta a poente com a viúva de de Manuel Dias Cravo e a nascente com António Simões Lamego de Sosa. Foram testemunhas Manuel Ferreira da Cunha e Sousa e Joaquim Pinto Ramalhadeiro ambos desta vila.
Escritura de testamento que faz João Marques, dizendo que quando falecer seria enterrado conforme os costumes da freguesia. Como não tinha herdeiros deixava os seus bens tanto móveis como de raiz a quem lhe era mais grato, a sua tia Rosa Pereira, nomeadamente as casas e o palheiro da Costa Nova, com a obrigação de esta dar a seu sobrinho José, filho de seu irmão Manuel Marque uma moeda de ouro e mais dará a sua filha Joaquina uns botões de ouro que [pesam?] 3 000 réis, e mais dará a minha prima Maria Rosa filha de Bernardo Pereira, a minha abetoadura de prata que tem 5 pares de botões e que tem de valor 4 800 réis. E mais dará a João, filho de Paulo de Oliveira, 4 800 réis por minha morte. Rosa Pereira, fica para si, com 9 600 réis, e de tudo o que de mais resto ficar será dito 10 missas de esmola e 20 repartidas igualmente pela minha alma, de minha mulher, de meus pais. Disse ainda mais que a viúva de João Cravo receberia 2 000 réis que há-de receber da mão de sua tia Rosa Pereira. Foram testemunhas João Manuel Cravo e Alexandre Francisco, Alexandre da Barbeira e Luís Cachim e João Panela, todos desta vila.
Escritura de contrato ou composição amigável, sendo intervenientes António Bernardo Grilo e Manuel Francisco Quaresma. Manuel Francisco Quaresma emprestara a António Bernardo Grilo a quantia de 200 000 réis, o qual hipotecou umas casas na Rua de Espinheiro e carril do Marieiro desta vila, com todos os seus pertences, que confrontam a norte com casas que foram de Manuel e a sul com António Batista. Manuel Francisco Quaresmo vivia numa dessas casas, ficando claro nesta escritura que nem o António Bernardo Grilo lhe levava aluguer assim como Manuel Francisco Quaresma também não lhe levava juros de dinheiro, enquanto ele e seus herdeiros o quiserem. Foram testemunhas José Francisco e João Francisco Cirineu.
Escritura de compra e firme venda, sendo intervenientes Joaquim José Soares e sua mulher Ana de Oliveira (vendedores) residentes na Presa e Frutuoso José Martins e sua mulher Joséfa Maria (compradores) moradores no lugar de Alqueidão umas casas citas no lugar do casal que consta de sala, quarto e cozinha, pátio, aido com parreiras e todas as suas pertenças, que confrontam a norte com Luís Simões Neves e a sul com a viúva de Luís Castros, pela quantia de 72 000 réis ou 15 moedas de ouro. A dita propriedade era foreira às freiras do Convento de Jesus da cidade de Aveiro e que o seu foro anual é de um alqueire e meio de trigo tremes menos meia maquias. Foram testemunhas António Augusto Ferreira Félix e Manuel Nunes da Cruz do lugar de Alqueidão e Manuel Daniel Ferreira Félix.
Escritura de dinheiro a juro de 5 por cento, realizada neste sitio da Vista Alegre, sendo intervenientes como credor o ilustríssimo Alberto Ferreira Pinto Basto da Vista Alegre e como devedora Maria Nunes, viúva de Manuel Nunes Sapateiro, o Novo, do Vale de Ílhavo de Cima.
