Type

Data source

Date

Thumbnail

Search results

5 records were found.

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 16-22; 148 v.º-152 v.º) aprovado em 1668-10-04 pelo tabelião António Rodrigues Quaresma, tabelião de notas na cidade do Funchal; aberto em 1669-01-17. 1.º traslado de 1717 e 2.º traslado de 1750, parcialmente ilegível pela tinta desvanecida. ENCARGOS (ANUAIS): duas missas semanais na sua capela de Nossa Senhora das Angústias, Funchal, que ele e sua mulher D. Mecia de Vasconcelos haviam fundado. REDUÇÃO DE ENCARGOS: sentença de redução de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-02-14 (f. 261 v.º-262 v.º), reduz as capelas administradas por António Caetano de Freitas Aragão a 15$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Os administradores também obtêm da Santa Sé breves de componendas de missas e encargos pios: em agosto de 1752 (f. 164 v.º-167), em 17[96-09-05] (f. 228-230) e em fevereiro de 1820 (f. 267-270). BENS DO VÍNCULO: terça dos bens imposta no terço dos bens que lhe couberem em legítima na herança de sua mãe Simoa de Almeida Pereira (sendo devidamente autorizado para tal pela mãe, que também assina o testamento); desses bens, institui vínculo de morgado nos moios de trigo na freguesia de Ponta Delgada, esclarecendo que nestes moios entravam os 50 alqueires de trigo pagos pelo padre José de Andrade. Quanto aos restantes dois terços que herdaria da mãe, deixa-os às irmãs Maria do Ó e Maria […], mas por falecimento de ambas seriam incorporados no vínculo ora instituído. Estes bens nunca poderiam ser vendidos, nem alienados por qualquer outro título. SUCESSÃO: nomeia o sobrinho, Diogo Valente Quental, sucedendo-lhe o filho varão primogénito, não tendo filho herdaria a filha mais velha «e assim andara sempre na forma da ley deste Reino»; se o primeiro nomeado falecesse sem herdeiro legítimo, o vínculo passaria a um seu irmão; caso faltassem sucessores do sangue do instituidor, o último possuidor disporia do morgadio como lhe parecesse, mas sempre com o dito encargo. O testador determina que o herdeiro teria a obrigação de dar à sua mulher D. Mecia de Vasconcelos a metade dos tais moios de trigo, enquanto fosse viva ou não se casasse de novo, ficando esta com o encargo de uma das missas semanais. ADMINISTRADOR EM 1674-02-09, data da primeira quitação, referente a missas iniciadas a 6 de fevereiro de 1673 (f. 8): o sobrinho capitão Diogo Valente Quental. Sucede-lhe a irmã D. Sebastiana Valente de Quental, viúva de António de Carvalhal Esmeraldo (f. 84). Por morte desta, decorre uma contenda entre o capitão Domingos Monteiro de Campos, em nome da filha D. Leonor Margarida, que casaria com António Vogado Teles de Menezes, contra o capitão Brás Luís de Freitas Drumond e Aragão, tendo este último obtido sentença a seu favor do título do vínculo, em 1751 ou aproximadamente (f. 132-162). ÚLTIMO ADMINISTRADOR: D. Luísa Augusta Aragão, como tutora do filho António Caetano Aragão. Outras informações do testamento (f. 16-22; 148 v.º-152 v.º): TÍTULOS/CARGOS: cavaleiro da ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo; sargento-mor da capitania do Funchal e escrivão da Alfândega e Ribeira. O instituidor nomeia a irmã D. Maria na sucessão deste último ofício, para que dispusesse dele. E ao sobrinho Diogo deixa «todos meus serviços que espero aja Sua Majestade respeito ao zelo com que ho servy no decurso de minha vida» (f. 19 v.º). FILHOS: sem filhos. TESTAMENTEIROS: cunhado Manuel Valente, o provedor da Fazenda, Francisco de Andrade e o cónego Manuel Pereira da Silva. ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em sepultura do tio deão, licenciado Manuel de Almeida Pereira; em caso de obtenção de licença, seria trasladado para a sua ermida de Nossa Senhora das Angústias. PROPRIEDADES: possui na Ilha de São [….] nove ou dez moios de renda, isto e o que possuir nas ditas ilhas deixa ao aludido sobrinho Diogo Valente Quental. LITERACIA: com instrução, a mãe também assinou o testamento. TESTEMUNHAS: cónego Manuel Pereira da Silva; João Ferreira, cirurgião; padre Manuel Ribeiro Preto; João Mendes, torneiro; António Figueiredo, soldado; José de Castro; António Rodrigues, porteiro da maça, todos moradores na cidade do Funchal. Outros documentos: Vd. descrições dos documentos simples.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 4-8) aprovado em 1597-07-[…] pelo tabelião João Tavira de Cartas; codicilo (f. 8 v.º-12) aprovado em 1598-[07-30], pelo tabelião Pêro Nogueira. Documentos parcialmente destruídos, cf. verba do testamento (f. 51-52) e verba do codicilo (f. 52), trasladados em 1767. ENCARGOS (ANUAIS): catorze missas anuais celebradas na Sé do Funchal, sendo seis pelo marido, três que a filha D. Guiomar deixara em seu testamento e cinco pela alma do irmão chantre; uma missa cantada em dia de Nossa Senhora da Assunção com responso sobre a sua sepultura. No testamento, a instituidora havia fixado uma esmola taxativa de 1000 réis para as catorze missas, porém, no codicilo, adiciona a obrigação da missa cantada com responso e determina que todas as missas sejam pagas com a esmola habitual «e assim dira todas as missas que mando dizer e lhes pagara a esmola costumada» (f. 52). REDUÇÃO DE ENCARGOS: sentença de redução de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-02-14 (f. 157 v.º-158), reduz as capelas administradas por António Caetano de Freitas Aragão a 15$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Os administradores também obtêm da Santa Sé breves de componendas de composição de missas e encargos pios, em setembro de 1796 (f. 132-135 v.º) e em fevereiro de 1820 (f. 162-170). BENS DO VÍNCULO: terra no Porto Santo e um lugar em São Roque, Funchal «para seu cumprimento toma em terça o lugar de São Roque desta cidade» (f. 51). Em 1634-12-13, António da Fonseca Cerveira e a mulher Ana Pereira compram a Pedro Lopes Barata, herdeiro de Rui de Mendonça, a fazenda de São Roque, aí instituindo um vínculo da capela de Nossa Senhora de Betancor a Grande, «dotando a de bens pera sua decência» (f. 87-87 v.º). Em 7773-12-10 (f. 109), procede-se ao sequestro das novidades da Quinta de Nossa Senhora de Bettencourt. SUCESSÃO: nomeia o filho Rui de Mendonça de Vasconcelos, seu herdeiro universal (o qual se encontrava ausente em Lisboa por ocasião do falecimento da testadora, cf. registo de óbito de Beatriz Usadomar, 1598-09-08, PRQ, Lv.º 72, f. 30 v.º-31). OUTROS VÍNCULOS: institui outro vínculo de capela com obrigação de uma missa de requiem na primeira sexta-feira da Quaresma, impostas numas casas e respetivo foro de 200 réis, sitas na vila de Machico, que a testadora deixou à Confraria do Santíssimo Sacramento de Machico. Deste vínculo não se prestam contas nestes autos. ADMINISTRADOR EM 1599, data de abertura dos autos: o testamenteiro e sobrinho Pedro Vieira de Viveiros. Em documentos de 1602 e 1626, os administradores Henrique de Mendonça e D. Jerónima de Moura, filha de Rui de Mendonça de Vasconcelos, são representados por procuradores. Depois, já em 1760, presta contas o capitão Brás Luís de Aragão, sobrinho do Dr. Marcos da Fonseca Cerveira. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: D. Luísa Augusta Aragão, como tutora do filho António Caetano Aragão. Testamento de mão comum da testadora e marido (f. 32 v.º-36): aprovado em 1585-02-12 pelo tabelião público de notas na cidade do Funchal e seus termos, António Lopes Libralião; aberto em 1585-02-16, por óbito do marido, em presença do juiz ordinário do Funchal, Martim Gonçalves de Andrade. ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em sepultura onde estavam enterrados os filhos. TERÇA DOS BENS DO MARIDO: imposta na terça de todos os bens localizados na cidade do Funchal e na terça parte de umas terras de canas e pão com casas, sita na vila de Machico. Deixa-a à mulher sem nenhum encargo, não fazendo mais legados do que aqueles que ela quisesse «como tenho com ela pratiquado». Por morte da mulher herdaria a filha D. Guiomar com encargo de seis missas rezadas, por falecimento da filha ficaria ao filho [Rui] de Mendonça, depois ao filho primogénito deste. VÍNCULO: obrigação de missas não especificadas por alma do irmão António Álvares, que fora vigário da igreja da dita ilha, imposta num foro de uma propriedade da ilha do Porto Santo, que parte com o caminho que vai do Farrobo para cima «o foro se dira em missas (…) isto pera todo o sempre» (f. 34). LEGADOS: deixa cinco cruzados às confrarias que a mulher quiser, os quais seriam retirados da terça dos bens de Machico. TRABALHO: manda que se pague os serviços da criada Maria Rodrigues, recomendando-a à mulher. ESCRAVOS: os testadores declaram que o negrinho Domingos pertence à filha D. Guiomar «e por sua se comprou». PROPRIEDADES: referência a outra propriedade no Porto Santo, que fora de Bartolomeu Vieira. LITERACIA: a testadora não sabe escrever. TESTEMUNHAS: Henrique de Mendonça de Vasconcelos; Rui Casco Pimentel; Diogo Pacheco […], fidalgo; Salvador Gonçalves, pedreiro; Manuel, criado da casa dos testadores; Pantaleão Teixeira de Carvalho. Outros documentos: F. 20-21 – Resumo do que deixou a defunta no seu testamento. F. 23 – 24 – Embargos do juiz dos Resíduos, a requerimento do procurador do Juízo, nos bens da Ribeira Grande, São Roque, que trazia Pedro Vieira de Viveiros, como procurador de Henrique de Mendonça. 1602-07 09 a 10. F. 25 – Embargos no aluguer das casas em que vivia Henrique Alfradique, na rua do Sabão. 1602-07-10. F. 26 – Despacho de notificação a Henrique Alfradique, arrendatário das casas embargadas, e a Pedro Rodrigues, meeiro de um lugar da defunta. 1603-02-20. F. 36 v.º - Embargos interpostos em janeiro de 1637 por Manuel de Figueiredo, representado pelo procurador licenciado Pedro Gonçalves de Barros; o embargante alega que somente no ano de 1626 tomou posse da fazenda obrigada aos encargos desta capela, como procurador da cunhada D. Jerónima de Moura. F. 47 v.º - Conta tomada à revelia do capitão Brás Luís de Aragão, [sobrinho do Dr. Marcos da Fonseca Cerveira], em 1760-07-07. Conta dos últimos trinta anos, deve 40$500 réis. F. 51 – Petição do capitão Brás Luís de Freitas Drumond de Aragão, morador na cidade do Funchal, a solicitar traslado da verba do testamento da instituidora. F. 60 v.º - Termo de vista do procurador do Juízo, de novembro de 1767: i) considera inexato o resumo da conta apresentada pelo escrivão a f. 59-59 v.º. deveriam contar-se os anos de 1760 a 1766, para além dos trinta anos de 1760 para trás («na forma dos assentos da Relação, na inteligência de que a mais de cem anos que se não toma conta da mesma capela»); ii) não deveriam ser consideradas as quitações de missas celebradas em São Francisco, por serem ditas fora do lugar da instituição (Sé do Funchal); iii) não se deveria considerar a quitação do reverendo D. João Henriques respeitante às missas do tempo do seu tio, por aquela não estar «asseverada in verbo sacerdotis»; iv) não se deveriam aceitar os dez tostões indicados para satisfação das missas, pois a testadora enumera as missas inerentes à sua terça; v) não foram ditos os 36 responsos. F. 62 – Sentença do juiz dos Resíduos, de 1767-11-18, a condenar o administrador em tudo o que apontava o procurador do Juízo. F. 63 – Embargos interpostos em 1767-11-23 pelo administrador capitão Brás Luís de Freitas Drumond e Aragão, através do procurador, o irmão Dr. João Henrique de Aragão e outros. F. 65-67 – Alegações do embargante. F. 70-75 v.