DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2-4) feito em 1609-12-13, por Vicente Gonçalves. Trasladado em 1610-03-06 pelo escrivão dos Órfãos, Luís Gomes Alves.
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa rezada.
BENS DO VÍNCULO: terça dos bens. O termo de juramento, feito em 1784-12-11 (f. 48 v.º-49), pelo administrador Manuel de Freitas, situa a fazenda desta capela onde chamam o Lombo da Quebrada da Rocha, confrontando norte com o calhau do mar.
SUCESSÃO: nomeia o filho António Martins, seu testamenteiro, sucedendo-lhe uma de suas filhas.
OUTROS VÍNCULOS: terça dos bens do marido deixada a sua filha Leonor, sem encargo, a qual a instituidora possuíra até ao presente; agora deixava-a à filha, impondo a pensão de uma missa pela alma do pai «para dezemcarregar a sua alma» (f. 3).
PRIMEIRO ADMINISTRADOR: o filho António Martins. Na década de oitenta de seiscentos presta contas Manuel Fernandes Barreto, incluindo-se algumas quitações por intenção de Ana Ferreira ou Madalena Ferreira (f. 27-31); sucede-lhe a mulher Antónia Fernandes.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Jorge Correia, do Farrobo de São Jorge.
Outras informações do testamento (f. 2-4):
MORADA: Achadas de São Jorge, Freguesia de São Jorge.
FILHOS: António Martins, Leonor Mendes; Pedro Jorge; André Martins; Simão Martins, falecido.
LEGADOS: a testadora manda dar anualmente um alqueire de trigo losado(?) ao vigário, para ele lhe dizer responsos todos os domingos ou como lhe parecer; à filha Leonor Mendes deixa uma vaca chamada Vermelha, que trás o filho António Martins.
LITERACIA: não sabe escrever.
TESTEMUNHAS: Domingos Fernandes, caseiro de Belchior [Cald]eira; João Carvalho “o Moço”; João Carvalho “o Velho”; padre Aleixo Gil, que assinou a rogo da testadora.