Escritura de dívida a juro de 5 por cento, realizada na vila de Ílhavo, sendo intervenientes como senhorio credor o ilustríssimo António da Rocha Deus, morador no casal de Alqueidão deste termo de Ílhavo e como devedores João de Oliveira Morgado, e sua mulher Perpétua Maria do lugar de Salgueiro termo de Eixo da freguesia de São Miguel. Receberam, no mês de fevereiro de 1833, da mão do credor à razão de juro de 5 por cento a quantia de 115 200 réis que bem a ser vinte e quatro moedas de ouro, cuja quantia até hoje ainda não pagarão juros algum. E como os devedores não podem pagar a dita quantia nem tão pouco os seus juros vencidos, por isso estavam juntos e contra todos ficaram com a dita quantia em seu poder à razão de juro de cinco por cento por mais dois anos, findo os quais eles devedores pagos os competentes juros anualmente contando desde a fatura desta escritura.
Escritura de dívida a juro de 5 por cento, realizada no lugar de Alqueidão, entre o credor António Joaquim Dinis Ferreira Félix e como devedores António Francisco da Ana e sua mulher Maria de Oliveira do lugar da Coutada deste termo e José Francisco do Bem e sua mulher Rosa Batista do lugar da Alagoa a quantia de 78 000 réis de metal a saber: aos devedores António Francisco da Ana e sua mulher Maria de Oliveira a quantia de 30 000 réis e aos devedores José Francisco do Bem e sua mulher Rosa Batista a quantia de 48 000 réis que cada um dos ditos devedores se obrigam a pagar os seus respetivos juros anuais, vindo a ser o primeiro pagamento destes, desde a fatura desta escritura a um ano.
Escritura de compra e firme venda realizada na vila de Ílhavo, sendo intervenientes o comprador Alberto Ferreira Pinto Basto, da Vista Alegre, e os vendedores António da Rocha Deus e sua mulher Maria Luíza de Jesus e António João Carrancho e sua mulher Luíza Maria de Jesus, uma praia cita em frente da Vista Alegre e que parte do norte com os herdeiros de Tomé Francisco Morgado, a sul com os herdeiros do capitão-mor Manuel Maia Vieira, a nascente com a Cal do Rio Salgado, a poente com o areal da Gafanha pela quantia de 12 000 réis de metal de quem a ciza seis contos de réis como consta do bilhete que apresentou neste ato.
Escritura de compra e firme venda, realizada na Vista Alegre, entre os compradores o ilustríssimo Alberto Ferreira Pinto Basto e seu pai o ilustríssimo José Ferreira Pinto Basto e os vendedores António da Rocha Deus, o novo, e sua mulher Maria de Luíza Jesus, do lugar do Casal de Alqueidão deste termo, e António João Carrancho e sua mulher Maria Luíza de Jesus, todos como herdeiros de António da Rocha Deus, o velho, desta vila de Ílhavo de uma praia cita de frente da Vista Alegre que parte do Norte com erdeiros de Tomé Francisco Morgado, a sul com os herdeiros do capitão-mor Manuel Maia Vieira, a nascente com a Cal do Rio Salgado, a poente com o areal da Gafanha, cuja propriedade a herdaram do dito António da Rocha Deus, o velho, pela quantia de 12 000 réis de metal.
Escritura de contrato de casamento dote a celebrar entre o ilustríssimo José Ferreira Pinto Basto, fidalgo, cavaleiro da Distinta Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, e sua mulher dona Bárbara Inocência [Felicidade?] Ferreira com o ilustríssimo Custódio Teixeira Pinto e sua mulher dona Ana Bárbara Teixeira a fim de casar a excelentíssima a dona Felicidade Ferminia Ferreira Pinto com o ilustríssimo José Teixeira Pinto. Ficou estabelecido que este casamento é feito e se estenderá sempre e omitido e caso sem comunicação de bens que dele hajam ou não filhos; que os pais da futura noiva que datão e dão desde já a mesma sua filha por conta de e suas futuras legitimas a quantia de 16 contos de réis a saber: oito contos de réis em moeda corrente dinheiro de metal que, neste ato na presença do tabelião e das ditas testemunhas entregarão ao futuro noivo; e no valor de outros oito contos de réis uma Quinta denominada Enxomil ou do Espírito Santo situada na Freguesia de [Arenrilho?] concelho de Gaia, comarca do Porto.