º - Vista do procurador do Resíduo: requer a execução do despacho do juiz dos Resíduos, não obstante as razões do embargo. Ironicamente, diz «talvez persuadido o doutissimo patrono, de que sendo esta materia mais adiantada dos mesmos principios de direito, a não chegaria a compreender os meus tenros anos, e por isso, fazendo alarde da sua adiantada idade expoem o direito que alega, não como corroborativo da sua justiça, mas como documento para a minha instrucção (…)». F. 76 – Sentença do juiz dos Resíduos, de 1767-12-22. F. 77 – Termo de apelação para o superior Juízo da Correição. Apelante: capitão Brás Luís de Freitas Drumond e Aragão, pelo procurador Bartolomeu de Azevedo. F. 87 – Petição do capitão Brás Luís de Freitas Drumond e Aragão a requerer certidão com a verba de instituição de vínculo da capela de Nossa Senhora de Betancor a Grande de Todos os Santos, feita por João da Fonseca Cerveira e mulher Ana Pereira, «dotando-a de bens pera sua decencia, pela qual conste se hua fazenda com sua caza de telha que foi de Ruy de Mendonsa e eles instituidores houveram de compra de Pedro Lopes Barata», genro de Beatriz Usadomar. F. 87-87 v.º - Certidão passada em 1768-02-05, da verba do testamento de João da Fonseca Cerveira e mulher Ana Pereira, onde consta: por escritura de 1634-12-13, haviam comprado a Pedro Lopes Barata, morador na vila do Sardoal, uma propriedade de vinhas, árvores de fruto e casa de telha sita na freguesia de São Roque, com encargo de 1$150 réis de missas pelas almas das pessoas conteúdas no testamento de Beatriz Usadomar, mãe do dito Rui de Mendonça e sogra do vendedor Pedro Lopes Barata. Escritura feita na cidade de Lisboa, nas notas do tabelião António Figueira da Silva. F. 90 – Sentença do corregedor Francisco Moreira de Matos, datada de 1770-03-15, em que setencia por bem julgado pelo juiz dos Resíduos e provedor das Capelas, na sentença condenatória a f. 62. F. 99 v.º-100 – Sentença do corregedor, datada de 1770-05-11, na sequência dos embargos à sentença retro interpostos pelo capitão Brás Luís de Freitas Drumond e Aragão; o juiz determina o cumprimento da sentença embargada, justificando que a instituidora, na verba do seu codicilo, mandara expressamente pagar as catorze missas com a esmola costumada. F. 109 – Auto de sequestro, realizado em 1773-12-10, nas novidades da Quinta de Nossa Senhora de Betancor, freguesia de São Roque (no título do documento diz Quinta do Calhau, no corpo do texto e à margem Nossa Senhora de «Bettencor»). F. 110 – Auto de sequestro, no mesmo dia, de 55 pipas de vinho que estavam na loja da Quinta de Nossa Senhora do Pilar, em São Martinho. F. 132-135 v.º - Tradução de um breve de comutação de missas, emitido pela Santa Sé em 1796-09-05, a favor de José Joaquim de Freitas Aragão. F. 141-160 – Certidão de sentença de redução das capelas administradas por António Caetano de Freitas Aragão a 15$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Sentença de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-02-14 (f. 157 v.º-158). F. 162-170 – Certidão da tradução de componenda de composição de missas e pensões das capelas, emitida pela Santa Sé em 1820-02-26, munida com o régio beneplácito, e quitação de missas. Certidão de 1822-07-03.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 5 v.º-12, fólios dilacerados; 2.º traslado f. 89-100) aprovado em 1586-05-21 pelo tabelião de notas da cidade do Funchal e seus termos, Francisco Cardoso. ENCARGOS (ANUAIS): nove missas nas nove festas de Nossa Senhora e uma missa rezada em dia da Assunção de Nossa Senhora. REDUÇÃO DE ENCARGOS: sentença de redução de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-02-14 (f. 133 v.º-134), reduz as capelas administradas por António Caetano de Freitas Aragão a 15$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Os administradores também obtêm da Santa Sé breves de componendas de missas e encargos pios: em 1784-08-31 (f. 76-79), em 1796-09-05 (f. 104-108) e em fevereiro de 1820 (f. 138 v.