Escritura de fiança, obrigação e hipoteca, feita na vila de Ílhavo, paços do concelho, entre Pero Gonçalves e sua mulher Maria Manuel, Domingos António e sua mulher Marta Manuel e Manuel André e sua mulher Isabel Manuel, irmãos e cunhados e moradores na vila de Ílhavo. Estes queriam peticionar ao provedor da comarca para obter a tutoria e administração das legítimas e dos rendimentos de seu irmão e cunhado Manuel Afonso, solteiro e ausente, filho dos defuntos Manuel Afonso e sua mulher Isabel João, até este se casar ou emancipar. Foram nomeados fiadores, principais pagadores e fieis depositários da parte de Pero Gonçalves e sua mulher João Nunes e sua mulher Isabel [Nunes? (Nóis? abreviatura)], moradores na vila de Ílhavo, obrigando 1 chousa, onde chamam as Ramalhoas, com capacidade de semear 17 alqueires de pão, delimitada a norte com Manuel de Mariz e a sul com Domingos Manuel Escudeiro, avaliada em 50 000 réis. Foram nomeados fiadores, principais pagadores e fieis depositários da parte de Manuel André e sua mulher Manuel Simões e a sua mulher, moradores na vila de Ílhavo, que obrigavam 1 pedaço de chão, onde chamam o Carregal, delimitado a norte com estes herdeiros da [Coma?] e a sul com Pero Ribeiro, avaliado em 15 000 réis, 1 pedaço de chão, onde chamam o Peneiro Barbo, delimitado a norte com André Afonso e a sul com Miguel João, avaliado em 10 000 réis e 1 terra, na [rnota?] do [Monteiro?], delimitada a norte com os herdeiros do [Moncão?] e a sul com o [Sacragal?], avaliada em 10 000 réis. Foram nomeados fiadores, principais pagadores e fieis depositários da parte de Domingos António e sua mulher Domingos Manuel e sua mulher Maria Afonso, moradores na vila de Ílhavo, obrigando 1 serrado, onde chamam o Chouso, com capacidade de semear 12 alqueires de pão, delimitado a norte com os herdeiros da dita [Coma?] e a sul com o [agar?], avaliado em 50 000 réis. Foram testemunhas Roque, filho de Roque Manuel, lavrador e morador na vila de Ílhavo, e João Moço, solteiro, filho do mesmo Roque.