º-145). BENS DO VÍNCULO: assentamento de casas na rua Direita, Funchal, em que vivia Pêro Camacho, «em que entra a caza que foi capela» [dos presos da cadeia velha] (cf. nota na folha 4). Na f. 2 anota-se que as casas se situam no canto da rua da Cadeia Velha a banda da S[é]. Em 1783-08-08 (f. 65-66 v.º) procede-se ao sequestro dos alugueres e lojas destas casas sitas na rua Direita, então pertencentes ao morgado José Joaquim de Freitas Drumond. SUCESSÃO: nomeia Beatriz da Costa, filha do compadre João da Costa, alcaide do mar, e de Maria de Almeida. OUTROS VÍNCULOS: i) institui outro vínculo de capela imposto numa casa sobradada com quintal na rua dos Tanoeiros, Funchal, que deixou a Sebastião, filho do afilhado Gaspar Pinto, com encargo de uma missa cantada em dia de Finados ofertada com pão e vinho e de um cruzado para os pobres do hospital da Misericórdia do Funchal. Deste vínculo prestam-se contas nos autos com a cota atual Cx. 162-4. ii) institui outro vínculo de capela imposto numa outra casa sobradada com quintal sita na rua Direita, Funchal, com encargo de duas missas rezadas anuais no altar de Jesus da Sé. Sucessão: nomeia o dito João da Costa e mulher, sucedendo-lhe qualquer um dos seus filhos ou filhas e seus descendentes «proseguindo sempre a nomiação dos filhos ou filhas e não os avendo os parentes mais chegados andando em hua pesoa» (f. 94 v.º). ADMINISTRADOR EM 1613-03-01 (f. 22): Nuno Pereira, casado com Beatriz da Costa. Sucederia a filha Isabel Pereira, casada com António Barradas, filho do boticário António Barradas Esquina (c. auto de conta f. 5); suceder-lhe-ia um filho ou filha, não casando ou não tendo filhos, herdaria o pai ou mãe, ou uma irmã, caso os pais não fossem vivos; e não tendo uma irmã sucederia o irmão mais velho e descendentes. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado António Caetano de Freitas Aragão. Outras informações do testamento (f. 5 v.º-12, fólios dilacerados; 2.º traslado f. 89-100): Sem herdeiros forçosos. TESTAMENTEIRO: seu compadre João da Costa, alcaide do mar. ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em sepultura onde jazem os pais e irmãos. LEGADOS/VESTES/ROUPAS DE CASA: 10.000 réis a Ângela Rodrigues, filha do calceteiro António Rodrigues, para ajuda de seu casamento, mais a cama «em que estou», que eram dois colchões, dois lençóis novos e um cobertor amarelo; deixa à mãe desta um cobertor branco, uma saia roxa e um saio de sarja; à comadre Bárbara Gonçalves lega uma saia branca, um saio de baeta e o seu manto. PROPRIEDADES: vinha na Achada, acima desta cidade, foreira em mil réis às freiras de Santa Clara, a qual deixa ao dito testamenteiro; casa térrea na rua de João de Espínola, que deixa à cunhada Antónia Segurado, viúva do irmão António do Vale de Araújo. LITERACIA: não sabe escrever. TESTEMUNHAS: Cristóvão Mendes, mercador, morador na vila de Guimarães, estante nesta cidade, que assinou a rogo da testadora; Pedro Coelho, criado do desembargador Domingos Rodrigues; Gaspar Rodrigues, mercador estante nesta cidade; António Fernandes, mercador; Gaspar Luís, sapateiro; Manuel Castanho, filho de Diogo Castanho. Outros documentos: F. 51 v.º-52 – Sentença do juiz dos Resíduos, de 1691-07-07, a ordenar a penhora dos bens desta capela e sua colocação em praça para arrematação, visto o administrador, capitão Manuel Alfradique Freire, não ter cumprido com os respetivos encargos desde 1642, devendo 3840 réis de 480 missas. F. 56 – Conta tomada à administradora D. Sebastiana Valente Quintal em 1727-05-30. F. 64-64 v.º - Auto de sequestro dos alugueres do alto de uma casa sita na rua Direita, de que é senhorio o morgado José Joaquim de Freitas Drumond e inquilino Manuel dos Santos, oficial de prateiro. 1783-08-08. F. 65-65 v.º - Auto de sequestro dos alugueres da loja da mesma casa, de que é inquilino o capitão Pedro de Mendonça. 1783-08-08. F. 65 v.º-66 v.º - Autos de sequestro dos alugueres de umas casas e loja no canto da rua Direita, que em algum tempo foram mistas com a casa atrás declarada. 1783-08-08. F. 76-79 – Tradução e original em latim de uma componenda de composição de missas concedida pela Santa Sé, em 1784-08-31, munida de régio beneplácito, a favor de José Joaquim de Freitas Drumond. F. 104-108 – Traslado da tradução de um breve de comutação de missas concedido pela Santa Sé em 1796-09-05, munido com o régio beneplácito, a favor de José Joaquim de Freitas e Aragão. F. 118-136 – Carta de sentença cível de redução das capelas administradas por António Caetano de Freitas Aragão a 15$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Sentença de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-02-14 (sentença f. 133 v.º-134). 1821-01-14. F. 138 v.º-145 – Traslado da tradução de componenda de composição de missas, munida com o régio beneplácito, emitida pela Santa Sé em 1820-02-28, a favor de António Caetano de Freitas Aragão.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: ant. a 1723-07-09 (data de óbito da testadora); verba do testamento (f. 2), s.d., traslado de 1726-11-14. ENCARGOS (ANUAIS): uma missa rezada. BENS DO VÍNCULO: todos os bem móveis e de raiz. Uma declaração do irmão herdeiro (f. 3), de 1726-11-14, identifica os bens deixados pela instituidora: i) pedaço de fazenda no Porto da Cruz, onde chamam as Laranjeiras, que partia pelo leste com fazenda do padre Inácio de Freitas, norte com o ribeiro, sul com o caminho e este com fazenda do herdeiro; ii) outro pedaço de fazenda na mesma freguesia onde chamam o Serrado, que partia pelo leste com fazenda de Manuel Teles e pelo este, norte e sul com fazenda de Francisco de Menezes; iii) a quarta parte de uma fazenda no lugar do Faial, a qual confronta pelo norte com a ribeira, leste e sul com a rocha e pelo este com fazenda de Manuel da Silva. Em 1822-08-19 (f. 17-18), procede-se ao sequestro das novidades de duas fazendas sitas no Porto da Cruz, uma no sítio da Cova do Coelho e outra no sítio da Rochinha, pertencentes ao morgado António Caetano de Freitas Aragão. SUCESSÃO: nomeia o irmão padre Cristóvão Moniz de Meneses, seu herdeiro universal, com direito de nomear o sucessor «por sua morte os [bens] deixara a quem lhe parecer com o mesmo encargo». ADMINISTRADOR EM 1726-11-14: o irmão padre Cristóvão Moniz de Meneses, que presta contas até 1771. As contas seguintes são tomadas a Pedro Francisco Teles de Meneses (em 1785, f. 14), seguindo-se, já em 1821 (f. 15), o morgado António Caetano de Freitas Aragão, por cabeça de sua mulher D. Maria Luísa Moniz de Meneses. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado António Caetano de Freitas Aragão. Outros documentos: F. 20 – Petição de António Caetano de Freitas Aragão, em representação de sua mulher, a solicitar o pagamento em prestações das pensões em atraso das capelas que administra; alega a notória escassez de novidades e a falta de numerário nesta província, devido à estagnação do comércio. [agosto] 1822.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: o título de instituição não consta dos autos. ENCARGOS (ANUAIS): uma missa. BENS DO VÍNCULO: uma declaração do administrador Cristóvão Alexandre Moniz de Menezes, datada de 1763-08-17 (f. 43 v.º) identifica os bens desta capela, dizendo que «segundo a sua lembrança» localizavam-se: i) na Terra do Baptista e Cova do Coelho, freguesia do Porto da Cruz, encontrava-se na posse da Confraria de São Roque e era caseiro José Gomes; outra fazenda no mesmo sítio da Terra do Baptista, onde chamam a Rochinha, de que era caseiro Simão Vieira. SUCESSÃO: fora de sucessão não referida nos autos. ADMINISTRADOR EM 1632-08-25, data do primeiro auto de contas (f. 2): Brás Pereira, morador na Ribeira do Faial, e António Coelho, por possuírem ambos um pedaço de fazenda no Porto da Cruz, pertencente a esta capela. Segue-se na administração o filho deste último, Manuel Coelho. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado António Caetano de Freitas Aragão.